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Arquivamento: É o conjunto de procedimentos que visam ao acondicionamento do documento (embalagem m) e ao armazenamento (mobiliário) de documentos. ROTINAS/OPERAÇÕES DE ARQUIVAMENTO: ✓ Inspeção: leitura do último despacho para verificar se o documento destina-se ao arquivamento ou se deverá obedecer a uma rotina de trâmite pré- estabelecida. Nem sempre os documentos são encaminhados ao arquivo com a finalidade de serem arquivados, mas anexados ou apensados a outros, ou simplesmente para ser fornecida uma informação; ✓ Estudo: é a leitura do documento para verificação das informações que lhe serão atribuídas e se há antecedentes ou necessidade se fazer referências cruzadas. ✓ Classificação: determinar sob qual método deverá ser arquivado o documento e se haverá necessidade de utilizar referências cruzadas. ✓ Codificação: São colocados nos documentos os símbolos referentes ao método de arquivamento que foi utilizado, podendo ser letras, números, cores, etc. Código colocado a lápis. ✓ Ordenação: agrupar os documentos de acordo com a codificação aposta, separando-os por guias de ordenação (fichas), em escaninhos ou classificadores. Torna o arquivamento mais rápido e racionaliza as tarefas. ✓ Guarda dos Documentos: é o arquivamento, ou seja, a guarda ordenada dos documentos ou inserção do documento na unidade de arquivamento pré- estabelecida. Assertivas: → A guarda é uma operação física que consiste em guardar os documentos de arquivo (CESPE – 2014). → A ordenação é uma fase posterior à classificação dos documentos (CESPE – 2017). → A inspeção é a primeira etapa de uma operação de arquivamento. Nesse momento, o arquivista deve examinar cada documento para verificar se o mesmo se destina ao arquivamento (CESPE – 2011). → A guarda é o último momento da operação de arquivamento (CESPE – 2011). → O acondicionamento é o ato/efeito de embalar ou guardar documentos de forma apropriada à sua preservação e manuseio. → A classificação consiste na determinação da entrada e das referências cruzadas que lhe serão atribuídas e se fundamenta, basicamente, na interpretação dos documentos (Quadrix – 2021). → A inspeção é a etapa em que o arquivista examina todos os documentos para verificar se se destinam ao arquivamento. Essa verificação ocorre por meio da leitura do último despacho ou pela observância de uma rotina preestabelecida (Quadrix – 2021). → Compõem as operações de arquivamento: a inspeção; o estudo; a classificação; a codificação; a ordenação; e a guarda dos documentos (Quadrix – 2021). → Classificação é a sequência de operações que, de acordo com as diferentes estruturas, funções e atividades da entidade produtora, visam a distribuir os documentos de um arquivo. Datas-limite é o elemento de identificação cronológica em que são mencionados os anos de início e término do período abrangido pelos documentos de um processo, dossiê, série, fundo ou coleção. Ordenação trata-se da disposição dos documentos de uma série, a partir de elemento convencionado para sua recuperação. Recolhimento é a passagem de documentos do arquivo intermediário para o arquivo permanente. Transferência diz respeito à passagem de documentos do arquivo corrente para o arquivo intermediário. → Na arquivística, a sequência de operações intelectuais e físicas para guarda de documentos é chamada de arquivamento. → Por privilegiar a facilidade de acesso ao documento, o arquivamento do tipo horizontal é indicado para documentos correntes, que apresentam alta frequência de consulta (Quadrix – 2021). MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO: Dividem-se em: → Padronizados: Os métodos padronizados são: variadex, automático, soundex, mnemônico e rôneo O método variadex é o mais utilizado nesse contexto, trabalha com letras e cores: → Básicos: a) Alfabético: Utiliza o NOME como o elemento principal de busca. b) Geográfico: Utiliza a PROCEDÊNCIA OU O LOCAL de produção do documento como elemento principal de busca. Pode ser aplicado de três diferentes formas: Por estado: Quando se organiza por estado, as capitais devem vir primeiro e as demais cidades vêm em seguida, na ordem alfabética. Por país: Quando se organiza por país, a capital deve vir primeiro e as demais cidades vêm em seguida na ordem alfabética. Por cidade: Quando o principal elemento é a cidade e não o estado, deve-se observar rigorosa ordem alfabética por cidades, não havendo destaque para as capitais. c) Numérico: Método que pertence ao sistema indireto. A consulta ao documento será feita de forma indireta, recorrendo-se, sempre, a um índice alfabético remissivo – busca primária da informação –, a fim de localizá-lo. Vantagem: Erros reduzidos de arquivamento. Desvantagem: Sistema indireto, exigindo pesquisa aos índices. Sistema numérico simples: Atribuição de um número ao documento de acordo com a sua ORDEM DE ENTRADA OU DE REGISTRO. Prático, não requer qualquer planejamento inicial. A pasta é arquivada em ordem numérica. Elabora-se registro em livro ou fichas, para não acontecer a criação de duas ou mais pastas com o mesmo número. O documento receberá o nº da pasta + um nº sequencial (ordem de entrada), facilitando, dessa forma, o seu rearquivamento e evitando o extravio. Pode-se 138/267 aproveitar o n o de uma pasta que venha a vagar. Tal método aplica-se com frequência nos arquivos especiais e especializados. Na ilustração, o n o 13-1 quer dizer que é o primeiro documento da pasta n o 13 existente (armazenada, guardada) no arquivo. Sistema numérico cronológico: Utiliza o NÚMERO E A DATA como forma de localização da informação. Método mais indicado para arquivamento de “processos”. É o mais usado em sistemas de protocolo e adotado em repartições públicas, as mais variadas. Numera-se os documentos e não as pastas. Serão arquivados em ordem cronológica e, após, por ordem numérica (data e número). Nesse método, quando se anula um registro, só se aproveita o nº se houver coincidência de datas. Cada documento recebe seu próprio nº de registro, formando-se um processo único e disposto em rigorosa ordem numérica. Sistema numérico dígito-terminal: Os docs são arquivados conforme uma sequencia numérica composta de seis dígitos que são divididos em TRÊS PARES, cuja leitura se dá da DIREITA PARA A ESQUERDA. O número é o elemento principal de identificação. Usado sobretudo quando há um volume grande de documentos, a fim de se reduzir erros no arquivamento, possibilitando, assim, uma recuperação mais ágil da informação. Estes são divididos em três grupos, formando pares, e lidos da direita para a esquerda. Ex.: No do dossiê: 983.021 (método numérico simples) Transformando para o método dígito-terminal: 98- 30-21, sendo: 21 – grupo primário ou inicial (no da gaveta) 30 – grupo secundário (no da guia) 98 – grupo terciário (no atribuído ao documento) No momento de se arquivar os documentos ou pastas, considera-se primeiro o grupo primário, depois o secundário e, por fim, o terciário (do menor para o maior número). Comentário: em uma prova, primeiro olhamos o grupo primário (GP). Virá primeiro o menor número neste grupo. Caso seja o mesmo número, olhamos o grupo secundário (GS) – também o menor número virá primeiro; se também for repetido, observamos o terciário (GT), que representa o número dado ao documento. Ex.: GT GS GP 32 – 55 – 87 28 – 57 – 87 03 – 18 – 92 d) Ideográfico: Método de classificação por assunto. Poderá ser: Alfabético: Indicado quando o volume e a diversidade de assuntos da documentação a ser arquivada são pequenos, subdividido em: → Dicionário: Assuntos isolados são dispostos alfabeticamente conforme a sequência das letras. Exs: Sistemas de arquivos, sistemas de biblioteca, sistemas de processamentode dados, venda de publicações. → Enciclopédico: Assuntos correlatos são agrupados sob títulos gerais e dispostos alfabeticamente. Exs: Sistemas De arquivos De bibliotecas De processamento de dados Vendas de publicações Numérico: Cada assunto receberá um número, subdividido em: → Duplex: Baseia-se no sistema decimal de “Melvil Dewey”, que divide o saber humano em 9 classes principais e uma décima geral. As classes são divididas em subclasses e assim sucessivamente. Separa-se o número em classes de 3 algarismos (por um ponto). Portanto, a parte inteira do número é composta por 3 algarismos. E a parte decimal? Pode ou não existir Ex.: Classes 0 – Geral 1 – Departamento Pessoal 2 – Arquivo Subdivisão da classe 1 100 DEPARTAMENTO PESSOAL 110 Admissão 111 Exame médico 112 Documentos 112.1 Documentos recebidos 112.2 Documentos pendentes 113 Assinatura do contrato 120 Férias 130 Demissão 200 ARQUIVO... → subdivisão da classe 2 Vantagens: • Como são somente 10 classes, estas são fáceis de ser memorizadas. • Expansão ilimitada para as subdivisões dos assuntos. Desvantagens: • Limitação de 10 classes para a classificação. • Necessidade de se prever o desenvolvimento das atividades da instituição, bem como preparo e muita atenção do arquivista. → Duplex: A construção é a mesma do enciclopédico, colocando-se antes dos assuntos uma notação numérica. Os temas são divididos em classes e subclasses. Vantagem: Abertura ilimitada de classes. Desvantagem: As classes devem ser bem definidas, caso contrário os documentos referentes a um mesmo assunto correm o risco de ser arquivados em mais de um lugar. Ex.: 1 ARQUIVO CORRENTE 1-1 Documento usado com frequência 1-2 Setorial 2 ARQUIVO INTERMEDIÁRIO 2-1 Pré-arquivo 3 ARQUIVO PERMANENTE 3-1 Histórico → Unitermo (ou indexação coordenada): Criam-se fichas a partir dos termos utilizados pela instituição. Cadastra na ficha, os números dos documentos que contém a palavra nela registrada. SISTEMAS DE BUSCA: → Direto: O próprio nome sugere: busca direta ao local de guarda do documento, sem o auxílio de índice ou quaisquer outros instrumentos de pesquisa. Exs.: métodos alfabético e geográfico. → Indireto: Para recuperar o documento é necessário recorrer a um índice alfabético remissivo ou a um determinado código. Todos os métodos numéricos pertencem ao sistema de busca indireto. → Semi-indireto: Sistema alfanumérico, que combina letras e números. Assertivas: • No método de arquivamento numérico simples, a ordenação é orientada pelo número de entrada do documento (CESPE -2018). • O método de arquivamento alfanumérico, que consiste na combinação de letras e números, pertence ao sistema semi-indireto (CESPE – 2013). • Os documentos no sistema numérico simples, são agrupados em sequência numérica, exigindo o índice alfabético e remissivo (CESPE – 2013). Regras de Alfabetação: NOMES BRASILEIROS: a) Considera-se o último sobrenome e depois o prenome Ex: Gabriel Barbosa Lima Paulo Silva Araújo Ord: Araújo, Paulo Silva Lima, Gabriel Barbosa b) Iniciais abreviadas de prenomes têm precedência às demais, no caso de sobrenomes iguais. Ex: Ricardo Lima Ordena-se: R. Lima c) Não se separam sobrenomes: • Formados por substantivo e um adjetivo. Ex: Marcelo Vila Verde • Ligados por hífen. Ex: Eva Beija-flor • Exprimam grau de parentesco. Ex: Pedro Barbosa Neto • Que possuam as partículas: São, Santo (a).Ex: André São Carlos Ordena-se: Barbosa Neto, Pedro Beija- Flor, Eva São Carlos, André Vila Verde, Marcelo d) Artigos, preposições, títulos e cargos não são considerados na alfabetação. Ex: Senador José Barros Ana Almeida de Araújo Ordena-se: Araújo, Ana Almeida de Barros, José (Senador) NOMES ESTRANGEIROS: a) Considera-se o último sobrenome e depois o prenome: Exemplos: Paolo Rossi Michael Smith Ordena-se: Rossi, Paolo Smith, Michael b) Os nomes orientais (japoneses, chineses, árabes) são registrados como se apresentam. Exemplos: Al Ben-Hur Akiko Yamamoto Sato Ordena-se: Akiko Yamamoto Sato Al Ben-Hur c) Os nomes hispânicos são alfabetados pelo penúltimo sobrenome, que corresponde ao sobrenome da família do pai. Ex: Juan Puentes García Escreve-se: Puentes García, Juan NOMES DE EVENTOS SÃO MANTIDOS COMO SE APRESENTAM, OS NÚMEROS DEVEM APARECER NO FINAL ENTRE PARÊNTESES: Exemplos: Sétima Conferência de Medicina III Congresso Nacional de Biblioteconomia 2ºCongresso Brasileiro de Arquivologia Ordena-se: Conferência de Medicina (Sétima) Congresso Brasileiro de Arquivologia (2º) Congresso Nacional de Biblioteconomia (III) NOMES DE EMPRESAS SÃO MANTIDOS COMO SE APRESENTAM, ARTIGOS E PREPOSIÇÕES NÃO SÃO CONSIDERADOS NA ALFABETAÇÃO. Exemplos: Ministério da Saúde Ministério do Esporte O Barateiro Ordenam-se: Barateiro (O) Ministério do Esporte (Vem antes da saúde pq não considera a preposição da) Ministério da Saúde Empréstimo/consulta: Ao emprestar determinado documento, deve-se exigir do requisitante que assine um recibo (para controlar o acervo e garantiar a sua integridade). Nesta etapa recomenda-se o uso da guia-fora (substitui a pasta retirada temporariamente do arquivo, facilitando, portanto, o seu rearquivamento). Com a guia-fora ficará o recibo do dossiê, que conterá informações relevantes acerca do empréstimo realizado (data da retirada do documento, quem o retirou, entre outros dados). A guia-fora também pode ser chamada de fantasma ou ficha-fantasma. O prazo de empréstimo de um documento arquivístico é de até 10 dias, podendo haver renovação. A fim de facilitar a cobrança e controlar os prazos estipulados, usa-se os arquivos de prosseguimento ou andamento (são fichários de lembretes), também conhecidos pelo nome de “follow-up” ou sistema de vigilância contínua. Assertivas: • Notação: Código de identificação que permite a ordenação ou localização das unidades de arquivamento. Também chamado cota, equivale a código de referência. • As condições de armazenamento têm de levar em conta o volume e as propriedades físicas dos documentos. Devem ser projetadas considerando também a proteção contra acesso não autorizado e perdas por destruição, furto e sinistro. • As informações arquivísticas, em qualquer instituição pública ou privada, apresentam características contábil/financeira, pessoal e administrativa, organizadas em diferentes espécies documentais. • Os arquivos são os centros ativos de informação nas instituições públicas e privadas que, para cumprirem seus objetivos, precisam estar organizados e estruturados, de forma a evitar erros e repetições desnecessárias, gerar conhecimento para assessorar as tomadas de decisão e dar continuidade ao trabalho. • A função do arquivo é, também, guardar os documentos e, principalmente, fornecer aos interessados a informação contida no seu acervo de forma rápida e segura. • Todo arquivo precisa ser organizado de forma que proporcione condições de segurança, precisão, simplicidade, flexibilidade e acesso. Segurança: O arquivo deve apresentar condições mínimas de segurança, incluindo-se medidas de prevenção contra incêndio, extravio, roubo e deterioração. Dependendo da natureza do arquivo, é importante cuidar do sigilo, impedindo ou dificultando o livre acesso a documentos confidenciais. Precisão: O arquivo deve oferecer garantia de precisão na consulta a documentos e assegurar a localização de qualquer documento arquivado, ou de qualquer documento que tenha sido dele retirado. Simplicidade: O arquivo precisa ser simples e de fácil compreensão. As possibilidades de erros são reduzidas em arquivos simples e funcionais. O número e a variedade de documentos não exigem necessariamenteum arquivo complexo e de difícil entendimento. Flexibilidade: O arquivo deve acompanhar o desenvolvimento ou crescimento da empresa, ou órgão público, ajustando-se ao aumento do volume e à complexidade dos documentos a serem arquivados. As normas de classificação não devem ser muito rígidas, pois apenas dificultam a atividade de arquivamento. Acesso: O arquivo deve oferecer condições de consulta imediata, proporcionando pronta localização dos documentos. • Os documentos públicos podem ser classificados em três tipos: Funcional: classificação segundo as atividades desenvolvidas na instituição. Organizacional ou Estrutural: classificação segundo a estrutura da instituição. Por assuntos: classificação segundo assuntos que se originam de determinado campo do conhecimento. Fontes: Aulas prof. Darlan Eterno e apostila Renato Valentini
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