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CÁPSULAS DURAS E MOLES Cápsulas são receptáculos de gelatina, celulose ou amido de tamanho variado e de formato cilíndrico, destinados a veicular pós, grânulos, líquidos ou semisólidos em seu interior. Vias de administração: Oral, Bucal, Retal e Vaginal CAP. DURAS REQUISITOS DE QUALIDADE • Não devem sofrer alterações devido às condições ambientais (principalmente em países tropicais); • Mascarar odores e sabores desagradáveis; • Tamanhos e formas devem ser adequados às vias de administração; • Permitir rápida liberação do fármaco; • O invólucro deve ser desprovido de atividade farmacológica; • Deve fornecer homogeneidade de dose adequada. VANTAGENS • Mascaramento de sabor e odor desagradáveis; • Rápida liberação do fármaco; • Relativa proteção à luz, calor e umidade • (proteção parcial); • Fácil deglutição (preparação elástica e de • superfície lisa); • Possibilidade de revestimento; • Possibilidade de liberação prolongada. CONSTITUIÇÃO – INVÓLUCROS • GELATINA (Catelent, Capsugel, Embacaps, Shionogi) - Composição básica: gelatina, umectante (glicerina, sorbitol), corante ou pigmento, conservante, água (13-16%) • DERIVADO DE CELULOSE (Quali V- Shionogi; Vcaps - Capsugel) - Composição básica: Hidroxipropilmetilcelulose (Hypromellose), agente geleificante (goma carragena); promotor de geleificação (cloreto de potássio), corante ou pigmento, água (4-6%). • AMIDO (Capsugel, Pullulan® Shionogi) - composição básica: pullulan (polissacarídeo produzido pelo fungo Aureobasidium pullulans a partir do amido); geleificante, corante, água. CARACTERÍSTICAS – INVÓLUCROS PROCESSO • Processo de produção - domínio industrial • Matéria-prima principal → gelatina PARÂMETROS DE QUAL IDADE • Homogeneidade da espessura da parede do invólucro; • Rápida desagregação nos líquidos fisiológicos (5 a 10 minutos); • Impermeabilidade ao O2 e CO2; • Propriedades mecânicas constantes (elasticidade e dureza) nas condições ambientais normais (temperatura, pressão e umidade); • Proteção contra radiações luminosas, quando for o caso; • Não absorver nem perder excessivamente umidade. GERAIS • Receptáculos cilíndricos com as extremidades arredondadas; • Parte maior: corpo/base (acondicionamento do pó), menor diâmetro; • Parte menor: Tampa (fechamento da cápsula), maior diâmetro; • Podem ser transparentes ou opacos, coloridos ou não. • Sistema de fechamento e segurança das cápsulas duras COMPOSIÇÃO BÁSICA • Obtenção da gelatina: • Preparo dos inóculos − Dissolução da gelatina (35 – 40%) em água aquecida (60 – 70°C) − Adição de adjuvantes: plastificantes, corantes, pigmentos, conservantes − Imersão dos moldes cilíndricos (forma de pinos) de extremidade arredondadas na dispersão de gelatina aquecida − Tempo de secagem − Extração dos moldes − Aparamento no tamanho desejado − Corpo e tampa são agrupadas FORMULAÇÃO • Fármaco • Adjuvantes a) Diluentes: lactose, amido, celulose microcristalina; b) Lubrificantes/deslizantes: estearato de magnésio, talco, dióxido de silício coloidal; c) Absorventes: fosfato de cálcio, dióxido de silício (aerosil), carbonato de cálcio; d) Molhantes: polissorbatos, lauril sulfato de sódio; e) Desintegrantes: amido, amido glicolato de sódio, croscarmelose sódica, polivinilpolipirrolidona. FATORES QUE PODEM INTE RFERIR NO DESEMPENHO DA FORMULAÇÃO A. Tamanho de partícula do fármaco Partículas menores possuem maior área superficial total, favorecendo a dissolução B. Solubilidade do diluente Diluentes solúveis tendem a favorecer a dissolução do fármaco a partir da formulação, enquanto diluentes insolúveis podem retardar a dissolução dos fármacos C. Lubrificante – hidrofobicidade Aumento da concentração do lubrificante estearato de magnésio na dissolução do fármaco clordiazepóxido. Nota-se que o efeito pode variar de um leve aumento do tempo de dissolução até a dissolução insuficiente do fármaco D. Lubrificante + tamanho de partícula do fármaco Efeito do lubrificante lipofílico estearato de magnésio sobre a dissolução de amostras de rifampicina que apresentam diferentes tamanhos de partícula. Nota-se o ganho em dissolução para as partículas menores de rifampicina e perda para partículas maiores na presença de EM. E. Efeito do lubrificante na promoção do desempacotamento da mistura de pós Efeito da concentração do lubrificante estearato de magnésio em formulação hidroclorotiazida. Notar que até 1% a dissolução foi melhorada, graças ao “desempacotamento”da mistura de pós causado pelo EM. PROCESSO DE ENCAPSULAMENTO – MAGISTRAL ESCOLHA DO INVÓLURO • Compatibilidade do conteúdo com o invólucro • Preferências do fabricante: cor, forma • Necessidades do paciente (alergias, convicções pessoais); • Dose do fármaco e densidade do material a encapsular (define volume a encapsular); • Variando a densidade do conteúdo - diferentes características de preenchimento USO DE DENSIDADE COMPACTADA • Nesta técnica considera-se a melhor condição de acomodação do pó para verificar o volume que ele ocupa, a fim de que haja reprodutibilidade no preenchimento. • Qualquer valor intermediário entre Vap e Vcomp levará a variações no enchimento 1. Determinação do volume compactado − Amostra de fármaco A = 5g. − Transferir fármaco para proveta e determinar o volume após compactação até volume constante − Vcomp = 8mL ➔ d compactada do fármaco = 5/8 ➔ 0,625 g/mL − Volume ocupado pela dose recomendada do fármaco: − Escolha da cápsula – Cap. 0 – V = 0,68mL − Volume de excipiente necessário: − Caso esteja disponível cap. 00 → V = 0,95mL − Ensaio densidade compactada para excipiente: MISTURA • 3 instrumentos: Gral e Pistilo, Saco plástico, Misturador mecânico ENCHIME NTO • Enchimento de cápsulas ocorre por meio de tabuleiros. • Os sistemas de dosagem podem ser divididos em dois grupos: 1. Dependentes → dependem do corpo da cápsula diretamente para medir o pó. Cápsulas devem ser completamente e uniformemente cheias. − Método útil em processos industriais quando se conta com a ação da gravidade − As características de fluxo são determinantes para a obtenção de lote de cápsulas com homogeneidade de peso. 2. Independentes → o pó é medido em um dispositivo de medição especial, independentemente do corpo da cápsula. Nesse sistema as cápsulas podem ser parcialmente cheias. LIMPEZA E POLIMENTO • Jatos de ar, fricção e atrito. Podem ser encontrados no equipamento de enchimento ou separados. CAP. MOLES Forma farmacêutica sólida, constituída por invólucro de gelatina, constituído por uma única peça obtida pela selagem de dois filmes, contendo substâncias emolientes em sua composição CLASSIFICAÇÃO Podem ser classificadas segundo sua forma e capacidade como: • Cápsulas propriamente ditas: forma ovóide, cerca de 0,5mL; • Capsulinas: forma não esférica, 0,2 a 0,25ml; • Pérolas: forma esférica, 0,2 a 0,25mL; • Glóbulos: forma esférica ou ovóide, superior a 0,5mL USOS • Veiculação de substâncias sólidas, líquidas ou semissólidas, para administração em cavidades, principalmente oral. • Forma atrativa para a veiculação de óleos cosméticos. PREPARAÇÃO 1. Por imersão de moldes (artesanal) – sem aplicação atualmente 2. Por compressão de filmes de gelatina (Industrial) A. Gelatina (30-40%) + Água (30-40%) + glicerina (ou outro emoliente: sorbitol, propilenoglicol, PEGs – 20 – 30%) − Excesso de emoliente pode levar ao amolecimento da parede do invólucro I. Dissolução da gelatina em água II. Imersão em água glicerinada, aquecimento em banho-maria, sob vácuo III. Dissolução da gelatina IV. Concentraçãoaté obtenção de massa elástica V. Se corada incorporar corante solúvel (geralmente) na concentração necessária VI. Agitação cuidadosa, evitar incorporação de bolhas VII. Adicionar conservantes à formulação se necessário (ácido benzóico; benzoato de sódio, parabenos) B. Compressão - Método Scherer: aprisionamento de quantidades estabelecidas de formulação medicamentosa sólida (em dispersão), líquida ou semi-sólida entre folhas de gelatina glicerinada que se soldam por compressão, sendo concomitantemente recortadas. EXERCÍCIO Escolher a cápsula adequada para a seguinte formulação. Verificar a necessidade de diluente. Determinar a quantidade de excipiente necessária para preparar 1000 cápsulas
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