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Biópsias - Clínica Cirúrgica

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Clínica Cirúrgica VI 
É a retirada de células ou fragmentos de 
tecido do organismo vivo para o exame de 
natureza das alterações neles existentes. 
É indicada quando há suspeita de doenças 
que produzem alterações morfológicas nos 
tecidos afetados: hiperplasias, displasias, 
neoplasias, etc. As indicações de biópsias incluem: 
1. Diagnóstico de doenças que provocam 
alterações morfológicas características: 
hiperplasias, displasias, neoplasias, etc.; 
2. Diagnóstico diferencial por exclusão de 
doenças que, mesmo não produzindo 
alterações morfológicas determinam 
padrões morfológicos característicos; 
3. Estabelecimento do grau de diferenciação 
tumoral (bem, moderadamente ou pouco 
diferenciado); 
4. Avaliação da extensão de uma lesão 
neoplásica; 
5. Verificação da totalidade da ressecção de 
uma lesão (o patologista examina as 
margens de segurança); 
6. Avaliação do resultado de um tratamento; 
7. Identificação de estruturas normais 
difíceis para que o cirurgião dê o 
diagnóstico de certeza 
macroscopicamente; 
8. Avaliação do funcionamento normal de 
certos tecidos ou órgãos; 
9. Avaliação de etiologia, comportamento e 
resposta terapêutica de doenças de 
evolução progressiva; 
10. Avaliação da presença e intensidade de 
rejeição em órgãos transplantados. 
Princípios Básicos a Seguir numa 
Biópsia 
1. Realizar uma avaliação clínica minuciosa 
do paciente: embora sejam procedimentos 
cirúrgicos de pequeno porte, estão sujeitas 
a complicações (às vezes fatais). É 
importante pesquisar alergias, avaliar a 
coagulação sanguínea, pesquisar histórico 
de hemorragias. Em casos de biópsias de 
órgãos internos (fígado, rins, baço, etc.) 
realizar avaliação laboratorial (plaquetas, 
tempo de tromboplastina, atividade de 
protrombina e RNI). Pacientes hipertensos 
e diabéticos devem estar controlados; 
2. Usar cuidados inerentes a uma pequena 
cirurgia: o local para realização, 
instrumental disponível, agulhas e lâminas 
adequadas, antissepsia adequada, campos 
cirúrgicos estéreis, anestesia, etc. Todas as 
necessidades devem ser avaliadas e 
conferidas antes do início do 
procedimento; 
3. Retirar uma amostra significativa: em 
punções aspirativas, colher material de 
diversos pontos da lesão. Em punções é 
importante retirar + de um fragmento. Em 
lesões pequenas  realizar a exérese 
TOTAL (biópsia excisional) com margem 
de segurança. Em lesões grandes com 
exérese parcial (biópsia incisional) a 
amostra deve abranger tecido doente e 
sadio. E por fim, linfonodos ou pequenos 
tumores subcutâneos devem ser retirados 
por inteiros juntos com a cápsula; 
4. Evitar áreas de esmagamento, 
queimadura, fibrose, cicatrizes ou com 
infecção secundária; 
5. Nas doenças inflamatórias, incluir uma 
porção significativa da erupção: se há 
vários estágios em desenvolvimento na 
lesão, selecionar uma bem desenvolvida 
para retirada; exceto vesículas, bolhas ou 
pústulas (nestes casos, selecionar uma 
recente e intacta). Evitar também áreas 
de escoriações em doenças inflamatórias; 
6. Nas lesões difusas, biopsiar a área + 
representativa: escolher a lesão + 
proeminente, sem alterações específicas. 
Tomar cuidado com áreas de tensão, 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
dobras e de difícil cicatrização, sempre 
que possível evitar realizar nessas áreas; 
7. Nas lesões pigmentares, suspeitas 
clinicamente de malignidade, realizar 
sempre que possível uma biópsia 
excisional; 
8. Respeitar as margens de segurança 
quando a biópsia for ao mesmo tempo 
diagnóstica e curativa; 
9. Manipular adequadamente o material: em 
punções aspirativas não se pode esmagar 
o material em duas lâminas, não esmagar 
o tecido com pinças, em casos de vários 
tipos de exames realizar a identificação e 
separação de cada um adequadamente, 
fixar o material rapidamente evitando 
exposição prolongada ao ar; 
10. Usar fixador adequado: formol a 10%, 
álcool absoluto a 95%, glutaraldeído (3%) 
 saber em qual situação e como utilizar 
cada um adequadamente; 
11. Proporcionar o maior número possível de 
informações ao anatomopatologista: enviar 
a peça ao laboratório com informações 
detalhadas e adequadas, com tempo de 
evolução da doença, achados clínicos, 
aspecto macroscópico e hipóteses 
diagnósticas. 
Tipos de Biópsia 
Biópsia por Punção 
Existe punção por agulha fina (exame 
citológico) e agulhas especiais (exame 
histológico). 
As punções podem ser guiadas por US, TC 
ou RM de acordo com o órgão-alvo. 
Punção Aspirativa por Agulha Fina 
Se baseia no estudo de células retiradas 
das lesões por aspiração com uma agulha de 
pequeno calibre. Tem baixo custo e é bem 
tolerada pelo paciente. Exceto em casos de 
biópsias em órgãos vitais (pulmão, baço, rim, etc.), 
a complicação costuma ser apenas um 
hematoma no local da punção. 
 
Fonte: https://cdibarreiras.com.br/816-2/. 
Sua principal limitação é que permite um 
diagnóstico citológico e não histológico. 
Geralmente, as punções com agulha fina são 
indicadas para análise de líquidos de cavidades 
corporais (abdome, articulações) ou de lesões 
císticas, de lesões superficiais (tireoide, massas 
cervicais) e, em menor frequência, de lesões em 
órgãos intracavitários (baço, pâncreas). 
Punção Biópsia com Agulhas Especiais 
Fornece material para estudo histológico, 
utiliza agulhas + calibrosas. 
Tem baixo custo, poucas complicações 
(sangramento). São mais indicadas para retirar 
material para estudo de órgãos intracavitários 
fígado rim, próstata, pâncreas, pulmão), podendo 
também ser utilizadas em lesões superficiais 
(tireoide). Essas agulhas podem ser manuais 
(Menghini, Vim Silverman, Cope, Abrams) ou 
automáticas (tru-cuf ®️ biopty gun ®️) 
 
Fonte: 
https://diagnosticosclara.com.br/blog/patologia/puncao-
aspirativa-veja-o-passo-a-passo. 
 
https://cdibarreiras.com.br/816-2/
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Biópsia Hepática Percutânea e da Pleura 
A biópsia do fígado pode ser realizada por 
via percutânea, transjugular, laparoscópica ou 
laparotômica, orientada pela percussão ou por 
métodos de imagem. A biópsia guiada por US é 
a preferida atualmente. 
 
Fonte: https://dicamedica.com.br/oncologia/o-que-e-uma-
biopsia-percutanea-orientada-por-imagem/. 
A biópsia da pleura parietal é indicada para 
avaliar pacientes com derrame pleural sem causa 
evidente. É necessária a realização de 
radiografias de tórax antes e depois do 
procedimento. 
 
Fonte: 
https://www.agenciatmd.com.br/videotorax/cirurgias/patol
ogias-pleurais/. 
Biópsia Incisional 
Nestes casos retira-se somente uma parte 
da lesão ou órgão. É indicada principalmente para 
biópsia de músculos, ossos, tecidos subcutâneos 
e processos inflamatórios ou infecciosos 
disseminados (também auxilia no 
estabelecimento de diagnóstico definitivo pré-
operatório de cirurgias extensas ou mutilantes). 
Sempre que possível realiza-la retirando um 
pedaço de tecido saudável e doente na mesma 
amostra. 
Em tumores de partes moles e ossos, 
realizar uma boa hemostasia – não permitir 
disseminação tumoral! 
 
Biópsia Excisional 
Retira-se totalmente a lesão a ser estudada 
(exceto em impossibilidade de fechamento da 
pele posteriormente ou comprometimento 
estético considerável) – além de diagnóstica 
pode se tornar terapêutica. É utilizada em TODAS 
as lesões supostamente malignas. 
 
https://dicamedica.com.br/oncologia/o-que-e-uma-biopsia-percutanea-orientada-por-imagem/
https://dicamedica.com.br/oncologia/o-que-e-uma-biopsia-percutanea-orientada-por-imagem/
https://www.agenciatmd.com.br/videotorax/cirurgias/patologias-pleurais/
https://www.agenciatmd.com.br/videotorax/cirurgias/patologias-pleurais/
4 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Fonte: 
https://cuidedosorriso.com.br/servico/biopsias/biopsia-
excisional/. 
Biópsia com Punch 
Tipo de biópsia comum entre 
dermatologistas. Utiliza-se um instrumento que 
contem na ponta uma lâmina circular cortante. 
 
Fonte: http://dermatosaude.com.br/portfolio-item/biopsia-
da-pele/. 
A lesãosempre deve ser retirada com uma 
área de tecido sadio – esse tipo de biópsia pode 
ser incisional ou excisional. 
É contraindicado em áreas sobre artérias 
(sobrancelha, nasolabial, etc.). É inadequada para 
diagnóstico de doenças do tecido adiposo, 
melanoma e calosidades das plantas dos pés. 
Biópsia em Barbear (Shaving) 
Remove a porção da pele elevada acima do 
plano do tecido adjacente, entre a camada papilar 
profunda da derme e a camada médio-reticular. 
É indicada nas lesões exofíticas (ceratose 
seborreica, ceratose solar, verrugas vulgares). É 
contraindicada para avaliar doenças inflamatórias 
da pele, pois não permite estudar plexos 
profundos, a derme reticular nem o tecido 
subcutâneo – ou seja, não é capaz de avaliar nada 
que pareça infiltrar a derme. 
 
 
Fonte: 
https://www.redalyc.org/journal/2655/265563305008/mo
vil/. 
Curetagem 
Técnica simples de remover lesões 
superficiais benignas da pele (verrugas vulgares, 
molusco contagioso, ceratose seborreica) através 
de pequenas curetas. 
 
Fonte: 
https://www.anapelle.com.br/servicos/curetagem/. 
É contraindicada em casos com suspeita de 
malignidade. 
Também é utilizada para estudo de tecidos 
endometriais. 
Biópsia com Tesoura 
Reservada para lesões pedunculares 
benignas (verrugas filiformes, lesões 
https://cuidedosorriso.com.br/servico/biopsias/biopsia-excisional/
https://cuidedosorriso.com.br/servico/biopsias/biopsia-excisional/
http://dermatosaude.com.br/portfolio-item/biopsia-da-pele/
http://dermatosaude.com.br/portfolio-item/biopsia-da-pele/
https://www.redalyc.org/journal/2655/265563305008/movil/
https://www.redalyc.org/journal/2655/265563305008/movil/
https://www.anapelle.com.br/servicos/curetagem/
5 
Khilver Doanne Sousa Soares 
pigmentadas polipoides). Realiza-se anestesia 
local, secciona-se a base da lesão e controla-se o 
sangramento com eletrocoagulação e/ou 
compressão. 
 
Fonte: https://centromedicobrasil.com.br/biopsia-de-pele-
em-guarulhos.php. 
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SAVASSI, Paulo Roberto Rocha. et. al. Cirurgia 
de Ambulatório. 3. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 
2013. 
https://centromedicobrasil.com.br/biopsia-de-pele-em-guarulhos.php
https://centromedicobrasil.com.br/biopsia-de-pele-em-guarulhos.php

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