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Pneumonia Bacteriana • Como é classificada a pneumonia? A pneumonia é classificada quanto ao local em que ocorreu a contaminação. Dessa forma, ela se subdivide em: Pneumonia Adquirida na Comunidade: Quando a infecção ocorreu fora do ambiente hospitalar ou como surgimento em até 48 horas após a admissão hospitalar. Pneumonia Nosocomial (Pneumonia Adquirida no Hospital): Quando o paciente se expõe ao agente após 48 horas da internação. • Quais são os tipos de pneumonia? 1. Pneumonia Bacteriana 2. Pneumonia Viral 3. Pneumonia Fúngica 4. Pneumonia Química 5. Pneumonia de Aspiração 6. Pneumonia Atípica • Qual a fisiopatologia da pneumonia bacteriana? A pneumonia é uma doença infecciosa que se instala nos pulmões, mais precisamente, nos tecidos pulmonares e seus alvéolos. Na pneumonia, o alvéolo que deveria ter apenas ar, fica cheio de secreções purulentas, impedindo seu funcionamento. Nestes alvéolos não há troca gasosa. Quanto mais alvéolos acometidos, mais extensa é a pneumonia e mais grave é o quadro. A invasão bacteriana do parênquima pulmonar causa o preenchimento dos alvéolos com um exsudato inflamatório, consequentemente levando à consolidação (“solidificação”) do tecido pulmonar. Muitas variáveis, como o agente etiológico específico, a reação do hospedeiro e a extensão do envolvimento, determinam a forma precisa da pneumonia. Definição A pneumonia é uma doença inflamatória aguda causada por micro-organismos (vírus, bactérias ou fungos) ou pela inalação de produtos tóxicos que comprometem os espaços aéreos dos pulmões. Agentes etiológicos: - Streptococcus pneumoniae - Haemophilus influenzae (mais comum em paciente com DPOC) - Moraxella catarrhalis - Staphylococcus aureus - Klebsiella pneumoniae - Pseudomonas aeruginosa - Legionella pneumophila - Mycoplasma pneumoniae Streptococcus pneumoniae, ou pneumococos, é o agente causador mais comum de pneumonia aguda adquirida na comunidade. • Quais são os dois padrões em que se apresentam a pneumonia bacteriana? A pneumonia bacteriana tem dois padrões de distribuição anatômica: 1. Broncopneumonia lobular 2. Pneumonia lobar A consolidação irregular do pulmão é a característica dominante da broncopneumonia, enquanto a consolidação de uma grande porção de um lobo ou de um lobo inteiro define a pneumonia lobar. Na pneumonia lobar, quatro estágios de respostas inflamatórias foram descritos classicamente: congestão, hepatização vermelha, hepatização cinzenta e resolução. 1. No primeiro estágio de congestão, o pulmão é pesado, encharcado e vermelho. É caracterizado por um ingurgitamento vascular, acúmulo de líquido intra-alveolar com alguns neutrófilos e, muitas vezes, pela presença de numerosas bactérias. 2. O estágio de hepatização vermelha que se segue é caracterizado por exsudação confluente maciça, com neutrófilos, hemácias e fibrina preenchendo os espaços alveolares. Ao exame macroscópico, o lobo é vermelho, firme e desprovido de ar, com consistência semelhante à do fígado, daí o termo hepatização 3. O estágio da hepatização cinzenta a seguir é marcado por desintegração progressiva das hemácias e pela persistência de um exsudato fibrinossupurativo, resultando em uma alteração na cor para castanho- acinzentado. 4. No estágio final de resolução, o exsudato no interior dos espaços alveolares é quebrado por digestão enzimática para produzir debris granulares, semifluidos, que são reabsorvidos, ingeridos por macrófagos, expectorados ou organizados por fibroblastos que crescem em meio a eles. Focos de broncopneumonia são áreas consolidadas de inflamação supurativa aguda. A consolidação pode estar confinada a um lobo, mas, na maioria das vezes, é multilobar e frequentemente bilateral e basal em razão da tendência de as secreções se acumularem nos lobos inferiores pelo efeito da gravidade. Lesões bem desenvolvidas são discretamente elevadas, secas, granulares, cinza- avermelhadas a amarelas e mal delimitadas. Histologicamente, a reação geralmente é de um exsudato rico em neutrófilos, que preenche brônquios, bronquíolos e os espaços alveolares adjacentes. As complicações da pneumonia incluem: (1) destruição e necrose dos tecidos, levando à formação de; • Febre alta de início abrupto • Calafrios • Tremores • Tosse produtiva com escarro mucopurulento (cor de ferrugem ou esverdeado) • Pacientes ocasionais podem apresentar hemoptise • Dor no peito ao respirar. • Suores intensos. • Tabagismo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; • Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; • Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias; • Resfriados mal cuidados; • Mudanças bruscas de temperatura. • Internações prolongadas ou pacientes acamados • Deficiência imunológica congênita ou adquirida • Aspiração • Doenças crônicas (DPOC, Diabetes, ICC) • Idade (2) disseminação da infecção para a cavidade pleural, causando a reação fibrinossupurativa intrapleural conhecida como empiema; (3) disseminação bacterêmica para valvas cardíacas, pericárdio, cérebro, rins, baço ou articulações, causando abscessos metastáticos, endocardite, meningite ou artrite supurativa. Empiema pleural é o líquido pleural de aspecto purulento e/ou com identificação de bactérias, seja pelo Gram ou cultura. • Quais os sinais e sintomas da pneumonia bacteriana? Em muitos casos a pneumonia ocorre depois de um resfriado comum ou gripe. Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada a pneumonia, maiores são as chances de cura e menores os riscos de complicações. Os sintomas de pneumonia podem se iniciar lentamente ou serem súbitos. Os sintomas característicos são: • Quais são os fatores de rico para pneumonia? • Como é feito o diagnóstico? Anamnese, exame físico, auscultação dos pulmões e radiografias de tórax são recursos essenciais para o diagnóstico das pneumonias. Exames de sangue, de escarro e outros podem ser necessários. • Como é feito o tratamento? O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
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