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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE Esta unidade tem como foco a gestão de estratégia de comunicação, tendo por base o estudo da comunicação e suas interferências e demandas diante do contexto atual, trazendo as contribuições e alterações, que decorreram desde os tempos mais remotos. Especificamente, foram enfocadas: a) a comunicação na sociedade com ênfase no poder público, na mídia, e a sua relação com o processo democrático; b) a comunicação no âmbito das empresas, detalhando a questão da era digital e suas influências, o planejamento estratégico e a cultura organizacional; e c) o marketing e a imagem corporativa, que trazem grandes benefícios às empresas, quando aplicados de forma exitosa. Trata-se de um módulo destinado a estudantes que necessitarão usar a comunicação como ferramenta de trabalho nos mais diferenciados ambientes, das ONGs até o setor público, bem como ter posse desse instrumento para lidar com questões empresariais, evidenciando que o fato de comunicar-se de forma adequada traz ganhos a todos os tipos de ofício, em especial, àqueles que necessitam lidar com o público. Justifica-se esse estudo devido à relevância que a comunicação tem na vida cotidiana e organizacional, quando colocada em prática com eficiência e eficácia, haja vista que hoje, com a internet, houve uma maior fluidez no setor comunicacional, reduzindo as barreiras culturais e sociais – fruto da globalização – estreitando o relacionamento entre milhares de indivíduos. Os resultados evidenciaram que, com o uso planejado e efetivo da comunicação no campo de trabalho, há uma melhor possibilidade de compreensibilidade e, consequentemente, êxito na função. Além disso, o marketing e a propaganda podem ser dois aliados poderosos na empresa, gerando lucros e melhorando a imagem da empresa perante a sociedade. Palavras-chave: Comunicação Estratégica; Marketing; Comunicação Organizacional. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3 CAPÍTULO 1 - A COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE....................................................5 1.1 COMUNICAÇÃO E DEMOCRACIA .......................................................................6 1.2 COMUNICAÇÃO DO SETOR PÚBLICO ........................................................... 10 1.3 RELAÇÃO COM A MÍDIA ..................................................................................... 15 CAPÍTULO 2 - COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ...................................................... 20 2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA COMUNICAÇÃO .............................. 21 2.2 CULTURA ORGANIZACIONAL E COMUNICAÇÃO ....................................... 25 2.3 COMUNICAÇÃO NA ERA DIGITAL ................................................................... 30 CAPÍTULO 3 - MARKETING E IMAGEM CORPORATIVA ....................................... 35 3.1 GESTÃO DE MARKETING .................................................................................. 36 3.2 GESTÃO DE MARCA............................................................................................ 40 3.3 A IMAGEM E IDENTIDADE NA COMUNICAÇÃO ........................................... 45 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 52 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO Desde os tempos mais remotos, a comunicação é usada pelos humanos para relacionar-se com seus pares. Com o passar do tempo, as estratégias de comunicação foram sendo aprimoradas, e hoje, poder-se dizer que, na era digital que vivemos, a comunicação está cada vez mais rápida e evoluída. Muitas barreiras comunicacionais têm sido quebradas em prol da melhor viabilidade de comunicação. Para que a sociedade funcione de modo eficaz, a comunicação é imprescindível, pois fazer-se entender, nesse contexto, coopera para que as demandas dos indivíduos sejam supridas. Pontuar sobre democracia dentro da comunicação é imprescindível, pois nos países que adotam esse sistema, deve haver imparcialidade, divulgação e transparência nas notícias, pois ainda que firam o poder público, a liberdade de expressão necessita ser garantida ao cidadão, haja vista que é extremamente danoso não estar ciente da realidade vigente, e a comunicação traz à luz esse cenário. Tratar ainda da comunicação no âmbito do poder público é de suma importância para que seja dada a transparência das ações efetivadas por esse âmbito, permitindo que, desse modo, a sociedade venha a exercer o controle social, acompanhando com proximidade a ação dos governantes. A comunicação, portanto, deve ser clara, precisa, simples e inclusiva. Considerando que funciona em um mundo heterogêneo muito amplo, todas as plataformas de comunicação disponíveis devem ser usadas para que as informações cheguem aos cidadãos corretamente, corroborando para que venham a interferir na sociedade de forma positiva, buscando o bem-estar social. As relações do comunicador com a mídia são essenciais nesse século em que vivemos, conhecida como assessoria de imprensa, esse instrumento pode promover de forma massiva a empresa ou organização, caso sejam realizados os contatos certeiros com a mídia, dando uma visão clara e exitosa da empresa, evidenciando o seu potencial. Para tanto, é necessário que a comunicação empresarial esteja firmada no tripé: planejamento estratégico, cultura organizacional e imersão na era digital, para Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. que venha a fazer fluir uma comunicação sem ruídos, chegando aos objetivos propostos. Nesse patamar empresarial, o marketing, aliado à imagem corporativa, pode trazer grandes ganhos à empresa. No mundo contemporâneo, o mercado publicitário ajuda a aprimorar os conceitos antropológicos e de marketing na arte de vendas. A empresa aloca recursos, atenção e energia para construir e gerenciar a marca e conectá-la à imagem da empresa. Uma marca constitui uma identidade única, estabelecendo um compromisso de valor relevante e duradouro para um determinado produto, serviço ou organização, e o valor determinado pelo consumidor através da marca pode ser mais importante que o próprio produto. Desse modo, a marca da empresa ganha um patamar muito relevante, pois transmite a essência da empresa ou organização, remetendo ao produto ou serviço.Por isso, esse instrumento necessita ser bem construído, de modo a refletir uma imagem que leve o consumidor a comprar e seguir tendências e ideias que a marca propõe. Observa-se até aqui a relevância e a complexidade da comunicação estratégica para o mundo empresarial, sendo uma técnica, e porque não dizer – arte, e saber usá-la pode garantir que os objetivos organizacionais sejam alcançados. Esse material é destinado a estudantes, que amanhã – enquanto profissionais – precisarão usar os atributos e instrumentos comunicacionais no exercício de suas atividades profissionais. Solicita-se do estudante que tenha um conhecimento prévio da língua portuguesa em um nível médio, e certa compreensão dos princípios da administração, para que possa compreender a abrangência do campo comunicacional; conhecer as ferramentas de comunicação organizacional; a relação do profissional com os clientes, mídia, governo e sociedade, bem como o público que o cerca com mais proximidade, como os stakeholders. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 - A COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE A comunicação está presente desde sempre na humanidade. Os indivíduos comunicam-se desde o nascimento, expressando emoções para fazer-se entendidos, sendo esse um poderoso instrumento, capaz de mobilizar a sociedade. Com os progressos nas áreas de comunicação e tecnologia, houve uma maior fluidez e facilidade para acessar os mais diversos meios comunicacionais, democratizando as informações para todas as parcelas da sociedade. Sendo um direito de todos os cidadãos, a comunicação deve estar acessível a todos os que necessitarem desse instrumento, com a condição de ouvir e serem ouvidos, para que haja uma interação na sociedade de forma benéfica. Diante de um maior volume de informações circulando nos meios - que hoje são muitos – houve a busca de maior transparência quanto aos dados relativos aos investimentos públicos. Ao passo que o controle social - prática da sociedade de acompanhar e controlar os gastos públicos, bem como influir quando possível - tornou-se mais acirrado. Por isso, o setor público deve agir apresentando uma prestação de contas nas áreas social e econômica, evidenciando as suas ações e os gastos investidos. A relação do poder público com a mídia exige, desse modo, conectividade de forma que os interesses do governo possam ser noticiados com parcialidade, o que pode- se afirmar ser uma questão dificultosa, pois cada veículo acaba por tomar partido em favor de algum segmento da sociedade. Porém, esse é um grande desafio a ser buscado. Perante o elucidado, esse primeiro capítulo aborda as relações da sociedade por meio da comunicação, pois, a partir dela, as relações humanas são fundamentadas, cabendo aos mediadores torná-la o mais compreensível possível, para que haja uma melhor interação entre os indivíduos, colaborando, desse modo, para o bem-estar social e a existência de uma sociedade mais justa e igualitária. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.1 COMUNICAÇÃO E DEMOCRACIA O que chamamos hoje de democracia é fruto de um ambiente muito diferente de comunicação. Oficialmente, a comunicação foi criada há pelo menos duzentos anos, tendo passado por algumas reformas no século XX, através de várias alterações de cenários políticos, sociais e econômicos: Aquele velho sistema capitalista da Revolução Industrial foi se tornando, durante o século XX, ultrapassado e insustentável como o regime comunista. A noção de acumulação de capital, de colonização e a concepção de mercado foram alteradas […]. Não se abandonou o Capitalismo por outro sistema como durante a transição do regime medieval para a Idade Moderna. O Capitalismo ganhou força e formato e estratégias novos para suplantar outros modelos de governo. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas perdeu territórios, corridas tecnológicas e econômicas (PAIVA, 2007, p. 2). Observa-se, diante do elucidado, que a comunicação muito é entrelaçada com o contexto que vivência a sociedade, influenciando e sendo influenciada por ele, de acordo com as mudanças trazidas pela sociedade. No século XX, a comunicação foi reestruturada. Começou a haver maior participação da sociedade na vida política, colocando-se de forma mais integrada com os acontecimentos do mundo, tendo esse instrumento cooperado muito com esse processo. Os canais de comunicação, em países democráticos, necessitam transmitir uma comunicação sem interferências políticas ideológicas; no entanto, a imprensa ainda precisa galgar muitos degraus nesse intento, haja vista que, principalmente os meios de comunicação de massa de maior porte são, normalmente, tendenciosos. Ao passo que é possível colocar que a imparcialidade é utópica, pois, ainda que se exponha os dois lados de uma situação, a mídia acaba, inevitavelmente, tomando partido, haja vista que a parte que mais se aproxima da ideologia do veículo, será sempre melhor exposta, e, assim, a comunicação incide sobre o mundo social, com o objetivo de moldá-lo (MIGUEL, 2017). A Figura 1 mostra a questão da manipulação da mídia através da imprensa. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 1: A manipulação dos meios de comunicação de massa Fonte: Agência Experimental de Jornalismo, 2017. Por outro lado, os veículos de comunicação costumam ser atacados pelo governo, quando o confrontam, mas é importante, para que haja divulgação fluida e eficaz; que os comunicadores continuem insistindo em comunicar, ainda que padecendo perseguições, tais como foram vistas no período da ditadura, entre 1964 e 1985, quando houve uma acirrada repressão à imprensa. No entanto, a questão da relação do governo com a imprensa não ser harmônica é até salutar, para que sejam evitados conchavos em prol do poder público, em detrimento da sociedade. Conhecida, também, como “quarto poder”, em relação aos outros três (Legislativo, Executivo e Judiciário), a mídia exerce grande influência no cenário político por dar vez ou não à voz do governo, tendo o poder de manipular as informações em prol de suas ideologias, influenciando fortemente a agenda política dos países ditos democráticos. Essa obsessão com a imprensa ocorre, de fato, devido ao seu poder persuasivo, que pode influenciar a economia e a política, bem como propor novas Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. ideologias, conforme Chauí (2017). Observa-se, então, o descomunal poder que têm nas democracias. Haja vista, que em países onde não há liberdade de expressão, acomunicação possui apenas uma vertente – normalmente – governamental. Com o avanço da sociedade nas questões críticas levantadas pela mídia, no meio de uma grande quantidade de notícias falsas, denominada fake news (compartilhamento de notícias falsas pela imprensa marrom, com más intenções), e a propagação de meios tendenciosos, passou-se a ter grande desconfiança da mídia. Esse é um grave problema enfrentado, pois a dita imparcialidade e compromisso com a verdade, tornarem-se sem credibilidade. Ao passo que é preciso haver uma reflexão dos condutores do mass media (conjunto de meios de comunicação de massa) sobre esse fato, para que o direito de propagar caminhe com a verdade e a imparcialidade. Existe uma grande ilusão de que nos regimes democráticos quem governa é o povo, no entanto, “sua influência nas decisões políticas é filtrada por mecanismos de intermediação, entre os quais a mídia”, segundo Miguel (2017, p. 1). Os governos são movimentados por um forte aparato de influências políticas, onde interesses de grupos são colocados em prevalência, sendo deixadas em segundo plano as questões social e econômica dos cidadãos. Desse modo, a agenda pública é fortemente afetada pela mídia, sendo deveras manipulada, assim, quando o governo tem a mídia como inimiga, suas possibilidades de sucesso são remotas. Assim, muitos esforços de acordos entre a mídia e os blocos políticos, numa tentativa de manipulação da opinião púbica, sempre geram uma comunicação manipulada e falsa, onde apenas um lado é evidenciado. FIQUE ATENTO! Para saber mais sobre esse assunto, acesse o link do YouTube, para o vídeo intitulado: Coringa, Mídia e Quarto poder [Manipulação da Mídia no Indivíduo], que retrata sobre como o filme do Coringa apresenta a relação entre o Indivíduo e a Mídia. Saiba Mais: https://www.youtube.com/watch?v=inWHBmgXf1A Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Sobre isso Miguel (2017, p. 3) colocou que: O desaf io não se coloca mais em termos de adesão à realidade factual, mas de sensibilidade às diferentes perspectivas, valores e interesses que presidem os critérios de hierarquização dos diferentes grupos sociais. Em resumo, o nó da questão não está na imparcialidade, mas no pluralismo. Então, o cerne da questão aqui é para além da busca da imparcialidade; é o dar voz aos diferentes segmentos da sociedade para que a comunicação seja fundamentada na democracia e, assim, menos tendenciosa. IMPORTANTE! O mass media compreende o conjunto dos meios de comunicação de massa (jornal, rádio, televisão, internet, dentre outros). Caracterizando a sociedade democrática, Chauí (2017) afirmou que, diante de um regime definido como democracia, imagina-se estar perante um regimento onde a ordem concede garantias da liberdade individual. No entanto, encontra-se nesse contexto a competição econômica, conhecida como “livre-iniciativa”; a disputa político-eleitoral e o poder judiciário, que normalmente tenta limitar o poder político para defender a democracia. Nesse contexto encontra-se a mídia, ainda que dentro de um patamar que usufrui da liberdade de expressão, é regida, de certa forma, e porque não colocar – de forma acirrada – pelos poderes supracitados. Esse panorama pode ser vislumbrado na Figura 2: Figura 2:A comunicação e suas interferências Fonte: Adaptado de Cunha, 2018. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Observa-se, então, que a comunicação, ainda que inserida na democracia, sofre vários tipos de influência, portanto, a imparcialidade tão procurada, na verdade é inexistente, devendo-se optar, nesse caso, pelo pluralismo para que todos os segmentos da sociedade possam ser ouvidos de forma igualitária, configurando desse modo a liberdade de expressão, característica dos regimes democráticos. SAIBA MAIS: Filme sobre o assunto: The post: A Guerra Secreta (Steven Spilberg, 1h 56 min) Acesse os links: https://www.primevideo.com/detail/0IIHBD45GB3NRALEQ T4KZESCF0/ref=atv_dp_share_cu_r Observação: O filme trata de uma problemática onde documentos mostraram que, mesmo que as forças armadas dos EUA tenham sofrido pesadas perdas, foram mantidas no campo de batalha por muitos anos para evitar humilhar os Estados Unidos. Ao contrário da história contada pela Casa Branca. O filme foi dirigido por Steven Spielberg e estreou em 2017. 1.2 COMUNICAÇÃO DO SETOR PÚBLICO A comunicação institucional no setor público é um dos pressupostos a que a garantia da democracia seja efetivada de modo transparente, com a promoção do exercício da cidadania, a fim de que todos tenham acesso a uma comunicação em que os dados relativos à administração pública sejam evidenciados de forma clara e imparcial. Fazem parte da comunicação no setor público uma grande quantidade de influenciadores, os stakeholders, isto é, os setores com os quais a comunicação pública faz conexão, conforme mostra a Figura 3: Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 3: Conexões da comunicação pública Fonte: Duarte, 2002. Observa-se, então, a influência do próprio governo, dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, ONGs, imprensa, movimentos sociais, empresas, partidos políticos, classes representativas, dentre outras instâncias, que podem interferir na comunicação e a agenda pública. Então, os interesses dos stakeholders acabam por nortear as ações e publicidades da comunicação governamental. A comunicação pública é também conhecida como comunicação governamental, política, publicidade governamental ou propaganda política, de acordo com Brandão (2009), e tem como objetivo construir uma imagem pública e favorável do governo, normalmente, direcionando as informações a seus interesses. Porém, a comunicação no setor público deve refletir as demandas da sociedade e sua efetivação que, em forma de notícias e informações, deve fazer prevalecer os interesses da sociedade, não da gestão pública. No entanto, o que muito se observa é uma comunicação pública tendenciosa, quando os gestores públicos usam esse instrumento com fins eleitoreiros e - por que não pessoais, muitas vezes - para promover-se de forma individual. Ao passo que, é bastante incomum o veículo de comunicação público transmitir divulgação de forma imparcial. O fato é que as assessorias de imprensa no setor público são orientadas a promover, a qualquer custo, o governo. E pior, há também muita notícia falseada e Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. tendenciosa na comunicação governamental, tais como os seguintes exemplos:mostrar ações que não aconteceram, tomar posse de atividades de outras instâncias divulgando como se fossem suas, manipulação de dados numéricos, para ampliar os benefícios de determinada atuação e mostrar números menores em gastos, bem como mais uma infinidade de artifícios que o poder público costuma usar em seu favor. A Teoria Institucional evidencia que existe muitas influências externa e in terna para a prática da comunicação no setor público; dentre esses fatores, é possível citar um esquema cognitivo, pois é preciso ter ciência dos pressupostos relativos ao ambiente comunicacional; a orientação normativa, inclusive relativas à legislação e portarias pertinentes ao setor público; regras limitantes, que são entraves impostos à comunicação pública; e ingerência do comportamento social, que influencia fortemente a comunicação no setor público, haja vista que um dos maiores objetivos desse tipo de comunicação governamental é estabelecer conexão um o público, ganhando a confiança desse (CARVALHO; VIEIRA, 2003). A Figura 4 mostra essas interferências que sofre a comunicação no setor público: Figura 4: Interferências na comunicação no setor público Fonte: Autora, 2020. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Os supracitados autores ainda afirmaram que a teoria da comunicação institucional torna visível os processos de criação, estabilização e renovação das organizações, desde o exercício e modelos socialmente atestados, transportando para o diagnóstico institucional o cerne político e a luta de interesses no âmbito e fora das instituições. Desse modo, a comunicação institucional é envolta nos seguintes fatores, conforme a Figura 5: Figura 5: Fatores que influenciam a comunicação organizacional Fonte: Autora, 2020. A sociedade tem como direito a garantia da comunicação pública com transparência, vinda do governo, para que a cidadania seja fomentada, com vistas ao processo democrático, dando abertura às necessidades e interesses dos cidadãos no setor público, pois, uma vez que o indivíduo tem acesso a informações seguras do governo, acaba tendo melhor condição de influir no processo de construção da democracia, por meio do controle social, que é um instrumento de regulação da sociedade mediante o acompanhamento das informações e contas públicas, para ter conhecimento do que tem sido realizado pelo Governo, e os valores gastos pelo poder público. Um dos grandes desafios da comunicação no setor público é isentar o processo de comunicação da politicagem, fortalecendo o caráter instrucional, e isolando os interesses institucionais e da gestão. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE ATENTO! A linha do tempo abaixo descreve os avanços na comunicação pública no Brasil. Figura 6: Linha do Tempo do Avanço da Comunicação Pública Fonte: Elaborado pela autora, 2020 (adaptado de BRASIL, 2020). Dentro desse contexto, a legitimidade do interesse comum é o sustentáculo da comunicação no governo, tendo por alvo levar a público a informação sobre ações realizadas, e prestação de contas para que os cidadãos possam acompanhar a evolução das ações da gestão pública, e de certo modo, influir na agenda pública, colocando as demandas diante do poder público. Para isso, é de grande relevância que a comunicação institucional no poder público tenha canais abertos de comunicação com a população, como ouvidorias e afins, e que funcione efetivamente, passando o poder público a interagir e atender às necessidades do público, bem como transmitir orientações e informações relativas ao setor público, no momento em que os cidadãos necessitarem dessas informações. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. IMPORTANTE! Uma ouvidoria é uma instância de faz uma ligação entre o cidadão e a administração pública dos âmbitos federal, estadual e municipal. Nesse canal de comunicação é possível fazer sugestões, elogiar a gestão pública, solicitar serviços, reclamar e denunciar irregularidades. Geralmente um telefone, chat ou e-mail é colocado à disposição do cidadão, para que seja possível entrar em contato com a ouvidoria. Finaliza-se este tópico evidenciando a relevância da comunicação no setor público de forma a propiciar que sociedade tenha acesso às ações e dados concernentes à instância pública, a fim de que os cidadãos possam influir e participar da vida pública, conforme é direito seu preconizado pelo regime democrático. SAIBA MAIS: Série sobre o assunto: House of Cards House of Cards trata da situação política nos Estados Unidos e das relações de aliança e disputas internas de poder que ocorrem entre o Congresso e as posições executivas dos EUA, mostrando a importância da comunicação institucional nesse caso, cooperando com o entendimento sobre a relação dos jornalistas investigativos e representantes do alto escalão político. 1.3 RELAÇÃO COM A MÍDIA O relacionamento com a mídia é uma atividade complexa, com muitas variáveis a serem consideradas no processo: pressão do tempo do repórter, disputas sobre exclusividade entre a mídia, acordo entre clientes e repórteres, conflitos de interesse e assim por diante. Todos esses fatores estão relacionados com a boa imagem e reputação da empresa, por meio de estratégias eficazes de relações com a mídia. Com a multiplicação e avanço da tecnologia, a comunicação obteve um grandioso progresso neste século, que ficou marcado pela implementação de novas mídias, segundo Rodrigues, Chimenti e Nogueira (2012). Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SAIBA MAIS: Os indivíduos têm investido mais nas novas mídias do que nas mais antigas, como rádio, jornais e revistas, o que leva a crer que é um grande desafio conquistar o público, diante da imensidão de meios novos dispostos na mídia da atualidade e sua vastidão, tendo como instrumento a internet A vastidão do público que a internet alcança, através da mídia, com os diversos tipos de instrumentos, mostra o grande alcance dessa tecnologia, que trouxe grandes avanços ao processo de comunicação. Sobre o poder da mídia na atualidade, Pupoet al (2017, p. 50) afirmou que: “É fato que a mídia tem ganhado cada vez mais espaço na vida dos indivíduos e hoje já não se limita ao âmbito do lar. As inovações tecnológicas atuais propiciam acesso instantâneo às informações e ao entretenimento”. Blunler e Coleman (2017, p. 8) traçaram o seguinte retrato do supracitado instrumento nos dias atuais: O próprio modelo dos sistemas políticos de comunicação predominantes nas práticas e escolas de pensamentodas democracias liberais no século XX foi transformado e hoje é datado em muitos sentidos. Se antes as comunicações políticas eram mais ou menos equilibradas, agora elas são abundantes – em termos de fontes, variedades de gênero e de dispositivos, localidades e momentos de recepção. A dominação de um único meio(televisão) deu lugar a uma multiplicidade de plataformas de comunicação. O que antes era um sistema de comunicação política piramidal, de cima para baixo, tornou-se uma via de mão dupla, recíproca, que perpassa todos os lares. As relações entre os principais atores de comunicação foram reconf iguradas. A política em si é hoje situada de outra forma nos sistemas sociocomunicacionais. Apesar de a cultura política, práticas e instituições terem sido permeadas por elementos sagrado s e seculares –tanto na esfera de valor intrínseco como uma simples corrida para ganhar e manter poder e inf luência –, posicionamentos sagrados têm, ao longo do tempo, ocupado um espaço cada vez menor no pensamento e nos comportamentos de líderes políticos, jornalistas e cidadãos. As relativas uniformidade, coerência e simplicidade que, por tanto tempo, prevaleceram, agora dão lugar à complexidade, multiplicidade, variedade e interf luxos. O papel da mídia é de grande relevância nos regimes democráticos, pois põe em evidência o que poderia não vir a conhecimento do público em regimes onde há repressão da comunicação, garantindo a visibilidade das informações e fomentando o debate e a problematização, através do alcance da audiência, com a possibilidade de mobilizar o público para o que tenciona a proposta da comunicação dirigida. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE ATENTO! Dentre os muitos tipos de mídia, existe uma capacidade limitada de cada meio, no explanar da realidade, por isso, é preciso uma escolha do instrumento mais adequado para esse fim. É importante considerar que a visibilidade na mídia não é um processo que ocorre por acaso, mas acomete uma série de fatores, como as estratégias daquilo que se deseja expor, o que envolve uma mobilização e tematização do assun to, além de esforços econômicos e recursos humanos, para inserção das temáticas na mídia, dentre uma pluralidade de atores sociais, alcançando diversos públicos e grupos sociais. O poder da mídia encontra-se no fato de que a mesma pode favorecer, incluir, moldar ou, ainda, excluir certos temas que não sejam favoráveis a sua ideologia; por isso, o manejo com esse instrumento é de suma relevância sendo mostrado o que de fato se pretende, favorecendo, desse modo, a instituição proponente da notícia. Pereira et al. (2006) colocou as seguintes características dos meios de comunicação de massa, que compõem a mídia: a) amplo alcance; b) comunicação extensa e num sentido único, tendo o poder de alcançar um público variado; c) a mensagem é transmitida para toda sociedade, de maneira singular; d) atuação mínima do destinatário final (receptor); e) o receptor interage apenas se assim o desejar; f) comunicação veloz, a fim de que seja recebida sem muita reflexão; g) aptidão persuasiva com capacidade de formar opinião; h) propagação de culturas, divertimento e informações. O valor estratégico e a natureza das relações com a mídia não se tratam apenas de uma tática, mas trazem um valor intrínseco para a organização, que não são um meio para atingir algo, mas sim, um objetivo em si. Os conceitos da comunicação têm mudando muito rapidamente, em especial, nesse último século. Os comunicólogos não trabalham apenas em grandes meios de comunicação, mas também em veículos menores e mais simplórios. Porém, é Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. possível influenciar massivamente, através das redes sociais, ainda que através de pequenos veículos, haja vista o alcance das redes sociais, como o Facebook, Instagram, Twitter e outras. SAIBA MAIS: Os instrumentos que a mídia usa transformam a informação, através da influência e sugestibilidade, tanto nos veículos de grande porte, quanto os menores. Recomenda-se, desse modo, que o relacionamento com a mídia dê-se em todos os níveis de veículos, desde que sejam instrumentos sérios e emanem credibilidade. Essa relação deve traduzir um respeito mútuo, jamais uma manipulação. O fato é que os veículos de maior porte têm um maior poder de alcance, porém, os veículos locais, por exemplo, também têm o poder de impulsionar um negócio ou uma ideia. O fato é ter em mente que o relacionamento com a mídia deve ser, preferencialmente, harmonioso, mesmo nos mais variados sistemas. Então, não deve-se ter preconceitos com os veículos menores. A questão principal nesse âmbito não é aparecer em veículos de grande porte, mas quais os ganhos o meu público terá com essa publicação? Pois o alvo da empresa e/ou organização é a satisfação do público com o seu produto ou serviço. Assim, a relação com a mídia deve ser proativa, para que a organização tenha a possibilidade de ser melhor retratada, e que as metas e objetivos da empresa sejam alcançados. Antes de estabelecer um contato mais acurado com a mídia, é preciso que a empresa ou organização tenha em mente qual o objetivo da empresa e, depois, qual o seu público-alvo, para que a comunicação possa ser direcionada, conforme o que a organização almeja, e ao público adequado, o que coopera também para o direcionamento das mídias adequadas. Cabe nesse momento ressaltar as vantagens de possuir visibilidade e credibilidade da mídia, pois um fato é o empresário, com sua assessoria de imprensa, relatando sobre seus produtos e/ou serviços e suas vantagens, e outro é realmente a mídia transmitindo a mensagem de forma independente. Pois, ao passo Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. que o público está cada vez mais exigente, a opinião dessa é muito importante, sendo uma forte potencializadora de opiniões. Quando a empresa chega ao patamar de ser observada e comentada na mídia, a sua confiabilidade perante o público automaticamente aumenta muito. Muitas estratégias podem ser usadas para potencializar o contato com a mídia, por exemplo, convite para a mídia integrar entrevistas coletivas, contato direcionado com repórteres de determinadas mídias, entrega de mix de comunicação para a mídia, para dotar de conhecimento o produto ou serviço que deseja expor, além de ampliação dos contatos com a mídia, incluindo os veículos locais. Cada organização, através de um plano de comunicação, deve analisar quais os veículos mais adequados ao seu público e estratégias de adentrar a mídia, de modo a beneficiar a empresa e fazer-se conhecida favoravelmente. Para tanto, a assessoria de imprensa é de grande relevância para contatar os meios adequados. 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma partedeste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 - COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL A comunicação está presente em todos os âmbitos da sociedade, sendo mais organizada no âmbito das empresas, que diante de uma nova configuração de mundo, imersa em novas tecnologias e nos contínuos avanços que propiciaram instrumentos mais ágeis e potentes de interlocução, tem como desafio deste século comunicar da forma correta, nos meios adequados e para o público certo. Para sobressair-se diante desse panorama, é preciso que a comunicação aconteça de forma sistematizada nas empresas. Para tanto, o planejamento estratégico da comunicação é fundamental, para que a comunicação dê-se de modo a favorecer o alcance dos objetivos da organização em curto, médio e longo prazos, e de forma a alcançar todo público que cerca a organização. As empresas possuem uma cultura própria e, dentro dessa práxis, são desenvolvidas formas próprias de fala e conduta, dentro dos valores concebidos nesses ambientes. Por isso, para transmitir uma comunicação com menos ruído e mais apropriada, a assessoria de comunicação necessita levar em consideração a questão da cultura vivenciada na organização. Além disso, é necessário ter em mente que nesse século é experimentada a era digital, quer dizer, as mudanças são muito velozes, diante da rapidez da internet e das novas formas de comunicação, que aparecem em múltiplos formatos e em grande quantidade, sendo necessário que a empresa esteja antenada às novidades que propiciem ganhos econômicos e sociais. O fato é que a comunicação empresarial, na atualidade, deve procurar adaptar-se às mudanças impostas pela sociedade e a tecnologia, comunicando com responsabilidade e de forma contextualizada, adequando-se às novas realidades. Diante desse cenário, este capítulo traz ao leitor uma visão geral da comunicação empresarial, incluindo o planejamento estratégico da comunicação, a cultura organizacional e a comunicação na era digital. 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA COMUNICAÇÃO Pensar no que se pretende realizar hoje e amanhã demanda um planejamento. Como as ações do cotidiano necessitam de estratégias para serem realizadas, na comunicação empresarial não é diferente. Para saber aonde quer chegar, é preciso planejar os objetivos e passos que a empresa dará rumo ao alcance de suas metas. Existem muitas formas de se realizar um planejamento de comunicação; alguns simplificados, outros mais complexos, mas o mais relevante é, de fato, que esse planejamento seja adaptável à realidade e exequível. Sobre a proeminência da aplicação de um planejamento estratégico de comunicação, diante do panorama competitivo das empresas, na atualidade, Pereira (2016, p.10) colocou que: Em um cenário no qual a competição pela informação é uma realidade, onde o acesso é amplo e facilitado, a instabilidade e imprevisibilidade são existentes, é necessário que as organizações que desejam aumentar sua visibilidade e, posteriormente, consolidar sua marca junto aos públicos de interesse, desenvolvam estratégias de comunicação, reforçando suas posições no ambiente em que estão inseridas. A adoção de um planejamento estratégico baseado em conceitos administrativos consiste no desenvolvimento de ações estratégicas que tratam da comunicação integrada de modo a otimizar os objetivos propostos pelas organizações que o implantam. Desse modo, a significância de ações integradas coopera com o sucesso nas estratégias da comunicação, para que sejam alcançados os alvos da empresa. Para tanto, é necessária uma visão da empresa e do que se pretende alcançar. A primeira fase do planejamento é sobre pesquisas de dados da empresa; e a segunda fase é concernente a estratégias visando otimizar a comunicação, para que os objetivos organizacionais sejam alcançados. IMPORTANTE! Para elaborar um plano estratégico da comunicação, é preciso antes de tudo conhecer o ambiente organizacional, a cultura e os objetivos da empresa 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Quanto aos dados da empresa, é preciso ver a questão do mercado, analisando os acontecidos anuais e previsões. Uma dica aqui, é avaliar o que outros mercados similares ao que está em estudo têm relatado sobre o panorama vigente e planos posteriores, para que a empresa possa ser direcionada dentro das inovações presentes na área. Essa avaliação do cenário coopera com a formação de conexões. Avaliar os concorrentes é também de suma pertinência. É preciso entender quais as atividades dos oponentes e o que sua empresa realiza e faz melhor que eles. Nessa pesquisa, é possível vislumbrar novas oportunidades de negócios, onde a atuação dos concorrentes seja fraca, fazendo-se um paralelo entre o mercado. FIQUE ATENTO! Para saber mais sobre esse assunto, acesse o link do YouTube sobre o vídeo intitulado: O que é comunicação empresarial, que retrata conceitos e pensamentos sobre essa modalidade de comunicação SAIBA MAIS: Título: O que é comunicação empresarial Data de Publicação: 01/nov/2017 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Do0A-KpOeiI No terceiro passo do planejamento estratégico, recomenda-se fazer uma análise SWOT, um instrumento criado nos anos 60, cujo objetivo é conectar os ambientes externos e internos da empresa, analisando seus pontos fortes e fracos, e quais as suas oportunidades e ameaças, que podem colocar entraves a sua performance no mercado (LEITE; GASPAROTTO,2018). FIQUE ATENTO! A análise SWOT é conhecida também pela sigla FOFA (Força, Oportunidade, Fraquezas, Ameaças), podendo ser dividida nessas quatro partes. http://www.youtube.com/watch?v=Do0A-KpOeiI 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A força está relacionada aos pontos positivos da empresa, que necessitam ser explorados de forma maximizada, desse modo, levando a empresa a atingir seus objetivos e amenizar as suas fraquezas. São exemplos de forças: localização adequada, profissionais capacitados, equipamentos de ponta (LIMA,2016). SAIBA MAIS: Acesse os links para conhecer melhor a Análise SWOT: Título: Vídeoaula Análise SWOT Data de Publicação: 30/07/2015 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=BB32ItNTxg0&t=96s O vídeo mostra de maneira didática e compreensível sobre a aplicação da Análise SWOT. Título: O que é Análise SWOT Aula Prática como Fazer Análise na sua Empresa Data de Publicação: 17/07/2017 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=_LUfV_QPAxg Nesse link você poderá aprender como elaborar, na prática, uma Matriz SWOT. Sugestão de Leitura: Análise SWOT: como usar e quando fazer (HOFRICHTER, M., 2017). Neste livro, Markus Hofrichtermostra como elaborar de forma simples e rápida uma Análise SWOT.2.2. A fraqueza diz respeito às áreas em que a empresa possui fragilidades, como máquinas obsoletas, baixos salários e má localização da empresa. Essas fragilidades necessitam ser sanadas, para que a empresa não fique em desvantagem em quanto aos concorrentes. As oportunidades traduzem aquilo que a empresa pode usar como pontos positivos, podendo serem ampliadas; são exemplos, financiamento bancário especial, queda do dólar, vendas de produtos sazonais, dentre outros (LIMA, 2016). E as ameaças são aspectos externos, que podem prejudicar a empresa e não podem ser controlados; como juros altos, preços abusivos do combustível, aumento do valor dos insumos e outras questões negativas. Resumindo, a análise SWOT é um diagnóstico da empresa, com todos os seus potenciais e fragilidades. A partir desse estudo, pode-se fazer um mapeamento dos https://www.youtube.com/watch?v=BB32ItNTxg0&t=96s 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. stakeholders, que são públicos prioritários, pois todos os indivíduos que têm contato com a marca, produto ou serviço da empresa, podem ser atingidos pela comunicação, sendo fundamental que a empresa apresente os mesmos valores para todas as pessoas que a cercam; por isso é importante realizar esse mapeamento. Os stakeholders podem ser, por exemplo, clientes, prestadores de serviços, fornecedores, a comunidade aonde a empresa está inserida, autoridades, imprensa, colaboradores, dentre outros que formam a sua cadeia de influência. Após esse mapeamento, é preciso definir os objetivos comunicacionais, que devem estar relacionados aos objetivos da empresa. E finalmente, podem ser traçadas as estratégias de comunicação, que devem estar conectadas aos objetivos empresariais e comunicacionais. Podem ser exemplos de estratégias de comunicação, a publicidade, o marketing digital, a implementação de uma assessoria de imprensa, execução de eventos. As táticas são os destrinchamentos da estratégia, por exemplo, dentro do marketing digital (estratégia), poderia se utilizar a elaboração de páginas no Facebook (tática) em determinado formato. O cronograma é outro elemento importante no planejamento estratégico da comunicação, pois vai mostrar quando os instrumentos propostos como estratégias serão implementados. A Figura 11 mostra um exemplo de cronograma do planejamento de comunicação empresarial: Figura 11: Plano de ação comunicacional Fonte: GS Golive, 2015. 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. É pertinente nesse momento afirmar que o planejamento estratégico da comunicação é cíclico, e cabe executar um monitoramento, medição e adaptação das estratégias e táticas para que sejam corrigidas as falhas e otimizado os resultados. Observa-se aqui que o planejamento estratégico da comunicação tem início com o conhecimento da empresa - o que faz, com quem se relaciona e o que pretende alcançar. Somente depois dessa visão é que de fato as estratégias comunicacionais devem ser traçadas. A realidade é que uma empresa que não investe num planejamento estratégico de comunicação nos dias de hoje, frente à grande concorrência instaurada pela velocidade e acessibilidade dos meios de comunicação, está fadada ao fracasso; por isso, é imprescindível investir nessa área. 2.2 CULTURA ORGANIZACIONAL E COMUNICAÇÃO A cultura está presente em todos os segmentos da sociedade, sendo consolidada pelas formas de pensar e agir de determinado grupo. Não há culturas boas ou ruins, aceitáveis ou não aceitáveis. Cada uma compõe um código de conduta específico. Godoy e Santos (2014, p. 15) colocaram o seguinte conceito de cultura: a cultura é formada por um conjunto de sistemas de signif icados que dão sentido às ações humanas, sejam elas as nossas ou as demais, possibilitando o entendimento de que qualquer ação social é cultural e que, por isso, as práticas sociais que expressam, comunicam e produzem signif icados são práticas de signif icação, discursivas. Por isso, a cultura dá molde e forma à sociedade, pois as pessoas agirão, se expressarão e fazem-se entender firmadas no que a cultura direciona. Alguém que não entende a cultura onde está imerso, dificilmente conseguirá se conectar com a sociedade. Na vida laboral, a cultura existe e ocorre de forma a ser influenciada pelo contexto onde está inserida. Existem muitas definições para a cultura organizacional, mas é possível afirmar de modo mais simplificado que esta compreende um 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. complexo de valores compartilhados pelos integrantes da organização, conforme Howard (1988). Então, pode-se afirmar que a cultura organizacional é proveniente das interações entre as mais diversas subculturas presentes na empresa, haja vista que cada colaborador vem de uma realidade diferenciada. Normalmente o gestor, ao criar a empresa, tenta impetrar na mesma a sua cultura, porém, cada colaborador vai também trazer para dentro da empresa as suas formas de pensar e agir, e os seus valores, que são fruto da sua história de vida, aglutinando-os à cultura organizacional já vigente. IMPORTANTE! Conhecer a cultura de uma empresa ajuda a entender melhor a forma de lidar com os colegas de trabalho e desempenhar a função de modo mais aceitável, e dentro do padrão que a empresa espera, traduzindo essa ação em ganhos pessoais e organizacionais. Portanto, a cultura organizacional influencia e é influenciada por todos os sujeitos que compõe a organização, sendo proveniente das diversas culturas da organização. De acordo com o modelo de Schein, a cultura organizacional possui três níveis, segundo Gomes et al. (2017): primeiro nível - artefatos: esse é um dos fatores visíveis na organização, pois cada artefato é uma tentativa de representar e transmitir a cultura da organização, sendo exemplos códigos de vestimenta, layouts, dentre outros, sendo ações ou elementos visíveis onde são repassados para os colaboradores os valores da organização; segundo nível – normas e valores: constituem regras que podem não estar registradas, mas são claras para os colaboradores, e recebem influência das crenças individuais dos funcionários, especialmente pelas normas estarem explícitas, ainda que não de forma sistematizada. Aqui, os membros podem influenciar com seus próprios valores a empresa, com as crenças que trazem da sua vida antes de adentrarem a organização; 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. terceiro nível – pressupostos: esse é o nívelmais profundo da cultura, sendo formado por temas considerados tabus e verdades tidas como incontestáveis, fazendo parte de toda vida cultural do colaborador, influenciando as ações e atitudes. Esse é o nível mais imperceptível, porém, o mais forte no processo da cultura organizacional. A Figura 7 faz uma síntese dos supracitados valores, segundo o Modelo de Schein: Figura 7: Níveis de cultura organizacional, de acordo com o Modelo de Schein Fonte: A autora, 2020. Conhecer a cultura organizacional é fundamental para garantir o sucesso da empresa por meio do alto desempenho, vez que os objetivos estratégicos, as metas e a missão organizacional, a gestão empresarial e o comportamento dos colaboradores sofrem influências da cultura. Desse modo, a cultura organizacional traça os caminhos da empresa, direcionando as atividades e definindo o padrão de comportamento entre os colaboradores. Por isso, “os modelos da cultura organizacional apresentam incidência recorrente de alguns temas, como a personalidade, o controle, a hierarquia, o foco temporal e o foco do ambiente das organizações” (RUSSO, 2010, p.22). Desse modo, a cultura organizacional está ligada intrinsecamente aos valores mais significativos da empresa, incluindo seus objetivos, formas de atuação e função de cada atividade, influindo sobre os modos de executar as atividades laborais, e de 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. como relacionar-se com o grupo diante do que é valorizado, ou apenas tolerado dentro de uma organização. FIQUE ATENTO! Para saber mais sobre esse assunto, acesse o link do YouTube no vídeo intitulado e-Talks | Cultura Organizacional Alavancando Negócios - Patrícia Tavares [Nex-us], que mostra como a cultura organizacional pode impulsionar os negócios na empresa. Título: e-Talks | Cultura Organizacional Alavancando Negócios - Patrícia Tavares [Nex-us] Data de publicação: 20/06/2012 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2-Bj-XJ8svA&t=160s É importante entender a cultura organizacional para que os colaboradores possam compreender como serem aceitos, entendidos e valorizados no ambiente da organização, além de segurança, havendo, desse modo, uma previsibilidade no dia adia. É muito importante, assim, tratar da cultura organizacional não apenas de forma teórica, mas prática. Para agregar valores à cultura organizacional já existente é preciso fazer um diagnóstico da cultura atual, incluindo os valores e formas aceitáveis de comportamento; estabelecer objetivos dentro dessa cultura e elaborar um plano de ação para inserir segmentos nela, e acompanhar os progressos; o que demanda investimentos em treinamentos, consonância com a alta direção e gerentes, e consistência nas ações. Existem culturas fracas, conhecidas como superficiais; e culturas fortes, chamadas também de profundas. Em ambos os tipos de culturas existem elementos externos e visíveis. Mas o que diferencia essas culturas é a intensidade com que esses valores são compartilhados. Uma cultura fraca possui raízes superficiais, enquanto uma forte tem raízes profundas. Então, a cultura forte é compartilhada de forma profunda entre os indivíduos que compõem uma instituição; já uma cultura fraca é superficialmente compartilhada entre os indivíduos que fazem parte da organização (KREMER, 2016). 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SAIBA MAIS: Enriqueça seu conhecimento sobre a temática acessando o portal da Endeavor. Conheça o site: http://ahttps://endeavor.orq.br/ Acesso em: 17 de agosto de 2020. Acesse os links: Título:e-Talks| Cultura Organizacional, Como Criar? - Patrícia Tavares Data de publicação: 11/04/2012; Fonte: https://www.youtube.com/watch? v=ZUmrpgm iY0Q. Acesso em: 17 de agosto de 2020. Título: e-Talks | Franquias: Estratégia para Expansão dos Negócios - Adir Ribeiro [Praxis] Data de Publicação: 18/06/2012; Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xL7V UFy-x8E Acesso em: 17 de agosto de 2020. Título: e-Talks | Cultura Organizacional Alavancando Negócios - Patrícia Tavares [Nex-us] Data de publicação: 20/06/2012; Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2-Bj- XJ8svA Acesso em: 17 de agosto de 2020. Cabe colocar aqui que nem sempre a cultura forte é uma cultura conservadora, nem que a cultura fraca é de um tipo adaptativo. Quando se diz que uma cultura é fraca ou forte, isso se refere ao grau em que essa é compartilhada entre os colaboradores da organização. Uma cultura forte é mais facilmente identificada e é compartilhada entre a maioria dos membros da organização, sendo mais difícil de ser alterada. Sendo assim, se o que se deseja é o fortalecimento da imagem de uma empresa, é preciso trabalhar para que essa produza uma cultura forte, onde seus princípios e valores sejam compartilhados de forma potente e substanciosa. Uma cultura organizacional possui uma série de características, dentre elas: o grau de inovação, o foco nas pessoas e equipe, atenção nos detalhes, estabilidade, orientação para os resultados e agressividade. Desse modo, quanto mais a empresa investir no fortalecimento dessas características, mais a sua cultura tende a se fortalecer. A Figura 8 mostra alguns dos elementos que podem influenciar a cultura organizacional: http://ahttps/endeavor.orq.br/ 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 8: Fatores que influenciam a cultura organizacional Fonte: A autora, 2020. Tais elementos são intrínsecos à empresa e através deles a cultura organizacional é fortalecida. Finaliza-se esse tópico colocando a necessidade de investir de forma pontual na imagem da empresa, com foco nos colaboradores e equipe, pois esses indivíduos e grupos podem cooperar com a robustez da empresa, fazendo com que a sua imagem fique cada vez mais consolidada. 2.3 COMUNICAÇÃO NA ERA DIGITAL A comunicação digital é considerada um grande avanço pessoal e profissional, mas é preciso algumas cautelas para lidar com esse tipo de comunicação. Um dos maiores entreves acontece pela interpretação errada da mensagem, principalmente quando seguida apenas de texto. Por isso é fundamental saber se comunicar na era digital, especialmente no ambiente corporativo. Haja vista que não é mais opcional estar inserido na comunicação digital, essa já se consolidou em todo o mundo como o maior modelo de comunicação de massa de toda história, utilizado em todas as camadas sociais e, nos mais variados ambientes. As ferramentas digitais permitem que seja possível manter um fluxo constante de informação entre pessoas, empresas, meios de comunicação dos governos, 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas dearmazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. sem limite de distância, já que, no que diz respeito à forma como que é possível se comunicar, todos fazem parte de uma aldeia global. A Figura 9 mostra como é fácil e acessível se comunicar em tempo real, até mesmo, com várias pessoas ao mesmo tempo, através de aplicativos que permitem esse tipo de acesso. Figura 9: reunião virtual por meio de aplicativo Fonte: Fonte: Shvets, 2020. O canadense Herbet Marshall Macluhan (1911-1980) criou o termo “aldeia global”, que dizia tratar de uma grande conexão entre todas as pessoas de forma rápida e eficiente, dentro de uma era eletrônica. De acordo com o autor canadense, esse ambiente eletrônico exigiu uma nova formulação quanto ao processo de desenvolvimento de um novo ser humano. Livre das máquinas e def inida sua prática em automações, o ser humano se tornou sua própria extensão na cibernética dos meios eletrônicos de comunicação, das mídias, nos mass media. A mente humana se estendeu e o sistema nervoso humano passou a ser constituído por tecnologias eletrônicas, o que possibilitou a constituição de um ambiente eletrônico. Aliás, ele def ine uma correspondência direta desse ambiente eletrônico com o próprio sistema nervoso humano estendido tecnologicamente. Ai está a relação entre a educação e os media que discutimos a partir da concepção desse autor. McLuhan, enquanto intelectual, positivou a utilização dos mass media como mediadores da formação humana no momento histórico em que a produção capitalista assim o exigiu. Por isso, pensou a educação para além da sala de aula 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. como uma forma de inclusão social das massas a essa produção. (CAZAVECHIA; TOLEDO, 2018, p.1006). Desse modo, a comunicação na era global, além de atingir, inevitavelmente, todas as pessoas, ainda dá ao indivíduo uma certa conectividade, vez que o corpo humano, em alguns sentidos, tem semelhança com uma máquina. Diante dessa nova realidade imposta à humanidade, as organizações têm se preocupado em criar estratégias de comunicação digital para se conectar com seu público e divulgar os seus produtos. O fato é que todos os indivíduos hoje se comunicam usando as tecnologias, salvo em raros casos. Apesar da comunicação digital requerer certos manejos, o importante é agir de forma natural nesse ambiente midiático. Existe a questão da netiqueta nas redes sociais, que seria uma espécie de etiqueta nesse ambiente. Por exemplo, é preciso conhecer os meios para saber moldar a comunicação. A netiqueta é um conjunto de normas que estabelece regras de comportamento no ambiente da internet, onde o mais importante, além de se fazer entendido, é promover o respeito entre locutor e interlocutor(es). Um dos locais que mais podem causar ruídos na comunicação, ou seja, interpretações diversas do sentido almejado, é no ambiente de trabalho, o que pode causar sérias desavenças entre colegas de equipe. Por isso, as regras de netiqueta existem para tornar esse ambiente menos caótico nesse sentido, ensinando por meios pedagógicos como evitar certas atitudes aparentemente inofensivas, mas que podem ser tidas como uma agressão a certos tipos de pessoas. Então, o indivíduo que não segue a netiqueta, de propósito ou não, pode prejudicar-se na sua função laboral (SILVA; ROLIM; SOUZA,2018). FIQUE ATENTO! No caso do uso do Instagram, a linguagem pode ser mais coloquial, pode-se usar abreviaturas, investir em trejeitos mais engraçados. Mas no caso de uma rede como o LinkedIn, que é uma rede social relativa ao mundo do trabalho, a linguagem necessita ser mais formal e séria. 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A Figura 10 mostra uma reunião acontecendo num ambiente corporativo de forma presencial, no entanto, com todos os membros conectados através da internet. Figura 10: Conexão organizacional de forma pessoal e digital Fonte: Morillo, 2020. Então, observa-se que a comunicação digital no ambiente de trabalho nos dias de hoje é imprescindível e insubstituível. E os profissionais que não se adaptarem a essa nova realidade podem ficar fora do mercado. É importante lembrar, acima de tudo, que a comunicação é realizada por pessoas, sendo os meios e instrumentos apenas tecnologias. Então, um dos pontos principais para lidar com essa comunicação é aplicá-la pensando no dia a dia, em como se daria a mesma comunicação sem o uso das tecnologias, colocando, desse modo, o fator humanizador no processo. É importante também conhecer algumas competências digitais que fazem com que a comunicação nesse formato seja mais assertiva e eficaz. A comunicação nos meios digitais pode ocorrer de forma síncrona, quando acontece em tempo real; e assíncrona, quando essa comunicação acontece ou é recebida em tempo mais remoto. Desse modo, pode-se otimizar essa comunicação assíncrona indo direto ao ponto onde se quer chegar, para evitar que a mensagem principal seja perdida devido a delongas de detalhes, como por exemplo, começar a mensagem assíncrona com: “Olá, tudo bem?” e aguardar o retorno antes de escrever a mensagem principal, pois esse pode demorar mais que o esperado. 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Deve-se também compartilhar nas redes sociais com responsabilidade, tendo em mente que essa mensagem pode tornar-se pública, comprometendo a imagem pessoal, ao passo que como existem pessoas que possuem um perfil pessoal e outro profissional nas redes sociais, é preciso tomar conhecimento que muitos empregadores revistam as redes sociais pessoais dos seus funcionários ou candidatos a emprego. Por isso, sempre é bom cautela e bom senso antes de postar nas redes sociais. Assim, é importante refletir se o conteúdo vale mesmo a pena ser compartilhado. É preciso também ter cuidado com as fake news, ou seja, notícias falsas que são disseminadas nas redes sociais com más intenções. Deve-se procurar compartilhar apenas notícias de sites confiáveis. Na dúvida, é melhor não compartilhar uma notícia duvidosa. Finalizando esse tópico, é importante colocar aqui que o uso da comunicação digital requer prática, então, é preciso usar este tipo de comunicação para adquirir experiência e expertise, buscando sempre ser responsável e entender como devem ser as relações nesse ambiente, principalmente quando trata-se da cultura organizacional. 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 3 - MARKETING E IMAGEM CORPORATIVA Com a competitividadeexacerbada nos dias atuais, devido à multiplicidade das tecnologias, facilidades de acesso à internet, e avanço na comunicação, é fundamental que as empresas procurem formas e meios de serem vistas diante da grande aldeia global. Os meios e métodos que a empresa usa para ganhar visibilidade e respeito dentro e fora das empresas são fundamentais para o seu sucesso. No âmbito organizacional, para fortalecer a imagem corporativa, ganhando a confiança e apoio dos colaboradores; e fora da empresa, para ampliar o público-alvo e propiciar uma melhor visibilidade dos seus produtos ou serviços. Diante dessa realidade, este capítulo tem por objetivo apresentar o marketing como ferramenta corporativa, instrumento que pode trazer grandes ganhos às empresas e organizações, de forma a valorizar os colaboradores e fortalecer a identidade e imagem organizacional. Desse modo, será discutido, então, neste capítulo, sobre a gestão de marketing, que visa divulgar a mensagem correta, com os objetivos adequados, atingindo o público certo. Assim, aliada à missão da empresa, aos objetivos organizacionais e ao público-alvo adequado, a gestão de marketing pode elevar o patamar da empresa de forma que haja êxito na sua visibilidade. Por isso, esse é o primeiro tópico a ser abordado nesse capítulo. O segundo tópico trata da gestão de marca, outra temática importante e imprescindível às empresas. Nesse patamar, o conceito de branding é fundamental, pois trata do processo de elaboração e manutenção de uma marca. Esse é um processo macro que engloba logo, cor, imagens utilizadas, identidade visual e outros conceitos abrangentes dentro da complexidade do branding. Por fim, o terceiro tópico trata da imagem, que é a forma como a marca é percebida pelos públicos estratégicos; e identidade na comunicação, que está ligada ao autodiscurso da empresa, como esta se declara perante a sociedade, incluindo sua missão, visão e valores. 36 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3.1 GESTÃO DE MARKETING A palavra marketing é comumente associada a mercado, visa conhecer todas as nuances e direcionamentos para que seja possível entender o comportamento do consumidor e buscar uma maximização de lucros. O marketing pode ser definido como as atividades sistemáticas de uma empresa voltada à busca e à efetivação de trocas envolvendo objetos tangíveis (bens de consumo e dinheiro) para com seu meio ambiente, objetivando benefícios específicos (RICHERS, 2003). Kotler e Keller (2006, p. 4) afirmaram que o marketing “envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais, ou seja, ele supre as necessidades lucrativamente”. Desse modo, pode-se afirmar que o objetivo do marketing é injetar determinado produto para o consumidor, suprindo também os seus desejos e aspirações. O marketing está intimamente ligado ao inconsciente dos compradores. Eles compram para terem seus sonhos realizados. O valor do marketing está ligado à entrega de benefícios. Portanto, é um dos papéis do marketing agregar valor ao produto. Para tanto, é preciso conhecer o mercado vigente e seu potencial de maximização do volume de vendas do produto. Porém, é importante afirmar que a abordagem do marketing não é apenas relativa à venda, mas envolve muito mais, para além da questão do conhecimento do mercado. Isso inclui entender os comportamentos do consumidor, suas características, para que possa ser pontuado um direcionamento mais assertivo das estratégias de marketing. Conhecer o mercado, pode incluir uma regionalização da marca, com o objetivo de atender à demanda do cliente. Por isso, é preciso ter conhecimento sobre as características pessoais dos clientes. Tudo isso engloba o conhecimento de mercado. Como instrumentos para se chegar a este objetivo, existem empresas especializadas em mineração de dados para pesquisa de mercado, que podem fazer um estudo mais aprofundado do público-alvo, o que pode dar um direcionamento do marketing à empresa ou organização. 37 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Desse modo, a meta é conhecer o cliente tão bem que ele deseje, por vontade própria, consumir o produto, sem apelações. Pode-se então afirmar que o marketing atua de modo pontual no inconsciente das pessoas, mostrando o que elas “precisam” para se sentirem “melhor”. É o atendimento da sua necessidade, muitas vezes, oculta. FIQUE ATENTO! Existe o termo dos 4P de marketing, que compreende as variáveis de preço, produto, promoção e praça. Rambeli et al. (2015, p. 117) colocou as definições para os 4Ps: Uma atividade de marketing ef icaz compreende 4 estratégias de marketing, também conhecidas como 4P mix de marketing. Esse mix de marketing é um conjunto de elementos de marketing controlados e estratégicos. Isto permite que a empresa combine cada elemento para obter as informações necessárias no mercado-alvo e também permite que a empresa inf luencie a demanda em relação a um produto específ ico. O mix de marketing 4P refere-se aos produtos no mercado, os preços dos produtos, a promoção envolvida e o local da compra. Produto refere-se a bens ou serviços no mercado que satisfariam as necessidades do cliente. O preço de bens refere-se a uma soma de dinheiro necessária para adquiri-los. Quanto à promoção, isso envolve a ação de divulgar os benef ícios ou vantagens dos produtos vendidos pela empresa. Por f im, praça refere-se a aspectos distribuição, localização e métodos para os clientes adquirirem os produtos. Desse modo, o produto é tudo aquilo que pode ser oferecido para um mercado que atenda uma necessidade ou desejo, podendo ser apresentado em variadas formas tangíveis, quando são palpáveis (casa, veículo, etc.) e intangíveis, quando não são palpáveis (serviço, títulos patrimoniais, ideias, informações), mas estão nas esferas dos sentimentos. Todo produto passa por um ciclo de vida seguindo a introdução, crescimento, maturidade e declínio. É preciso inicialmente investir recursos e propaganda na introdução do produto. Essa é a fase mais dispendiosa para a empresa, pois o produto é pouco conhecido e gera muitos gastos de divulgação. Com o crescimento, o produto começa a tornar-se mais conhecido. Já na fase de maturidade, os investimentos começam a diminuir, pois a marca já tem se consolidado no mercado. E os lucros começam a ser ampliados. 38 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos , i ncl usive fo tocópias o u gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. E no declínio, a maturidade começa a cair. Os investimentos nessa fase já são mínimos, existindo a opção de restaurar as propriedades desse produtos, trazendo-o de volta ao mercado ou extingui-lo. No âmbito do marketing, existe a Matriz BCG, também conhecida como matriz de crescimento-participação, que serve para avaliar mix de produtos, conforme mostra a Figura 11: Figura 11: Matriz BCG Fonte: A autora, 2020. A matriz BCG possui duas variáveis: a participação e
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