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Gabriela Domingues Werner 4° período 29/08/22 Farmacodinâmica Farmacodinâmica: efeito do fármaco no organismo; Fármacos: sinais biológicos; Receptores: detectores dos sinais; Interação fármaco-receptor inicia o processo de transdução de sinal; Especificidade fármaco-receptor; Mecanismos de sinalização celular: Canais iônicos: Causam despolarização da célula; Despolarização de uma célula: deixar o meio intracelular mais positivos, isso pode ocorrer pela entrada de sódio na célula (Na+), abertura dos canais de sódio, que permitem que o Na+ entre na célula. Isso pode ocorrer também pelo fechamento dos canais de potássio, que fica preso dentro da célula, deixando-a mais positiva; Hiperpolarização: cloreto entra na célula, e como ele é negativo, deixa o meio intracelular muito negativo. Além disso, pode ocorrer pela abertura de K+, que começa a sair da célula, como a célula está perdendo cargas negativas, o meio intracelular fica mais negativo. Gabriela Domingues Werner 4° período 29/08/22 Receptores acoplados à proteína G: Principais grupos de proteínas amplificadoras de sinal: 1. Adenilato ciclase (AC): Subunidade α inibitória: inibe a adenilato ciclase, reduzindo a ativação de AMPc, não fosforilando as proteínas. - Subunidade beta e gama ativa canais de K, causando seu efluxo (deixa o meio intracelular mais negativo) ou inibe os canais de Ca, inibindo seu influxo (também deixa o meio intra ais negativo) gera resposta celular inibitória, já que fica hiperpolarizada. OBS: um estimulo e uma inibição se somam e o resultado é a combinação entre ambos. - Subunidade α q: ativa PLC, que quebra fosfolipídeos da membrana, que gera segundos mensageiros (IP3 e DAG), que ativa PKC, que fosforila proteínas e abre canais de Ca+ no retículo sarcoplasmático, que aumenta a concentração de Ca+ intracelular; Segundos mensageiros: Receptores ligados a quinases: Gabriela Domingues Werner 4° período 29/08/22 Taquifilaxia e dessensibilização de receptores: perda de resposta de fármacos ao longo do tempo, quando ocorre a administração repetida da mesma dose de um fármaco, para isso ocorrer, o receptor é sequestrado da membrana da célula, diminuindo a ligação; Resumo dos tipos de receptores celulares: Farmacodinâmica: A ocupação de um receptor por uma molécula de um fármaco pode ou não resultar na ativação desse receptor. Quando falamos em ativação, estamos querendo dizer que o receptor é afetado pela molécula ligada a ele, de tal modo que altera seu comportamento na célula e desencadeia uma resposta tecidual. Agonista: fármaco que se liga a um receptor causando sua ativação. Antagonista: fármaco que se liga a um receptor sem causar sua ativação e, em consequência, impede que um agonista se ligue a esse mesmo receptor. Conceitos importantes: Afinidade: descreve a força de interação (ligação) entre o ligante e seu receptor. Normalmente a afinidade é determinada pelo Kd; Kd = constante de dissociação para o fármaco do receptor. Quanto maior o valor de Kd, mais fraca é a interação e menor a afinidade, e vice-versa. Potência: é uma medida da concentração de fármaco necessária para produzir um efeito de determinada intensidade. Normalmente a potência é determinada pela CE50. CE50: é a concentração de fármaco que produz 50% do efeito máximo. Eficácia: é o tamanho da resposta que o fármaco causa quando interage com um receptor. A eficácia depende do número de complexos fármaco- receptor formados e da atividade intrínseca do fármaco. Atividade intrínseca: capacidade do fármaco ativar o receptor (totalmente ou parcialmente); Emáx = Eficácia máxima: Resposta obtida quando todos os receptores estão ocupados pelo fármaco. Portanto não se obterá aumento na resposta com maior concentração do fármaco. Ambos possuem a mesma eficácia, pois ambos geram resposta quando encontram o receptor, já em relação a potência, o fármaco A é mais potente, pois seu CE50 é menor. Gabriela Domingues Werner 4° período 29/08/22 O fármaco X é mais potente do que o fármaco Y. Além disso, é mais eficiente, pois o fármaco Y não chega na resposta que o fármaco X chega. Quanto menor a potência de um fármaco, maior a dose necessária para o efeito farmacológico, e maior a probabilidade de que outros pontos de ação, diferentes do local primário, ganhem importância. Dessa forma, maior a probabilidade de aparecer efeitos colaterais indesejados; Agonistas: São moléculas que, pela ligação a seus alvos, produzem uma alteração na atividade destes Tipos: Agonistas plenos: ligam-se a seus alvos, ativando-os até o grau máximo possível. - Fármacos que se ligam ao receptor e o estabilizam no estado ativo (R*), produzindo uma resposta biológica máxima (Emáx) que mimetiza a resposta do ligante endógeno. Têm atividade intrínseca = 1. Agonistas parciais: ligam-se a seus alvos, produzindo uma resposta submáxima. - Fármacos que se ligam ao receptor e o ativam (R*), mas não produzem o mesmo Emáx que um agonista total (Resposta submáxima). Têm atividade intrínseca (capacidade do fármaco ativar o receptor) entre 0 e 1. Exemplo de uso de agonistas parciais: O aripiprazol é um antipsicótico utilizado no tratamento da esquizofrenia. É um agonista parcial de receptores de dopamina: as vias dopaminérgicas que estiverem super-ativadas tendem a ser inibidas pelo aripiprazol, enquanto as vias que estiverem sub-ativadas são estimuladas. Agonistas inversos: causam inativação de alvos constitutivamente ativos. - Fármacos que estabilizam a forma R (inativa) de receptores que são ativados espontaneamente na ausência de agonista, e portanto convertem R* em R. Isso diminui o número de receptores ativados para menos do que observado na ausência do fármaco. Têm atividade intrínseca < 0. Antagonistas: São moléculas que inibem a capacidade de ativação (ou inativação) de seus alvos por agonistas fisiológicos ou farmacológicos. O antagonista não tem efeito na ausência do agonista, mas pode diminuir o efeito do agonista quando estiver presente. Tipos: Antagonistas competitivos: fármacos que bloqueiam diretamente o sítio de ligação de um agonista fisiológico. - Antagonista se liga ao mesmolocal do receptor que o agonista, de modo reversível. Deslocam a curva dose-resposta para a direita, aumentando a CE50 (diminuem a potência do agonista), sem alterar o Emáx. A inibição pode ser superada aumentando a concentração do agonista. Gabriela Domingues Werner 4° período 29/08/22 Antagonistas não competitivos: fármacos que se ligam a outros sítios na molécula do alvo e que, portanto, impedem a alteração de conformação necessária para a ativação (ou inativação) do receptor. - Se ligam de modo covalente (irreversível) ao mesmo local do receptor que o agonista, ou a dissociação do antagonista do receptor pode ser tão lenta que sua ação seja extremamente prolongada. Reduzem a Emáx e podem também alterar a CE50. Seu efeito não é superado pelo aumento da concentração do agonista. OBS: os antagonistas não geram nenhum tipo de resposta, ou seja, sem a presença de um agonista eles não causam nenhum efeito. Moduladores alostéricos: Moduladores alostéricos se ligam a um sítio alostérico do receptor, diferente do local de ligação do agonista. (É um tipo de antagonista não competitivo). Antagonistas alostéricos: sua ligação ao sítio alostérico reduz a ativação do receptor pelo agonista pela redução da afinidade. Ex: picrotoxina em canais de Cl- do GABA Potencializadores: sua ligação ao sítio alostérico potencializa os efeitos dos agonistas primários (curva desloca para esquerda). Podem também ser descritos como agonistas ou co-agonistas alostéricos. Ex. Benzodiazepínicos em receptores GABAa. Outros tipos de antagonismo: Antagonismo químico: situação em que duas substâncias se combinam em solução, e o efeito do fármaco ativo é perdido. Ex1: uso de agentes quelantes (dimercaprol) que se ligam a metais pesados e diminuem sua toxicidade. Ex2: uso de protamina para interrupção dos efeitos da heparina. Antagonismo farmacocinético: situação em que o antagonista reduz a concentração do fármaco ativo no seu local de ação, o que pode acontecer a partir por exemplo de: - aumento da metabolização (ex: redução do efeito anticoagulante da varfarina pelo uso de fenitoína (acelera metabolismo hepático da fenitoína por indução enzimática); - redução da velocidade de absorção no TGI; - aumento na velocidade de eliminação renal. Antagonismo fisiológico: situação em que a interação entre dois fármacos com ações opostas no organismo que tendem a se anular mutuamente. Ex: histamina age nos seus receptores estimulando a secreção ácida nas células parietais, enquanto omeprazol inibe a secreção ácida inibindo a bomba de prótons. Índice terapêutico: O índice terapêutico (razão da concentração tóxica mínima para a concentração média efetiva) ajuda a determinar a eficácia e a segurança do fármaco. OBS: Quanto maior a distância entre a concentração tóxica da concentração que gera efeito, maior a janela terapêutica e maior a segurança do fármaco.
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