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anatomia cárdica, sua ordem e seu funcionamento O coração é composto por três principais músculos: o músculo atrial, músculo ventricular e fibras especializadas excitatórias e condutoras. Os tipos atrial e ventricular se contraem quase da mesma forma que músculos esquelético só que com uma duração maior. As fibras excitatórias e de condução do coração, só se contraem fracamente por conterem poucas fibras contráteis. O coração, é uma câmara oca com quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Possui o formato de um cone invertido com o ápice voltado para baixo e apresenta o volume aproximado de uma mão fechada. Normalmente pesa cerca de 300 g. O coração humano apresenta como função primordial garantir que o sangue seja enviado para todas as partes do nosso corpo. Esse órgão, está localizado atrás do esterno e entre os pulmões, no mediastino médio. Ele garante o bombeamento graças a contrações rítmicas do músculo cardíaco. As paredes do coração são compostas por três túnicas: ð Endocárdio: túnica formada por endotélio que repousa sobre uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial. Essa última camada é conectada ao miocárdio pela camada subendocardial, a qual apresenta nervos, veias e ramos do sistema que conduz o impulso nervoso. ð Miocárdio: camada mais espessa do coração e responsável pela capacidade de contração do órgão. Essa camada é formada por feixes de fibras musculares cardíacas, as quais estão orientadas em várias direções. O miocárdio envolve as câmeras do coração, sendo mais espesso nos ventrículos – em especial, no ventrículo esquerdo – e mais fino nas paredes dos átrios. São referidos discos intercalados, são na verdade membranas que separam as células miocárdicas uma da outra. Em cada área intercalada as membranas celulares se fundem entre si, para formas junções comunicantes permeáveis, que permitem rápida difusão quase totalmente livre dos ions. Assim ions se movimentam com mais facilidade pelo líquido intracelular. Dessa forma o miocárdio forma sincício de muitas células musculares cardíacas no qual as células estão interconectadas assim que uma célula é excitada o potencial de ação se espalha rapidamente para as outras.. O coração é, na verdade, composto por dois sincícios; o sincício atrial, que forma as paredes dos dois átrios, e o sincício ventricular, que forma as paredes dos ventrículos. Os átrios são separados dos ventrículos por tecido fibroso que circunda M anuela A g uiar as aberturas das valvas atrioventriculares (A-V), entre os átrios e os ventrículos. ð Pericárdio: saco invaginado que envolve o coração e formado pelo pericárdio parietal e o pericárdio visceral. O pericárdio parietal é uma camada externa, enquanto o pericárdio visceral é uma camada mais interna. O pericárdio visceral forma o chamado epicárdio e reveste o coração externamente. O músculo cardíaco é estriado, como um típico músculo esquelético. Além disso, o músculo cardíaco contém miofibrilas típicas, com filamentos de actina e miosina, quase idênticos aos encontrados nos músculos esqueléticos; esses filamentos se dispõem lado a lado e deslizam durante as contrações, como ocorre nos músculos esqueléticos. Entretanto, em relação a outras características o músculo cardíaco difere bastante do esquelético. anatomia das valvas cardíacas As valvas do coração são úteis ao sistema cardiovascular ao controlar a direção do fluxo sanguíneo durante a circulação, e determinar o momento exato no qual o sangue passa entre as câmaras do coração, e para dentro e fora do órgão. As veias possuem pequenas válvulas em seu interior, que ajudam a empurrar o sangue mais lento de volta, para os grandes vasos cardíacos conhecidos como veias cava superior e inferior. Valvas atrioventriculares As valvas atrioventriculares funcionam prevenindo o fluxo sanguíneo reverso dos ventrículos para os átrios durante a sístole cardíaca. Elas se prendem às paredes dos ventrículos através das cordas tendíneas, que por sua vez se prendem aos músculos papilares, de forma que as cúspides sejam mantidas tensas e não sofram inversão para o interior dos átrios... A primeira dessas duas valvas é conhecida como valva mitral. Ela está situada entre o átrio e o ventrículo esquerdos. A outra valva atrioventricular é a valva tricúspide, que, como sugere o nome, possui três cúspides distintas. Ela se encontra entre o átrio direito e o ventrículo direito. Valvas semilunares As valvas semilunares podem ser vistas na base de ambas as saídas arteriais principais, que são a artéria pulmonar, que leva aos pulmões e a aorta, que se ramifica para os tecidos periféricos. Essas valvas permitem que o sangue dos ventrículos passe para os vasos e se fechem imediatamente em seguida, para prevenir qualquer fluxo reverso. A valva aórtica separa o ventrículo esquerdo da aorta e possui três cúspides. M anuela A guiar Durante a sístole ventricular, a pressão no ventrículo esquerdo se eleva, e quando ela ultrapassa a pressão na aorta a valva se abre, liberando o sangue acumulado no interior do vaso. Uma vez que a sístole termina, a pressão ventricular cai rapidamente abaixo da pressão da aorta, forçando a valva a se fechar novamente. A valva pulmonar encontra-se entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar, e, assim como a valva aórtica, ela também é uma valva tricúspide. Ela se abre durante a sístole ventricular, utilizando o mesmo mecanismo de pressão que a valva aórtica. Vascularização do coração As artérias coronárias são os vasos responsáveis por nutrir o tecido cardíaco. As coronárias, direita e esquerda, são os primeiros ramos da artéria aorta. Elas suprem tanto átrios, quanto os ventrículos. Cada uma dessas artérias possui uma área a qual ela irriga. Artéria Coronária Direita: em 60% dos indivíduos dá origem ao ramo do nó sinoatrial.. dá origem ao ramo marginal direito, que como o nome diz, irriga a margem direita do coração (formada pelo átrio direito) e uma importante porção do ventrículo direito. em 80% das pessoas, a coronária direita origina o ramo do nó atrioventricular. Artéria coronária esquerda: saem dois ramos principais, o circunflexo e o interventricular anterior. Drenagem venosa As veias da circulação cardíaca têm como função drenar o sangue para o átrio direito. A principal é o seio coronário, ele percorre da esquerda para a direita e recebe veias tributárias nesse percurso. A maior veia tributária é a cardíaca magna, na sua grande maioria, ela é responsável por drenar as áreas que a coronária esquerda nutre. Outras veias também são importantes na drenagem venosa do coração, como a interventricular posterior, a cardíaca parva, as anteriores do ventrículo direito. M anuela A g uiar Inervação do coração A inervação cardíaca é formada por um plexo e apresenta quatro importantes estruturas: o nó sinusal, o nó atrioventricular, o feixe de His e as fibras de Purkinje. O nó sinusal gera o primeiro impulso elétrico que inicia toda a atividade nervosa, percorrendo todo o coração. Ele se encontra no átrio direito e promove a despolarização atrial, ou seja, ele comanda o ritmo cardíaco. Entretanto, ele pode sofrer modulação do sistema nervoso autônomo, sendo estimulado pelo simpático ou inibido pelo parassimpático. O nó atrioventricular tem como função retardar a despolarização ventricular para permitir que estes estejam cheios de sangue na hora da sua contração. Ele se encontra no assoalho do átrio direito. O feixe de His é responsável pela chegada do estímulo nervoso nos ventrículos, ele sai do nó atrioventricular e se divide em dois, no ramo direito e no ramo esquerdo. As fibras de Purkinje são continuações dos ramos do feixe de His, são elas que promovem a despolarização ventricular que fará a sístole ventricular acontecer. No eletrocardiograma, a onda P representaa despolarização atrial; o complexo QRS, a despolarização ventricular; e a onda T, a repolarização ventricular. bombeamento cardíaco quando os átrios se contraem, as válvulas que separam os átrios dos ventrículos abrem-se, permitindo a passagem do sangue para esses últimos. Em seguida ocorre a contração dos ventrículos. Nesse momento, válvulas que separam os átrios dos ventrículos fecham-se, impedindo o retorno do sangue aos átrios. As válvulas que existem no limite do coração com as artérias pulmonar e aorta abrem-se, o sangue que sai do ventrículo direito é enviado para os pulmões e o que sai do ventrículo esquerdo ganha o restante do corpo através da artéria aorta. Durante a diástole (ou descontração), todo o coração (átrios e ventrículos) relaxa, e o coração se enche. O átrio esquerdo é preenchido pelo sangue que acabou de ser oxigenado, proveniente dos pulmões; o átrio direito é preenchido com sangue rico em gás carbônico, proveniente do restante do corpo. Todo sangue, seja ele rico em oxigênio ou em gás carbônico, chega ao coração através das veias. Funcionamento hormonal associado à atividade cardíaca O sistema endócrino é uma rede de glândulas e órgãos que produzem, armazenam e secretam hormônios. Também influenciam muitos aspectos do sistema cardiovascular que incluem o coração e os vasos sanguíneos. Enquanto os hormônios desempenham um papel necessário a manutenção da função cardiovascular saudáveis, níveis muito elevados podem contribuir para doenças cardiovasculares. Certos hormônios podem, por exemplo, aumentar a pressão arterial. e os níveis de lipídios no sangue e gorduras. Os hormônios que atuam numa situação de estresse são, principalmente, os produzidos pela adrenal ou suprarrenal, esses são a adrenalina e o cortisol. A M anuela A g uiar adrenalina impacta o coração e a vasculatura (veias e artérias) de maneira importante. Isso depende dos receptores. Existem os receptores alfas e beta, no coração possuem muito mais beta do que alfa, e nos vasos e artérias é o contrário. O receptor beta, quando ativado pela adrenalina, ele torna a contração mais forte e o coração bate mais rápido, para conseguir bombear mais sangue para fora. Com esse aumento na força da contração e vezes de repetições, o coração faz mais trabalho, se cansa mais. Logo, tá aumentando também o consumo — energia, oxigênio que o músculo precisa para trabalhar. Assim, com o músculo sobrecarregado, maior são as chances de infarto. Além disso, se não chega a quantidade de sangue necessária para chegar no músculo cardíaco, como paciente que tem doença arterial coronariana, a chance dele infartar num surto adrenergetico é maior. O receptor alfa é muito menos presente no coração, seu papel também é gerar contração maior, mas nesse caso, não as do coração. Ele faz com que o músculo liso das artérias se contraiam, e assim as artérias se apertam, diminuem de calibre, aumentando a pressão arterial.. O cortisol, ele possui uma ação um pouco mais indireta. Ele atua aumentando o nível de triglicerídeos e lipídios na circulação e ele facilita a deposição desses lipídios e colesterol nas artérias e veias, logo, ele facilita, quando ele é muito presente, a aterosclerose. Pequena e grande circulação A circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo humano. O sangue passa duas vezes pelo coração. Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação. A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste no caminho que o sangue percorre do coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração. O sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo. Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao coração, através das veias pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo. A grande circulação ou circulação sistêmica é o caminho do sangue, que sai do coração até as demais células do corpo e vice-versa. No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que é responsável por transportar esse sangue para os diversos tecidos do corpo. M anuela A guiar Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando o sangue venoso. Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas superiores e inferiores, completando o sistema circulatório. M anuela A guiar Para que a fibra muscular cardíaca se contraia e o coração desempenhe seu papel como bomba, é necessário um estímulo elétrico, ou seja a despolarização. Células do coração Células de marca-passo: dominantes. Mantem o ritmo e compasso do batimento cardíaco. Se localiza no átrio direito. Estimulam uma frequência de batimentos, que podem variar de pendendo da atividade do sistema nervoso autônomo ou pela demanda corporal. O grupo dessas células é chamado de nó sinoatrial (SA) ou nó sinusal. Células de condução elétrica: transportam o impulso elétrico de forma eficiente e rápida para o corpo. Conduzem a eletricidade dos átrios e dos ventrículos, e nessas vias de condução, possuem fibras que permitem que o coração faça sua contração (despolarização). Esse sistema é chamado de sistema de Purkinje. Células miocárdicas: a grande maioria do tecido cardíaco, são especializadas na contração muscular. Recebem o estímulo e bombeiam para fornecer o sangue para o corpo. Contém as proteínas contráteis actina e miosina, que fazem o processo de filtração. Quando o impulso atinge uma célula miocárdica, é liberado cálcio que estimula a contração. Etapas da condução elétrica do coração No nó sinoatrial é gerado pelas células de marca-passo uma onda de despolarização, leva do átrios de forma rápida pelas vias intermodais até o nó atrioventricular, que conduz os impulsos dos átrios para os ventrículos e fica um pouco mais lento para que todo átrio se contraia e ejete o sangue para o ventrículo. Depois se propaga pelo feixe de purkinje, contraindo o ventrículo, ejetando sangue para o pulmão ou para o resto do corpo. Ativação do miocárdio: a contração ventricular ocorre do ápice para a base. M anuela A g uiar Conjunto de eventos que ocorre entre o início de um batimento e o início do próximo. O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, chamado DIÁSTOLE, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado SÍSTOLE. Sístole e diástole O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado sístole. Diástole A diástole corresponde ao relaxamento do músculo cardíaco, que é quando o coração tem uma pressão interna menor para que os ventrículos recebam o sangue das veias pulmonares e veias cavas. É quando o sangue entra no coração. No relaxamento do músculo cardíaco ocorre a diástole ventricular e atrial, que se dividem nas seguintes fases: • Relaxamento ventricular isovolumétrico: é o movimento inicial, onde tem-se o fechamento das válvulas semilunares e que se estendem até a abertura das válvulas atrioventriculares. • Fase de enchimento ventricular rápido: é quando acontece a drenagem do sangue pelas câmaras ventriculares. Nesta fase, o sangue que estava represado nos átricos chega de forma muito rápida aos ventrículos. • Fase de enchimento ventricular lento: este é o momento em que a velocidade de enchimento diminui,aumentando assim a pressão dentro dos ventrículos. • Fase da contração atrial: nesta fase, há um reforço no enchimento ventricular, fazendo que o volume dos ventrículos aumente aproximadamente 25% e eleve a pressão diastólica. Sístole A sístole é a contração do músculo cardíaco que resulta do esvaziamento dos ventrículos, ou seja, quando o sangue sai dos vasos. Neste momento, ocorre a passagem do sangue para a artéria pulmonar e aorta, a partir da abertura das válvulas semilunares. A principal função da sístole é bombear o sangue quando o coração está contraído de modo que passe da aorta para a artéria pulmonar. No momento da contração do coração ocorre a sístole ventricular e atrial, que se dividem nas seguintes fases: • Contração isovolumétrica: é o momento inicial da contração ventricular, resultando no aumento da pressão atrial e no fechamento das válvulas atrioventriculares. O volume ventricular é constante nesta fase pois as válvulas semilunares ainda estão fechadas. M anuela A g uiar • Ejeção ventricular rápida: consiste no momento que as válvulas semilunares se abrem, ocasionando o aumento da pressão ventricular. É quando o sangue é ejetado dos ventrículos de maneira abrupta. • Ejeção ventricular lenta: é quando o sangue começa a ser ejetado, diminuindo assim o volume do fluxo sanguíneo. Quando a frequência cardíaca aumenta, a duração de cada ciclo cardíaco diminui, incluindo as fases de contração e relaxamento. A duração do potencial de ação e o período de contração (sístole) também diminuem, mas não por percentual tão alto quanto na fase de relaxamento (diástole). Funcionamento das valvas Valvas atrioventriculares (AV): valvas tricúspide (v direito) e mitral (esquerdo) São mais finas e membranosas Valvas semilunares: aórtica e pulmonar, impedem o refluxo., se fechando e impedindo do sangue passar do ventrículo para o átrio. São mais fibrosas. Músculos Papilares: Os músculos papilares são ligados aos folhetos das valvas AV pelas cordas tendíneas. Os músculos papilares contraem-se ao mesmo tempo que as paredes dos ventrículos, mas ao contrario do que se espera não ajudam as valvas a se fecharem. Pressão Sistólica: Indica o trabalho do coração e a tensão que age contra as paredes arteriais durante a contração ventricular. É de aproximadamente 120 mmHg. Pressão diastólica: Indica a resistência periférica ou a facilidade com que o sangue flui das arteríolas para os capilares. É de aproximadamente 80 mmHg Bulhas cardíacas Som associado a fechamento de valvas Sons Cardíacos (SI): “tum” primeira bulha, está associada ao fechamento das valvas atrioventriculares. Início da sístole, é mais agudo e longo Sons Cardíacos S2: “ta” segunda bulha, esta associada ao fechamento das valvas semilunares. Final da sístole, som com menor intensidade. Débito cardíaco É a quantidade de sangue bombeada por minuto por cada ventrículo. Varia de forma acentuada com o nível de atividade do corpo. Os seguintes fatores, entre outros, afetam diretamente o débito cardíaco: (1) o nível basal do metabolismo corporal, (2) se a pessoa está se exercitando, (3) a idade da pessoa e (4) as dimensões do corpo. A média em homens é de 5,3L/min e em mulheres 4,9L/m M anuela A guiar Como avaliar o débito cardíaco? frequência cardíaca x volume de ejeção (débito sistólico) •Frequência cardíaca (FC): É o número de contrações do coração por minuto. Em média 75 batimentos por minuto (bpm), no adulto em repouso. • Débito sistólico (DS): Corresponde a quantidade de volume ejetado a cada batimento, normalmente está próximo de 70ml. DC= 5.250ml/min em média DS = VDF - VSF VDF: o volume diastólico final é o valor referente ao enchimento normal dos ventrículos. VSF: o volume sistólico final é o valor referente ao sangue que sobra nos ventrículos depois da sístole. - o percentual de sangue que o ventrículo ejeta chama-se fração de ejeção. O volume sistólico depende de outros fatores, como CONTRATILIDADE, PRÉ-CARGA e PÓS-CARGA. Contratilidade: Inerente ao encurtamento das fibras musculares cardíacas alternando com o alargamento destas. Fatores que influenciam: Nervos simpáticos: aumento da Frequência cardíaca, da força de contração e o aumento do débito cardíaco. Nervos parassimpáticos: diminuição do número de batimentos cardíacos e do débito cardíaco. Pré-carrega: grau de tensão do musculo quando ele começa a se contrair. Geralmente considerada como a pressão diastólica final (quando o ventrículo está cheio). Lei de Frank-Starling – nosso coração tem uma capacidade de se adaptar a quantidade de volume de sangue que ele recebe. Pós-Carga: se refere a resistência, impedância ou pressão que os ventrículos têm que exercer para ejetar seu volume sanguíneo. Ela é determinada por vários fatores: • Volume do sangue ejetado. • Valvas - estenose • Tamanho e espessura das paredes dos ventrículos. M anuela A guiar hipertrofia da musculatura cardíaca de um atleta A hipertrofia cardíaca constitui-se num dos principais mecanismos de adaptação do coração. em face de sobrecarga de trabalho, de pressão ou de volume imposta em determinadas condições ocasionando um aumento da massa do miocárdio. Essa adaptação é acompanhada da dilatação da cavidade do coração, especialmente do ventrículo esquerdo, que já é mais espesso por ser responsável por bombear sangue para praticamente todo o corpo. Geralmente, essa hipertrofia se dá de maneira simétrica no coração de atleta. Nos casos de cardiopatias, o resultado costuma ser diferente, promovendo crescimentos assimétricos relacionados a doenças que podem levar à morte súbita. É importante destacar também que o coração de atleta mantém suas funcionalidades intactas. Na verdade, ele é até mais eficiente do que o coração de uma pessoa sedentária, por exemplo. Essa característica, inclusive, é a responsável por uma das adaptações fisiológicas mais comuns no “coração de atleta”, chamada bradicardia, que define quando os batimentos cardíacos são inferiores a 60 por minuto em repouso. Como esse coração é mais eficiente, ele precisa bater menos vezes para transportar o sangue necessário aos músculos e demais órgãos. No entanto, como algumas dessas características também podem estar relacionadas a doenças cardíacas, diagnósticos errados confundindo coração de atleta e cardiopatias são comuns. A sobrecarga induzida pelo exercício é intermitente, já hipertrofia cardíaca patológica e desenvolvida por uma sobrecarga contínua, como ocorre no indivíduo hipertenso. A hipertrofia fisiologica vem acompanhada de melhora na função cardíaca, enquanto a patológica está associada a maior índice de morbidade e mortalidade. atividade física / metabolismo associado a hipertrofia: O termo hipertrofia cardíaca refere-se ao aumento da massa do miocárdio. é uma resposta adaptativa a uma sobrecarga fisiológica. Essa adaptação ocorre como resposta do coração a uma sobrecarga de trabalho, podendo ser classificada como concêntrica ou excêntrica. Como efeito do treinamento físico, também se observa o aumento de massa cardíaca em resposta à sobrecarga de trabalho nas seções de exercício. Essa hipertrofia é um mecanismo fisiológico compensatório, caracterizado principalmente pelo aumento do comprimento e diâmetro dos cardiomiócitos. Atletas de resistência desenvolvem hipertrofia cardíaca de tipo excêntrica em decorrência da sobrecarga de volume, ou seja, aumento da pré-carga devido ao aumento do retorno venoso durante seções de exercício, o que gera um M anuela A guiar elevado pico de tenção diastólica induzindo ao crescimento dos cardiomiócitos. Cardiomiocitos são as células musculares que compõe o músculo cardiaco. influência do VE na oxigenação do tecido e circulação sanguínea a hipertrofia concêntrica, desenvolvidapor atletas que realizam treinamento resistido é caracterizada por uma cavidade do VE. de tamanho normal e por um espaçamento da parede do ventrículo esquerdo, e septo. Essa alteração é decorrente do aumento do diâmetro dos miócitos pela adição de novos sarcômeros. Em paralelo como resposta a essa sobrecarga hemodinâmica. As células musculares são conhecidas como fibras musculares ou também como miócitos. sarcômero, é um dos componentes básicos do músculo estriado que permite a contração muscular. consequências da hipertrofia no musculo cardíaco Na maioria das vezes, o crescimento anormal do músculo cardíaco ocorre em uma das duas câmaras inferiores do coração: o ventrículo esquerdo e direito. Essas áreas são responsáveis pelo bombeamento de sangue. O ventrículo esquerdo bombeia sangue para a maior parte do corpo, enquanto o direito atende principalmente apenas aos pulmões. A hipertrofia pode ocorrer em ambos os lados, embora diferentes condições subjacentes estejam relacionadas ao desenvolvimento do alargamento em cada ventrículo. Há dois casos em que a hipertrofia cardíaca pode realmente ser benéfica para o hospedeiro. As mulheres grávidas podem apresentar um leve aumento cardíaco devido ao aumento do estresse cardíaco. Esta condição geralmente se inverte após a conclusão da gravidez. Os atletas competitivos também podem desenvolver hipertrofia leve devido a altas quantidades de exercícios cardiovasculares. Como o exercício está associado com um risco cardíaco mais baixo, a hipertrofia desenvolvida como uma resposta fisiológica ao exercício raramente é motivo de preocupação. O fator de risco mais comum para o desenvolvimento de hipertrofia cardíaca é a hipertensão arterial, também conhecida como hipertensão. A hipertensão arterial ocorre quando o sangue e os vasos sanguíneos têm que trabalhar mais para empurrar o sangue pelo corpo. Isso, por sua vez, o coração deve trabalhar mais para bombear a quantidade necessária de sangue, o que pode levar ao aumento do músculo. Doenças pulmonares, como o enfisema, têm maior probabilidade de causar crescimento anormal no ventrículo direito. Outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem obesidade, distrofia muscular e outros problemas cardíacos, como a cardiomiopatia. M anuela A guiar fisiologia do sopro no coração O sangue flui de modo contínuo e em uma única direção dentro das cavidades cardíacas, não produzindo nenhum barulho. O sopro cardíaco é um som que pode ser escutado quando há interferência neste fluxo, havendo turbulência do sangue dentro do coração. O sopro geralmente surge por problemas nas válvulas cardíacas, mas em crianças e em pessoas jovens saudáveis ele pode ser um achado inocente, sem nenhum significado clínico. O sopro costuma ser identificado durante o exame físico médico, através da ausculta cardíaca com o estetoscópio. As causas podem ser desde muito, simples, chamadas de fisiológicas, sem repercussão clínica, que desaparecem com o tempo ou podem representar o sinal clínico de uma doença. Causas fisiológicas. Algumas vezes o sopro no coração é funcional, como em casos de estados hiperdinâmicos, como febre, anemia, hipotireoidismo, gravidez, exercício, e some quando se corrige a causa de aceleração do sangue. Durante o crescimento, a mudança de conformação do tórax, o seu desenvolvimento leva ao desaparecimento dos sopros inocentes. Ou mesmo podem permanecer a vida inteira sem nenhum significado importante. Eventualmente, o sopro também pode surgir em corações normais, quando o sangue flui mais rapidamente que o normal, como durante exercício físico ou na gravidez. Nas crianças, a principal causa de sopro cardíaco é o chamado sopro de Still, um tipo de sopro inocente que surge sem que haja qualquer problema cardíaco, apenas há uma velocidade maior do sangue viajando pela artéria aorta. Existem dois defeitos básicos: • Estenose valvar: quando a válvula se torna endurecida e não consegue mais se abrir completamente, o sangue acaba tendo dificuldade de passar de uma câmara para outra.. • Regurgitação ou insuficiência valvar: quando a válvula não se fecha completamente, ela acaba permitindo refluxo do sangue na direção contrária. Por isso, temos o sopro de insuficiência mitral, insuficiência aórtica etc. Enquanto a válvula normal produz um som do tipo “tum-tum”, as válvulas doentes e com sopro fazem algo tipo “tuuuush-tum” ou “tum-tuuuush”. sopros sistólico e diastólico Quando o sopro ocorre logo após o primeiro “tum”, denominamo-os sopro sistólico. Se o sopro ocorre após o segundo tum, estamos diante de um sopro diastólico. M anuela A g uiar Mecanismos que regulam a pressão arterial A regulação da pressão arterial sistêmica é um desafio para o nosso sistema cardiovascular. O fluxo sanguíneo para os tecidos do nosso corpo é impulsionado pela diferença de pressão entre os lados arterial e venoso da circulação.. Desta forma, todos os nossos órgãos e tecidos serão perfundidos. A pressão arterial média é regulada por dois sistemas principais: – Reflexo Barorreceptor (neuromediado): tenta restaurar a Pressão arterial para seu valor prefixado em questão de segundos. – Sistema Renina-angiotensina-aldosterona: regula a Pressão arterial mais lentamente, agindo principalmente sobre o volume sanguíneo. Reflexo Barorreceptor O aumento da pressão arterial causa aumento do estiramento dos barorreceptores e aumento da frequência de disparo dos nervos aferentes. O contrário ocorre com a redução da pressão arterial. Importante salientar que os barorreceptores são muito sensíveis às variações de pressão e a velocidade de variação da pressão. O ESTÍMULO MAIS FORTE PARA O BARORRECEPTOR É A MUDANÇA RÁPIDA NA PRESSÃO ARTERIAL. A sensibilidade dos barorreceptores pode ser alterada por doença, como a hipertensão arterial crônica. Situação em que ocorre diminuição da sensibilidade a aumentos na pressão arterial. Sistema renina-angiotensina-aldosterona trata-se de uma série de reações concebidas para ajudar a regular a PA Quando a pressão arterial cai, os rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea. A renina divide o angiotensinogênio, uma grande proteína que circula na corrente sanguínea, em partes. Uma parte é a angiotensina I. A angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, é dividida em partes pela enzima de conversão da angiotensina (ECA). Uma parte é a angiotensina II, um hormônio que é muito ativo. A angiotensina 2 faz com que as paredes musculares das arteríolas se contraiam, aumentando a pressão arterial. Ela também provoca a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais e da vasopressina pela hipófise. A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio.. O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o volume de sangue e a pressão arterial. M anuela A g uiar
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