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BRIÓFITAS Conquista do ambiente terrestre e caracterização geral das briófitas Transição para o ambiente terrestre Organismos fotossintetizantes -LUZ -ÁGUA -DIÓXIDO DE CARBONO -OXIGÊNIO -MINERAIS Plantas terrestres desenvolveram uma estratégia evolutiva alternativa fator crítico = ÁGUA TERRA Algas Plantas terrestres 1) Diferenciação da estrutura básica 2) Desenvolvimento da epiderme com cutícula (reduz a perda de água) e estruturas para troca gasosa (poros, câmaras aeríferas e estômatos) 3) Estratégias para reprodução em terra (desenvolvimento de células estéreis em gametângios e proteção aos esporos) Raízes/rizóides Caules/caulídios Folhas/filídios Secundariamente: proteção contra UV, contra predadores, contra auto-toxidez. Caracterização geral das Briófitas Tradicionalmente dividida em três divisões ou filos: Hepatophyta = hepáticas (6.000 espécies) Anthocerotophyta = antóceros (100 espécies) Bryophyta = musgos (9.500 espécies) hepáticas antóceros musgos Antóceros Musgos Hepáticas Antóceros Hepáticas Musgos Embriófitas Licófitas Resumindo: Pryer et al. 2001 - São as plantas terrestres mais primitvas, cosmopolitas - apresentam alternância de gerações heteromórficas gametófitos são nutricionalmente independentes do esporófito e formam a geração CONSPÍCUA esporófitos são nutricionalmente dependendes dos gametófitos e formam a geração INCONSPÍCUA - não possuem raiz, caule e folhas verdadeiras Locais úmidos: florestas tropicais Locais úmidos: domésticos Próximo a cursos d’água Ambientes mais inóspitos, como a região polar Ártica Caracterização -Organismos eucarióticos, pluricelulares (apenas gametas são unicelulares); -Celulose na parede celular; pigmentos: clorofilas a e b; -Plantas de tamanho reduzido; -Não apresentam tecidos vasculares (xilema e floema) *Musgos: alguns com tecidos especializados (hadroma e leptoma) não lignificados -Ciclo de vida com alternância de gerações, heteromórficas, com esporófito diplóide (2n) parcial ou completamente dependente do gametófito para obter nutrientes e suporte, e gametófito haplóide (n) como geração dominante FASE HAPLÓIDE (n) = fase gametofítica -Gametófito: responsável pelas funções tróficas e vegetativas das briófitas - é ramificado, de morfologia variada, fotossintetizante e independente; - formado por rizóides, caulídios e filídios* Gametófitos mais simples -são prostrados, com pouca variação morfológica externa, talóides, sem diferenciação em filídios e caulídios, mas geralmente possuem rizóides -chamados de gametófitos talosos -ocorrem em parte das hepáticas e em todos os antóceros Gametófitos mais derivados -são eretos, diferenciados em rizóides, filídios e caulídios, de morfologia externa variável -chamados de gametófitos folhosos -ocorrem em parte das hepáticas e em todos os musgos Exemplos: Hepática talosa Antócero GAMETÓFITOS SIMPLES GAMETÓFITOS DERIVADOS esporófito Esquema de hepáticas folhosas Hepática folhosa crescendo sobre uma folha de angiosperma GAMETÓFITOS DERIVADOS Esporófito Variação morfológica do tipo “penados” em Bryidae Variação morfológica do tipo “almofadados” em Bryidae Gametófitos produzem gametas masculinos (anterozóides) e femininos (oosfera), encerrados em gametângios, estruturas estas chamadas anterídios e arquegônios, respectivamente. Anterídio: camada de células estéreis envolvendo tecido espermatógeno, onde cada célula espermatógena forma um anterozóide 2-flagelado Esporófito (2n) = produz esporos (n) em estruturas chamadas esporângios -estrutura efêmera, de morfologia simples, não ramificado, com esporângio terminal, com estômatos em antóceros e musgos -apresenta diferentes graus de complexidade de acordo com o grupo -geralmente possui: -Pé: imerso no tecido do gametófito feminino -Seta: haste que sustenta a cápsula -Cápsula: esporângio terminal envolto por tecido de células vegetativas com função de proteção; diferentes formas e mecanismos de liberação de esporos “Briófitas” Grande grupo Hepatophyta Anthocerotophyta Bryophyta Filo Hepatophyta (Hepáticas) nome oriundo do formato, semelhante ao fígado - Aproximadamente 6.000 espécies na maioria das vezes de pequenas dimensões, fixos ao substrato por rizóides unicelulares - hábito terrestre (solos e rochas úmidas ou sombreadas, sobre troncos ou ramos de árvores), poucas espécies aquáticas - duas linhas evolutivas distintas: 1) Hepáticas talóides complexas: com tecidos internos diferenciados 2) Hepáticas talóides simples e hepáticas folhosas: fitas de tecidos relativamente indiferenciados Exemplo: Marchantia - gametófitos: dicotomicamente ramificados, com nervura mais ou menos conspícua, superfície com pequenas áreas poligonais com poro aerífero no centro face ventral com rizóides Estrutura: - face ventral com escamas e rizóides - tecidos internos: a) porção dorsal do talo: células clorofiladas (fotossíntese), chamada zona assimilatória dorsal b) porção ventral do talo: células grandes que acumulam material de reserva, chamada zona de reserva ventral Poro aerífero: permite troca gasosa, similar ao estômato, mas sem movimento. Sempre associado a uma câmara aerífera - esporângios são localizados em estruturas específicas, chamadas gametóforos: anteridióforos (♂) e arquegonióforos (♀) ANTERIDIÓFOROS ANTERÍDIOS anterozóide ARQUEGONIÓFOROS Esporófito cápsula seta pé Arquegonióforo com arquegônios em diferentes fases esporos (vermelhos maduros) e elatérios Ciclo de vida de Marchantia sp. única fase 2n = esporófito - Reprodução assexuada: formam-se gemas no interior de conceptáculos 1 conceptáculo - Marchantia polymorpha Filo Anthocerotophyta (Antóceros) - Menor grupo de briófitas em termos de diversidade: 100 espécies/ 6 gêneros - Também habitam ambientes terrestres e úmidos, mais raros - Mais relacionados às algas verdes - Apresentam os estômatos permanentemente abertos - Gametófitos: os talos são achatados dorsi-ventralmente, geralmente em forma de prato, com os gametângios imersos no gametófito (♀ cél. superficiais, ♂ cél. hipodérmicas) - Esporófitos: diferenciados em pé e cápsula Tamanho bastante reduzido Antóceros crescendo sobre rochas (ambiente úmido) e detalhe de 1 indivíduo gametófito esporófito população 1 indivíduo Filo Bryophyta - maior divisão das briófitas, com ca. 660 gêneros e 9.500-14.500 espécies - dentre as briófitas, são os organismos mais adaptados à vida terrestre, grande capacidade de suportar dessecação hábitat diversos ambientes úmidos, sombreados, troncos de árvores vivas, mais raramente ambientes aquáticos Características estruturais -Gametófitos nunca talosos, podendo ser eretos ou prostrados -> porção ereta possui diferenciação em caulídios e filídios (folhoso) e geralmente de simetria radial, fixos ao substrato por rizóides multicelulares ramificadoS -> estruturas sexuais dispostas nas porções apicais do caulídio -Esporófito possui crescimento determinado e pode consistir em pé + cápsula + seta ou seta + cápsula não forma elatérios ou pseudo-elatérios -> cápsula possui epiderme e é deiscente por opérculo dispersão de esporos pelo vento! Sphagnum sp. Importância econômica, medicinal e ecológica Medicinal – antiinflamatório, antisseptico, na fabricação de fraldas, absorventes higiênicos e curativos (importante historicamente) Economicamente: usos decorrentes da ↑ capacidade de absorção e retenção de água uso em algumas culturas agrícolas como substrato para cultivo ou propagação vegetativa;; na decoração, paisagismo e artesanato… - primeiro grupo de plantas a apresentar formas primitivas de tecidos especializados para condução de água e nutrientes (hadroma e leptoma) Gametófito ---> Gametófitos com rizóides, filídios e caulídios filídios espiralados ---> apresentam 2 formas de crescimento: tipo “penado” ou “almofadado” Esporófito - Com pé, seta verdadeira e cápsula cápsulas muito variadas (tamanhos e cores), mas com caliptra persistente até a maturidade e peristômio caliptra cápsula seta GAMETÓFITO ESPORÓFITO Exemplo de Bryidae ESPÉCIES MEDICINAIS E COM IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL Sphagnum sp.- Musgo das turfeiras utilização em horticultura flavorizante de uísques Sphagnol - composto fenólico antibacteriano Fontinalis sp. – antifebril (Teoria dos Signos) Bibliografia: Biologia Vegetal (P.H. Raven et al.). 2006. Cap. 16.
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