Tipos de coleta de dados para requisitos

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Tipos de coleta de dados para requisitos
APRESENTAÇÃO
Coletar dados significa levantar informações sobre a realidade da situação atual de um artefato. 
Essas informações vão servir para fundamentar o trabalho dos designers durante o 
desenvolvimento da interface. 
São cinco os métodos básicos de coleta de dados de usuário que servem para embasar a decisão 
sobre as melhores técnicas a serem utilizadas, dependendo dos objetivos do estudo e de quais 
funções o artefato pronto deve oferecer.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender como coletar dados dos usuários e irá 
conhecer os tipos de coletas e as técnicas de coleta de dados.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Discutir como coletar dados dos usuários.•
Identificar os tipos de coleta de dados.•
Explicar as técnicas de coleta de dados.•
INFOGRÁFICO
Para que a coleta de dados seja bem-sucedida, é preciso obter a confiança dos usuários. Eles 
precisam sentir que estão protegidos, que podem participar sem medo de ocorrência de qualquer 
tipo de dano, e que estão participando de um processo que resultará em um artefato útil para o 
desenvolvimento de suas atividades. 
 
Confira, neste Infográfico, a ilustração sobre como coletar dados dos usuários e garantir a sua 
confiança no processo.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Durante o processo de design de interface para uma interação humano-computador, a coleta de 
dados é uma das atividades iniciais. Ela consiste no levantamento de informações sobre a 
situação atual do artefato, possibilitando a identificação de oportunidades de melhoria, 
problemas a serem resolvidos e de funcionalidades que precisam ser apresentadas pelo artefato. 
Existem cinco métodos de levantamento de dados de usuários, que se relacionam diretamente 
aos objetivos do estudo, e que servem para definir quais serão as técnicas utilizadas para coletar 
as necessidades e os requisitos do artefato. Essas técnicas são definidas e caracterizadas de 
acordo com seu objetivo, suas vantagens e a maneira como são aplicadas.
No capítulo Tipos de coleta de dados para requisitos, da obra Interface humano-computador, 
você irá estudar como coletar dados dos usuários, os tipos e as técnicas de coleta existentes.
INTERFACE 
HUMANO-
COMPUTADOR
Jeanine dos Santos 
Barreto
Tipos de coleta de 
dados para requisitos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Discutir como coletar dados dos usuários.
  Identificar os tipos de coleta de dados.
  Utilizar técnicas de coleta de dados.
Introdução
A coleta de dados é a atividade que envolve o levantamento de informa-
ções a respeito da realidade de um artefato, sobre a sua situação atual, que 
servirão para fundamentar o trabalho dos designers no desenvolvimento 
da interface.
Existem basicamente cinco métodos para coletar os dados dos usuá-
rios, que irão embasar a decisão sobre qual ou quais técnicas melhor se 
aplicam ao caso, dependendo dos objetivos do estudo e ainda do que 
se quer do artefato quando estiver pronto.
Neste capítulo, você vai estudar como coletar dados dos usuários, os 
tipos de coletas de dados e as técnicas de coleta de dados. 
Como coletar dados dos usuários
A coleta de dados é uma parte muito importante do processo de design da in-
terface, pois fundamenta o trabalho dos designers, fornecendo o conhecimento 
necessário sobre o domínio do artefato e as atividades realizadas pelos usuários.
Pode ser difícil realizar uma coleta de dados satisfatória, que faça o le-
vantamento de requisitos e necessidades relevantes para a efetiva tomada de 
decisão, principalmente por causa da grande quantidade de dados envolvidos.
A coleta de dados é a atividade que pretende obter informações sobre a 
realidade do artefato. Ela consiste na procura de informações por meio da 
realização de atividades de pesquisa, obtenção de documentos e provas por 
meio de técnicas específicas (FONSECA, 2009).
Durante a coleta, a equipe de designers não deve se ocupar em confirmar informações 
ou elementos que já são conhecidos a respeito do domínio ou do negócio do artefato. 
Os designers precisam realizar a coleta de dados para saberem mais sobre as pessoas 
que vão utilizar o artefato e as atividades que elas vão realizar por meio do artefato. 
Basicamente, uma coleta de dados eficiente envolve os seguintes passos 
(FONSECA, 2009). O planejamento é fundamental para qualquer atividade 
ou projeto, então é preciso estruturar cada etapa do estudo para que o processo 
aconteça dentro da normalidade, sem problemas e imprevistos. Um bom 
planejamento vai facilitar a compreensão de todos os dados coletados. Antes 
de iniciar a atividade da coleta de dados propriamente dita, é importante 
definir os objetivos que devem ser alcançados com ela, pois isso tornará 
mais fácil a identificação dos dados necessários para que o projeto todo do 
design se realize com sucesso. Com os objetivos definidos, é preciso escolher 
o público-alvo da coleta de dados, que será formado por um grupo de usuários 
que vai representar todos os usuários do artefato. O público-alvo precisa ser 
formado de usuários representativos, ou seja, eles devem formar um grupo que 
resume as características de todos os usuários, como formação, faixa etária, 
entendimento de tecnologia, etc.
Depois disso, é o momento de escolher o método que será utilizado. Deve-
-se levar em consideração que o método deve estar vinculado diretamente aos 
objetivos definidos, pois são eles que darão o caminho para uma coleta signi-
ficativa de dados. Escolhido o método, ele dará subsídios para que as técnicas 
que serão utilizadas sejam escolhidas, pois o método define as técnicas mais 
adequadas. Uma técnica bem escolhida auxilia na obtenção das informações 
necessárias e ainda na posterior análise dos dados coletados. 
É preciso também que a equipe de designers que será responsável pela coleta 
e pela análise dos dados compreenda que quantidade não é necessariamente 
qualidade, ou seja, nem sempre obter uma quantidade enorme de dados vai 
fazer com que a coleta seja considerada um sucesso. Os dados coletados 
precisam estar vinculados diretamente aos objetivos definidos, pois se forem 
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coletadas grandes quantidades desnecessárias de dados, a atividade da análise 
ficará prejudicada e demandará uma grande quantidade de tempo, até que os 
dados realmente relevantes sejam extraídos.
Depois que a coleta de dados é realizada, é preciso fazer a análise, a in-
terpretação e a consolidação ou organização dos dados obtidos. Essa é a fase 
da coleta de dados em que as informações são organizadas em uma linha de 
pensamento lógica e sistêmica, levando em consideração o domínio do artefato 
e o que se deseja produzir com o processo de design. Veja a seguir a Figura 1.
Figura 1. Processo de coleta de dados.
É importante que a equipe de designers esteja pronta para utilizar a tecno-
logia a seu favor, tanto no processo de coleta de dados como no de análise dos 
dados coletados. Pode-se citar, dentre as ferramentas tecnológicas disponíveis 
e mais acessíveis, as que são disponibilizadas pelo Google que permitem 
elaborar formulários e questionários on-line e, ainda, ferramentas de coleta 
de informações de tráfego e comportamento de sites, como o Google Forms 
e o Google Analytics (UP LEXIS, 2016).
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O tempo que a atividade de coleta de dados vai demorar dependerá dire-
tamente da forma como a coleta de dados será realizada. Se a coleta for feita 
manualmente, com os usuários participantes escrevendo em questionários, 
por exemplo, ela pode durar horas. Por outro lado, se ela for feita de maneira 
automatizada, utilizando planilhas ou softwares específicos, ela pode ser 
finalizada em questão de minutos.
Para ter sucesso durante a atividade de coleta de dados e não perder a 
confiança dos usuários, é importante quesejam tomadas algumas medidas 
(FONSECA, 2009):
  Fazer com que os usuários entendam a importância da coleta de dados 
da qual irão participar. A equipe de designers precisa demonstrar como 
os dados coletados irão auxiliar e influenciar em um processo de design 
de sucesso.
  Reforçar que os dados coletados estarão em segurança e os usuários 
participantes também, ou seja, a equipe de designers deve explicar de 
maneira detalhada como os dados dos participantes serão mantidos 
em segredo e como os dados coletados serão utilizados e trabalhados.
  Pedir permissão por escrito para coletar os dados, sendo essa a questão 
essencial quando se trabalha com pessoas. Deve-se explicar que dados 
serão coletados e o motivo de coletar cada um deles. A equipe de design 
precisa manter um ambiente de transparência para que os usuários 
participantes se sintam à vontade.
  Sempre que possível, tornar a coleta de dados mais fácil e menos onerosa 
para os usuários participantes, utilizando ferramentas computacionais 
para que os usuários não precisem escrever ou se deslocar até o local 
da coleta.
Os tipos de coleta de dados
A coleta de dados é uma atividade muito importante durante o processo de 
design de uma interface, pois traz um conhecimento mais profundo e deta-
lhado sobre o que os usuários precisam realizar por meio do artefato, além 
de demonstrar para a equipe de designers o que o artefato deve conter com 
relação às funcionalidades.
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Por meio da coleta de dados, é possível definir uma direção para o pro-
jeto de interface, fundamentando-se nas informações coletadas. A coleta 
de dados será satisfatória se for feita de maneira planejada e organizada, 
com usuários participantes cientes a respeito do processo, o que possibilita 
a posterior categorização e a consolidação dos dados, a fim de embasar o 
trabalho dos designers.
Existem cinco métodos para a coleta de dados que são muito utilizados e 
conhecidos, e que serão explicados a seguir (FONSECA, 2009).
Os métodos de coleta se vinculam diretamente aos objetivos do estudo e 
que têm o propósito de levantar informações importantes para o processo de 
identificação de oportunidades para um design de interface novo, ou ainda 
de melhorias para uma interface existente.
Método científico
Um método é considerado científi co quando ele segue regras básicas estabele-
cidas para a produção de conhecimento que tem rigor científi co, que é usado 
para pesquisar e comprovar um determinado assunto.
De acordo com o dicionário de língua portuguesa, ciência se refere ao corpo de 
conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e 
explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos e formulados metódica 
e racionalmente. 
Esse método de coleta de dados tem o propósito de obter um conjunto de 
informações que consiga comprovar um determinado assunto ou fato, ou seja, 
esse método é utilizado sempre que os dados coletados possam ser utilizados 
para comprovar determinado aspecto relacionado à utilização do artefato, 
quando o artefato já existe.
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Como exemplo de aplicação para o método científico, pode-se imaginar a utilização 
de uma pesquisa de campo para comprovar dados já coletados por meio de técnicas 
de entrevista ou questionário.
Outro exemplo de utilização do método científico pode ocorrer quando os usuários 
informam durante a aplicação de uma técnica de coleta que determinada regra de 
negócio não está sendo obedecida e é necessário comprovar se ela realmente existe 
na documentação fornecida pelos clientes.
Método qualitativo
O método qualitativo de coleta de dados normalmente é utilizado para defi nir 
problemas, identifi car pontos determinantes, identifi car hipóteses, entre outros. 
Os participantes costumam ser usados para fornecer dados e informações que 
dizem respeito ao objetivo da pesquisa em si.
Esse método de coleta busca opiniões dos usuários participantes acerca 
do objetivo da pesquisa, oferecendo alternativas para o estudo até que se 
encontrem soluções para os problemas.
Dentre as técnicas de coleta de dados mais utilizadas nesse método, estão 
as entrevistas abertas, os grupos de discussão e a observação, pois elas servem 
para obter o sentimento dos participantes, muitas vezes gravados em vídeo 
e áudio, possibilitando que os pesquisadores façam uma análise posterior e 
interpretem os dados coletados.
O método qualitativo é alvo de críticas por estudiosos que consideram que 
o pesquisador, sendo o único a interpretar dados subjetivos, pode não ter o 
nível de entendimento e compreensão necessário para tal atividade.
É possível também que, durante a interpretação dos dados, o pesquisador 
que estiver analisando e interpretando coloque a sua própria subjetividade no 
material coletado, o que pode impedir que as informações se aproximem da 
realidade, comprometendo o resultado do estudo.
Método quantitativo
No método quantitativo de coleta de dados é utilizada, normalmente, a 
técnica de questionário, para que muitos usuários possam participar do 
estudo. Esse método se aplica quando o desejo é conhecer as opiniões dos 
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usuários a respeito de hábitos ou características sobre o domínio, o negócio 
ou o próprio artefato.
Nesse método, é comum que sejam utilizados cálculos de média e de pro-
porções, elaboração de índices e escalas e, ainda, procedimentos estatísticos, 
uma vez que a organização dos dados para divulgação tende a ser visual, 
apresentada em forma de gráficos. O método quantitativo pode ser utilizado 
de três formas, de acordo com Fonseca (2009).
  Explanatória: essa forma de método quantitativo é utilizada quando o 
objetivo da coleta de dados é testar uma teoria, identificar a existência 
de situações novas ou estabelecer causas para os fatos. Nesse método, 
podem ser utilizadas, por exemplo, as entrevistas como técnica de coleta.
  Exploratória: essa forma de método quantitativo é utilizada quando 
a intenção da coleta de dados é conhecer os usuários e as suas ativida-
des sob um aspecto específico do artefato. Nesse método, podem ser 
utilizados, por exemplo, os estudos de campo como técnica de coleta.
  Descritiva: essa forma de método quantitativo é utilizada quando a 
coleta de dados tem o intuito de identificar hábitos e opiniões de um 
determinado grupo de usuários a respeito do artefato e, ainda, verificar 
e comparar essas opiniões com a realidade. Nesse método, podem ser 
utilizadas, por exemplo, as reuniões de brainstorming como técnica 
de coleta.
Quando o método quantitativo é o escolhido da equipe de designers, é im-
portante que se tenha em mente que, após a coleta de dados, vai ser necessário 
dispensar uma boa parcela de tempo para fazer a análise, a consolidação e a 
organização dos dados coletados.
As técnicas de coleta de dados
Conforme Barbosa e Silva (2010), a coleta de dados com usuários pode ser 
feita utilizando as seguintes técnicas.
Entrevista
A entrevista envolve um diálogo, uma conversa guiada entre o entrevistador 
e o entrevistado, que pode conter perguntas abertas ou fechadas. 
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As perguntas abertas são aquelas que contém um enunciado e o entrevistado precisa 
elaborar a sua resposta sem que exista um roteiro, uma pista para o caminho que deve 
ser seguido. O indivíduo entrevistado responde da maneira que quiser, abordando o 
assunto da maneira que preferir.
As perguntas fechadas são aquelas que apresentam respostas predefinidas, de acordo 
com o escopo da questão, e o entrevistado deve apontar qual é a correta. Esse tipo de 
pergunta faz com que a obtenção da opinião das pessoas aconteça de forma muito 
mais rápida e ágil, mas, por outro lado, é preciso que os pesquisadores formulem os 
conjuntos de perguntas e opções de respostas de maneira assertiva, uma vez que os 
entrevistados não têm liberdade para discutir sobre o assunto questionado.Normalmente a entrevista pode ser aplicada para coletar dados em pesquisas 
quantitativas e qualitativas (BARBOSA; SILVA, 2010):
  Pesquisa quantitativa — são as mais utilizadas, pois são fáceis de apli-
car e também de consolidar os dados coletados. Nesse tipo de pesquisa, 
os entrevistados são escolhidos previamente, de acordo com critérios 
que têm relação com o objeto da entrevista, e as entrevistas são feitas 
sempre individualmente.
  Pesquisa qualitativa — é muito utilizada quando se quer descobrir os 
sentimentos e as motivações dos pesquisados. Ela é muito importante, 
pois possibilita aos pesquisadores tomar decisões mais assertivas e 
fundamentadas, levando em consideração as opiniões de seus usuários. 
Nesse tipo de pesquisa, a entrevista acontece geralmente como uma 
conversa informal em grupo.
Dependendo do tipo de pesquisa, a entrevista poderá ser estruturada, não 
estruturada ou semiestruturada (BARBOSA; SILVA, 2010).
A entrevista estruturada é mais indicada para ser utilizada em pesquisas 
quantitativas, como é o caso das pesquisas de intenção de voto. Na entrevista 
estruturada, normalmente se utilizam perguntas fechadas, o que traduz a sua 
facilidade na organização e na consolidação dos dados coletados na entrevista.
Outro tipo, a entrevista semiestruturada, é uma combinação da entrevista 
estruturada e não estruturada. Normalmente, ela envolve um questionário se-
miaberto, no qual existe um roteiro para a entrevista acontecer e os usuários têm 
total liberdade para responder às questões, o que torna esse tipo de entrevista 
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muito versátil, podendo ser utilizada em qualquer tipo de coleta de dados. Um 
exemplo de sua utilização é a pesquisa de opinião a respeito de um produto.
Já a entrevista não estruturada é o tipo de entrevista que dá mais liberdade 
para o usuário e envolve pessoas que entendem muito a respeito do assunto 
pesquisado, pois elas precisam falar tudo o que sabem sobre ele. É normal que 
os pesquisadores estipulem um tempo de duração para a entrevista acontecer, 
sendo que outras perguntas podem surgir dependendo do rumo que a conversa 
toma. Pelo fato de beirar a informalidade e deixar os usuários bem à vontade, 
é importante que a entrevista seja gravada, pois o conteúdo pode ser extenso. 
Esse é o tipo de entrevista mais difícil para fazer a consolidação dos dados, 
em razão da subjetividade envolvida, e é a mais utilizada em pesquisas qua-
litativas. Um exemplo de aplicação é a pesquisa dos hábitos de consumo de 
uma determinada região.
Grupos de foco
Um grupo de foco consiste em uma entrevista, que é feita de maneira coletiva, 
envolvendo entre três e dez pessoas. Esse tipo de entrevista é utilizado para 
coletar opiniões e receber respostas para várias questões, inclusive identifi cando 
opiniões divergentes entre os entrevistados.
Essa modalidade de entrevista precisa que um moderador faça parte do 
processo, para que ele incentive as pessoas mais introvertidas a se manifestar, 
garantindo a sua participação e evitando que as pessoas mais extrovertidas 
tenham domínio da entrevista.
Questionário
O questionário envolve basicamente um formulário de questões, que pode ser 
aplicado de maneira impressa, na qual os usuários podem escrever, ou on-line, 
na qual os usuários serão chamados a responder às perguntas digitalmente.
Essa é uma das modalidades de coleta de dados que consegue obter a 
maior quantidade de dados, principalmente pelo fato de atingir uma grande 
quantidade de pessoas durante sua aplicação. Os questionários podem ser de 
perguntas abertas ou fechadas, sendo que as fechadas são os tipos mais comuns.
Brainstorming
O brainstorming é uma das técnicas de coleta de dados que gera menos des-
pesas para os pesquisadores e que tem como propósito principal a obtenção 
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de uma lista com todas as necessidades e desejos dos usuários, organizadas 
de maneira priorizada. 
Esse tipo de coleta de dados conta com perguntas específicas e possibilita 
levantar uma grande quantidade de opiniões dos participantes a respeito 
de um determinado assunto, e essas opiniões normalmente evidenciam as 
divergências entre os seus sentimentos.
Classificação de cartões
Nessa técnica de coleta de dados, um conjunto de cartões é entregue para um 
grupo de pessoas e elas precisarão organizá-los e agrupá-los de acordo com 
a sua semelhança.
O propósito dessa técnica é analisar que tipo de grupos foram formados, qual 
foi o esquema utilizado pelas pessoas para fazer a classificação dos cartões e, 
ainda, quais foram os termos utilizados por elas para fazer a descrição dos grupos.
A técnica da classificação de cartões tem o propósito de possibilitar que 
os pesquisadores aprendam aspectos sobre os seus usuários que não seriam 
conhecidos por meio de nenhuma outra técnica.
Estudos de campo
Os estudos de campo consistem em atividades de investigação a respeito do 
contexto em que o usuário está inserido, podendo envolver entrevistas direta-
mente no ambiente em que o usuário se encontra, ou simplesmente observações 
dos usuários enquanto desempenham as suas atividades.
Em outras palavras, o pesquisador vai visitar os seus usuários no ambiente 
em que eles se encontram, para poder observá-los e fazer intervenções enquanto 
eles realizam as suas atividades. Dependendo da duração das atividades de 
estudo de campo, essa técnica de coleta de dados pode se tornar cara, em razão 
do deslocamento constante dos pesquisadores.
Investigação contextual
A técnica da investigação contextual é semelhante ao estudo de campo, mas o 
seu propósito principal tem relação apenas com o ambiente e com os aspectos 
que envolvem a prática do trabalho dos usuários.
Nesse tipo de investigação, o usuário deverá interagir com o pesquisador 
como se fosse uma relação entre professor e aluno, na qual o usuário ensina 
passo a passo a maneira como realiza cada atividade do seu trabalho.
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BARBOSA, S. D. J.; SILVA, B. S. Interação Humano-Computador. Rio de Janeiro: Campus-
-Elsevier, 2010.
FONSECA, R. C. V. Metodologia do Trabalho Científico. Curitiba: IESDE Brasil, 2009.
UP LEXIS. Como fazer uma coleta de dados eficiente: a importância de se obter dados 
relevantes para análise e interpretação. 2016. Disponível em: <https://d335luupugsy2.
cloudfront.net/cms/files/21689/1525716234ebook_-_Como_fazer_uma_coleta_de_da-
dos_eficiente.pdf>. Acesso em: 2 nov. 2018.
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Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Há várias técnicas de coletas de dados de usuários, mas uma das mais importantes é o 
brainstorming. Ele permite a obtenção de uma grande lista com necessidades e requisitos, de 
vários usuários, de maneira organizada e priorizada, sendo uma das que trazem menos despesas 
para os pesquisadores
Nesta Dica do Professor, você irá aprender sobre o brainstorming.
 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Uso de questionário online e divulgação virtual como estratégia de coleta de dados em 
estudos científicos
Neste artigo, saiba mais sobre o uso do questionário para estudos científicos.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Pesquisa de levantamento
Leia o capítulo 5 deste livro para saber mais sobre os métodos de coleta de dados.
Introdução à metodologia de pesquisa
Leia o capítulo 8 deste livro para saber mais sobre a análise de dados quantitativos e 
qualitativos.