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Anatomia e Funcionamento do Coração

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anatomia cárdica, sua ordem e seu 
funcionamento 
O coração é composto por três principais 
músculos: o músculo atrial, músculo 
ventricular e fibras especializadas 
excitatórias e condutoras. 
Os tipos atrial e ventricular se contraem 
quase da mesma forma que músculos 
esquelético só que com uma duração 
maior. As fibras excitatórias e de condução 
do coração, só se contraem fracamente 
por conterem poucas fibras contráteis. 
O coração, é uma câmara oca com quatro 
cavidades: dois átrios e dois ventrículos. 
Possui o formato de um cone invertido 
com o ápice voltado para baixo e 
apresenta o volume aproximado de uma 
mão fechada. Normalmente pesa cerca de 
300 g. 
O coração humano apresenta como 
função primordial garantir que o sangue 
seja enviado para todas as partes do nosso 
corpo. Esse órgão, está localizado atrás do 
esterno e entre os pulmões, no mediastino 
médio. Ele garante o bombeamento graças 
a contrações rítmicas do músculo cardíaco. 
 
As paredes do coração são compostas 
por três túnicas: 
ð Endocárdio: túnica formada por endotélio 
que repousa sobre uma camada de tecido 
conjuntivo frouxo, a camada subendotelial. 
Essa última camada é conectada ao 
miocárdio pela camada subendocardial, a 
qual apresenta nervos, veias e ramos do 
sistema que conduz o impulso nervoso. 
ð Miocárdio: camada mais espessa do 
coração e responsável pela capacidade de 
contração do órgão. Essa camada é 
formada por feixes de fibras musculares 
cardíacas, as quais estão orientadas em 
várias direções. O miocárdio envolve as 
câmeras do coração, sendo mais espesso 
nos ventrículos – em especial, no 
ventrículo esquerdo – e mais fino nas 
paredes dos átrios. São referidos discos 
intercalados, são na verdade membranas 
que separam as células miocárdicas uma 
da outra. Em cada área intercalada as 
membranas celulares se fundem entre si, 
para formas junções comunicantes 
permeáveis, que permitem rápida difusão 
quase totalmente livre dos ions. Assim ions 
se movimentam com mais facilidade pelo 
líquido intracelular. Dessa forma o 
miocárdio forma sincício de muitas células 
musculares cardíacas no qual as células 
estão interconectadas assim que uma 
célula é excitada o potencial de ação se 
espalha rapidamente para as outras.. O 
coração é, na verdade, composto por dois 
sincícios; o sincício atrial, que forma as 
paredes dos dois átrios, e o sincício 
ventricular, que forma as paredes dos 
ventrículos. Os átrios são separados dos 
ventrículos por tecido fibroso que circunda 
M
anuela A
g uiar 
as aberturas das valvas atrioventriculares 
(A-V), entre os átrios e os ventrículos. 
ð Pericárdio: saco invaginado que envolve o 
coração e formado pelo pericárdio parietal 
e o pericárdio visceral. O pericárdio parietal 
é uma camada externa, enquanto o 
pericárdio visceral é uma camada mais 
interna. O pericárdio visceral forma o 
chamado epicárdio e reveste o coração 
externamente. 
O músculo cardíaco é estriado, como um 
típico músculo esquelético. Além disso, o 
músculo cardíaco contém miofibrilas 
típicas, com filamentos de actina e miosina, 
quase idênticos aos encontrados nos 
músculos esqueléticos; esses filamentos se 
dispõem lado a lado e deslizam durante as 
contrações, como ocorre nos músculos 
esqueléticos. Entretanto, em relação a 
outras características o músculo cardíaco 
difere bastante do esquelético. 
 
anatomia das valvas cardíacas 
As valvas do	coração	são úteis ao	sistema 
cardiovascular	ao controlar a direção do 
fluxo sanguíneo durante a circulação, e 
determinar o momento exato no qual 
o	sangue	passa entre as câmaras do 
coração, e para dentro e fora do órgão. 
As veias possuem pequenas válvulas em 
seu interior, que ajudam a empurrar o 
sangue mais lento de volta, para os grandes 
vasos cardíacos conhecidos como veias 
cava superior e inferior. 
Valvas atrioventriculares 
As valvas	atrioventriculares funcionam 
prevenindo o fluxo sanguíneo reverso 
dos	ventrículos para os átrios	durante a 
sístole cardíaca. Elas se prendem às 
paredes dos ventrículos através das	cordas 
tendíneas, que por sua vez se prendem 
aos	músculos papilares, de forma que as 
cúspides sejam mantidas tensas e não 
sofram inversão para o interior dos átrios... 
A primeira dessas duas valvas é conhecida 
como	valva	mitral. Ela está situada entre o 
átrio e o ventrículo esquerdos. 
A outra valva atrioventricular é 
a	valva	tricúspide, que, como sugere o 
nome, possui três cúspides distintas. Ela se 
encontra entre o átrio direito e o 
ventrículo direito. 
 
Valvas semilunares 
As valvas semilunares podem ser vistas na 
base de ambas as saídas arteriais principais, 
que são a	artéria pulmonar, que leva aos 
pulmões	e a	aorta, que se ramifica para os 
tecidos periféricos. Essas valvas	 permitem 
que o sangue dos ventrículos passe para 
os vasos e se fechem imediatamente em 
seguida, para prevenir qualquer fluxo 
reverso. 
A	valva 	aórtica	 separa o ventrículo 
esquerdo da aorta e possui	três cúspides. 
M
anuela A
guiar 
Durante a sístole ventricular, a pressão no 
ventrículo esquerdo se eleva, e quando ela 
ultrapassa a pressão na aorta a valva se 
abre, liberando o sangue acumulado no 
interior do vaso. Uma vez que a sístole 
termina, a pressão ventricular cai 
rapidamente abaixo da pressão da aorta, 
forçando a valva a se fechar novamente. 
 
A	valva	pulmonar	encontra-se entre o 
ventrículo direito e a artéria pulmonar, e, 
assim como a valva	aórtica, ela também é 
uma	valva	tricúspide. Ela se abre durante a 
sístole ventricular, utilizando o mesmo 
mecanismo de pressão que a valva	aórtica. 
Vascularização do coração 
As artérias coronárias são os vasos 
responsáveis por nutrir o tecido cardíaco. 
As coronárias, direita e esquerda, são os 
primeiros ramos da artéria aorta. Elas 
suprem tanto átrios, quanto os ventrículos. 
Cada uma dessas artérias possui uma área 
a qual ela irriga. 
 
Artéria Coronária Direita: em 60% dos 
indivíduos dá origem ao ramo do nó 
sinoatrial.. dá origem ao ramo marginal 
direito, que como o nome diz, irriga a 
margem direita do coração (formada pelo 
átrio direito) e uma importante porção do 
ventrículo direito. em 80% das pessoas, a 
coronária direita origina o ramo do nó 
atrioventricular. 
Artéria coronária esquerda: saem dois 
ramos principais, o circunflexo e o 
interventricular anterior. 
Drenagem venosa 
As veias da circulação cardíaca têm como 
função drenar o sangue para o átrio direito. 
A principal é o seio coronário, ele percorre 
da esquerda para a direita e recebe veias 
tributárias nesse percurso. A maior veia 
tributária é a cardíaca magna, na sua 
grande maioria, ela é responsável por 
drenar as áreas que a coronária esquerda 
nutre. Outras veias também são 
importantes na drenagem venosa do 
coração, como a interventricular posterior, 
a cardíaca parva, as anteriores do 
ventrículo direito. 
 
 
M
anuela A
g uiar 
Inervação do coração 
A inervação cardíaca é formada por um 
plexo e apresenta quatro importantes 
estruturas: o nó sinusal, o nó 
atrioventricular, o feixe de His e as fibras 
de Purkinje. 
O nó sinusal gera o primeiro impulso 
elétrico que inicia toda a atividade nervosa, 
percorrendo todo o coração. Ele se 
encontra no átrio direito e promove a 
despolarização atrial, ou seja, ele comanda 
o ritmo cardíaco. Entretanto, ele pode 
sofrer modulação do sistema nervoso 
autônomo, sendo estimulado pelo 
simpático ou inibido pelo parassimpático. 
O nó atrioventricular tem como função 
retardar a despolarização ventricular para 
permitir que estes estejam cheios de 
sangue na hora da sua contração. Ele se 
encontra no assoalho do átrio direito. 
O feixe de His é responsável pela chegada 
do estímulo nervoso nos ventrículos, ele 
sai do nó atrioventricular e se divide em 
dois, no ramo direito e no ramo esquerdo. 
As fibras de Purkinje são continuações dos 
ramos do feixe de His, são elas que 
promovem a despolarização ventricular 
que fará a sístole ventricular acontecer. 
No eletrocardiograma, a onda P representaa despolarização atrial; o complexo QRS, a 
despolarização ventricular; e a onda T, a 
repolarização ventricular. 
 
bombeamento cardíaco 
quando os átrios se contraem, as válvulas 
que separam os átrios dos ventrículos 
abrem-se, permitindo a passagem do 
sangue para esses últimos. Em seguida 
ocorre a contração dos ventrículos. Nesse 
momento, válvulas que separam os átrios 
dos ventrículos fecham-se, impedindo o 
retorno do sangue aos átrios. 
As válvulas que existem no limite do 
coração com as artérias pulmonar e aorta 
abrem-se, o sangue que sai do ventrículo 
direito é enviado para os pulmões e o que 
sai do ventrículo esquerdo ganha o 
restante do corpo através da artéria aorta. 
Durante a diástole (ou descontração), todo 
o coração (átrios e ventrículos) relaxa, e o 
coração se enche. O átrio esquerdo é 
preenchido pelo sangue que acabou de 
ser oxigenado, proveniente dos pulmões; 
o átrio direito é preenchido com sangue 
rico em gás carbônico, proveniente do 
restante do corpo. Todo sangue, seja ele 
rico em oxigênio ou em gás carbônico, 
chega ao coração através das veias. 
 
Funcionamento hormonal associado 
à atividade cardíaca 
 
O sistema endócrino é uma rede de 
glândulas e órgãos que produzem, 
armazenam e secretam hormônios. 
Também influenciam muitos aspectos do 
sistema cardiovascular que incluem o 
coração e os vasos sanguíneos. Enquanto 
os hormônios desempenham um papel 
necessário a manutenção da função 
cardiovascular saudáveis, níveis muito 
elevados podem contribuir para doenças 
cardiovasculares. 
Certos hormônios podem, por exemplo, 
aumentar a pressão arterial. e os níveis de 
lipídios no sangue e gorduras. 
Os hormônios que atuam numa situação 
de estresse são, principalmente, os 
produzidos pela adrenal ou suprarrenal, 
esses são a adrenalina e o cortisol. A 
M
anuela A
g uiar 
adrenalina impacta o coração e a 
vasculatura (veias e artérias) de maneira 
importante. Isso depende dos receptores. 
Existem os receptores alfas e beta, no 
coração possuem muito mais beta do que 
alfa, e nos vasos e artérias é o contrário. O 
receptor beta, quando ativado pela 
adrenalina, ele torna a contração mais forte 
e o coração bate mais rápido, para 
conseguir bombear mais sangue para fora. 
Com esse aumento na força da contração 
e vezes de repetições, o coração faz mais 
trabalho, se cansa mais. Logo, tá 
aumentando também o consumo — 
energia, oxigênio que o músculo precisa 
para trabalhar. Assim, com o músculo 
sobrecarregado, maior são as chances de 
infarto. 
Além disso, se não chega a quantidade de 
sangue necessária para chegar no músculo 
cardíaco, como paciente que tem doença 
arterial coronariana, a chance dele infartar 
num surto adrenergetico é maior. 
O receptor alfa é muito menos presente 
no coração, seu papel também é gerar 
contração maior, mas nesse caso, não as 
do coração. Ele faz com que o músculo liso 
das artérias se contraiam, e assim as 
artérias se apertam, diminuem de calibre, 
aumentando a pressão arterial.. 
O cortisol, ele possui uma ação um pouco 
mais indireta. Ele atua aumentando o nível 
de triglicerídeos e lipídios na circulação e 
ele facilita a deposição desses lipídios e 
colesterol nas artérias e veias, logo, ele 
facilita, quando ele é muito presente, a 
aterosclerose. 
 
 
 
 
Pequena e grande circulação 
A circulação sanguínea corresponde a 
todo o percurso do sistema circulatório 
que o sangue realiza no corpo humano. O 
sangue passa duas vezes pelo coração. 
Esses circuitos são chamados de pequena 
circulação e grande circulação. 
 
A pequena circulação ou circulação 
pulmonar 
consiste no caminho que o sangue 
percorre do coração aos pulmões, e dos 
pulmões ao coração. 
O sangue venoso é bombeado do 
ventrículo direito para a artéria pulmonar, 
que se ramifica de maneira que uma segue 
para o pulmão direito e outra para o 
pulmão esquerdo. 
Já nos pulmões, o sangue presente nos 
capilares dos alvéolos libera o gás 
carbônico e absorve o gás oxigênio. Por 
fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado 
dos pulmões ao coração, através das veias 
pulmonares, que se conectam no átrio 
esquerdo. 
A grande circulação ou circulação 
sistêmica 
é o caminho do sangue, que sai do 
coração até as demais células do corpo e 
vice-versa. 
No coração, o sangue arterial vindo dos 
pulmões, é bombeado do átrio esquerdo 
para o ventrículo esquerdo. Do ventrículo 
passa para a artéria aorta, que é 
responsável por transportar esse sangue 
para os diversos tecidos do corpo. 
 
 
 
 
M
anuela A
guiar 
Assim, quando esse sangue oxigenado 
chega aos tecidos, os vasos capilares 
refazem as trocas dos gases: absorvem o 
gás oxigênio e liberam o gás carbônico, 
tornando o sangue venoso. 
Por fim, o sangue venoso faz o caminho 
de volta ao coração e chega ao átrio 
direito pelas veias cavas superiores e 
inferiores, completando o sistema 
circulatório. 
M
anuela A
guiar 
Para que a fibra muscular cardíaca se 
contraia e o coração desempenhe seu 
papel como bomba, é necessário um 
estímulo elétrico, ou seja a despolarização. 
Células do coração 
Células de marca-passo: dominantes. 
Mantem o ritmo e compasso do batimento 
cardíaco. Se localiza no átrio direito. 
Estimulam uma frequência de batimentos, 
que podem variar de pendendo da 
atividade do sistema nervoso autônomo ou 
pela demanda corporal. 
O grupo dessas células é chamado de nó 
sinoatrial (SA) ou nó sinusal. 
Células de condução elétrica: transportam 
o impulso elétrico de forma eficiente e 
rápida para o corpo. 
Conduzem a eletricidade dos átrios e dos 
ventrículos, e nessas vias de condução, 
possuem fibras que permitem que o 
coração faça sua contração 
(despolarização). Esse sistema é chamado 
de sistema de Purkinje. 
 
Células miocárdicas: a grande maioria do 
tecido cardíaco, são especializadas na 
contração muscular. Recebem o estímulo 
e bombeiam para fornecer o sangue para 
o corpo. 
Contém as proteínas contráteis actina e 
miosina, que fazem o processo de filtração. 
Quando o impulso atinge uma célula 
miocárdica, é liberado cálcio que estimula a 
contração. 
 
Etapas da condução elétrica do coração 
No nó sinoatrial é gerado pelas células de 
marca-passo uma onda de despolarização, 
leva do átrios de forma rápida pelas vias 
intermodais até o nó atrioventricular, que 
conduz os impulsos dos átrios para os 
ventrículos e fica um pouco mais lento 
para que todo átrio se contraia e ejete o 
sangue para o ventrículo. 
Depois se propaga pelo feixe de purkinje, 
contraindo o ventrículo, ejetando sangue 
para o pulmão ou para o resto do corpo. 
Ativação do miocárdio: a contração 
ventricular ocorre do ápice para a base. 
M
anuela A
g uiar 
Conjunto de eventos que ocorre entre o 
início de um batimento e o início do 
próximo. 
O ciclo cardíaco consiste no período de 
relaxamento, chamado DIÁSTOLE, 
durante o qual o coração se enche de 
sangue, seguido pelo período de 
contração, chamado SÍSTOLE. 
 
Sístole e diástole 
O ciclo cardíaco consiste no período de 
relaxamento, chamado diástole, durante o 
qual o coração se enche de sangue, 
seguido pelo período de contração, 
chamado sístole. 
Diástole 
A diástole corresponde ao relaxamento do 
músculo cardíaco, que é quando 
o	coração	tem uma pressão interna 
menor para que os ventrículos recebam o 
sangue das veias pulmonares e veias cavas. 
É quando o sangue entra no coração. 
No relaxamento do músculo cardíaco 
ocorre a diástole ventricular e atrial, que se 
dividem nas seguintes fases: 
• Relaxamento ventricular isovolumétrico: é 
o movimento inicial, onde tem-se o 
fechamento das válvulas semilunares e que 
se estendem até a abertura das válvulas 
atrioventriculares. 
• Fase de enchimento ventricular rápido: é 
quando acontece a drenagem do sangue 
pelas câmaras ventriculares. Nesta fase, o 
sangue que estava represado nos átricos 
chega de forma muito rápida aos 
ventrículos. 
• Fase de enchimento ventricular lento: este 
é o momento em que a velocidade de 
enchimento diminui,aumentando assim a 
pressão dentro dos ventrículos. 
• Fase da contração atrial: nesta fase, há um 
reforço no enchimento ventricular, 
fazendo que o volume dos ventrículos 
aumente aproximadamente 25% e eleve 
a pressão diastólica. 
Sístole 
A sístole é a contração do músculo 
cardíaco que resulta do esvaziamento dos 
ventrículos, ou seja, quando o	sangue	sai 
dos vasos. Neste momento, ocorre a 
passagem do sangue para 
a	artéria	pulmonar e aorta, a partir da 
abertura das válvulas semilunares. 
A principal função da sístole é bombear o 
sangue quando o coração está contraído 
de modo que passe da aorta para a artéria 
pulmonar. 
No momento da contração do coração 
ocorre a sístole ventricular e atrial, que se 
dividem nas seguintes fases: 
• Contração isovolumétrica: é o momento 
inicial da contração ventricular, resultando 
no aumento da pressão atrial e no 
fechamento das válvulas atrioventriculares. 
O volume ventricular é constante nesta 
fase pois as válvulas semilunares ainda 
estão fechadas. 
M
anuela A
g uiar 
• Ejeção ventricular rápida: consiste no 
momento que as válvulas semilunares se 
abrem, ocasionando o aumento da 
pressão ventricular. É quando o sangue é 
ejetado dos ventrículos de maneira 
abrupta. 
• Ejeção ventricular lenta: é quando o 
sangue começa a ser ejetado, diminuindo 
assim o volume do fluxo sanguíneo. 
Quando a frequência cardíaca aumenta, a 
duração de cada ciclo cardíaco diminui, 
incluindo as fases de contração e 
relaxamento. A duração do potencial de 
ação e o período de contração (sístole) 
também diminuem, mas não por 
percentual tão alto quanto na fase de 
relaxamento (diástole). 
Funcionamento das valvas 
Valvas atrioventriculares (AV): valvas 
tricúspide (v direito) e mitral (esquerdo) 
São mais finas e membranosas 
Valvas semilunares: aórtica e pulmonar, 
impedem o refluxo., se fechando e 
impedindo do sangue passar do ventrículo 
para o átrio. 
São mais fibrosas. 
Músculos Papilares: Os músculos papilares 
são ligados aos folhetos das valvas AV 
pelas cordas tendíneas. 
Os músculos papilares contraem-se ao 
mesmo tempo que as paredes dos 
ventrículos, mas ao contrario do que se 
espera não ajudam as valvas a se 
fecharem. 
Pressão Sistólica: Indica o trabalho do 
coração e a tensão que age contra as 
paredes arteriais durante a contração 
ventricular. É de aproximadamente 120 
mmHg. 
Pressão diastólica: Indica a resistência 
periférica ou a facilidade com que o sangue 
flui das arteríolas para os capilares. É de 
aproximadamente 80 mmHg 
 
Bulhas cardíacas 
Som associado a fechamento de valvas 
Sons Cardíacos (SI): “tum” primeira bulha, 
está associada ao fechamento das valvas 
atrioventriculares. 
Início da sístole, é mais agudo e longo 
Sons Cardíacos S2: “ta” segunda bulha, 
esta associada ao fechamento das valvas 
semilunares. 
Final da sístole, som com menor 
intensidade. 
Débito cardíaco 
É a quantidade de sangue bombeada por 
minuto por cada ventrículo. 
Varia de forma acentuada com o nível de 
atividade do corpo. 
Os seguintes fatores, entre outros, afetam 
diretamente o débito cardíaco: 
(1) o nível basal do metabolismo corporal, 
(2) se a pessoa está se exercitando, 
(3) a idade da pessoa e 
(4) as dimensões do corpo. 
A média em homens é de 5,3L/min e em 
mulheres 4,9L/m 
 
 
M
anuela A
guiar 
Como avaliar o débito cardíaco? 
frequência cardíaca x volume de ejeção 
(débito sistólico) 
•Frequência cardíaca (FC): É o número de 
contrações do coração por minuto. Em 
média 75 batimentos por minuto (bpm), no 
adulto em repouso. 
• Débito sistólico (DS): Corresponde a 
quantidade de volume ejetado a cada 
batimento, normalmente está próximo de 
70ml. 
DC= 5.250ml/min em média 
 DS = VDF - VSF 
VDF: o volume diastólico final é o valor 
referente ao enchimento normal dos 
ventrículos. 
VSF: o volume sistólico final é o valor 
referente ao sangue que sobra nos 
ventrículos depois da sístole. 
- o percentual de sangue que o 
ventrículo ejeta chama-se fração de 
ejeção. 
O volume sistólico depende de outros 
fatores, como CONTRATILIDADE, 
PRÉ-CARGA e PÓS-CARGA. 
 
Contratilidade: Inerente ao encurtamento 
das fibras musculares cardíacas alternando 
com o alargamento destas. 
Fatores que influenciam: 
Nervos simpáticos: aumento da 
Frequência cardíaca, da força de 
contração e o aumento do débito cardíaco. 
Nervos parassimpáticos: diminuição do 
número de batimentos cardíacos e do 
débito cardíaco. 
Pré-carrega: grau de tensão do musculo 
quando ele começa a se contrair. 
Geralmente considerada como a pressão 
diastólica final (quando o ventrículo está 
cheio). 
Lei de Frank-Starling – nosso coração tem 
uma capacidade de se adaptar a 
quantidade de volume de sangue que ele 
recebe. 
Pós-Carga: se refere a resistência, 
impedância ou pressão que os ventrículos 
têm que exercer para ejetar seu volume 
sanguíneo. 
Ela é determinada por vários fatores: 
• Volume do sangue ejetado. 
• Valvas - estenose 
• Tamanho e espessura das paredes dos 
ventrículos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M
anuela A
guiar 
hipertrofia da musculatura cardíaca 
de um atleta 
A hipertrofia cardíaca constitui-se num dos 
principais mecanismos de adaptação do 
coração. em face de sobrecarga de 
trabalho, de pressão ou de volume imposta 
em determinadas condições ocasionando 
um aumento da massa do miocárdio. 
Essa adaptação é acompanhada da 
dilatação da cavidade do coração, 
especialmente do ventrículo esquerdo, 
que já é mais espesso por ser responsável 
por bombear sangue para praticamente 
todo o corpo. 
Geralmente, essa hipertrofia se dá de 
maneira simétrica no coração de atleta. 
Nos casos de cardiopatias, o resultado 
costuma ser diferente, promovendo 
crescimentos assimétricos relacionados a 
doenças que podem levar à morte súbita.	 
É importante destacar também que o 
coração de atleta mantém suas 
funcionalidades intactas. Na verdade, ele é 
até mais eficiente do que o coração de 
uma pessoa sedentária, por exemplo.	 
Essa característica, inclusive, é a 
responsável por uma das adaptações 
fisiológicas mais comuns no “coração de 
atleta”, chamada bradicardia, que define 
quando os batimentos cardíacos são 
inferiores a 60 por minuto em repouso. 
Como esse coração é mais eficiente, ele 
precisa bater menos vezes para 
transportar o sangue necessário aos 
músculos e demais órgãos. 
No entanto, como algumas dessas 
características também podem estar 
relacionadas a doenças cardíacas, 
diagnósticos errados confundindo coração 
de atleta e cardiopatias são comuns. 
A sobrecarga induzida pelo exercício é 
intermitente, já hipertrofia cardíaca 
patológica e desenvolvida por uma 
sobrecarga contínua, como ocorre no 
indivíduo hipertenso. A hipertrofia fisiologica 
vem acompanhada de melhora na função 
cardíaca, enquanto a patológica está 
associada a maior índice de morbidade e 
mortalidade. 
 
atividade física / metabolismo 
associado a hipertrofia: 
O termo hipertrofia cardíaca refere-se ao 
aumento da massa do miocárdio. é uma 
resposta adaptativa a uma sobrecarga 
fisiológica. Essa adaptação ocorre como 
resposta do coração a uma sobrecarga de 
trabalho, podendo ser classificada como 
concêntrica ou excêntrica. 
Como efeito do treinamento físico, 
também se observa o aumento de massa 
cardíaca em resposta à sobrecarga de 
trabalho nas seções de exercício. Essa 
hipertrofia é um mecanismo fisiológico 
compensatório, caracterizado 
principalmente pelo aumento do 
comprimento e diâmetro dos 
cardiomiócitos. 
Atletas de resistência desenvolvem 
hipertrofia cardíaca de tipo excêntrica em 
decorrência da sobrecarga de volume, ou 
seja, aumento da pré-carga devido ao 
aumento do retorno venoso durante 
seções de exercício, o que gera um 
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elevado pico de tenção diastólica induzindo 
ao crescimento dos cardiomiócitos. 
Cardiomiocitos	são as células musculares 
que compõe o músculo cardiaco. 
 
influência do VE na oxigenação do 
tecido e circulação sanguínea 
a hipertrofia concêntrica, desenvolvidapor 
atletas que realizam treinamento resistido 
é caracterizada por uma cavidade do VE. 
de tamanho normal e por um 
espaçamento da parede do ventrículo 
esquerdo, e septo. 
Essa alteração é decorrente do aumento 
do diâmetro dos miócitos pela adição de 
novos sarcômeros. Em paralelo como 
resposta a essa sobrecarga hemodinâmica. 
As células musculares são conhecidas 
como fibras musculares ou também 
como	miócitos. 
	sarcômero, é um dos componentes 
básicos do músculo estriado que permite 
a contração	muscular. 
 
consequências da hipertrofia no 
musculo cardíaco 
Na maioria das vezes, o crescimento 
anormal do músculo cardíaco ocorre em 
uma das duas câmaras inferiores do 
coração:	o ventrículo esquerdo e direito. 
Essas áreas são responsáveis pelo 
bombeamento de sangue. 
O ventrículo esquerdo bombeia sangue 
para a maior parte do corpo, enquanto o 
direito atende principalmente apenas aos 
pulmões. 
A hipertrofia pode ocorrer em ambos os 
lados, embora diferentes condições 
subjacentes estejam relacionadas ao 
desenvolvimento do alargamento em cada 
ventrículo. 
Há dois casos em que a	hipertrofia 
cardíaca	pode realmente ser benéfica para 
o hospedeiro. 
As mulheres grávidas podem apresentar 
um leve aumento cardíaco devido ao 
aumento do estresse cardíaco. Esta 
condição geralmente se inverte após a 
conclusão da gravidez. 
Os atletas competitivos também podem 
desenvolver hipertrofia leve devido a altas 
quantidades de exercícios cardiovasculares. 
Como o exercício está associado com um 
risco cardíaco mais baixo, a hipertrofia 
desenvolvida como uma resposta 
fisiológica ao exercício raramente é motivo 
de preocupação. 
O fator de risco mais comum para o 
desenvolvimento de	hipertrofia cardíaca	é 
a hipertensão arterial, também conhecida 
como hipertensão. 
A	hipertensão arterial	ocorre quando o 
sangue e os vasos sanguíneos têm que 
trabalhar mais para empurrar o sangue 
pelo corpo. Isso, por sua vez, o coração 
deve trabalhar mais para bombear a 
quantidade necessária de sangue, o que 
pode levar ao aumento do músculo. 
Doenças pulmonares, como o enfisema, 
têm maior probabilidade de causar 
crescimento anormal no ventrículo direito. 
Outros fatores de risco para o 
desenvolvimento da doença incluem 
obesidade, distrofia muscular e outros 
problemas cardíacos, como a 
cardiomiopatia. 
 
 
 
 
 
 
 
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fisiologia do sopro no coração 
O sangue flui de modo contínuo e em uma 
única direção dentro das cavidades 
cardíacas, não produzindo nenhum barulho. 
O sopro cardíaco é um som que pode ser 
escutado quando há interferência neste 
fluxo, havendo turbulência do sangue 
dentro do coração. 
O sopro geralmente surge por problemas 
nas válvulas cardíacas, mas em crianças e 
em pessoas jovens saudáveis ele pode ser 
um achado inocente, sem nenhum 
significado clínico. 
O sopro costuma ser identificado durante 
o exame físico médico, através da ausculta 
cardíaca com o estetoscópio. 
As causas podem ser desde muito, 
simples, chamadas de fisiológicas, sem 
repercussão clínica, que desaparecem 
com o tempo ou podem representar o 
sinal clínico de uma doença. 
Causas fisiológicas. 
Algumas vezes o sopro no coração é 
funcional, como em casos de estados 
hiperdinâmicos, como febre, anemia, 
hipotireoidismo, gravidez, exercício, e 
some quando se corrige a causa de 
aceleração do sangue. 
 Durante o crescimento, a mudança de 
conformação do tórax, o seu 
desenvolvimento leva ao desaparecimento 
dos sopros inocentes. Ou mesmo podem 
permanecer a vida inteira sem nenhum 
significado importante. 
Eventualmente, o	sopro também pode 
surgir em corações normais, quando o 
sangue flui mais rapidamente que o normal, 
como durante exercício físico ou na 
gravidez. 
Nas crianças, a principal causa de sopro 
cardíaco é o chamado sopro de Still, um 
tipo de sopro inocente que surge sem que 
haja qualquer problema cardíaco, apenas 
há uma velocidade maior do sangue 
viajando pela artéria aorta. 
Existem dois defeitos básicos: 
• Estenose valvar: quando a válvula se torna 
endurecida e não consegue mais se abrir 
completamente, o sangue acaba tendo 
dificuldade de passar de uma câmara para 
outra.. 
• Regurgitação ou insuficiência 
valvar:	quando a válvula não se fecha 
completamente, ela acaba permitindo 
refluxo do sangue na direção contrária. Por 
isso, temos o sopro de insuficiência mitral, 
insuficiência aórtica etc. 
Enquanto a válvula normal produz um som 
do tipo “tum-tum”, as válvulas doentes e 
com sopro fazem algo tipo “tuuuush-tum” 
ou “tum-tuuuush”. 
sopros sistólico e diastólico 
Quando o sopro ocorre logo após o 
primeiro “tum”, denominamo-os sopro 
sistólico. Se o sopro ocorre após o 
segundo tum, estamos diante de um sopro 
diastólico. 
 
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Mecanismos que regulam a pressão 
arterial 
A regulação da pressão arterial sistêmica 
é um desafio para o nosso sistema 
cardiovascular. O fluxo sanguíneo para os 
tecidos do nosso corpo é impulsionado 
pela diferença de pressão entre os lados 
arterial e venoso da circulação.. Desta 
forma, todos os nossos órgãos e tecidos 
serão perfundidos. 
A pressão arterial média é regulada por 
dois sistemas principais: 
– Reflexo Barorreceptor (neuromediado): 
tenta restaurar a Pressão arterial para seu 
valor prefixado em questão de segundos. 
– Sistema Renina-angiotensina-aldosterona: 
regula a Pressão arterial mais lentamente, 
agindo principalmente sobre o volume 
sanguíneo. 
Reflexo Barorreceptor 
O aumento da pressão arterial causa 
aumento do estiramento dos 
barorreceptores e aumento da frequência 
de disparo dos nervos aferentes. O 
contrário ocorre com a redução da 
pressão arterial. Importante salientar que os 
barorreceptores são muito sensíveis às 
variações de pressão e a velocidade de 
variação da pressão. O ESTÍMULO MAIS 
FORTE PARA O BARORRECEPTOR É A 
MUDANÇA RÁPIDA NA PRESSÃO 
ARTERIAL. 
A sensibilidade dos barorreceptores pode 
ser alterada por doença, como a 
hipertensão arterial crônica. Situação em 
que ocorre diminuição da sensibilidade a 
aumentos na pressão arterial. 
 
Sistema 
renina-angiotensina-aldosterona 
trata-se de uma série de reações 
concebidas para ajudar a regular a PA 
Quando a pressão arterial cai, os rins 
liberam a enzima renina na corrente 
sanguínea. A renina divide o 
angiotensinogênio, uma grande proteína 
que circula na corrente sanguínea, em 
partes. Uma parte é a angiotensina I. 
A angiotensina I, que se mantém 
relativamente inativa, é dividida em partes 
pela enzima de conversão da angiotensina 
(ECA). Uma parte é a angiotensina II, um 
hormônio que é muito ativo. 
A angiotensina 2 faz com que as paredes 
musculares das arteríolas se contraiam, 
aumentando a pressão arterial. Ela também 
provoca a liberação do hormônio 
aldosterona pelas glândulas adrenais e 
da	vasopressina	pela hipófise. 
A aldosterona e a	vasopressina	fazem com 
que os rins retenham sódio.. O aumento de 
sódio faz com que a água seja retida, 
aumentando, assim, o volume de sangue e 
a pressão arterial. 
 
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anuela A
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