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MAMOGRAFIA cefortec

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MAMOGRAFIA
HISTÓRIA DA MAMOGRAFIA:
Em 1913 - Primeira radiografia mamária feita por Albert Salomon, cirurgião Alemão, ele radiografou peças cirúrgicas, obtidas de cirurgias de mastectomia e encontrou pequenos pontos “denominados de microcalcificações”.
Em 1930 - Foi feita a primeira mamografia na incidência médio-lateral in vivo, por Stafford Warren, em Nova York
Em 1950- O médico radiologista uruguaio Raul Leborgne, descobre a importância de um melhor posicionamento e a necessidade da compressão.
Ele concluiu que comprimindo-se a mama obtém-se uma melhor qualidade de imagem.
Foi o primeiro médico a associar câncer de mama a microcalcificações ao encontrá-las em 30% de uma quantidade de casos radiografados.
A compressão e um fator importantíssimo para uma boa imagem radiográfica.
Diminuindo- se a espessura da mama, a paciente receberá menor dose de radiação, além de reduzir a indefinição causada pelo movimento.
Em 1960 - Robert Egan, descobre que baixo KV e alto mAs, aumentam a resolução da imagem.
Tendo Robert publicado em 1962, 53 casos de carcinoma oculto detectados em 2000 exames de mamografia e criou uma equipe de médicos e técnicos treinados e especializados em mamografia.
Em 1963-1966 Phillip Strax , Louis Venet e Sam Shapiro, observaram a redução de mortalidade em 1/3, rastreando as pacientes com exames clínicos e radiológicos.
Em 1965 GE cria o primeiro mamógrafo, basicamente um tripé com uma máquina fotográfica acoplada 
A primeira máquina dedicada à mamografia foi lançada em 1966. Até então, as imagens mamográficas eram produzidas por máquinas convencionais de raios-X, que produziam imagens muito pobres e aplicavam altas doses de radiação no paciente. Após o surgimento da primeira máquina, diversas empresas passaram a fabricar modelos semelhantes e deram origem à primeira geração de mamógrafos.
O primeiro modelo comercial do "Senographe" (“pintura do seio”, em francês), como foi denominado
5
Em 1992- A GE lançou em seus equipamentos um filtro de ródio, um elemento usado no tubo de raios-X que permite melhor penetração no tecido mamário, com menos exposição.
A tecnologia do ródio é especialmente útil em mamas densas.
Em 1996 - Lança o primeiro sistema de biopsia a vácuo MAMMOTOME, desenvolvido por Parker e associados, permitindo excelentes resultados na obtenção de amostra de tecidos para estudo histopatológicos.
Em 1998- Desenvolve-se um cassete único, que permite a troca de imagem de cassete(em filme ecrans) para ponto digital em uma maquina.
Em um monitor pode-se revisar as imagens em termos de pontos digitais, visão ampliada, localização de agulha e aquisição de imagem estereotática bidimensional para a orientação nas intervenções.
Posicionamento de Leborgne da paciente para um mamógrafo crânio- caudal. Observe as características do cone e do coxim de compressão colocada entre ele e a mama. 
Em 1967- Uma equipe de pesquisa projetou uma unidade básica, incorporando um espectro de Raios-X mais específico e um tubo para obter melhor foco no tecido mamário e na cavidade torácica. Através de um projeto dedicado e da implementação de molibdênio, um componente metálico resistente, essa máquina (composta por um tubo e uma lente apoiados em um tripé) produziu imagens de melhor qualidade do que as mamografias improvisadas, obtidas por equipamentos de radiografia convencional da época.
 No Brasil, o surgimento da mamografia está intimamente associada ao Instituto Brasileiro de controle de Câncer (IBCC) que, em 1971, trouxe o primeiro mamógrafo para o país equipamento que protagonizou uma das maiores conquistas da mastologia no país.
O mamógrafo deve ser operado por um profissional de radiologia, para garantir a segurança do paciente e do operador. O exame é seguro e não coloca a saúde do paciente em risco. A mamografia é indicada, geralmente, para mulheres a partir dos 40 anos, como prevenção ao câncer de mama. As mulheres também devem fazer regularmente o autoexame de toque.
Modelo atual de mamógrafo
A MAMOGRAFIA:
A mamografia (MMG) é um exame de diagnóstico por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mamário. Esse tipo de exame pode detectar um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável. Para tanto é utilizado um equipamento que utiliza uma fonte de raios-x para obtenção de imagens radiográficas do tecido mamário. É o exame realizado em mulheres assintomáticas, ou seja, sem queixas e nem sintomas de CA de mama. 
INDICAÇÕES DA MAMOGRAFIA:
 Pacientes assintomáticas: de acordo com o Colégio Brasileiro de Radiologia, a mamografia para rastreamento do câncer de mama deve ser realizada em mulheres, com a seguinte periodicidade:
Entre 35 e 50 anos, a mamografia de base, para determinar o padrão da mama da paciente com a finalidade de comparação com exames posteriores. Nos casos de história familiar importante (mãe, irmã), a mamografia de base pode ser realizada antes dos 35 anos de idade;
Entre 40 e 49 anos, mamografia bianual ou anual, se a paciente pertencer ao grupo de risco;
A partir dos 50 anos, mamografia anual, que deve ser realizada ate os 70 anos. 
 Pacientes sintomáticas: Nas pacientes sintomáticas a indicação não seguirá o padrão acima e o exame será realizado, avaliando-se risco-custo-beneficio de cada caso. 
A ANSIEDADE DA PACIENTE:
É inevitável a associação feita entre a mamografia e o câncer de mama. Quando é solicitado a uma paciente para realizar uma mamografia, esta associação é quase que automática, neste caso, devemos lembrar que o fato de se diagnosticar um câncer de mama leva a uma cirurgia que, dependendo do estágio da doença, significa uma mutilação para essa mulher.
A ansiedade da mulher pode variar desde uma leve apreensão a um estado francamente patológico. Em alguns momentos, a ansiedade da paciente pode se revelar em atitudes distintas.
Tais como:
Demonstração de hipersensibilidade das mamas, na tentativa de impedir a realização do exame e, assim, "fugir" do resultado;
Agressividade em relação ao serviço ou ao profissional que está realizando o seu exame;
Paciente não colaborativa, mostrando-se resistente à realização dos procedimentos normais do exame, manifestando recusa para responder o questionário prévio, aceitar a compressão ou os posicionamentos, aceitar as incidências complementares e/ ou os prazos normais, estipulados pelo serviço, para a entrega do resultado.
A PACIENTE DE MAMOGRAFIA:
Ao se realizar um exame de mamografia, além dos fatores técnicos, devem-se levar em consideração os sentimentos da paciente. Uma mulher que se submete a este tipo de exame, diferentemente de qualquer outro tipo de exame, está sujeita a um stress devido à simbologia que a mama representa para a sensualidade feminina. Por causa da tensão, a paciente pode apresentar a musculatura contraída, dificultando o posicionamento, e contribuindo para que a compressão seja dolorosa, tornando o exame muito mais incômodo do que o normal.
Independentemente do motivo pelo qual a paciente está realizando o exame de mamografia, ela está envolvida pelos seguintes sentimentos:
Vergonha de ter sua privacidade invadida, na medida em que ela é "obrigada" a expor uma parte de seu corpo tão íntima e tão importante para a sua sensualidade;
Ansiedade pelo resultado do exame, pois o diagnóstico de um câncer de mama pode significar para ela, a mutilação desse órgão;
Medo da forma como o exame é realizado, pois muitas mulheres que já tiveram experiências desagradáveis anteriormente espalham boatos sobre o desconforto desse exame.
O CÂNCER DE MAMA FEMININO:
O CA de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e, sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal.
Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua frequência tantos nospaíses desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. De acordo com a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2010, o câncer de mama será o segundo mais incidente, com 48.930 casos.
O CA de mama resulta no crescimento desordenado de células com potencial invasivo, que se dá a partir de alterações genéticas (hereditárias ou adquiridas). Existem vários tipos de Câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico. 
Os PRINCIPAIS tipos são:
Carcinoma ductal: Tem origem nos ductos mamários e há vários subtipos. É o mais comum, encontrado em cerca de 80% dos casos.
Carcinoma lobular: Tem origem nos lóbulos, que são responsáveis pelo leite materno. É diagnosticado em cerca de 5% a 10% dos casos.
Como é um nódulo benigno?
Massas de consistência macia estão geralmente relacionadas com fibroadenomas em mulheres entre 20 e 30 anos e cistos em mulheres entre 30 e 40 anos, ambas alterações benignas. 
Como é um nódulo maligno?
São geralmente solitários, discretos, duros, sem aumento de sensibilidade local, em uma única mama, podendo em alguns casos estar aderido à pele ou parede muscular localizada debaixo da mama.
O que é a Mastectomia?
É o nome da cirurgia de remoção completa da mama. É um dos tipos de tratamento cirúrgico para o câncer de mama.
E a mastectomia radical?
Consiste na retirada da glândula mamária, associadas à retirada dos músculos peitorais e a linfadenectomia axilar completa.
SINTOMAS:
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja. Podem surgir nódulos palpáveis na axila.
FATORES DE RISCO:
O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.
A idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam o risco. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença.
OUTROS FATORES DE RISCO:
Alguns fatores parecem contribuir para o desenvolvimento do câncer de mama, embora ainda não estejam confirmados. Outros são fracamente associados. 
•Contraceptivos Orais: alguns autores afirmam que estes, quando usados por mais de quatro anos em mulheres nulíparas, podem aumentar o fator de risco; porém, vários estudos não conseguiram corroborar essa assertiva. 
• Terapia de Reposição Hormonal (TRH): é um assunto controverso. Em um estudo prospectivo, o grupo que usou hormônio aumentou seu risco em 30% quando comparado ao grupo das não usuárias. Porém, naquelas que o usaram por dez anos, mas de maneira descontinuada, não houve aumento do grau de risco. Outro estudo demonstrou que, se a reposição hormonal for utilizada por vários anos, há um aumento no grau de risco para o desenvolvimento do câncer de mama de 1,3 a 1,9 vezes. Porém, esse autor argumenta que os benefícios para os sistemas cardiovascular e osteoarticular superam esse discreto aumento. Um grande estudo randomizado demonstrou que uma fórmula que combine estrogênio com progesterona aumenta o risco de uma mulher ser diagnosticada com câncer de mama. Alguns autores questionam se essa combinação de hormônios seria um fator desencadeante do processo de malignidade ou se ajudaria a desenvolver mais rapidamente um tumor já incipiente. 
Embora o estrógeno já esteja disponível para venda há mais de seis décadas, as mulheres ainda permanecem confusas quanto ao risco e aos benefícios da terapia hormonal na menopausa (THM), terapia estrogênica isolada ou associada a progestágenos. A publicação de estudos controlados, randomizados, como o Heart and Estrogen/progestin Replacement Study (HERS) e Women’s Health Initiative (WHI), intensificou essa controvérsia risco/benefício. Milhares de mulheres são tratadas com THM para alívio dos sintomas menopausais, incluindo sintomas vasomotores e sudorese, principal indicação da estrogenoterapia. Outras podem persistir no tratamento na esperança de prevenir doenças crônicas. A manutenção da massa óssea e a prevenção de fraturas são efeitos do estrógeno já bem estabelecidos. Estudos observacionais dos efeitos metabólicos e vasculares do estrógeno sugerem um benefício em potencial na redução do risco de doenças vasculares, mas estudos randomizados e controlados não demonstraram nenhuma evidência de que a terapia hormonal pudesse beneficiar as mulheres com doença vascular previamente instalada ou em mulheres aparentemente saudáveis. O aumento do risco de câncer de mama e doença tromboembólica tem se confirmado nesses estudos. A incidência em números absolutos de efeitos adversos é baixa e o risco individual no primeiro ano de tratamento é muito baixo. Os riscos são cumulativos com o tempo de uso. A relação risco/benefício deve ser individualizada.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/abem/v58n2/0004-2730-abem-58-2-0172.pdf 
• Obesidade: em mulheres na pré-menopausa a obesidade está relacionada a uma diminuição do risco. Especula-se que esse fato esteja relacionado a um maior número de ciclos anovulatórios. Já na mulher pós-menopausa há discreto aumento no grau de risco. Sugere-se que isso possa estar relacionado à conversão de androgênio em estrogênio pelo tecido gorduroso. 
•Lactação: o benefício da lactação estaria relacionado ao tempo de amamentação, muito provavelmente, devido ao período anovulatório que pode ocorrer durante esse espaço de tempo. 
O AUTO EXAME DAS MAMAS:
Existe a recomendação para a população normal de que após os 20 anos de idade a mulher deve fazer o autoexame (AEM) de mama todo mês e ser examinada pelo médico pelo menos a cada 3 anos. Após os 40 anos, ela deve ser examinada pelo médico anualmente, continuar com o autoexame mensal e fazer uma mamografia por ano.
O ultrassom de mama pode ser pedido pelo médico para ajudar a avaliar qualquer nodulação anormal. As recomendações mudam se houver fatores de risco associados.
Observação: 80% dos cânceres de mama são descobertos pela própria paciente, através do AEM. “A medicina é a ciência da vida. Em se tratando de câncer de mama, isso significa continuar aplicando o que temos de melhor: O diagnóstico precoce”
DETECÇÃO PRECOCE:
O câncer de mama identificado em estágios iniciais, quando as lesões são menores de dois centímetros de diâmetro, apresenta prognóstico mais favorável e elevado percentual de cura. 
As estratégias para a detecção precoce são o diagnóstico precoce – abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas da doença – e o rastreamento – aplicação de teste ou exame em uma população assintomática, aparentemente saudável, com o objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminhar as mulheres com resultados alterados para investigação e tratamento. Em ambas as estratégias, é fundamental que a mulher esteja bem informada e atenta a possíveis alterações nas mamas e, em caso de anormalidades, busque prontamente o serviço de Saúde.
CÂNCER DE MAMA MASCULINO:
O câncer de mama em homens é usualmente sub areolar e estão comumente presentes alterações no mamilo. A massa palpável é dura e não aderida à parede torácica, ao contrário da ginecomastia, onde a massa é aderida e macia. Uma descarga sanguinolenta pelo mamilo é fortemente sugestiva de câncer de mama no homem.
A ginecomastia é o aumento anormal da mama masculina e pode aparecer em qualquer idade, é um diagnósticorelativamente comum.
Assim como as mulheres, os homens possuem glândulas mamárias e também estão propícios a apresentar o câncer de mama.Alguns fatores podem desencadear a doença, como: Fatores genéticos, Fatores ambientais e Fatores hormonais.
Os sinais secundários de inversão do mamilo e espessamento cutâneo são comuns. Os índices de cura estão diretamente relacionados ao diagnóstico, ou seja, as chances de cura crescem à medida que o tumor é descoberto precocemente. “Quanto antes for diagnosticado, melhor o prognóstico”.
Diferentemente do que acontece com a mulher, que já possui o hábito de realizar o auto exame, o homem, por desconhecimento deste tipo de doença, não se previne e não realiza este tipo de “acompanhamento”, o que dificulta o diagnóstico, prejudicando consequentemente o tratamento do tumor. “É muito comum o diagnóstico tardio no homem, quando a doença já se encontra evoluída”. Para reverter este quadro, é necessário chamar a atenção da população masculina para os primeiros indícios da doença e fazer um alerta para que estes homens procurem o oncologista ao notarem qualquer alteração na mama.
TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA:
O tratamento para o câncer de mama é sempre individual, avaliando a doença do paciente e sua situação pessoal. Mas existem alguns passos comuns no tratamento da doença. Em primeiro lugar, na doença em estágios precoces o objetivo inicial é eliminar todo o tumor visível. O próximo passo nos casos de estágios mais precoces seria a redução do risco da recorrência da doença, tentando eliminar qualquer célula cancerosa que possa ter permanecido.
Radioterapia ou quimioterapia pode ser usada nessa fase, dependendo de cada caso. Se ocorre a recorrência, o paciente poderá ter de submeter-se a novas cirurgias, dependendo do local do tumor, ou se submeter a uma variedade de tratamentos para lutar contra as metástases. (A Metástase é um processo complexo que envolva a propagação de um tumor ou de um cancro às partes distantes do corpo de seu local original).
RADIOTERAPIA:
A radioterapia é um tratamento à base de aplicação de radiação direcionada ao tumor ou ao local deste e tem por objetivo, se antes da operação, reduzir o tamanho do tumor, e se após, evitar a volta da doença. A radiação bloqueia o crescimento das células, e deve ser utilizada apenas na área afetada, evitando atingir o tecido normal. As aplicações duram cerca de 15 minutos e devem ser feitas diariamente, variando de 25 a 30 aplicações. O tratamento não apresenta complicações. O local das aplicações adquire uma coloração parecida com a de uma queimadura de sol.
QUIMIOTERAPIA:
Pode ser dada por via oral ou intravenosa, tem o objetivo de destruir as células tumorais que podem ter migrado do tumor inicial e estejam circulando pelo corpo, mas também causando efeitos colaterais indesejáveis por atingir células sadias. Dados em ciclos, geralmente a sua administração não requer internação. Diferentes drogas quimioterápicas são úteis para diferentes tumores e a combinação de certas drogas é mais efetiva que o uso individual delas.
ESTÁGIOS I e II:
A conduta habitual consiste de cirurgia, que pode ser conservadora, com retirada apenas do tumor; ou mastectomia, com retirada da mama. A avalia- ção dos linfonodos axilares tem função prognóstica e terapêutica. Após a cirurgia, o tratamento complementar com radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre considerada nos casos de mastectomia. O tratamento sistêmico será determinado de acordo com o risco de recorrência (idade da paciente, comprometimento linfonodal, tamanho tumoral, grau de diferenciação), assim como das características tumorais que irão ditar a terapia mais apropriada.
ESTÁGIO III:
Pacientes com tumores maiores, porém ainda localizados, enquadram-se no estádio III. Nessa situação, o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com quimioterapia) é a modalidade terapêutica inicial. Após resposta adequada, segue-se com o tratamento local.
ANATOMIA DA MAMA:
Na mulher adulta, a glândula mamária ou mama é uma saliência cônica ou hemisférica localizada na parede torácica anterior e lateral. Há grande variação no seu tamanho de um indivíduo para outro e até na mesma mulher, dependendo da sua idade e da influência de vários hormônios. Entretanto, a mama normalmente estende-se da porção anterior da segunda costela até sexta ou sétima costela, e da borda lateral do esterno até a axila.
Anatomia de superfície: A anatomia da superfície inclui o mamilo, uma pequena projeção que contém uma coleção de aberturas de ductos provenientes das glândulas secretoras no interior do tecido mamário, sua função é permitir a passagem do leite. A área pigmentada que circunda o mamilo é denominada aréola, definida como uma área circular de cor diferente que circunda um ponto central.
Cada mama possui abundante suprimento de vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. As veias da glândula mamária geralmente são maiores que as artérias e são mais periféricas. Algumas das maiores veias geralmente podem ser observadas distintamente em uma mamografia. As glândulas mamárias, que têm como principal função a secreção do leite, estão situadas na parede anterior do tórax e se compõem de:
ÁCINO - Menor parte da glândula e responsável pela produção do leite durante a lactação;
LÓBULO MAMÁRIO - conjunto de ácinos;
LOBO MAMÁRIO - Conjunto de lóbulos mamários que se liga à papila através de um ducto;
DUCTOS MAMÁRIOS - Em número de 15 a 20 canais, conduzem a secreção (leite) até a papila
TECIDO GLANDULAR - Conjunto de lobos e ductos;
PAPILA - Protuberância elástica onde desembocam os ductos mamários;
ARÉOLA - Estrutura central da mama onde se projeta a papila;
TECIDO ADIPOSO - Todo o restante da mama é preenchido por tecido adiposos ou gordurosos, cuja quantidade varia com as características físicas, estadas nutricional e idade da mulher.
TECIDO MAMÁRIO:
Existem três tipos de tecido mamário:
Glandular;
Fibroso ou conjuntivo;
Adiposo.
As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior quantidade de tecido glandular, o que torna esses órgãos mais densos e firmes. Ao se aproximar da menopausa, o tecido mamário vai-se atrofiando e sendo substituído progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase que exclusivamente, de gordura e resquícios de tecido glandular na fase pós menopausa. Essas mudanças de características promovem uma nítida diferença entre as densidades radiológicas das mamas da mulher jovem e da mulher na pós-menopausa.
CLASSIFICAÇÃO DAS MAMAS EM QUADRANTES:
Há 2 métodos utilizados para registrar os achados na mama: a divisão dos quadrantes e o método do relógio, esse último muito utilizado na ultrassonografia mamária, portanto estudaremos o método dos quadrantes utilizado para registrar achados na radiografia da mama.
1. QUADRANTE SUPERIOR EXTERNO;
2. QUADRANTE SUPERIOR INTERNO;
3. QUADRANTE INFERIOR EXTERNO;
4. QUADRANTE INFERIOR INTERNO;
5. RRA (Região retroareolar)
6. CAUDA AXILAR (Cauda de Spencer).
Sistema de quadrante
1
Sistema de relógio
Outras patologias benignas da mama:
Mastite: Masto (mama), ite (inflamação); Inflamação da mama; dor, calor, rubor e edema; Manifestação clínica frequente na amamentação. Tratamento: administração de anti-inflamatórios.
Dor Mamaria: Também chamada de mastalgia, é raramente associada com câncer de mama e está geralmente relacionada com alterações benignas pré-menopausa ou em mulheres na pós menopausa recebendo reposição estrogênica. A dor nesses casos está presente juntamente com um inchaço mamário.
Calcificações: também são consideradas patologias benignas das mamas.
CALCIFICAÇÕES:
As calcificações são avaliadas quanto à morfologia e distribuição.
 Quanto à forma podem ser: 
• Calcificações de pele – possuem centro radio transparente. Localizadas, geralmente, em regiões como a prega infra mamária, a região paraesternal, a axila e a aréola.
Calcificações vasculares – são calcificações lineares associadas a estruturas tubulares
Calcificaçõesgrosseiras – são calcificações maiores que 2 a 3mm. Podem ocorrer em fibroadenomas em involução.
Calcificações redondas – podem ser consideradas benignas quando dispersas. Quando pequenas, menores que 1mm, são formadas nos ácinos. Quando menores de 0,5mm podem ser denominadas puntiformes. Um grupo isolado de calcificações puntiformes pode justificar um acompanhamento em menor espaço de tempo ou mesmo biópsia. Essa conduta pode ser adotada quando esse grupo de calcificações é um achado novo em relação ao exame anterior, ou, ainda, quando localizado em região próxima a um câncer previamente diagnosticado.
Calcificações em casca de ovo ou em anel – são calcificações muito finas (menores que 1mm de espessura, quando vistas em perfil) e estão depositadas na superfície de uma esfera.
Calcificações de fios de sutura: São calcificações sobre fios de sutura. Possuem aparência linear ou tubular
Calcificações distróficas: São calcificações irregulares, grosseiras, geralmente maiores que 0,5mm e com centro radio transparente.
Calcificações em leite de cálcio – são calcificações localizadas no interior de cistos. Na incidência em CC são menos evidentes e podem aparecer como indistintos e redondos. Na incidência em perfil a 90º são mais bem definidas.
O APARELHO DE MAMOGRAFIA:
COMPRESSÃO:
Todos os aparelhos de MMG contém um dispositivo de compressão usado para comprimir a mama. O dispositivo de compressão é feito de um plástico que permite a transmissão dos raios x de baixa energia. O dispositivo deve ter um borda da parede torácica reto, para permitir, que a compressão apreenda os tecidos mamários próximos da parede torácica. 
A compressão tem a finalidade de fixar a mama e mantê-la em uma posição desejada diminuindo-se assim o risco de radiografias tremidas. Com a compressão obtém-se uma redução na espessura da mama. Nesses casos minimiza-se a dose de exposição, reduz-se o borramento indesejável, permitindo que toda a mama passe a ter a mesma espessura. Outra vantagem da compressão é a possibilidade de que as estruturas fiquem "esparramadas", facilitando a análise do exame e diminuindo o risco de falsas imagens criadas por superposição de estruturas. A compressão diminui a radiação de dispersão e aproxima do filme o nódulo e as microcalcificações. Também diminui o risco de movimento da paciente.
A compressão é controlada pelo técnico e, tipicamente, é aplicada com uma força de 11 a 20 kg.
Observação: Devemos comprimir, sempre respeitando o limite da paciente.
DESENVOLVIMENTO DOS EQUIPAMENTOS MAMOGRÁFICOS: 
Imediatamente após a descoberta dos raios X, em 1895, por Wilhelm Conrad Röntgen, houve grande interesse de sua aplicação em diversas áreas da Medicina. No estudo de doenças da mama, por exemplo, essa nova técnica foi utilizada de forma significativa pelo dr. Albert Salomon, um cirurgião da Universidade de Berlim, em 1913, que utilizou os raios X para radiografar 3 mil amostras de mamas mastectomizadas. Desta forma, ele descobriu e classificou os diversos tipos de tumores mamários. Pode-se dizer que o interesse em se tratar as enfermidades mamárias passava, nesta época, pela possibilidade de detectá-las precocemente, utilizando as técnicas disponíveis ou adaptando-as, baseados no que acontecia com outras áreas da Medicina. Em 1930, o dr. Stafford Warren, nos Estados Unidos, começou a estudar a possibilidade de se radiografar pacientes vivas, porém a tecnologia existente na época não possibilitava a obtenção de imagens com boa qualidade diagnóstica, o que levou ao desprezo pela ideia. Dr. Warren utilizava fatores técnicos que indicavam uma proximidade com o que é utilizado hoje: 50 a 60kVp, 70mA, 2,25s e 63,5cm de distância fonte imagem.
O TUBO DE RAIOS-X:
O tubo e Raios x estão alinhados com o catodo colocado sobre a base da mama (parede torácica) e o anodo externamente em direção ao ápice (área mamilar), felizmente o efeito anódico pode ser usado com máxima vantagem.
As grades são comumente usadas na maioria das mamografias, juntamente com o CAE (controle automático de exposição), e o importante dispositivo de compressão. Os filtros que geralmente são de molibdênio, são os responsáveis por impedir que os fótons do feixe que nada acrescentam para o diagnóstico atrapalhem na formação da imagem.
 1-CABEÇOTE DO EQUIPAMENTO
- Local onde se encontra a ampola de rx, onde produz a radiação propriamente dita.
2-FILTRAÇÃO
- Filtros adicionais, geralmente de molibdênio ou ródio, tem como função filtrar os rx de baixa energia.
3-COLIMAÇÃO
- Responsável pelo tamanho do campo.
4-COMPRESSOR
- Usado para fixar, uniformizar e diminuir a espessura da mama.
5-GRADE ANTIDIFUSORA
- Responsável pela redução dos efeitos de borramento da radiação espalhada na imagem radiográfica.
6-PORTA CHASSI
- Estrutura metálica onde é colocado o chassis com o filme.
7-CAE (Controle automático de exposição)-
Sensor que determina o tempo de exposição de acordo com alguns parâmetros técnicos pré-estabelecidos e parâmetros físicos da mama.
CASSETE E ÉCRANS:
O receptor de imagem em mamografia é constituído por um cassete com um écran intensificador de imagem em contato com o filme que possui emulsão em um único lado. 
Dentre os sistemas de mamografia digital, também existem duas modalidades de exame: o sistema digital CR (sinônimo de "Radiografia Computadorizada") e DR (sinônimo de "Radiografia Digital"). A diferença entre eles é que o sistema digital CR utiliza um detector intermediário para captar a imagem da mama após a exposição do raio-X, que posteriormente é transformada em imagem digital através de um sistema de laser (podendo ser adaptado aos aparelhos convencionais de mamografia). Já o sistema digital DR faz a leitura imediata do raio-X após a exposição da mama, transmitindo diretamente ao computador (sistema mais novo).
Com o sistema digital as imagens digitalizadas podem ser distribuídas no hospital (Centro cirúrgico, UTI, ambulatórios, sem necessidade de tráfego de películas pelo hospital, diminuindo as despesas com o mesmo ou risco de extravio). Com a impressora + CR elimina-se a câmara escura e os inconvenientes (consumo de químicos, água, luz em excesso etc.), dando um aproveitamento mais racional dos espaços.
Mamografia digital
Mamografia computadorizada
PARÂMETRO RADIOGRÁFICO: 
O Estudo da mama é sempre comparativo ( BILATERAL)
DOSE DO PACIENTE:
 O motivo da dose relativamente alta para as mamografias é a kVp muito baixa (25 a 28) e a mAs muito alta (75 a 85) necessárias.
A melhor maneira de controlar a dose da paciente na mamografia é o posicionamento cuidadoso e preciso, que minimiza a necessidade de repetições.
A American College Association (ACR) recomenda uma taxa de repetição menor que 5% para a mamografia. A única proteção possível é um avental em torno da cintura para proteger a região gonadal.
FATORES TÉCNICOS:
Tamanho do filme:
20X25 cm (8 x 10 polegadas) 
25X30 cm (10 x 12 polegadas)
25 a 28 kVp
ANAMNESE: 
1- Alguma lesão palpável ou alteração visível na mama?
( ) Não
( ) Sim
Em qual mama?
Onde na mama?
Qual alteração?
2- Acompanhamento de alguma anormalidade em exame de mama? 
( ) Não
( ) Sim
Em qual mama? 
Onde na mama?
Qual alteração?
3- Data da ultima menstruação: ___/___/_____.
4- Menopausa:
( ) Não ( ) Sim Faz reposição hormonal?______________
5-Gestante:
( ) Não ( ) Sim
6-Já fez alguma cirurgia de mama?
( ) Não ( ) Sim Qual mama?_______________ Quando?______________
( ) Nodulectomia ( ) Plástica redutora ( ) Plástica com implante
( ) Setorectomia ( ) Ressecção de ductos ( ) Mastectomia sem reconstrução mamária
( ) Mastectomia com reconstrução mamária ( ) Cirurgia axilar (linfonodo sentinela ou esvaziamento axilar 
7- Já fez radioterapia de mama?
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POSIÇÕES MAMOGRÁFICAS:
 Incidências Básicas:
 Crânio-caudal (CC)
Médio-lateral oblíqua (MLO).
Incidências Especiais:Perfil Médio-lateral (ML)
Crânio-caudal lateralmente exagerada (CCLE)
Deslocamento do implante (Método de Eklund)
Magnificação
CRÂNIO-CAUDAL:
Nesta incidência a mama é posicionada, de forma que o feixe de Raio x se projete da cabeça em direção aos pés. 
POSICIONAMENTO: 
Paciente de pé, se não possível sentada. A altura da bandeja do filme é determinada levantando-se a mama para atingir um ângulo de 90º com a parede torácica. A bandeja estará ao nível da prega infra mamária em seus limites superiores. A mama é puxada para frente até o porta-filme centralmente com o mamilo em perfil. O braço do lado examinado está relaxado, e o ombro é empurrado para trás. A cabeça é voltada para o lado oposto ao ser examinado.
Posicionamento ideal:
Inclusão do quadrante interno e externo; O músculo peitoral em cerca de 30 a 40% das radiografias. Os cânceres localizados posteriormente, em frente ao músculo peitoral maior, podem permanecer indetectáveis quando a mama não for tracionada insuficientemente.
INCIDÊNCIA MÉDIA LATERAL
OBLÍQUA:
Nesta incidência o feixe de Raio x se projeta na região medial da mama, indo em direção a lateral oblíqua. A angulação do tubo pode variar de 45º a 60º de acordo com o biótipo da paciente.
POSICIONAMENTO:
Mulheres pesadas e com mamas grandes, ângulo de 40º a 60º com o eixo vertical; Mulheres magras e com mamas pequenas, ângulo de 60º a 70º com eixo vertical; Ajustar a altura do filme de forma que o seu topo esteja ao nível da axila. Com a paciente colocada com os pés para frente da unidade, exatamente como na incidência CC, pôr o braço do lado examinado para frente e a mão segurando a barra. Mamilo em perfil.
PERFIL ABSOLUTO (90º) MEDIOLATERAL (ML):
Essa posição demonstra a mama em sua posição projeção lateral verdadeira produzindo a melhor imagem das estruturas situadas na porção lateral da mama.
A imagem deve incluir todo o corpo glandular;
A mama deve estar bem espalhada;
A prega mamária deve ser visualizada.
CRÂNIO CAUDAL EXAGERADA (XCC):
É realizada quando há suspeita de uma lesão na metade lateral da mama. Inclui a maior parte do prolongamento axilar.
Paciente posicionada em incidência crânio- Caudal exagerada, onde o tubo deve ser angulado cerca de 5º, erguendo o lado referente à mama que será radiografada. Posicionar a paciente como em uma radiografia crânio- caudal, girando o corpo da paciente, de modo que a região lateral da mama possa ser tracionada e radiografada. As porções mediais da mama são excluídas.
As áreas cinzas mostram as regiões que deixam de ser visualizadas nas incidências em crânio-caudal exagerado.
SPOT / LOCALIZADA COMPRESSÃO SELETIVA SIMPLES
Nesta incidência utilizamos um compressor pequeno que tem por finalidade dissociar estruturas que possam estar causando dúvidas.
Uso de compressor pequeno;
Manter a mão caneta e régua para realizar uma medição precisa;
Marcar a lesão de acordo com a radiografia escolhida, ou seja caso a localizada seja realizada na incidência crânio-caudal, seguir os parâmetros técnicos fornecidos pela radiografia, usando sempre o mamilo como ponto de referência;
MAGNIFICAÇÃO:
Para ampliar uma área especifica;
Para demonstrar melhor o número e a forma de microcalcificações;
Usar sempre foco fino;
Não usar bucky, mama posicionada na plataforma de ampliação.
MANOBRA DE DESLOCAMENTO EKLUND:
As mamas com implantes requerem ajustes manuais de exposição nas incidências onde os implantes são incluídos. Como os implantes ficam sobre a fotocélula, há uma atenuação dos feixes de raios X fazendo com que haja uma imagem sobreposta. São realizadas quatro incidências. Uma em MLO e outra em CC com os implantes aparecendo nas imagens. O objetivo dessas imagens é estudar as margens do implante e o tecido mamário circundante. 
Outras duas incidências adicionais em MLO e em CC devem ser realizadas utilizando-se o método de Eklund. Neste método, o tecido glandular é tracionado anteriormente, sendo, dessa maneira, afastado do implante. Este é empurrado contra a parede torácica enquanto a placa de compressão é posicionada gradualmente sobre o tecido mamário localizado anteriormente ao implante. 
QUALIDADE DO EXAME DE MAMOGRAFIA:
Conforme um programa de acreditação do Americam College of Radiology (ACR), em que foram analisados 2.341 exames de mamografia, os artefatos foram reportados como sexto em ordem de importância, sendo responsáveis por 11% da falhas no exame. Os tipos mais encontrados foram determinados por pó ou poeira, linhas de grade e marcas dos rolos do processador.
ARTEFATOS:
Há numerosos tipos de artefatos derivados de diversas fontes na aquisição da imagem, todos resultando na degradação da imagem obtida. Os artefatos podem ser relacionados ao processador, ao desempenho do técnico de radiologia, à unidade mamográfica ou ao paciente. Radiologistas e técnicos de mamografia devem estar familiarizados com os numerosos artefatos que podem criar falsas lesões ou mascarar verdadeiras anormalidades.
Quando se examina um filme com relação aos possíveis artefatos, é importante tentar isolar o artefato, identificar sua fonte e fazer qualquer correção necessária para eliminar sua causa. Neste sentido, vários fatores devem ser considerados, incluindo a posição do artefato e suas características, como densidade, forma e distribuição na imagem.
ARTEFATOS RELACIONADOS AO PROCESSADOR:
As causas de artefato relacionadas ao processador são: sujeira nos rolos de impulsão, rolos de secagem molhados, repleção inadequada (grande quantidade) dos químicos de revelação e fixação, tempo inadequadas de imersão do filme nos químicos, produzindo imagens mais ou menos escuras nas áreas afetadas do filme.
ARTEFATOS RELACIONADOS AO PACIENTE:
Causados por moção ou superposição de objetos ou substâncias tais como partes do corpo, joias, roupas, cabelo, dispositivos médicos implantados, corpo estranho ou substância na pele (desodorantes e loções) que contenham materiais como zinco, alumínio e magnésio, que são radiopacos aos raios X e podem simular microcalcificações. A maneira eficaz de evita-los é informar às pacientes, no agendamento do exame, para não usarem produtos nas axilas e mamas.
Artefatos causados por interposição de cabelos são linhas brancas, curvilíneas e assimétricas. São mais comuns de serem vistos na incidência crânio-caudal do que nas incidências médio-lateral oblíqua ou perfil.
ARTEFATOS RELACIONADOS AO TÉCNICO DE RADIOLOGIA:
Artefatos associados ao desempenho do exame incluem manuseio impróprio do filme, limpeza inadequada do cassete, posicionamento e o funcionamento da câmara escura.
PROGRAMAS DE GARANTIA DA QUALIDADE
(PGQ):
Ao instalar-se um serviço de radiologia diagnóstica, deve-se adquirir um equipamento mamográfico que possibilite treinamento adequado aos técnicos que irão manuseá-lo, a fim de obter qualidade de imagem suficiente para bom diagnóstico e conhecer as doses de radiação que serão dadas às pacientes ali atendidas. Isso tem de ser feito, observando-se o custo-benefício entre qualidade de dose e imagem. Para que o serviço continue oferecendo diagnóstico de boa qualidade, mantendo a qualidade da imagem, otimizando as doses e com treinamento adequado dos técnicos, deve-se implementar Programas de Garantia da Qualidade (PGQ).
No Brasil, em 1998, foi publicada a Portaria SVS/MS n° 453, que tem por objetivo estabelecer parâmetros e regulamentar as ações para o controle das exposições médicas, das exposições ocupacionais e das exposições do público, decorrentes das práticas com raios X diagnósticos. Assim, define as ações necessárias para que se implemente um PGQ em toda sua extensão.
Mas o que é um PGQ em um serviço de radiologia diagnóstica?
Quando se pensa em qualidade, alguns conceitos devem ser definidos:
1. GARANTIA DE QUALIDADE: ações sistemáticas e planejadas, necessárias para prover confiança adequada, assegurando que o produto ou o serviço satisfaça as exigências de qualidade.
2. PROGRAMA DE GARANTIA DE QUALIDADE: instruções detalhadaspara se realizar as ações de garantia de qualidade para cada componente do equipamento, sistemas de equipamentos ou instalações, incluindo elementos de gestão da qualidade e técnicas de controle de qualidade.
3. CONTROLE DE QUALIDADE: técnicas operacionais e atividades que são utilizadas para atender às exigências de qualidade.
4. TESTE DE ACEITAÇÃO: ensaio realizado após a instalação de um novo equipamento ou modificações maiores no equipamento existente, a fim de verificar a concordância com as especificações contratuais de compra.
5. TESTE DE ESTADO: ensaio realizado para estabelecer o estado funcional do equipamento em um determinado instante.
6. TESTE DE CONSTÂNCIA OU TESTE DE QUALIDADE: cada um de uma série de ensaios realizados: para assegurar que o desempenho funcional do equipamento atenda aos critérios estabelecidos por normas ou documentos reguladores; ou para verificar se ocorreram alterações nas propriedades de componentes do equipamento.
7. VALOR DA LINHA DE BASE: valor referencial para os parâmetros funcionais obtidos no teste de qualidade inicial seguido imediatamente de ensaio de estado. Os testes posteriores devem reportar-se a estes valores iniciais para comparação e questionamento de possível alteração de valores.
PORQUE FAZER O CONTROLE DE QUALIDADE?
Ao se fazer uma radiografia, vários parâmetros influenciam consideravelmente a precisão do diagnóstico. Alguns deles podem ser citados:
1. O equipamento de mamografia deve estar calibrado, isto é, quando se seleciona os parâmetros técnicos no painel de controle, deve-se ter a certeza de que a tensão (kVp), corrente (mA), o tempo (ms) e o produto corrente – tempo (mAs) são exatamente aqueles selecionados.
2. A processadora de filmes deve ser dedicada para mamografia e deve estar funcionando bem, com a temperatura certa, troca adequada de produtos químicos, com a limpeza correta dos componentes. Ou, no caso de sistemas digitais, o processamento digital de imagens não deve apresentar problemas.
3. Os filmes radiográficos devem estar guardados corretamente em ambiente com temperatura e umidade controladas, conforme solicitado pelo fabricante do filme, e em posicionamento adequado.
4. Os chassis e os écrans devem estar conservados e limpos.
5. A câmara escura deve estar estruturada de tal forma que não vele o filme e deve estar sempre limpa.
6. Os técnicos devem estar treinados devidamente para que saibam posicionar o paciente, para que protejam o ambiente e a eles próprios da radiação ionizante, e estejam tecnicamente preparados para operar o equipamento de forma a utilizar a melhor técnica para um determinado tipo físico de paciente.
Em um primeiro momento, pode-se pensar que é muito complexo controlar tantas partes diferentes de um departamento de imagens médicas para se obter apenas uma radiografia. Porém, quando uma pequena parte não funciona a contento, surgem várias radiografias sem informação diagnóstica suficiente para esclarecer o médico, portanto, devem ser rejeitadas. Isso significa que os pacientes devem receber novas doses de radiação, assim como a equipe técnica e todo o departamento que trabalha de forma fragmentada. Além disso, alguns custos desnecessários são inseridos no processo:
Mais filmes e produtos químicos para o processamento serão gastos.
Mais desgaste desnecessário do equipamento.
Mais tempo despendido pelo técnico.
Vários laudos deverão ser refeitos pelos médicos responsáveis.
Uma solução que se encontrou para esse problema foi tornar um departamento fragmentado em um departamento coeso, onde cada parte possa ajudar a outra a obter o melhor resultado, o que leva:
A melhora na imagem diagnóstica.
A redução de doses aos pacientes e aos técnicos.
A redução de gastos e de tempo.
A maior empenho do técnico.
A maior conservação do equipamento de raios X.
Criou-se o PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE (PGQ), que consiste em tornar um departamento mais eficiente, repetindo o menor número de radiografias possível com a maior qualidade da mamografia para o diagnóstico. Resumidamente, pode-se concluir que a relação custo-benefício da implementação de um PCQ baseia-se em:
Custos:
– Aquisição de instrumentação adequada para medição, incluindo material de consumo.
– Tempo de interrupção do equipamento, ou da instalação, submetido ao ensaio.
– Custo do tempo da equipe associada, documentação e avaliação dos resultados do ensaio.
Benefícios:
– Manutenção de um desempenho adequado da formação de imagens da instalação.
– Utilização, de forma mais eficiente, da radiação X administrada ao paciente, controlando a dose recebida por ele.
– Redução de dose de radiação à equipe ao mínimo.
– Capacidade para maior fluxo de atendimento de pacientes.
– Consumo mais baixo de filmes radiográficos, de material químico e de outros materiais envolvidos no processamento da imagem
MONITORAÇÃO DA UNIDADE MAMOGRÁFICA:
No Brasil, a obrigatoriedade da monitoração da unidade mamográfica surgiu com a publicação, em 1998, da Portaria do Ministério da Saúde n° 4538, que fornece as diretrizes para implementação de PGQs em departamentos de imagem médica no território nacional. Porém, poucos parâmetros são citados na Portaria, assim, para completar a vistoria de um mamógrafo pode-se seguir também a publicação do ACR4, que é completo em termos de PGQ em mamografia. Na unidade mamográfica deve-se monitorar todos os parâmetros técnicos importantes para a formação de uma boa imagem radiográfica.
 FIM.

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