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Transtornos Neurocognitivos e Ansiosos (delirium X delírio, pânico, TAG)

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Transtornos 
Neurocognitivos e 
Ansiosos 
SOI V 
Demência, delirium, transtornos amnésticos 
e outros transtornos cognitivos. 
 
Se transformaram nos transtornos 
neurocognitivos e tem um capítulo à parte 
somente para si. 
Agora temos os transtornos neurocognitivos 
maiores, que nada mais são que os antigos 
quadros demenciais como Alzheimer, que terão 
agora uma classificação de maior 
comprometimento, de outras áreas (memória, 
linguagem). E também temos agora os 
transtornos neurocognitivos menores, que são 
exemplos de distúrbios neurocognitivos como os 
maiores, mas com uma carga de 
comprometimento de funcionalidade muito 
menor (ex. paciente com Alzheimer que tenha 
alteração de memória associada somente com 
leve comprometimento das atividades 
instrumentais, levando sua vida normalmente). 
Classificação dos transtornos neurocognitivos: 
1. Sem outro transtorno que melhor 
explique o ocorrido 
2. Patologia de base que explica o quadro 
Quais são as funções cognitivas? Atenção; Função 
executiva (tomada de decisões, memória de 
trabalho, etc.); Aprendizagem; Memória + 
Percepções (gnosias, percepção visual, práxis); 
Cognição social; 
Os “A’s” do delirium: Atenção (dificuldade 
em manter o foco em algo) e início Agudo. 
O que o DSM-5 traz de novo? Não preciso 
ter uma alteração de nível de consciência para 
indicar se é um delirium ou não. O paciente 
precisa ter uma alteração de atenção, um início 
agudo mais a alteração de qualquer uma função 
cognitiva. 
* No delirium TEM QUE EXISTIR uma patologia 
de base que explique o quadro. Portanto o 
delirium tem como critérios: 
1. Início agudo 
2. Comprometimento da atenção 
3. Causa patológica como base 
4. Reversível (com tratamento da causa de 
base) 
Sua classificação quanto à atividade são: 
a. Hiperativo 
b. Hipoativo 
c. Misto 
Sua classificação quando à duração são: 
a. Agudo: poucas horas ou dias 
b. Persistente: semanas a meses 
PRIMEIRO, se eu sei que o delirium tem 
uma causa patológica base, meu primeiro passo 
será tratar a causa base. Após essa avaliação 
preciso realizar medidas gerais não 
farmacológicas: abordagem multidisciplinar 
(médico, enfermagem, etc.), dar um atendimento 
mais próximo possível do que ele tem em casa, 
dar noção de tempo pro paciente (dizer horas, ter 
horas pra realizar todas as medicações, deixar o paciente 
em contato com alguém conhecido se possível, 
conversar de forma a trazer o paciente para a realidade 
falando sobre o meio onde o paciente está e como ele 
está)., fazer uma revisão farmacológica (retirar 
tudo que puder ser retirado, ver se o delirium é por 
abstinência de drogas como o álcool). POR FIM, se 
for necessário, realizo medidas farmacológicas: 
antipsicóticos (cuidado com intervalo QT). OBS a 
própria medicação pode deprimir o sistema 
nervoso e piorar o quadro. 
E SE, fosse delirium tremens? 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Realizar uma anamnese detalhada  ver 
se houve histórico prévio de situações 
semelhantes. O abuso de álcool, abstinência, 
convulsões previas e uso de álcool nos últimos 2 
a 7 dias causam o quadro também. 
As medidas farmacológicas são 
benzodiazepínicos (NÃO tratar com haldol). 
NO ENTANTO, antes de iniciar medida 
farmacológica no delirium tremens, MEDIR A 
GLICEMIA DO PACIENTE. Quadros de abuso do 
álcool podem causar hipoglicemia 
POSSIBILIDADE 1  Se a glicemia der normal: 
posso passar benzodiazepínicos (diazepam – mais 
disponível). 
POSSIBILIDADE 2  Se o paciente apresentar 
HIPOglicemia: o paciente que tem abuso prévio 
do uso de álcool tem uma deficiência da vit. 
Tiamina. Se o paciente receber glicose sem 
tiamina vai ter encefalopatia irreversível 
(síndrome de Wernicke-korsacoff). Portanto: 
primeiro reponho tiamina, depois dou a glicose e 
se o paciente se apresentar com delirium 
tremens dou benzodiazepínicos. 
Obs.: segundo o DSM-5, TEPT faz parte dos 
transtornos de ansiedade? NÃO 
Obs.: segundo o DSM-5, TOC faz parte dos 
transtornos de ansiedade? NÃO 
Ataques de pânico. É uma sensação de medo que 
ocorre de modo abrupto, sensação de morte 
iminente. Seu pico ocorre em minutos. 
Segundo os critérios do DSM-5, é classificado 
com 4 dos seguintes: palpitações, coração 
acelerado, taquicardia, sudorese, tremores ou 
abalos, sensações de falta de ar ou sufocamento, 
sensação de asfixia, dor ou desconforto torácico, 
náusea ou desconforto abdominal, sensação de 
tontura, instabilidade, vertigem, desmaio, 
calafrios, ondas de calor, parestesias, 
desrealização, despersonalização, medo de perder 
o controle ou enlouquecer e medo de morrer. 
Os ataques de pânico NÃO SÃO CONSIDERADAS 
UM TRANSTORNO MENTAL. Isso por que não vai 
estar presente apenas nos transtornos ansiosos, 
mas em outras patologias também (depressão 
com ataques de pânico, esquizofrenia com 
ataques de pânico, transtorno bipolar com 
ataques de pânico, etc.). Portanto os ataques de 
pânico são agora especificadores de alguma 
doença. 
Eles podem ser divididos entre: 
1. Esperados: o paciente sente quando o 
ataque está chegando, ou quando o 
paciente está em uma situação específica 
(estar num lugar alto, ver um sapo, quando 
vejo uma iguana, etc.). O paciente sabe 
quais são os fatores que desencadeiam a 
crise 
2. Inesperados: começam “do nada” 
Ocorre de modo abrupto, sensação de medo 
ou desconforto intenso com pico em minutos. . 
.??? Como diferenciar do transtorno do pânico??? 
 Quando eu tenho ataques de pânico um após 
o outro de maneira recorrente em duração maior 
que um mês, surge o medo prévio de ter novos 
ataques, ocorre a mudança de comportamento 
para evitar fatores desencadeantes. Ou seja, 
tenho pensamentos recorrentes, medo recorrente 
de novos ataques e vários ataques de pânico em 
mais de um mês. 
Nesses casos lembrar que não pode haver 
relação com o uso de álcool ou qualquer outra 
droga e não pode haver relação com nenhuma 
outra patologia base (bipolaridade, TOC, TEPT, 
ansiedade, causas orgânicas, etc.). Logo, preciso 
avaliar função tireoidiana, hemograma para 
avaliar anemia, ECG e enzimas cardíacas para 
avaliar dor no peito, tudo para no fim excluir 
diagnósticos possíveis e fechar o diagnóstico de 
transtorno do pânico. 
O manejo consiste em psicoterapia 
prioritariamente. Preciso ressignificar os medos 
do paciente, perguntar o porquê dos medos, 
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
avaliar suas bases, seus motivos e tentar superá-
los. A abordagem farmacológica consiste em 
ISRS, ansiolíticos, benzodiazepínicos. 
No transtorno no pânico as vias gabaérgicas 
estarão deprimidas e o paciente vai ter um 
aumento da serotonina. Por isso utilizo os ISRS 
primeiro, para aumentar a sua recaptação. A 
ANSIEDADE TEM AUMENTO DA SEROTONINA. 
Junto aos ISRS --. Benzodiazepínicos, como 
medida de urgência para “apagar o fogo” e logo 
após um mês, estourando 2, início retirada da 
medicação reduzindo a dose gradualmente. 
Os ISRS e ISRSN são aumentados de 
pouco a pouco de 2 a 3 semanas por causa dos 
efeitos colaterais até uma dose terapêutica, e 
então mantenho a dosagem. Deixar bem claro 
para o paciente que vai demorar esse tempo para 
ocorrer o efeito desejado. 
Ansiedade e preocupação excessiva com 
coisas que irão acontecer à frente. É uma 
expectativa apreensiva do paciente. De maneira 
geral tem um período de tempo, de pelo menos 
6 meses durante a maioria dos dias desses 6 
meses. 
Os sintomas são: inquietação, fatigabilidade, 
dificuldade em concentrar-se, irritabilidade, 
tensão muscular e perturbação do sono. É 
PRECISO TER 3 OU MAIS DESSES SINTOMAS. 
Tem que haver sofrimento excessivo ou prejuízo 
funcional, a vida do paciente é comprometida 
pela ansiedade em questão. 
NÃO pode haver relação com o uso de álcool 
e drogas, NÃO pode haver relação com algum 
transtorno orgânico presente e NÃO pode haver 
uma patologia psiquiátrica prévia junto do quadro 
ou outra que eu esteja desconfiando. 
O manejo é igual ao transtorno do pânico: 
uso emergencial de benzodiazepínicoscom 
diminuição gradual da medicação e uso 
concomitante de ISRS e ISRSN com seu 
aumento gradual até estabelecimento da dose 
terapêutica. OBS.: lembrar de avisar o paciente 
que os ISRS precisam de um tempo para realizar 
o DOWN REGULATION nos receptores e 
demonstrar efeitos. 
LINK MENTAL 
São transtornos neurocognitivos pelo DSM-5  
DELIRIUM, TRANST. COGNITIVO MAIOR e 
TRANST. COGNITIVO MENOR 
Os dois “A’s” do Delirium  Alteração da 
atenção e Agudo 
Delirium, quanto à atividade, pode classificar-se 
como  HIPOATIVO, HIPERATIVO OU MISTO 
Primeira linha de tratamento farmacológico no 
delirium  ANTIPSICÓTICOS 
Antes de repor glicose no etilista, prescrever  
TIAMINA 
Ataque de pânico não é transtorno mental  
VERDADE, é um especificador 
Ataques de pânico + 1 mês seguido de medo de 
crises ou mudança de comportamento  
TRANST. DO PÂNICO 
Primeira linha do tratamento do TAG  ISRS 
Inibidores de ISRS levam quanto tempo para 
fazer efeito  2 a 3 SEMANAS 
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