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RESUMO EPIDEMIOLOGIA

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EPIDEMIOLOGIA 
 
Podemos dizer que a epidemiologia é uma ciência que estuda a 
distribuição das doenças e suas causas na população humana. 
Segundo a Associação Internacional de Epidemiologia (1973), o 
conceito de epidemiologia validado é: “O estudo dos fatores que 
determinam a frequência e a distribuição das doenças nas 
coletividades humanas”. Porém, muitos autores conceituam de 
forma aproximada, mas diferente a epidemiologia 
Os autores Rouquayrol e Gurgel (2013), definem epidemiologia 
como a ciência que estuda o processo saúde-doença em 
coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores 
determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos 
associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de 
prevenção, controle ou erradicação de doenças, e fornecendo 
indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração 
e avaliação das ações de saúde. 
População-alvo: também denominada base populacional, 
corresponde ao conjunto de indivíduos que originou o universo 
amostral. É sobre este grupo que desejamos obter informações para 
fazer interferências. 
População real: corresponde ao conjunto de indivíduos selecionados 
para o estudo. 
População de estudo: é o grupo de indivíduos para o qual os dados 
foram obtidos. 
Entre as vantagens: economia, mais facilidade de obtenção de 
dados, rapidez de resultados, diminuição de erros, controle da 
qualidade do estudo, diminuição de vieses, entre outros. 
Como desvantagens: o tamanho muito pequeno de uma população, 
da qual não seria justificável a retirada de uma amostragem para 
estudo e quando a característica que se deseja obter dessa 
população é de fácil observação, não compensando a estratificação 
em amostra. 
Os indicadores populacionais podem ser apresentados em números 
absolutos, razões, proporções, taxas, coeficientes, índices e 
indicadores. 
 
A seleção de indicadores de saúde e seus níveis de desagregação 
podem variar em função da disponibilidade de sistemas de 
informação, fontes de dados, recursos, prioridades e necessidades 
específicas em cada região ou país. 
Os indicadores demográficos são: 
„ . população total; 
„ . razão de sexos; 
„ . taxa de crescimento da população; 
„ . grau de urbanização; 
„ . proporção de menores de 5 anos na população; 
„ . proporção de idosos na população; 
„ . índice de envelhecimento; 
„ . razão de dependência; 
„ . taxa de fecundidade total; 
„ . taxa específica de fecundidade; 
„ . taxa bruta de natalidade; 
„ . mortalidade proporcional por idade; 
„ . mortalidade proporcional por idade em menores de 1 ano; 
„ . taxa bruta de mortalidade; 
„ . esperança de vida ao nascer; 
„ . esperança de vida aos 60 anos. 
Os indicadores socioeconômicos são: 
„ . taxa de analfabetismo; 
„ . níveis de escolaridade; 
„ . produto interno bruto; 
„ . razão de renda; 
„ . proporção de pobres; 
„ . taxa de desemprego; 
„ . taxa de trabalho infantil. 
Como principais indicadores relacionados com a transição 
epidemiológica, podemos citar os coeficientes de natalidade, 
fecundidade, mortalidade geral e infantil, taxa de crescimento 
populacional, envelhecimento da população, esperança de vida ao 
nascer, idade mediana e estrutura por idade e sexo de uma 
população. 
A natalidade associada à mortalidade vai determinar o crescimento 
vegetativo de uma população. A fertilidade refere-se à capacidade 
fisiológica de a mulher gerar outra vida. O envelhecimento da 
população é o acúmulo progressivo de maiores contingentes 
populacionais nas faixas etárias avançadas. 
A idade mediana é aquela que separa a distribuição da população 
em dois blocos. A esperança de vida ao nascer está relacionada à 
estimativa de quantos anos esse indivíduo que nasceu em 
determinado ano irá viver, se as condições encontradas no seu 
nascimento forem mantidas. 
As pirâmides populacionais são resultado da observação de uma 
população com relação à idade e ao sexo. Essas pirâmides etárias 
sofrem estreitamento de sua base com relação à densidade de 
população jovem ou idosa. 
Hipócrates era médico e acreditava que o modo como as pessoas 
viviam, conviviam, seus hábitos de higiene, hábitos alimentares e 
onde residiam eram fatores determinantes para o processo de 
saúde-doença e suas consequências. Hipócrates estudou as 
doenças epidêmicas e as variações geográficas das condições 
endêmicas. Para o momento histórico em que ele viveu foi uma visão 
revolucionária 
Entre os objetivos epidemiológicos, podemos citar resumidamente, 
identificar fatores geradores das doenças, descrever a distribuição 
e a magnitude dos problemas de saúde e prover dados para 
planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, 
controle e tratamento das doenças que subsidiem a tomada de 
decisão em saúde. 
as principais aplicações da epidemiologia compreendem três 
grandes áreas de atuação/aplicação que assumem estreita relação 
com a definição de epidemiologia. 
Informar a situação de saúde da população: essa aplicação 
incluiu a determinação das frequências, o estudo da distribuição 
dos eventos e o consequente diagnóstico dos principais problemas 
de saúde ocorridos, identificação das populações afetadas e a 
proporção desse problema. 
 
Investigar os fatores que influenciam as situações de saúde: a 
epidemiologia desenvolve e aplica metodologias sistemáticas e 
efetivas para descrever e analisar as situações de saúde, estudando 
os determinantes do aparecimento (causas) e manutenção dos 
danos à saúde na população, fornecendo dados para o 
planejamento e organização das ações de saúde que possam 
modificar essas situações. 
Avaliar o impacto das ações propostas para alterar situação 
existente: essa atuação envolve questões relacionadas à 
determinação da utilidade e segurança das ações isoladas, dos 
programas e dos serviços de saúde. Da mensuração do impacto de 
resolução ou não das medidas adotadas.

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