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Avaliação UTI 2019

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28/08/2019
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Avaliação Respiratória
Carlos Henrique S. de Andrade
▪ A anamnese refere-se à fase informativa da avaliação e baseia-se
na coleta de dados dos pacientes [leitura do prontuário e/ou de
entrevista com os pacientes e/ou responsáveis.
▪ As informações adquiridas nessa etapa são essenciais para a
interpretação dos achados físicos, estabelecendo o diagnóstico, o
prognóstico e o planejamento terapêutico.
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▪ Após a coleta dos dados da anamnese, o fisioterapeuta deve buscar
a interação entre os achados clínicos e as alterações funcionais
possivelmente apresentadas.
▪ Considerando-se que o paciente sedado, em assistência ventilatória
mecânica ou comatoso, não fornece dados referentes à anamnese,
o prontuário se torna uma relevante fonte de informações.
▪ Composição da Anamnese
o Identificação.
o Queixa principal.
o História da doença atual [sequência coerente e cronológica].
o Listagem de sinais e sintomas.
o Antecedentes pessoais e familiares.
o Hábitos de vida.
o Aspectos socioeconômicos e sociais.
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▪ Alterações do Nível de Consciência
▪ Coma [ausência ou redução da capacidade de despertar e
responder a estímulos];
▪ Torpor [presença de movimentos voluntários e respostas a
comandos verbais];
▪ Confusão [perda da atenção e do diálogo coerente];
▪ Obnubilação [redução e lentidão na percepção e na compreensão
associadas à sonolência e à desorientação].
▪ Delirium [ocorre em até 80% dos pacientes internados na unidade
de cuidados intensivos e está associado a aumento significativo da
morbidade e mortalidade no doente crítico].
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▪ O delirium pode ser definido como um distúrbio do nível de
consciência associado à alteração na função cognitiva aguda [curso
flutuante].
▪ Os principais fatores de risco para desenvolver delirium foram:
idade maior que 65 anos, consumo de álcool, período pós-operatório
e dias de ventilação mecânica.
▪ Uso de sondas e cateteres, restrições físicas e privação de sono são
alguns dos fatores agravantes.
▪ Pode ser classificado em hiperativo, hipoativo e misto [o primeiro é
mais prevalente].
▪ A retirada da sedação é uma conduta padrão para desfechos
positivos na funcionalidade, no tempo de VM e na função cognitiva.
▪ Está comprovado que a mobilização precoce na UTI reduz a
incidência do delirium e ajuda a reduzir os custos de hospitalização.
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▪ Para avaliar o grau de sedação, empregam-se inúmeras escalas,
sendo a escala de Ramsay a mais utilizada.
ESCALA DE SEDAÇÃO DE RAMSAY [RSS]
Escore Descrição
1 Ansioso, agitado, inquieto.
2 Cooperativo, orientado, tranquilo.
3 Responde apenas a comandos.
4 Resposta rápida a leve estímulo glabelar ou estímulo sonoro alto.
5 Resposta lenta a leve estímulo glabelar ou estímulo sonoro alto.
6 Não responde.
Parâmetro Resposta Observada Pontuação
Abertura Ocular
Abertura ocular espontânea 4
Abertura ocular sob comando verbal 3
Abertura ocular sob estímulo doloroso 2
Sem abertura ocular 1
Melhor Resposta Verbal
Resposta adequada [orientada] 5
Resposta confusa 4
Respostas inapropriadas 3
Sons incompreensíveis 2
Sem resposta verbal 1
Melhor Resposta Motora
Obedece a comandos 6
Localiza estímulos dolorosos 5
Retira ao estímulo doloroso 4
Flexão anormal [decorticação] 3
Extensão anormal [descerebração] 2
Sem resposta motora 1
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A. Padrão de decorticação. 
B. Padrão de descerebração.
▪ Interpretação
Pontuação Grau de Comprometimento
3 pontos Menor responsividade
4-8 pontos Coma profundo
9-12 pontos Coma moderado
13-15 pontos Coma leve
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▪ Avaliação dos Sinais Vitais
▪ Temperatura [36º a 37,5ºC].
o Acima desses valores, considera-se hipertermia ou hiperpirexia,
enquanto abaixo de 36ºC denomina-se hipotermia.
▪ Frequência cardíaca [60 a 80 bpm em adultos].
o A condição na qual ultrapassa 100 bpm é denominada taquicardia,
enquanto abaixo de 60 bpm é denominada bradicardia.
▪ Pressão Arterial
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▪ Saturação Periférica de Oxigênio [SpO2]
o A oximetria de pulso permite monitorização contínua e não invasiva
da oxihemoglobina arterial.
o Seu valor de normalidade situa-se entre 91-98%.
Manifestações Clínicas das Doenças 
Respiratórias
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▪ Tosse
▪ Ação reflexa do organismo [resultado de estímulos locais nos
receptores da mucosa do trato respiratório].
▪ Estímulos mecânicos [corpo estranho, poeira]; químicos [gases];
inflamatórios [hiperemia, secreções, edema] ou térmicos [frio ou
calor excessivo].
▪ Fases da Tosse
I. Inspiração profunda.
II. Fechamento da glote.
III. Contração dos músculos expiratórios.
IV. Abertura da glote.
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▪ Tipos de Tosse
▪ Úmida
I. Produtiva [há eliminação de secreção].
II. Não produtiva [existe secreção, mas não é eliminada].
▪ Seca 
I. Não há produção de secreção [irritativa].
▪ Eficácia da Tosse
▪ Eficaz [capaz de mobilizar a secreção de vias aéreas periféricas
para regiões mais centrais].
▪ Ineficaz [dificuldade ou ausência em uma ou mais fases da tosse
devido a alguma alteração].
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▪ Escarro ou Secreção
o Em um adulto normal são produzidos e eliminados diariamente ≈100
ml de secreção traqueobrônquica.
▪ Viscosidade
o Fluida ou espessa.
▪ Duração
o Aguda [até 03 semanas]; subaguda [3-8 semanas] e crônica [>8
semanas].
Fisioterapia para Problemas Respiratórios e Cardíacos – Barbara A. Webber; Guanabara Koogan
▪ Aspecto da Secreção
Aspecto da Secreção
Purulento Infecção bacteriana.
Mucoide Processo inflamatório e infecção viral.
Hemático Processos neoplásicos do sistema respiratório, tuberculose,
embolia pulmonar.
Espumoso [róseo] Edema agudo de pulmão.
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▪ Hemoptise
o Eliminação de sangue dos pulmões observada juntamente com o
escarro.
▪ Dor Torácica
o Podem ser classificadas como pleurítica [piora na inspiração
profunda] e não pleurítica [não é afetada pela respiração. Incluem
angina, espasmo esofágico, refluxo gastroesofágico e muscular].
▪ Dispneia
o É a sensação subjetiva de falta de ar. Pode ser de origem cardíaca
ou respiratória. Pode ser avaliada através de escalas subjetivas
[Borg]. Classificada em:
o Platipneia [é um sintoma raro de dispneia. Ocorre na posição
sentada, que é aliviada na posição supino].
o Ortopneia [falta de ar na posição supina].
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o Dispneia paroxística noturna [relacionada à fase não REM do
sono I menor atividade simpática].
o Trepopneia [é um sintoma da dispneia que ocorre quando a pessoa
está em decúbito lateral].
▪ Inspeção Clínica
▪ Constitui o primeiro elemento do exame físico do tórax e divide-se
em:
o Estática [observar a forma do tórax e suas anormalidades
congênitas ou adquiridas, localizadas ou difusas, simétrica ou não.
o Dinâmica [verificar os movimentos respiratórios, suas características
e alterações.
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▪ O tórax anterior deve ser examinado de preferência com o paciente
em decúbito lateral. Na região posterior, o paciente deverá estar em
sedestação ou em posição ortostática.
▪ Em pacientes restritos ao leito, com dificuldade de mobilização
espontânea, o exame do tórax posterior deve ser feito em decúbito
lateral.
▪ Inspeção Estática I Alterações Tegumentares
▪ Baqueteamento ou Hipocratismo Digital
o Sinal caracterizado pelo aumento [hipertrofia] das falanges distais
dos dedos edas unhas das mãos e está associada a diversas
doenças [cardíacas e pulmonares].
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Normal
Leve
Grave
▪ Verificar a presença de cicatrizes [drenagem torácica, toracotomia e
mastectomia], além da presença de edemas, fístulas torácicas e
alterações na coloração [hiperemia, palidez ou cianose].
▪ Cianose
▪ É um sinal ou sintoma marcado pela coloração azul-arroxeada da
pele, dos leitos ungueais ou das mucosas. Classificam-se em:
o Central [provocada por deficiência na hematose pulmonar.
Visualizada principalmente na língua, mucosas orais e pele].
o Periférica [ocorre pelo aumento da extração de oxigênio nos tecidos
periféricos - estase sanguínea, exposição a baixas temperaturas].
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▪ Nível de Suporte Ventilatório
o Ar ambiente.
o Oxigênio suplementar [cateter nasal ou máscara].
o Ventilação mecânica [invasiva ou não invasiva].
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▪ Presença de Drenos Torácicos
▪ Presença de Drenos Torácicos
o Aspecto do líquido drenado, débito,
verificar oscilação e borbulhamento.
o Não fixar o sistema na cama, levantar
ou pinçar.
▪ Tipos de Tórax
o Normolíneo [ângulo infraesternal - Charpy - em torno de 90°].
o Brevilíneo [membros curtos, tórax alargado, estatura baixa e o
pedículo adiposo espesso. Ângulo com mais de 90º].
o Longilíneo [membros logos, tórax afilado e achatado, estatura alta.
Ângulo com menos de 90°].
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▪ Tipos de Tórax
o As principais alterações osteoarticulares referem-se aos diâmetros e
ao formato da caixa torácica.
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▪ Tórax em Barril
o As costelas perdem seu ângulo de 45° com a coluna torácica e
tornam-se quase horizontais [impressão de um tórax mais curto].
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▪ Inspeção Dinâmica
▪ Na etapa de inspeção dinâmica do exame físico, avaliam-se:
o Frequência respiratória;
o Ritmo respiratório
o Padrão respiratório;
o Expansibilidade torácica;
o Uso de musculatura acessória.
▪ Frequência Respiratória
▪ No adulto oscila entre 12 e 20 rpm [eupneia]. Suas alterações são:
o Bradpneia [FR ≤ 10 rpm].
o Taquipneia [FR ≥ 20-24 rpm].
o Apneia [ao final da expiração].
o Apneuse [ao final da inspiração].
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▪ Atenção aos seguintes conceitos:
o Hiperventilação: aumento da taxa de ventilação alveolar, que se
torna excessiva em relação à produção de CO2.
o Taquipneia: aumento da frequência respiratória.
o Hiperpneia: aumento do volume minuto [VM].
o Dispneia: sensação subjetiva de falta de ar.
▪ Ritmo Respiratório
▪ Respiração de Cheyne-Stokes
o Caracteriza-se por aumento e diminuição da frequência/ profundidade
da respiração, seguido de períodos de pausas respiratórias. As
causas mais frequentes são o AVE e o TCE.
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▪ Respiração de Biot
o Apresenta duas fases: a primeira constituída de apneia e a segunda
composta por movimentos insp. e exp. anárquicos quanto ao ritmo e
amplitude [grave comprometimento cerebral].
▪ Respiração de Kussmaul
o Caracteriza-se por respirações profundas e rápidas, seguidas ou não
de pausas insp. e exp. [acidose metabólica].
Ventilação minuto muito alta!
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▪ Respiração de Suspirosa
o Apresenta-se como movimentos inspiratórios de amplitude crescente,
seguidos de expiração rápida e breve.
o Outras vezes, os movimentos respiratórios normais são interrompidos
por suspiros isolados ou agrupados. Traduz tensão emocional e
ansiedade.
▪ Expansibilidade Torácica
o Normalmente é simétrica e equivalente nos dois hemitórax.
o Deve ser avaliada tanto na inspeção quanto na palpação.
o Simétrica diminuída [DPOC e DNM] ou assimétrica [atelectasias,
derrame pleural, pneumotórax].
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▪ Cirtometria
o Paciente em DD. A caixa torácica deve ser medida no nível do 4º
espaço intercostal e a dimensão abdominal na cicatriz umbilical.
o O índice diafragmático [ID] reflete o movimento toracoabdominal.
ID = AB 
AB + CT
AB   da dimensão abdominal entre a fase inspiratória e expiratória.
CT   da dimensão da caixa torácica entre fase inspiratória e expiratória.
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▪ Dor
o Importância da avaliação sistemática dos níveis de dor por
autoavaliação.
▪ Padrão Respiratório
▪ Observa-se a movimentação do tórax e do abdome, a fim de
reconhecer os seguintes padrões:
▪ Respiração torácica ou costal
o Em bipedestação ou sedestação, há o predomínio da elevação do
tórax sobre o abdome. Predomínio nas mulheres.
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▪ Respiração diafragmática ou abdominal
o Predomínio da elevação do abdome em relação ao tórax na
inspiração [característico dos homens e crianças].
▪ Respiração mista
o Os compartimentos abdominal e torácico se movimentam com a
mesma amplitude.
▪ Respiração paradoxal
o Ocorre em condições patológica e é observado quando existe
assincronia entre o compartimento abdominal e torácico.
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o Caracteriza-se por retração da parede abdominal e projeção externa
do tórax durante a inspiração.
o Ocorre na presença de fadiga ou paralisia diafragmática.
▪ Tiragens
o São retrações intermitentes da pele que recobre a parede torácica
durante a inspiração devido a uma grande redução na pressão
intratorácica.
o Podem ser observadas abaixo da caixa torácica [subcostais], acima
das clavículas [supraclaviculares] e entre as costelas [intercostais].
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▪ Musculatura Acessória
▪ O aumento do esforço respiratório pode ser caracterizado pela
presença dos seguintes sinais clínicos:
o Contração da musculatura acessória da inspiração, em especial, da
musculatura cervical e musculatura expiratória [abdominais];
o Batimento de asa de nariz.
ECOM
Serrátil Anterior
Peitoral Maior
Peitoral Menor
Trapézio
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▪ Sinal de Hoover
▪ Durante a inspiração, a contração de suas fibras promove a redução
do diâmetro laterolateral da região inferior do tórax [retração
torácica].
Observado em pacientes com hiperinsuflação 
grave, cujo diafragma se mantém retificado e 
rebaixado]. 
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▪ Palpação Torácica
▪ Consiste em utilizar o tato para a percepção das estruturas da caixa
torácica, visando avaliar a presença de anormalidade como:
o Edemas
o Temperatura
o Alterações de sensibilidade
o Expansibilidade torácica
o Frêmito toracovocal
▪ Trofismo Muscular
▪ Encontra-se relacionado com as propriedades viscoelásticas do
músculo.
o Eutrofia
o Atrofia
o Hipotrofia
o Hipertrofia
o Pseudo-hipertrofia
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▪ Tônus Muscular
▪ Estado de contração discreta e contínua do músculo.
o Hipotonia
o Hipertonia elástica [sinal do canivete] = Espasticidade
o Hipertonia plástica [roda denteada]
▪ Percussão Torácica
o Macicez [aumento da densidade pulmonar. Exemplo: condensações
e derrame pleural].
o Timpanismo [diminuição da densidade pulmonar. Exemplo: enfisema
pulmonar e pneumotórax].
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▪ Torna-se mais perceptível em condições de neoplasias e derrame
pleural, estando reduzido na presença de pneumotórax ou
hiperinsuflação.
▪ A mão não dominante repousa sobre o tórax e o dedo médio da
mão dominante percute sobre a base da falange distal do dedo
médio.
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▪ Ausculta Pulmonar
▪ O estetoscópio foi inventado por René Lannenc [1816] e permitiu
melhor avaliação dos sons pulmonares. É composto por cinco partes:
▪ A ausculta deve ser realizada durante todo o ciclo respiratório.Os
sons respiratórios dividem-se em:
o Normais ou fisiológicos [murmúrio vesicular].
o Adventícios contínuos [roncos e sibilos].
o Adventícios descontínuos [estertores finos e grosseiros].
o Atrito pleural.
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▪ O componente inspiratório é mais audível em função do fluxo ser
mais turbulento nessa fase [o som se origina nas vias aéreas lobares
e segmentares].
▪ Na fase expiratória, o som é audível somente na fase inicial, pois a
expiração é passiva [fluxo menos turbulento] [o som surge de vias
aéreas mais centrais].
Iniciar a ausculta na parte anterior do tórax.
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Linha axilar média 
Linha axilar posteriorLinha axilar anterior
▪ Durante o ortostatismo ou a sedestação, os sons respiratórios são
mais audíveis nas bases pulmonares, onde a pressão pleural é
menos negativa.
▪ A terminologia, confusa e imprecisa, e a falta de um consenso na
literatura acabam induzindo ao erro nas denominações dos sons
pulmonares.
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Sons Descrição dos Sons
Sibilo Contínuos ou musicais de alto tom.
Roncos Contínuos ou musicais de alto tom.
Estertores grosseiros Descontínuos ou não musicais grosseiros: alta 
amplitude, longa duração, baixo tom.
Estertores finos Descontínuos ou não musicais finos: baixa 
amplitude, curta duração, alto tom.
Ruído Caráter Fase Características
Sibilo Contínuo Expiratória
+ Comum
Obstrução acentuada ao fluxo aéreo por secreção em 
brônquios de pequeno calibre (insp). Espasmo de 
músculo liso (exp). Som agudo (asma).
Roncos Contínuo Inspiratória 
+ 
Expiratória
Redução da luz brônquica por secreção espessa em VA 
de grande calibre. Som grave.
Estertores 
Creptantes
Descontínuo Inspiratória 
+ 
Expiratória
Abertura súbita de pequenas VA até então fechadas e 
na expiração pelo fechamento das mesmas. Presença 
de líquido intersticial nos alvéolos. Atrito de mecha de 
cabelo entre os dedos (EAP).
Cornagem
-
Inspiração Estenose e/ou edema de VA. Lesões traumáticas.
Aspiração de corpos estranhos. Ouve-se à distância.
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▪ Avaliação Neurológica em Terapia Intensiva
▪ A pressão intracraniana [PIC] é a pressão exercida pelo crânio sobre
o componente parenquimatoso, liquórico e vascular.
▪ O valor da PIC varia de acordo com a idade [normal ≤ 10 mmHg e
aceitável entre 10 e 20 mmHg].
▪ Hipertensão intracraniana > 20 mmHg [moderada entre 20-40 mmHg;
grave entre 40-60 mmHg e quase sempre fatal > 60 mmHg].
▪ A monitorização da PIC é um procedimento invasivo. A indicação é
restrita a um determinado perfil de pacientes:
o TCE grave [ECG < 8] com suspeita de HIC;
o Casos graves de lesão isquêmica cerebral;
o Meningite grave;
o PO de hematomas espontâneos e tumores.
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▪ Pressão de Perfusão Cerebral
PPC = PAM - PIC
o Valores abaixo de 60 mmHg indica hipoperfusão cerebral.
▪ Fluxo Sanguíneo Cerebral
FSC = PPC/RVC ou FSC = PAM - PIC/RVC
PAM = pressão arterial média.
PIC = pressão intracraniana.
RVC = resistência vascular cerebral.
▪ Pressão Arterial Média [PAM]
▪ A PAM é o principal determinante de perfusão dos órgãos.
▪ Monitorização invasiva [artéria radial, braquial ou femoral] e não
invasiva através da seguinte fórmula:
PAM = [PAS + (2 x PAD)] / 3
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▪ Recursos Adicionais I Manovacuometria
▪ A pressão inspiratória máxima [Pimáx] e a pressão expiratória
máxima [Pemáx] são índices de força muscular.
▪ Ambas podem ser medidas por meio de um instrumento [analógico
ou digital] denominado [manovacuômetro].
▪ Mensuração de pressões positivas [manômetro] e negativas
[vacuômetro].
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▪ A Pimáx é um método simples, reprodutível e não-invasivo
[influenciada pelo sexo, idade, volume pulmonar
▪ A Pemáx avalia a força dos músculos expiratórios. Sua redução pode
aumentar o VR, diminuir o pico de fluxo expiratório [tosse].
▪ Indicações
o Avaliar a força dos músculos respiratórios em pacientes saudáveis ou
com distúrbios pulmonares e/ou neuromusculares;
o Auxilia na avaliação da mecânica respiratória;
o Indicação de intubação, desmame do respirador e extubação;
o Avaliação da resposta ao treinamento muscular respiratório.
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▪ Aspectos Técnicos
o Utilização de bocal ou máscara facial [evitar o escape aéreo].
o Influência da posição corporal [sedestação] [mensurações seriadas
na mesma posição].
▪ Na medida de Pemáx, a insuflação passiva da musculatura das
bochechas durante o esforço expiratório tende a reduzir o volume
medido.
▪ Na medida da Pimáx, os músculos da boca e da orofaringe podem
gerar uma pressão negativa que pode alterar os resultados.
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▪ A Pimáx costuma ser medida a partir da posição de expiração
máxima [VR]. No entanto, pode ser medida a partir da CRF.
▪ A Pemáx costuma ser medida a partir da posição de inspiração
máxima [CPT]. No entanto, pode ser medida a partir da CRF.
▪ A verdadeira posição de relaxamento passivo ocorre no nível da CRF.
Entretanto, a CRF é um volume menos reprodutível que o VR e a
CPT.
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▪ A avaliação das pressões respiratórias máximas é dependente da
vontade [volitivo] e motivação do paciente.
▪ Realização de, no máximo, cinco manobras e se obter três
manobras aceitáveis [duração de pelo menos 2 segundos e
ausência de vazamentos].
▪ Contraindicações
IAM Pneumotórax
HAS não controlada Angina instável
Hérnias abdominais Glaucoma 
Problemas agudos do ouvido médio Deslocamento de retina
Aneurisma da aorta e cerebral Fístulas pulmonares
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▪ Equações de referência
Pimáx = [-0,80 x idade] + 155,3
Pimáx = [-0,49 x idade] + 110,4
Pemáx = [-0,81 x idade] + 165,3
Pemáx = [-0,61 x idade] + 115,6
▪ Fraqueza muscular é a condição na qual a capacidade do músculo
descansado gerar força esta diminuída [irreversível ao repouso]
[Pimáx = -70 a -45 cmH2O].
▪ Fadiga muscular é a perda da capacidade de gerar força de um
músculo em resposta a uma carga [reversível com o repouso]
[Pimáx = -40 a -25 cmH2O].
▪ Falência muscular é a incapacidade de gerar força [reversível com
o repouso] [Pimáx < -20 cmH2O].
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▪ Recursos Adicionais I Oxímetro de Pulso
▪ É um método não invasivo que se destina à mensuração contínua da
saturação periférica de oxigênio [SpO2].
▪ O oxímetro de pulso avalia a absorção da oxihemoglobina [saturada]
e desoxihemoglobina [reduzida].
▪ A oxihemoglobina absorve mais a luz infravermelha [940nm] e
permite que a luz vermelha [660nm] passe por meio dela.
▪ Valor de normalidade [91 a 98%].
▪ Não reflete a oxigenação dos tecidos. Pequena margem de erro
para saturação acima de 70%.
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▪ Curva de Dissociação da Hemoglobina
▪ Limitações Técnicas
o Redução da perfusão da extremidade [hipotermia, hipotensão];
o Edema;
o Arritmias cardíacas;
o Agitação e mau posicionamento do paciente;
o Esmalte nas unhas;
o Pigmentação da pele [negros];
o Grande luminosidade no ambiente.
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▪ Recursos adicionais I Pico de fluxo expiratório
▪ Avalia o grau de obstrução brônquica. Inspiração
até a CPT e expiração o mais rápido e forte possível.
Possui como vantagens:
I. Avaliação da gravidade da obstrução brônquica
(comparar com os valores de referência).
II. Avaliação rápida e segura da reversibilidade da
obstrução brônquica após procedimento.
III. Paciente sentado e com a cabeça em posição
neutra. Realizar 03 medidas e eleger a maior
(variação aceitável de 20 L/min).
IV. O valor de referência vai dependerda idade,
estatura e sexo.
V. A variabilidade do PFE pode ser mais importante
que o seu valor absoluto.
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VI.A variabilidade diária deve ser realizada duas
leituras por dia durante 2 semanas (variação de >10%
em adultos asmáticos e >13% em crianças
asmáticas).
[Maior PFE - Menor PFE ou Média dos dois PFE]
Média dos PFE ao longo de uma semana
▪ O limite da variabilidade diária em adultos saudáveis é de 
9% e 12,3% em crianças saudáveis.
O PFE avalia grandes vias aéreas e seus valores variam entre 
os diversos aparelhos (esforço dependente).
Fase mais tardia na asma (pequenas VA)
= VEF1 vai ser mais fiel.
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▪ Recursos adicionais I Ventilometria
▪ Monitorização simples, preventiva e fidedigna, para
determinação da gravidade e do progresso de diversas
disfunções neuromusculares.
▪ Os volumes pulmonares que pode ser mensurados:
volume minuto, volume corrente e capacidade vital.
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▪ Os valores normais para a capacidade vital são de 65 a
75 ml/Kg.
▪ Sua redução evidencia pacientes com fraqueza de
músculos respiratórios ou com alterações de mecânica
pulmonar [sobrecarga].
▪ Associa-se uma CV menor que 10 a 15 ml/kg ao
fracasso do desmame da ventilação mecânica.
▪ Os volumes pulmonares variam em função do gênero,
altura, idade, peso, postura e atividade física.
▪ A CV obtida em DD poderá ser menor que 25% ou mais
em relação à obtida na posição sentada.
▪ As avaliações dependem do entendimento e da
colaboração do paciente [volitivo].
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carlos.andrade@unifavip.edu.br
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