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Insuficiência Cardíaca Congestiva

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Khilver Doanne Sousa Soares 
Insuficiência Cardíaca Congestiva
ICC
Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome 
clínica complexa, na qual o coração é incapaz de 
bombear sangue de forma a atender às 
necessidades metabólicas tissulares, ou pode 
fazê-lo somente com elevadas pressões de 
enchimento. Tal síndrome pode ser causada por 
alterações estruturais ou funcionais cardíacas e 
caracteriza-se por sinais e sintomas típicos, que 
resultam da redução no débito cardíaco e/ou das 
elevadas pressões de enchimento no repouso ou 
no esforço. 
O termo “insuficiência cardíaca crônica” 
reflete a natureza progressiva e persistente da 
doença, enquanto o termo “insuficiência cardíaca 
aguda” fica reservado para alterações rápidas ou 
graduais de sinais e sintomas. Embora a maioria 
das doenças que levam à IC caracterizem-se pela 
presença de baixo débito cardíaco (muitas vezes 
compensado) no repouso ou no esforço (IC de 
baixo débito), algumas situações clínicas de alto 
débito também podem levar a IC, como 
tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas e 
beribéri (IC de alto débito). 
Implícito na definição de IC está o conceito 
de que a ela possa ser causada por anormalidade 
na função sistólica, produzindo redução do 
volume sistólico (IC sistólica) ou anormalidade na 
função diastólica, levando a defeito no 
enchimento ventricular (IC diastólica), que 
também determina sintomas típicos de IC. No 
entanto, em muitos pacientes, coexistem as 
disfunções sistólica e a diastólica. Assim, 
convencionou-se definir os pacientes com IC de 
acordo com a fração de ejeção do ventrículo 
esquerdo (FEVE). 
 
Fonte: Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca 
Crônica e Aguda, 2018. Sinais e sintomas de insuficiência 
cardíaca. 
A despeito de avanços na terapêutica da IC, 
a síndrome mantém-se como patologia grave, 
afetando, no mundo, mais de 23 milhões de 
pessoas.9 A sobrevida após 5 anos de diagnóstico 
pode ser de apenas 35%, com prevalência que 
aumenta conforme a faixa etária 
(aproximadamente de 1% em indivíduos com 
idade entre 55 e 64 anos, chegando a 17,4% 
naqueles com idade maior ou igual a 85 anos). 
De acordo com publicações internacionais, 
o perfil clínico da IC crônica envolve indivíduos 
idosos portadores de etiologias diversas, sendo a 
isquêmica a mais prevalente, com alta frequência 
de comorbidades associadas e esse grupo tem 
mortalidade tardia (1 ano) e acordo com a 
classificação por fração de ejeção. 
Na América Latina, com suas peculiaridades 
sociais, econômicas e culturais, um perfil clínico 
distinto é encontrado. Baixo investimento na 
saúde, inadequado acesso ao atendimento e 
acompanhamento insuficiente nos serviços em 
nível primário ou terciário são potenciais fatores 
de risco, e, consequentemente, inúmeros 
processos fisiopatológicos favorecem o 
desenvolvimento da IC. Em nosso país, dados do 
registro BREATHE (Brazilian Registry of Acute 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
Heart Failure) mostraram como principal causa 
de re-hospitalizações a má aderência à 
terapêutica básica para IC, além de elevada taxa 
de mortalidade intra-hospitalar, posicionando o 
Brasil como uma das mais elevadas taxas no 
mundo ocidental. Nosso país ainda apresenta 
controle inadequado de hipertensão arterial e 
diabetes, e a persistência de doenças 
negligenciadas está entre causas frequentes da 
IC. A doença reumática e a doença de chagas 
(DC), embora menos relevantes do que no 
passado, continuam presentes, gerando quadros 
graves. 
Anti-Hipertensivos 
O objetivo do tratamento anti-hipertensivo 
é reduzir a morbidade cardiovascular e renal e a 
mortalidade. Para a maioria dos pacientes, o 
objetivo do tratamento da hipertensão é uma 
pressão arterial sistólica menor que 140 mmHg e 
uma pressão diastólica menor que 90 mmHg. A 
hipertensão moderada pode ser controlada 
algumas vezes com monoterapia, mas a maioria 
dos pacientes requer mais de um fármaco para 
obter o controle 
As recomendações atuais são de iniciar o 
tratamento com diurético tiazídico, IECA, 
bloqueador do receptor de angiotensina (BRA) ou 
bloqueador dos canais de cálcio (BCC). Se a 
pressão arterial não é controlada adequadamente, 
deve ser acrescentado o segundo fármaco, 
selecionado com base na minimização dos efeitos 
adversos. 
 
Fonte: WHALEN; FINKEL; PANAVELIL. Farmacologia 
Ilustrada. 6ed. Tratamento da hipertensão em pacientes 
com doenças concomitantes. 
 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
 
 
Fonte: WHALEN; FINKEL; PANAVELIL. Farmacologia 
Ilustrada. 6ed. Resumo dos anti-hipertensivos. 
Referências
WHALEN, Karen; FINKEL, Richard; 
PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia 
Ilustrada, 6ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz 
Brasileira de Insuficiência Crônica e Aguda. 
Arq Bras Cardiol. 2018; 111(3 supl 3): 436-539. 
 
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