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PEMI - PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA INTENSIVA CEPETI - AMIB Monitorização Neurológica no Paciente Neurocrítico CONCEITOS DO2 cerebral = FSC x CaO2 CaO2 = (Hb x SatO2 X 1,34) + (PaO2 x 0,0031) FSC = Δ P 𝜋 r4 / 8 𝜂 L PPC = PAM - PIC CMRO2 = FSC X DAVO2 MONITORIZAR - Evitar grandes danos secundários Insultos isquêmicos, iônicos, neuroquímicos, imunológicos Etiologia - Sistêmica: febre, hipotensão, hipoxemia, anemia - Intracraniana: convulsões, edema, hipertensão intracraniana, excitotoxicidade Perda da integridade celularAlteração funcional 1 - EXAME CLÍNICO NEUROLÓGICO NEUROCHECK nível de consciência pupilas tipo de respiração déficits neurológicos focais reflexos do tronco cerebral 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA EVITAR ISQUEMIA equilíbrio entre oferta de O2 (FSC) e demanda cerebral FSC = PPC / resistência vascular cerebral PPC = PAM - PIC Cateteres de fibra óptica ou de polietileno Posição intraventricular, intraparenquimatosa, subaracnóidea, subdural 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA PIC normal < 10 mmHg PIC > 20 mmHg por mais de 20 minutos = agir! Complicações: infecção, hemorragia, obstrução VALOR E FORMATO DE ONDA - complacência intracraniana PPC> 60 mmHg CUIDADO! - lobo temporal - lesões infratentoriais 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA P1 - PERCUSSION WAVE P2 - TIDAL WAVE P3 - DICROTIC WAVE Análise do Pulso 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA RESPOSTA PATOLÓGICA DESCOMPENSAÇÃO DOS MECANISMOS DE REGULAÇÃO PRESSÓRICOS Ondas A - queda abrupta da perfusão encefálica com consequente vasodilatação Análise do Registro Contínuo - Ondas de Lundberg 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA Ondas B - Significado incerto - necessitam de tratamento Análise do Registro Contínuo - Ondas de Lundberg 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA Ondas C - Interações entre o ciclo cardíaco e respiratório - sem significado clínico. Análise do Registro Contínuo - Ondas de Lundberg 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA INDICAÇÕES 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA INDICAÇÕES Patologia neurológica + - Glasgow < 8 após RCP - Queda de 2 pontos no Glasgow em intervalo de 3 horas - Necessidade de sedação e analgesia por outra patologia clínica 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA INDICAÇÕES 2 - MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA RETIRADA DA PIC - PIC e complacência normais e estáveis por pelo menos 24 horas - Sedação retirada ainda sob controle da PIC • Comunicação perilinfa - LCR através do ducto perilinfático • Transmissão da PIC através da cóclea: observação do deslocamento da membrana timpânica quando o músculo estapédio se contrai 2 - OUTRAS FORMAS DE MONITORIZAÇÃO DA PIC Deslocamento da membrana timpânica 2 - OUTRAS FORMAS DE MONITORIZAÇÃO DA PIC USG da bainha do nervo óptico • Medida do diâmetro da bainha do nervo óptico - aumento da PIC • Valor normal: 4,8 - 6 mm • 3 - ELETROENCEFALOGRAMA Avalia as ondas em frequência (Hertz) e amplitude (voltagem). Registro dos potencias elétricos excitatórios e inibitórios pós- sinápticos produzidos na camada piramidal do córtex cerebral. - Crise convulsiva subclínica / estado de mal epiléptico não convulsivo - Índice prognóstico na encefalopatia anóxica BIS - índice biespectral de análise eletroencefalográfica - avaliação da sedação 3 - ELETROENCEFALOGRAMA Avalia as ondas em frequência (Hertz) e amplitude (voltagem). Registro dos potencias elétricos excitatórios e inibitórios pós- sinápticos produzidos na camada piramidal do córtex cerebralsono, anestesia profunda, isquemia REDUÇÃO DE ONDAS ALFA = VASOESPASMO relação alfa/delta 3 - ELETROENCEFALOGRAMA Queda do fluxo sanguíneo cerebral 1 - Perda das altas frequências (alfa e beta) 2- Aumentos das frequências baixas (delta) Queda na relação alfa/delta ou na variabilidade de ondas alfa ocorre antes de evidência clínica ou radiografia de isquemia! 3 - ELETROENCEFALOGRAMA 4 - AVALIAÇÃO DO POTENCIAL EVOCADO Atividade elétrica do SNC por um estímulo sensorial ou motor Avaliar o grau de comprometimento da consciência Diferenciar locked-in No coma: - integridade de PE corticais somatossensitivos + auditivos = bom prognóstico - integridade de PE auditivos = estado vegetativo persistente - ambos ausentes = provável morte encefálica 5 - DOPPLER TRANSCRANIANO Avaliar a velocidade de fluxo sangüíneo cerebral nas artérias da base do crânio pela porção extracraniana das carótidas internas, através do osso temporal da órbita e do forame magno. - HSA - vasoespasmo Redução no diâmetro do vaso: aumenta a velocidade no fluxo sanguíneo 5 - DOPPLER TRANSCRANIANO - ELEVAÇÃO DA PIC - aumenta a velocidade sistólica, diminui a diastólica = aumenta o índice de pulsatilidade - MORTE ENCEFÁLICA - fluxo sistólico de pequena intensidade // ausência ou fluxo retrógrado na fase diastólica 6 - SATURAÇÃO VENOSA DO BULBO JUGULAR Medida global da oxigenação cerebral 6 - SATURAÇÃO VENOSA DO BULBO JUGULAR Avaliar oferta e consumo O2 cerebral Valor de referência: 55 - 75% CMRO2 = FSC X DAVO2 Influenciada por: - estabilidade SatO2 - VG - curva de dissociação da hemoglobina DAVO2 = [(SatO2 - SjO2) x Hb x 1,36] / 100 CONSUMO > OFERTA PERDA DA AUTORREGULAÇÃO CEREBRAL 7 - PRESSAO PARCIAL DE OXIGÊNIO INTERSTICIAL CEREBRAL - PbtO2 CEREBRAL TCE: - lobo frontal do hemisfério lesionado, porém em tecido cerebral normal - se difuso: hemisfério não dominante Avaliar balanço cerebral regional entre oferta e consumo O2 Valor de referência: 35-50 mmHg 7 - PRESSAO PARCIAL DE OXIGÊNIO INTERSTICIAL CEREBRAL - PbtO2 CEREBRAL PbtO2 < 20mmHg - sugestivo de hipóxia cerebral DO2 cerebral = FSC x CaO2 FSC = Δ P 𝜋 r4 / 8 𝜂 L PPC = PAM - PIC CaO2 = (Hb x SatO2 X 1,34) + (PaO2 x 0,0031) 8 - OXIMETRIA CEREBRAL Limitações: - penetração através do crânio - contaminação por vasos extracranianos - distribuição uniforme do infravermelho no LCR Método não invasivo Sensor colocado na pele da região frontal - saturação venosa (80% do volume sanguíneo cerebral é venoso). 9 - MICRODIÁLISE CEREBRAL Lobo frontal Membrana semipermeável Solução de diálise semelhante Velocidade de infusão constante Difusão de solutos 9 - MICRODIÁLISE CEREBRAL Avalia a fisiologia do parênquima cerebral através dos seus metabólitos GLICOSE PIRUVATO LACTATO GLICEROL GLUTAMATO ASPARTATO ESCIM: relação lactato/piruvato é o melhor marcador na detecção precoce de injúria isquêmica secundária! Aumento relação lactato / piruvato + glicose baixa = isquemia Altos níveis de glutamato = disfunção celular • PET-CT (tomografia com emissão de pósitrons) - metabolismo da glicose • RNM por espectroscopia - conteúdo de lactato • PET-RNM MÉTODOS DE IMAGEM QUE AVALIAM O METABOLISMO CEREBRAL MÉTODOS DE IMAGEM QUE AVALIAM O METABOLISMO CEREBRAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TURTZ, A. R.; DAYOUBM H. Multimodality Intracranial Monitoring. In: PARRILLO, J. E.; DELLINGER, R. P. Critical Care Medicine - Principles of Diagnosis and Management in the Adult. Elsevier, 2019. cap 16, p. 212-216. STOCCHETTI, N.; LE ROUX, P.; VESPA, P.; et al. DClinical review: Neuromonitoring - an uptdate. Critical Care, 2013; 17:201. DE GEORGIA, M. A. Brain Tissue Oxygen Monitoring in Neurocritical Care. Journal of Intensive Care Medicine, 2015; 30(8), 473-483. LARA, L. R.; PUTTGEN, H. A. Multimodality Monitoring in the Neurocritical Care Unit. Continuum (Neurocritical Care), 2018; 24(6), 1776.1788. WARTENBERG, K. E.; SCHIMDT, J. M.; MAYER, S. A. Multimodality Monitoring in Neurocritical Care. Critical Care Clinics, 2007; 23, 507-538. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CITERIO, G.; ODDO, M.; TACCONE, F. S. Recommendations for the useof multimodal monitoring in the neurointensive care unit. Current Opinion in Critical Care, 2015; 21, 113-119. MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA MULTIMODAL. IN: Curso de Imersão em Terapia Intensiva Neurológica - AMIB. FOREMAN, B.; CLAASSEN, J. Quantitative EEG for the detection of brain ischemia. Critical Care, 2012; 16:216.
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