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Universidade federal rural do semi-árido 
Análise e expressão textual 
Prof. Dr. Antônio Flávio Ferreira de oliveira 
ALUNO(A)
 
	FICHAMENTO DE RESUMO
	Referencias:
Revista Ícone Revista de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Linguística e Literatura Volume 14 – novembro de 2014 – ISSN 1982-7717
	
 Objetivo deste resumo é identificar, descrever e analisar as funções do discurso citado na escrita de estudantes do curso de Letras, observando como ocorre a construção de sentidos desses textos, considerando o diálogo de vozes na tessitura textual.
 O texto está dividido em três partes. A primeira parte apresenta uma discussão sobre a heterogeneidade discursiva sobre funções das vozes de outrem na materialidade desses textos, mobilizamos estudos de Bakhtin (1990), Authier-Revuz (1990), Maingueneau (1996; 2002), Boch e Grossmann (2002) e Pereira (2007), após a introdução o autor discute sobre um quadro com noções/conceitos extraídos de análises realizadas em outros gêneros discursivos sobre essa mesma temática. Na sequência o texto traz uma explanação sobre uma análise do corpus, interpretando recorrências e tecendo comentários acerca dos achados. 
 Bakhtin (1990) postula que os discursos florescem numa orientação dialógica com outros discursos. Com essa noção de discurso, entende-se que todas as produções de discursos mantêm, de alguma maneira, um laço dialógico com outros discursos, ou seja, são perpassados por outras vozes, outros dizeres, outros enunciados.
 Assim, cada enunciado está em contato com outros enunciados, outras vozes, mantendo conexões dialógicas na construção de objetos/tópicos do enunciado, resultando na intersecção de objetos/tópicos por múltiplas vozes. O autor classifica a heterogeneidade como constitutiva e reveladora, observando que ambas “representam duas ordens de realidades diferentes: um processo real de composição do discurso, e um processo representacional igualmente real de sua composição no discurso.” (AUTHIER-REVUZ, 1990, p. 32). Ao apresentar uma descrição da heterogeneidade exibida, para tanto, propõe que “diferentes modos de negociação dos sujeitos falantes e de sua fala constituem a heterogeneidade da forma representativa da linguagem”. que produzem fala heterogênea são representadas linguisticamente na fala. A partir de Maingueneau (1996, 2002), temos vários modos de citar as vozes do outro no discurso, quais sejam: discurso citado direto, discurso citado indireto, discurso citado direto com “que”, modalização em discurso segundo ilhota situacional, resumo com citações, discurso indireto livre. 
 Boch e Grossmann (2002) destacam o fato de que os enunciados citados podem ser mobilizados para desempenhar diversas funções. Na academia, o diálogo com outras vozes configura-se como uma exigência. A análise do corpus mostra que os alunos do curso de Letras mobilizam as palavras dos outros nos textos que produzem para fundamentar uma afirmação, introduzir um ponto e completar uma afirmação. Os estudiosos contam com a mobilização do discurso do Outro, ou seja, digamos, os alunos precisam do argumento de outra pessoa, autoridade. Além disso, aponta para de fato, como iniciantes, os alunos precisam recorrer às palavras dos outros, buscar, portanto, sustentar e raciocinar sobre suas palavras torna a fala do autor citado para capacitar os alunos a pronunciar as palavras do orador. 
 Com base nessa análise, pode-se dizer que, no mundo acadêmico, os alunos Precisa do apoio das palavras da outra parte, apoio da autoridade, do apoio de sua declaração, para introduzir uma ideia ou conceito e que complete sua declaração. Diante dessa constatação, acreditamos ser necessário o ensino de leitura e produção de textos acadêmicos, no que diz respeito a direções para lidar com outros discursos. Redação Científica Acadêmica.
	Palavras chaves: Aluno; Discurso; Texto acadêmico; Enunciado; Leitura

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