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ALTERAÇÃO NA REFORMA TRABALHISTA (RESUMO)

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Reforma trabalhista: veja ponto a 
ponto como ficou a lei aprovada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI Nº 13.467 DE 14/07/2017 
 
 
 
ENTENDA O QUE MUDA COM A REFORMA TRABALHISTA 
LEI Nº 13.467 DE 14/07/2017 
As novas regras entram em vigor 11/11/2017 
 
 
Assunto Regra atual (antiga) Nova regra em vigor a partir de 
11/11/2017 
Dispositivo 
legal 
Prescrição 
(trabalho Rural) 
O direito de ação quanto a crédito 
resultantes das relações de trabalho 
prescreve. 5 anos trabalhador urbano e 
2 anos para os trabalhadores rurais. 
A pretensão quanto a crédito resultantes 
das relações de trabalho prescreve em 5 
anos para os trabalhadores urbanos e 
rurais, até o limite de 2 anos após a 
extinção do contrato de trabalho. 
Art. 11 CLT 
Falta de 
registro de 
empregado 
(penalidade) 
R$ 402,53 por empregado não 
registrado, com reincidência, a multa 
será acrescida de igual valor. 
Empresa normal R$ 3.000,00 por 
empregado; e ME e EPP multa de R$ 
800,00 por empregado, mais R$ 600,00 
pela falta de informações nos registros. 
Art. 47 e 47-A 
da CLT 
Tempo de 
deslocamento 
(fim das horas 
“in itinere” 
O tempo gasto pelo empregado até o 
local de trabalho (ida e volta) é 
computado como jornada de trabalho 
O tempo despendido pelo empregado 
desde a sua residência até a efetiva 
ocupação do posto de trabalho e seu 
retorno, não será computado na jornada 
de trabalho. 
Art. 58 § 2º da 
CLT 
Jornada de 
trabalho em 
tempo parcial 
É aquele cuja duração não excede 25 
horas semanais. 
Tempo parcial é aquele cuja duração não 
exceda 30 horas semanais, sem a 
possibilidade de horas extras. Ou ainda 
aquele cuja duração não exceda 26 horas 
semanais com a possibilidade de 
acréscimo de até 6 horas extras 
semanais. 
Art. 58-A 3º e 
6º, 59 §4º e 
143 § 3º da 
CLT 
Horas extras 
(negociação 
por Norma 
Coletiva) 
Duração normal do trabalho poderá ser 
acrescida de horas extras, desde que 
não exceda de 2 mediante acordo 
escrito entre empregado e empregador. 
A duração diária do trabalho poderá ser 
acrescida de horas extras em número 
não excedente de 2 (duas), por acordo 
individual, convenção ou acordo coletivo. 
Art. 59 da 
CLT 
Horas extras 
(ajuste com a 
CF/88) 
Do acordo ou contrato coletivo de 
trabalho deverá constar, 
obrigatoriamente, a importância da 
remuneração da hora suplementar, que 
será, pelo menos 20% à da hora normal. 
A remuneração da hora extra, pelo 
menos 50% superior à da hora normal. 
Ajuste de redação do inciso XVI do art. 7º 
da Constituição Federal. 
Art. 59, § 1º 
da CLT 
Banco de horas 
(celebrado 
também por 
acordo 
individual) 
O banco de horas somente poderá ser 
realizado através de acordo ou 
convenção coletiva de trabalho. 
O banco de horas poderá ser pactuado 
por acordo individual escrito, desde que a 
compensação ocorra no período máximo 
de 6 meses. 
Art. 59, §§ 2º, 
5º e 6º da 
CLT 
Acordo de 
compensação e 
Banco de horas 
(prestação de 
horas extras) 
Não existia previsão na CLT A prestação de horas extras habituais 
não descaracteriza o acordo de 
compensação de jornada e o banco de 
horas. 
Art. 59-B, 
parágrafo 
único da CLT 
Necessidade 
imperiosa 
(comunicação 
ao Ministério do 
Trabalho) 
O excesso de horas trabalhadas além do 
limite legal ou convencionado, em razão 
de necessidade imperiosa, poderá ser 
exigido independentemente de acordo 
ou contrato coletivo e deverá ser 
comunicado, dentro de 10 dias à 
autoridade competente. 
O excesso de horas trabalhadas além do 
limite legal ou convencionado, em razão 
de necessidade imperiosa, pode ser 
exigido independentemente de 
convenção coletiva ou acordo coletivo de 
trabalho, sem que seja necessário 
comunicar à autoridade competente em 
matéria de trabalho, dentro de 10 dias. 
Art. 61, § 1º 
da CLT 
Excluídos do 
Controle de 
Horário 
Estão fora do regime do controle de 
horário, não tendo, portanto, que 
assinar, bem como seus intervalos 
aqueles que exercem atividade externa 
e os gerentes, assim considerados os 
exercentes de cargos de gestão. 
Os empregados em regime de 
teletrabalho passam a estar fora do 
regime de controle de horários. 
Art. 62 da 
CLT 
Intervalo 
intrajornada 
(não 
concessão ou 
concessão 
parcial) 
Quando o intervalo para repouso e 
alimentação não for concedido pelo 
empregador, este ficará obrigado a 
remunerar o período correspondente 
com um acréscimo de no mínimo 50% 
sobre o valor da remuneração da hora 
normal de trabalho. 
A não concessão ou a concessão parcial 
do intervalo intrajornada mínimo, para 
repouso e alimentação, a empregados 
urbanos e rurais, implica o pgto de 
natureza indenizatória, apenas do 
período suprimido, com acréscimo de 
50% da hora normal. 
Art. 71, § 4º 
da CLT 
Teletrabalho 
(Home office) 
Não existia previsão Considera-se teletrabalho a prestação de 
serviços preponderantemente fora das 
dependências do empregador, com a 
utilização de tecnologias de informação e 
de comunicação que por sua natureza 
não se constituam como trabalho 
externo. A modalidade de teletrabalho 
deverá constar expressamente do 
contrato individual de trabalho, que 
especificará as atividades que serão 
realizadas pelo empregado, bem como 
os gastos com aquisição, manutenção ou 
fornecimento dos equipamentos 
tecnológicos e da infraestrutura 
necessária e adequada à prestação do 
trabalho remoto. 
Incluído o 
capítulo II – A 
na CLT 
(Art. 75-A ao 
75-E) 
Férias 
individuais 
(fracionamento) 
A concessão das férias deve ser 
realizada em um só período, nos 12 
meses subsequentes à data em que o 
empregado tiver adquirido o respectivo 
direito. Somente em casos excepcionais 
serão as férias concedidas em 2 
períodos, um dos quais não poderá ser 
inferior a 10 dias corridos. Aos menores 
de 18 e maiores de 50 anos de idade, as 
férias serão sempre concedidas de uma 
só vez. 
Desde que haja concordância do 
empregado, as férias poderão ser 
usufruídas em até 3 períodos, sendo que 
um deles não poderá ser inferior a 14 dias 
corridos e os demais não poderão ser 
inferiores a 5 dias corridos, cada um. 
Art. 134, 
caput, §§ 1º e 
2º da CLT 
Férias (início 
do período de 
gozo) 
Não existia previsão na CLT É vedado o início das férias no período 
de 2 dias que antecede feriado ou dia de 
repouso semanal remunerado. 
Art. 134, § 3º 
CLT 
Trabalho da 
Mulher 
(período de 
descanso) 
Em caso de prorrogação do horário 
normal de trabalho da mulher, será 
obrigatório um descanso de 15 minutos 
no mínimo, antes do início do período 
extraordinário do trabalho. 
Com a revogação do artigo 384 da CLT, 
a mulher perde o direito ao descanso de 
15 minutos antes do início do período 
extraordinário do trabalho. 
Art. 384 CLT 
Proteção à 
maternidade 
(trabalho em 
local insalubre) 
A empregada gestante ou lactante será 
afastada, enquanto durar a gestação e a 
lactação, de quaisquer atividades, 
operações ou locais insalubres, devendo 
exercer suas atividades em local 
salubre. 
Sem prejuízo de sua remuneração, do 
valor adicional de insalubridade: 
a) Atividades consideradas 
insalubres em grau máximo 
enquanto durar a gestação. 
b) Atividades consideradas 
insalubres em grau médio ou 
mínimo, quando apresentar 
atestado de saúde, emitido por 
médico de confiança da mulher, 
que recomende o afastamento 
durante a gestação. 
c) Atividades consideradas 
insalubres em qualquer grau, 
quando apresentar atestado de 
saúde, emitido por médico de 
confiança da mulher, que 
recomende o afastamento 
durante a lactação. 
Art. 394-A 
CLT 
Proteção a 
Maternidade 
(descanso para 
amamentação) 
A mulher terá direito, durante a jornada 
de trabalho a 2 descansos especiais, de 
meia hora cada um, para amamentar o 
próprio filho, até que este complete 6 
meses de idade. 
Os horários dos descansos especiais 
deverão ser definidos em acordo 
individual entre a mulher e o empregador. 
Art. 396, § 2º 
CLT 
Autônomo Não existia previsão Cria a contratação do autônomo, 
cumpridas por este todasas 
formalidades legais, com ou sem 
exclusividade, de forma contínua ou não, 
afastando a qualidade de empregado. 
Art. 442-B da 
CLT 
Trabalho 
intermitente 
Não existia previsão Considera-se como intermitente o 
contrato de trabalho no qual a prestação 
de serviços, com subordinação, não é 
continua, ocorrendo com alternância de 
períodos de prestação de serviços e de 
inatividade, determinados em horas, dias 
ou meses, independentemente do tipo de 
atividade do empregado e do 
empregador, exceto para os aeronautas, 
regidos por legislação própria. 
Art. 443, § 3º 
e 452-A CLT 
Lavagem do 
uniforme 
Não existia previsão na CLT Cabe ao empregador definir o padrão de 
vestimenta no meio ambiental laboral. A 
higienização do uniforme é de 
responsabilidade do trabalhador, salvo 
nas hipóteses em que forem necessários 
procedimentos ou produtos diferente dos 
utilizados para a higienização das 
vestimentas de uso comum. 
Art. 456-A da 
CLT 
Salários Integram o salário não só a importância 
fixa estipulada, como também as 
comissões, percentagens, gratificações 
ajustadas, diárias para viagens e abonos 
pagos pelo empregador. 
As importâncias, ainda que habituais, 
pagas a título de ajuda de custo, auxilio 
alimentação, vedado seu pagamento em 
dinheiro, diárias para viagem, prêmios e 
abonos não integram a remuneração do 
empregado, não se incorporam ao 
contrato de trabalho e não constituem 
base de incidência de qualquer encargo 
trabalhista e previdenciário. 
Art. 457 §§ 1º 
e 2º da CLT 
Isonomia 
salarial (local 
da prestação 
de serviço) 
Sendo idêntica a função, a todo trabalho 
igual valor, prestado ao mesmo 
empregador, na mesma localidade, 
corresponderá igual salário, sem 
distinção de sexo, nacionalidade ou 
idade. 
Sendo idêntica a função, a todo trabalho 
de igual valor, prestado ao mesmo 
empregador, no mesmo estabelecimento 
empresarial, corresponderá igual salário, 
sem distinção de sexo, etnia, 
nacionalidade ou idade. 
Art. 461, 
caput CLT 
Isonomia 
salarial (tempo 
de serviço) 
Trabalho de igual valor, para fins de 
remuneração será o que for feito com 
igual produtividade e com a mesma 
perfeição técnica, entre pessoas, cuja 
diferença de tempo de serviços não for 
superior a 2 anos. 
Trabalho de igual valor, para fins de 
remuneração será o que for feito com 
igual produtividade e com a mesma 
perfeição técnica, entre pessoas cuja 
diferença de tempo de serviço para o 
mesmo empregador não seja superior a 
4 anos e a diferença de tempo na função 
não seja superior a 2 anos. 
Art. 461 § 1º 
da CLT 
Alteração 
contratual 
(função de 
confiança) 
Não existia previsão na CLT Na hipótese do empregado deixar de 
exercer função de confiança, voltando ao 
cargo efetivo anteriormente ocupado, em 
razão de uma alteração unilateral 
determinada pelo empregador, com ou 
sem justo motivo, não será assegurado 
ao mesmo o direito à remuneração do 
pagamento da gratificação 
correspondente, que não incorporará, 
independentemente do tempo de 
exercício da respectiva função. 
Art. 468 § da 
CLT 
Rescisão do 
contrato 
(homologação) 
O pedido de demissão ou recibo de 
quitação de rescisão do contrato de 
trabalho, firmado por empregado com 
mais de 1 ano de serviço, só será válido 
quando feito com a assistência do 
respectivo Sindicado ou perante a 
autoridade do MT 
Com a revogação do § 1º do artigo 477 
da CLT, deixa de ser condição para 
validade da rescisão de contrato de 
trabalho à homologação no Sindicato. 
Art. 477, § 1º 
CLT 
Rescisão do 
contrato (prazo 
de pgto) 
O pgto deverá ser efetuado até o 1º dia 
útil ao término do contrato, ou até 10º 
dia, contado da data da comunicação da 
demissão, no caso de ausência de aviso 
prévio. 
A entrega dos documentos, bem como o 
pgto dos valores constantes da rescisão, 
deverão ser efetuados até 10 dias 
contados a partir do término do contrato. 
Art. 477, § 
477 6º da 
CLT 
Justa causa 
pelo 
empregador 
Não existia previsão Passa a ser motivo de justa causa para 
rescisão à perda da habilitação ou dos 
requisitos estabelecidos em lei para o 
exercício da profissão, em decorrência 
de conduta dolosa do empregado. 
Art. 482, 
alínea “m” da 
CLT 
Rescisão do 
contrato 
(acordo) 
Não existia previsão O contrato de trabalho poderá ser extinto 
por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que o aviso prévio 
indenizado e a indenização sobre o saldo 
do FGTS 40% serão devidos por metade 
e as demais verbas trabalhistas na 
integralidade. A extinção do contrato por 
acordo permite a movimentação da conta 
vinculada do trabalhador no FGTS, 
limitada até 80% do valor dos depósitos e 
não autoriza o ingresso no programa de 
seguro desemprego. 
Art. 484-A da 
CLT 
Contribuição 
Sindical 
(facultativa) 
A contribuição sindical dos empregados 
é devida por todos aqueles que 
participarem de uma determinada 
categoria econômica ou profissional. 
 
O desconto da contribuição sindical dos 
empregados está condicionado à 
autorização prévia e expressa dos que 
participarem de uma determinada 
categoria econômica ou profissional, ou 
de uma profissão liberal, em favor do 
sindicato representativo da mesma 
categoria. 
Art. 579 e 587 
da CLT 
Negociação 
coletiva x 
legislado 
Não existia previsão A convenção coletiva e o acordo coletivo 
de trabalho, tem prevalência sobre a lei, 
quando, entre outros dispuserem sobre: 
jornada de trabalho, banco de horas, 
intervalo, plano de cargos e salários, 
representantes dos trabalhadores, 
remuneração por produtividade, 
modalidade de registro de jornada de 
trabalho, troca do dia de feriado, 
enquadramento do grau de 
insalubridade, prêmios, incentivos, 
participação nos lucros ou resultados 
Art. 611-A da 
CLT 
Objeto ilícito 
em negociação 
coletiva 
Não existia Constituem entre outros, objeto ilícito de 
convenção coletiva: 
Normas de identificação profissional, 
anotações na CTPS, seguro 
desemprego, FGTS, INSS, salário 
mínimo, 13º, férias, remuneração 
noturna, salário família, repouso semanal 
remunerado, número de dias de férias, 
licença maternidade e paternidade, aviso 
prévio, adicional de insalubridade e 
periculosidade, aposentadoria, proibição 
do trabalho noturno , perigoso ou 
insalubre a menores de 18 anos e de 
qualquer trabalho a menores de 16 ano, 
salvo aprendiz, direito de greve. 
Art. 611-B da 
CLT 
Prevalência 
dos acordo 
coletivos sobre 
as convenções 
coletivas 
As condições estabelecidas em 
convenção quando mais favoráveis, 
prevalecerão sobre as estipuladas em 
acordo. 
As condições estabelecidas em acordo 
coletivo de trabalho sempre prevalecerão 
sobre as estipuladas em convenção 
coletiva de trabalho. 
Art. 620 da 
CLT

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