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BRIOFITAS BEV 606

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BRIÓFITAS
Conquista do ambiente terrestre e caracterização geral das briófitas
Transição para o ambiente terrestre
Organismos fotossintetizantes
-LUZ
-ÁGUA
-DIÓXIDO DE CARBONO
-OXIGÊNIO
-MINERAIS
Plantas terrestres desenvolveram uma estratégia evolutiva alternativa
fator crítico = ÁGUA
TERRA
Algas
Plantas terrestres
1) Diferenciação da estrutura básica
2) Desenvolvimento da epiderme com cutícula (reduz a perda de água) e estruturas para troca gasosa (poros, câmaras aeríferas e estômatos)
3) Estratégias para reprodução em terra (desenvolvimento de células estéreis em gametângios e proteção aos esporos)
Raízes/rizóides
Caules/caulídios
Folhas/filídios
Secundariamente: proteção contra UV, contra predadores, contra auto-toxidez.
Caracterização geral das Briófitas
Tradicionalmente dividida em três divisões ou filos: 
	Hepatophyta = hepáticas (6.000 espécies)
	Anthocerotophyta = antóceros (100 espécies)
	Bryophyta = musgos (9.500 espécies)
hepáticas
antóceros
musgos
Antóceros
Musgos
Hepáticas
Antóceros
Hepáticas
Musgos
Embriófitas
Licófitas
Resumindo:
Pryer et al. 2001
- São as plantas terrestres mais primitvas, cosmopolitas
- apresentam alternância de gerações heteromórficas
	gametófitos são nutricionalmente independentes do esporófito e 	formam a geração CONSPÍCUA
	esporófitos são nutricionalmente dependendes dos gametófitos e 	formam a geração INCONSPÍCUA
- não possuem raiz, caule e folhas verdadeiras
Locais úmidos: florestas tropicais
Locais úmidos: domésticos
Próximo a cursos d’água
Ambientes mais inóspitos, como a região polar Ártica
Caracterização
-Organismos eucarióticos, pluricelulares (apenas gametas são unicelulares);
-Celulose na parede celular; pigmentos: clorofilas a e b;
-Plantas de tamanho reduzido;
-Não apresentam tecidos vasculares (xilema e floema)
	*Musgos: alguns com tecidos especializados (hadroma e leptoma) não 	lignificados
	
-Ciclo de vida com alternância de gerações, heteromórficas, com esporófito diplóide (2n) parcial ou completamente dependente do gametófito para obter nutrientes e suporte, e gametófito haplóide (n) como geração dominante
FASE HAPLÓIDE (n) = fase gametofítica
-Gametófito: responsável pelas funções tróficas e vegetativas das briófitas
- é ramificado, de morfologia variada, fotossintetizante e independente;
- formado por rizóides, caulídios e filídios*
Gametófitos mais simples
-são prostrados, com pouca variação morfológica externa, talóides, sem diferenciação em filídios e caulídios, mas geralmente possuem rizóides
-chamados de gametófitos talosos
-ocorrem em parte das hepáticas e em todos os antóceros
Gametófitos mais derivados
-são eretos, diferenciados em rizóides, filídios e caulídios, de morfologia externa variável
-chamados de gametófitos folhosos
-ocorrem em parte das hepáticas e em todos os musgos
Exemplos:
Hepática talosa
Antócero
GAMETÓFITOS SIMPLES
GAMETÓFITOS DERIVADOS
esporófito
Esquema de hepáticas folhosas
Hepática folhosa crescendo sobre uma folha de angiosperma
GAMETÓFITOS DERIVADOS
Esporófito
Variação morfológica do tipo “penados” em Bryidae
Variação morfológica do tipo “almofadados” em Bryidae
Gametófitos produzem gametas masculinos (anterozóides) e femininos (oosfera), encerrados em gametângios, estruturas estas chamadas anterídios e arquegônios, respectivamente.
Anterídio: camada de células estéreis envolvendo tecido espermatógeno, onde cada célula espermatógena forma um anterozóide 2-flagelado
Esporófito (2n) = produz esporos (n) em estruturas chamadas esporângios
	-estrutura efêmera, de morfologia simples, não ramificado, com 	esporângio terminal, com estômatos em antóceros e musgos
	-apresenta diferentes graus de complexidade de acordo com o grupo
	-geralmente possui:
-Pé: imerso no tecido do gametófito feminino
-Seta: haste que sustenta a cápsula
-Cápsula: esporângio terminal envolto por tecido de células vegetativas com função de proteção; diferentes formas e mecanismos de liberação de esporos
“Briófitas”
Grande grupo
Hepatophyta
Anthocerotophyta
Bryophyta
Filo Hepatophyta (Hepáticas)
	nome oriundo do formato, semelhante ao fígado
- Aproximadamente 6.000 espécies
na maioria das vezes de pequenas dimensões, fixos ao substrato por rizóides unicelulares
- hábito terrestre (solos e rochas úmidas ou sombreadas, sobre troncos ou ramos de árvores), poucas espécies aquáticas
- duas linhas evolutivas distintas:
	1) Hepáticas talóides complexas: com tecidos internos diferenciados
	2) Hepáticas talóides simples e hepáticas folhosas: fitas de 	tecidos relativamente indiferenciados
 Exemplo: Marchantia
- gametófitos: dicotomicamente ramificados, com nervura mais ou menos conspícua, superfície com pequenas áreas poligonais com poro aerífero no centro
face ventral com rizóides
Estrutura:
- face ventral com escamas e rizóides
- tecidos internos: 
a) porção dorsal do talo: células clorofiladas (fotossíntese), chamada zona assimilatória dorsal
b) porção ventral do talo: células grandes que acumulam material de reserva, chamada zona de reserva ventral
Poro aerífero:
	permite troca gasosa, similar ao estômato, mas sem movimento. Sempre associado a uma câmara aerífera
- esporângios são localizados em estruturas específicas, chamadas gametóforos: anteridióforos (♂) e arquegonióforos (♀)
ANTERIDIÓFOROS
ANTERÍDIOS
anterozóide
ARQUEGONIÓFOROS
Esporófito
cápsula
seta
pé
Arquegonióforo com arquegônios em diferentes fases
esporos (vermelhos maduros) e elatérios
Ciclo de vida de Marchantia sp.
única fase 2n = esporófito
- Reprodução assexuada: formam-se gemas no interior de conceptáculos
1 conceptáculo
- Marchantia polymorpha
Filo Anthocerotophyta (Antóceros)
- Menor grupo de briófitas em termos de diversidade: 100 espécies/ 6 gêneros
- Também habitam ambientes terrestres e úmidos, mais raros
- Mais relacionados às algas verdes
- Apresentam os estômatos permanentemente abertos 
- Gametófitos: os talos são achatados dorsi-ventralmente, geralmente em forma de prato, com os gametângios imersos no gametófito (♀ cél. superficiais, ♂ cél. hipodérmicas)
- Esporófitos: diferenciados em pé e cápsula 
Tamanho bastante reduzido
Antóceros crescendo sobre rochas (ambiente úmido) e detalhe de 1 indivíduo
gametófito
esporófito
população
1 indivíduo
Filo Bryophyta
- maior divisão das briófitas, com ca. 660 gêneros e 9.500-14.500 espécies
- dentre as briófitas, são os organismos mais adaptados à vida terrestre, grande capacidade de suportar dessecação
hábitat diversos
 ambientes úmidos, sombreados, troncos de árvores vivas, mais raramente ambientes aquáticos
Características estruturais
-Gametófitos nunca talosos, podendo ser eretos ou prostrados
-> porção ereta possui diferenciação em caulídios e filídios (folhoso) e geralmente de simetria radial, fixos ao substrato por rizóides multicelulares ramificadoS
-> estruturas sexuais dispostas nas porções apicais do caulídio
-Esporófito possui crescimento determinado e pode consistir em 
pé + cápsula + seta ou 
seta + cápsula
	não forma elatérios ou pseudo-elatérios
	-> cápsula possui epiderme e é deiscente por opérculo  dispersão de esporos pelo vento!
Sphagnum sp.
Importância econômica, medicinal e ecológica
Medicinal – antiinflamatório, antisseptico, na fabricação de fraldas, absorventes higiênicos e curativos (importante historicamente)
Economicamente:
usos decorrentes da ↑ capacidade de absorção e retenção de água 
 uso em algumas culturas agrícolas como substrato para cultivo ou propagação vegetativa;; na decoração, paisagismo e artesanato…
- primeiro grupo de plantas a apresentar formas primitivas de tecidos especializados para condução de água e nutrientes (hadroma e leptoma)
Gametófito
---> Gametófitos com rizóides, filídios e caulídios
filídios espiralados
---> apresentam 2 formas de crescimento:
tipo “penado” ou “almofadado”
 Esporófito
- Com pé, seta verdadeira e cápsula
cápsulas muito variadas (tamanhos e cores), mas com caliptra persistente até a maturidade e peristômio
caliptra
cápsula
seta
GAMETÓFITO
ESPORÓFITO
Exemplo de Bryidae
ESPÉCIES MEDICINAIS E COM IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL
Sphagnum sp.- Musgo das turfeiras
utilização em horticultura
flavorizante de uísques
Sphagnol - composto fenólico antibacteriano
Fontinalis sp. – antifebril (Teoria dos Signos)
Bibliografia:
Biologia Vegetal (P.H. Raven et al.). 2006. Cap. 16.

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