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ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM AO 
PACIENTE CLÍNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 AFECÇÕES GASTROINTESTINAIS E OTORRINOLARINGOLÓGICAS 
 
Objetivos: saber identificar afecções gastrointestinais e otorrinolaringológicas pelos seus sinais e sintomas. 
Aprender quais são os principais cuidados da enfermagem em relação a essas afecções. 
 
As afecções gastrointestinais são as patologias que ocorrem nos órgãos do sistema digestivo, tais 
como: intestino, intestino grosso, intestino delgado, estômago, esófago, pâncreas, cólon e fígado. Essas 
doenças, podem ser acompanhadas de fortes dores, resultantes da inflamação ou até mesmo deterioração de 
alguns dos órgãos do sistema digestivo. Os órgãos que fazem parte do sistema otorrinolaringo são basicamente 
o nariz, ouvido e garganta. 
 
 
Figura 1 – Ilustração do sistema gastrointestinal. 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com (sistema digestório) 
http://www.auladeanatomia.com/
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 Nariz: Rinite 
 
A rinite é um termo que descreve a inflamação e/ou irritação da mucosa nasal, podendo ser causada por 
vírus, bactérias, pó, fumaça e outros agentes irritantes. Esta inflamação causa produção de muco, que ocasiona 
a coriza nasal (sintoma mais comum). 
 
Sinais e sintomas: 
– Rinorreia ou coriza (corrimento nasal); 
– Congestão nasal, prurido; 
– Ardor constante em olhos e narina; 
– Espirros constantes. 
Tratamento: 
 
Consiste em afastar as causas, terapia farmacológica (corticosteróides, anti-histamínicos e 
descongestionantes) e na dessensibilização (imunoterapia dessensibilizante, no caso, da rinite alérgica). 
 
 Ouvido: Otite 
 
Otite média é uma inflamação do ouvido médio (o espaço atrás da membrana timpânica). É uma das 
duas condições geralmente referidas como infecções do ouvido, a outra é a otite externa. A otite média é muito 
comum na infância e possui condições agudas e 
crônicas, todas envolvendo inflamação da 
membrana timpânica e geralmente associadas 
com o aparecimento de fluido no espaço atrás do 
tímpano, o ouvido médio. O diagnóstico se da por 
meio da história da doença e exame com aparelho 
otoscópio. A região encontra-se avermelhada e 
edemaciada, características de um processo 
inflamatório. Geralmente ocorre após uma gripe 
ou resfriado (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Sinais e sintomas: 
 
− Dor severa; 
− Diminuição da audição; 
− Febre, choro constante (nos bebês), 
irritabilidade; 
− Desconforto, perda de apetite; 
− Secreção no ouvido se houver ruptura 
timpânica (perfuração do ouvido); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Sistema auricular. 
Fonte: www.mdsaude.com.br 
− Vômitos e diarreia podem ocorrer nas crianças pequenas; 
− Pode também haver presença de pus na região externa do ouvido. 
Tratamento: 
É realizado por meio da administração de medicamentos antibióticos e analgésicos. Após a evolução 
e o término do tratamento, a audição volta ao normal e o líquido que se acumula atrás do tímpano é absorvido. 
Se ele não desaparecer e sua presença durar mais de três meses, é necessário um procedimento cirúrgico, no 
qual é feita uma pequena incisão (abertura) no tímpano, retirando o líquido acumulado. Se não for tratada a 
tempo pode ocorrer perfuração do tímpano e consequente surdez. 
 
 Garganta: Amigdalite 
 
A amigdalite ou tonsilite é muito comum, principalmente em crianças. É um processo inflamatório nas 
amígdalas. As amígdalas, denominadas de tonsilas, são linfonodos na parte de trás da boca e na parte superior 
da garganta, as quais ajudam a filtrar bactérias e outros germes para impedir as infecções no corpo. Geralmente 
é ocasionada por um micro-organismo chamado de estreptococo e às vezes pode ser por um vírus. 
http://www.mdsaude.com.br/
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Figura 3 - Ilustração de um processo de amigdalite. 
Fonte: www.sintomasedicas.com.br 
Sinais e sintomas: 
- Dor na garganta; 
- Dificuldade em deglutir; 
- Dor no ouvido; 
- Febre e calafrios; 
- Alterações e até perda de voz; 
- Sensibilidade na mandíbula e garganta. 
Quando causada por bactérias, forma-se pus local, 
processo chamado de abscesso peritonsilar. 
Tratamento: 
Se a amigdalite for causada por bactérias, 
antibióticos devem ser tomados. O tratamento não deve 
ser interrompido só porque os sintomas diminuíram, se 
isso ocorrer, a infecção pode retornar. Se for viral, apenas 
se insere medidas para diminuir sintomas, pois quando 
acabar o ciclo do vírus a doença acabará. Deve-se beber 
muito líquido. Algumas pessoas têm reincidência e amigdalite de repetição, sendo indicada, em vários casos, a 
remoção das amígdalas (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
 Boca: Estomatite 
Estomatite é um termo designado às doenças ou inflamações da cavidade bucal de etiologia diversa. Entre 
as possíveis causas estão as infecções por vírus, bactérias ou fungos, mas também podem ser causadas por 
agentes tóxicos e irritantes, como álcool e fumo e por deficiências de algumas vitaminas. Outro fator é a má 
higiene bucal. Muito comum em crianças. 
 
Sinais e sintomas: Ulcerações e/ou aftas na cavidade oral, língua, lábios e gengiva; 
 Esôfago: Esofagite 
A esofagite é uma inflamação da mucosa que recobre o interior do esôfago, o refluxo gastroesofágico é a 
causa mais comum de esofagite. Também, pode ser decorrente de ingestão acidental ou planejada de algum 
agente irritante, como a soda cáustica (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Sinais e sintomas: 
- Dificuldade para engolir; 
- Queimação; 
- Ronquidão; 
- Dor de garganta. 
Tratamento: 
O tratamento depende da causa específica. O refluxo pode exigir medicamentos para reduzir a acidez. As 
infecções exigem antibióticos. 
 Estômago e Duodeno 
1.6.1 Gastrite 
 
É uma inflamação do epitélio estomacal e se dá após um diagnóstico médico, sendo que muitas pessoas 
se reportam a gastrite como forma de expressar alguns desconfortos gastrointestinais de etiologia ainda 
desconhecida. A gastrite pode ser aguda ou crônica. Geralmente seu diagnóstico se dá com um exame de 
Endoscopia Digestiva. 
 
Gastrite aguda: é de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associada a um agente. 
Medicamentos, estresse e alimentos contaminados podem desenvolver um quadro de gastrite aguda (Smeltzer e 
Bare, 2005). 
 
Gastrite crônica: geralmente associada à bactéria Helicobacter pylori, que vive bem em ambientes ácidos 
como o estômago, porém, pode destruir a barreira protetora que reveste a mucosa do estômago, permitindo que 
http://www.sintomasedicas.com.br/
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o suco gástrico agrida a própria mucosa gástrica, levando a um quadro de inflamação, a gastrite (Smeltzer e Bare, 
2005). 
 
Sinais e sintomas: 
- Dor e queimação abdominal; 
- Azia; 
- Perda do apetite; 
- Náuseas e vômito; 
- Distensão abdominal; 
- Sangramento digestivo; 
- Fraqueza; 
- Diarreia; 
- Ardência na língua. 
Tratamento: 
Está baseado de acordo com o agente causador. Se associado ao uso de medicação, substituições e 
outras medicações neutralizantes, estresse, trabalho psicológico ou diminuição de suas atividades estressoras. 
Nos casos em que há a indicação do tratamento para a erradicação da bactéria, este consiste na administração 
de antibióticos e de bloqueadores da produção de ácido gástrico. A gastrite está diretamente ligada a prevenção, 
em que se indica uma alimentação balanceada, evitar o uso abusivo de álcool e fumo, melhoria de condições 
sanitárias. 
 Fígado e Vias Biliares 
 Hepatite 
 
Hepatite é qualquer processo inflamatório que acomete o fígado. Existem várias causas para o aparecimento 
da hepatite, os vírus (Hepatite A, B, C, D, E, F, G, citomegalovírus), drogas, distúrbios metabólicos. Todos os tipos 
de hepatite têm algum grau de destruição de células hepáticas. 
 
A maioria das hepatites agudas são assintomáticas ou levam a sintomas incaracterísticos como: febre, 
mal estar, desânimoe dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, 
sendo o sinal mais chamativo a icterícia, conhecida popularmente como “amarelão” e que caracteriza-se pela 
coloração amarelo-dourada da pele e da túnica conjuntiva. Associado a isso, pode ocorrer urina cor de coca-cola 
(colúria) e fezes claras. Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a 
encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas (com duração superior a 6 meses), geralmente são 
assintomáticas e podem progredir para cirrose (Ministério da saúde, 2008). 
 
Hepatite A: É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite A, que pode cursar de forma 
subclínica. Altamente contagiosa, sua transmissão é do tipo fecal oral,ou seja, ocorre contaminação direta de 
pessoa para pessoa ou por meio do contato com alimentos e água contaminados, e os sintomas iniciam em média 
30 dias após o contágio. É mais comum onde não há ou é precário o saneamento básico. A falta de higiene ajuda 
na disseminação do vírus. O uso na alimentação de moluscos e ostras de águas contaminadas com esgotos e 
fezes humanas contribui para a expansão da doença. Uma vez infectada a pessoa desenvolve imunidade 
permanente, mas pode ser contaminada por outro vírus. Existe vacina segura para hepatite A. A transmissão 
através de agulhas ou sangue é rara. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda 
do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarreia. A icterícia é mais 
comum no adulto (60%) do que na criança (25%). A icterícia desaparece em torno de duas a quatro semanas. A 
hepatite A raramente evolui para a necrose hepática (Ministério da saúde, 2008). 
 
Não existe tratamento específico. O paciente deve receber sintomáticos e tomar medidas de higiene para 
prevenir a transmissão para outras pessoas. Pode ser prevenida pela higiene e melhorias das condições sanitárias, 
bem como pela vacinação. É conhecida como a hepatite do viajante. O período de incubação do vírus da hepatite 
A é de 30 dias. 
 
Hepatite B: Sua transmissão é principalmente através de sangue, agulhas e materiais cortantes 
contaminados, também com as tintas das tatuagens, bem como por meio da relação sexual. É considerada também 
uma doença sexualmente transmissível. Pode ser adquirida através de tatuagens, piercings, no dentista e até em 
sessões de depilação. Os sintomas são semelhantes aos das outras hepatites virais, mas a hepatite B pode 
cronificar e provocar a cirrose hepática (Ministério da saúde, 2008). A prevenção é feita utilizando preservativos 
nas relações sexuais e não utilizando materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. 
Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único. 
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Quanto mais cedo se adquire o vírus, maiores as chances de ter uma cirrose hepática. Existe vacina 
para hepatite B, que é dada em três doses intramusculares e o indivíduo ficará imune pelo resto da vida, porém é 
importante conferir se com as três doses o indivíduo conferiu imunidade, do contrário aplica-se uma quarta dose. 
O período de incubação do vírus da hepatite B é de 90 dias. A hepatite B pode ser passada, também, de mãe para 
filho no momento do parto. 
 
Hepatite C: Hepatite que pode ser adquirida por meio de transfusão sanguínea, tatuagens, uso de drogas, 
piercings e em manicure. Ainda não foi comprovado que pode ser contagiosa por relações sexuais. É de grande 
preocupação para a Saúde Pública. A maioria dos pacientes é assintomática no período agudo da doença, mas 
podem ser semelhantes aos das outras hepatites virais. A hepatite C é perigosa porque pode cronificar e provocar 
a cirrose hepática e o hepatocarcinoma, neoplasia maligna do fígado. 
 
A prevenção é feita evitando-se o uso de materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente 
esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único, bem como material próprio em manicures. A 
esterilização destes materiais é possível, porém não há controle e muitas pessoas que esterilizam não têm o 
preparo necessário para fazer uma esterilização real. Não existe vacina para a hepatite C e ela é considerada 
pela Organização Mundial da Saúde como o maior problema de saúde pública, pois é a maior causa de transplante 
hepático e transmite-se pelo sangue mais facilmente do que a AIDS. 
 
O anti-HCV positivo detecta infecção atual ou pregressa. Pode ser necessário biópsia hepática para 
descartar malignidade e determinar o grau da doença. A detecção do ácido ribonucleico (RNA) do vírus caracteriza 
a presença desse último no hospedeiro. Aproximadamente metade dos pacientes tratados irão se curar. Possuem 
melhores resposta ao tratamento os pacientes com idade inferior a 40 anos, do sexo feminino, com genótipos 2 ou 
3, que não apresentem cirrose e de peso inferior a 85 quilogramas. O período de incubação do vírus da hepatite 
C é de, em média, 45 dias (Ministério da Súde, 2008). 
 
Hepatite D: Ocorre em alguns casos da hepatite B, já que requer o antígeno de superfície da hepatite B 
para sua replicação. Período de incubação varia de 21 a 140 dias. Pode ser transmitida pelas relações sexuais, 
usuários de drogas injetáveis, receptores de múltiplas transfusões sanguíneas. Os sintomas são semelhantes da 
hepatite B e tem grande propabilidade de cronificação e cirrose. 
 
Hepatite E: Assemelha-se a hepatite A e sua transmição é principalmente via fecal-oral, principalmente 
por meio de água contaminada em locais com condições sanitárias deficientes. O período de incubação é de 15 
a 65 dias. A icterícia está presente em quase todos os casos e não cronifica. 
Hepatite virais/sinais e sintomas: 
Quadro clínico (primeiros 3 a 10 dias – pródromo): 
- febre; 
- mal-estar; 
- inapetência; 
- mialgia; 
- cefaleia; 
- náuseas; 
- adinamia. 
Após, cessam sintomas prodrômicos e iniciam-se: 
- colúria (cor de coca-cola na urina); 
- acolia; 
- icterícia. 
Quanto mais sintomática for a fase aguda, maior a chance da doença hepática se cronificar. 
Tratamento: 
O tratamento das hepatites virais visa minimizar a infectividade e diminuir sintomatologia. Na terapia 
farmacológica são administrados agentes antivirais. Uma dieta adequada é extremamente importante e as proteínas 
são restritas até que o fígado esteja com função adequada de metabolizar os subprodutos proteicos. Repouso é 
indicado. 
 
Nas hepatites não virais, é importante o diagnóstico de insuficiência hepática o mais breve possível e que 
se detecte a causa. Pode estar indicado a plasmaferese (infusão de plasma) e aplicação de carvão (que auxilia 
remoção de metabólitos potencialmente perigosos). Também, previne-se possíveis complicações como edema 
cerebral para portadores de encefalopatia hepática (Smeltzer e Bare, 2005). 
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 Cirrose Hepática 
 
É uma doença crônica causada pela destruição de células hepáticas, transformando o tecido, formado 
pelas suas células originais, em tecido fibroso, por um processo habitualmente chamado fibrose ou esclerose. 
Geralmente o termo cirrose é utilizado para designar a fibrose no fígado. O tipo mais comum de cirrose é a 
hepática e afeta o fígado. Surge devido ao processo crônico e progressivo de inflamações (hepatites), fibrose e 
por fim ocorre a formação de múltiplos nódulos que caracterizam a cirrose. A cirrose é considerada uma doença 
terminal do fígado para onde convergem diversas doenças diferentes, levando a complicações decorrentes da 
destruição de suas células, da alteração da sua estrutura e do processo inflamatório crônico. 
 
A capacidade regenerativa do fígado é conhecida, pois é possível retirar cirurgicamente mais de dois 
terços de um fígado normal e a porção restante tende a crescer até praticamente o tamanho normal, com um 
processo de multiplicação celular que se inicia logo nas primeiras horas, através de mecanismo ainda não bem 
esclarecido(o mesmo acontece com o transplante hepático intervivos, em que o receptor recebe uma porção do 
fígado do doador e depois ambos crescem). No entanto, a cirrose é o resultado de um processo crônico de 
destruição e regeneração com formação de fibrose. Nessa fase da hepatopatia, a capacidade regenerativa do 
fígado é mínima (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Sinais e sintomas: 
 
No início não há praticamente 
nenhum sintoma, o que a torna de difícil 
diagnóstico precoce, pois a parte ainda 
saudável do fígado consegue compensar as 
funções da parte lesada durante muito tempo. 
Numa fase mais avançada da doença, 
podem surgir: 
 
− febre; 
− desnutrição; 
− hematomas; 
− aranhas vasculares; sangramentos 
de mucosas (especialmente gengivas), 
− icterícia (“amarelão”); 
− ascite (“barriga-d’água”); 
− hemorragias digestivas (por 
diversas causas, entre elas devido a 
rompimento de varizes no esofago,levando 
o doente a expelir sangue pela boca e nas 
fezes) ; 
− encefalopatia hepática (processo 
causado pelo acúmulo de substâncias 
tóxicas que leva a um quadro neurológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Comparação entre um fígado normal e um fígado 
acometido por cirrose. 
Fonte: www.mdsaude.com.br 
que pode variar entre dificuldade de atenção e coma). 
Tratamento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Icterícia em região ocular. 
Fonte: www.mdsaude.com.br 
O único tratamento totalmente eficaz para portadores de 
cirrose hepática é o transplante de fígado, mas também pode haver 
melhoras se for suspenso o agente agressor que originou a cirrose, 
como o álcool ou o vírus da hepatite. Como o transplante está indicado 
apenas em situações em que o risco do procedimento é inferior ao 
risco esperado sem o procedimento, se não houver indicação de 
transplante deve-se manter acompanhamento médico periódico para 
a detecção precoce de complicações como desnutrição, ascite, 
varizes esôfago-gastricas, hepatocarcinoma, procedendo-se 
intervenção, se necessária. Os suplementos vitamínicos e nutricionais 
promovem a cura de células hepáticas lesionadas e melhoram o 
estado nutricional geral. Diuréticos estão indicados para diminuir a ascite (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
 Ascite 
 
É uma acumulação de fluidos na cavidade do peritônio. É comum devido à cirrose e doenças graves do 
fígado e sua presença pode esconder outros problemas médicos. O diagnóstico é usualmente feito com recurso 
http://www.mdsaude.com.br/
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a testes de sangue, uma ultrassonografia do abdomen e remoção direta do fluido por uma agulha ou paracentese 
(que também pode ser terapêutica). O tratamento pode ser feito com medicação (diuréticos), paracentesis ou 
outros tratamentos directionados para a causa (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Sinais e sintomas: 
 
A ascite leve dificilmente é percebida, mas se for severa leva à distensão abdominal. Pacientes com ascite 
geralmente queixam-se de sensação de peso e pressão no abdome, além de dificuldade respiratória pelo 
impedimento mecânico da contração (e descida) do diafragma. 
 
 
Figura 6 – Abdome ascítico. 
Fonte: www.nutricaoemfoco.com.br 
 
Além da ascite, outros sinais e sintomas podem estar presentes devido à sua etiologia. Por exemplo, na 
ascite por hipertensão portal (por cirrose hepática, síndrome de Budd-Chiari e esquistossomose, entre outras 
causas), os pacientes ainda podem apresentar edema de membros inferiores, equimoses, ginecomastia, 
hematêmese ou alterações mentais devido a encefalopatia hepática. Pacientes com ascite por câncer 
(carcinomatose peritoneal) podem apresentar fadiga crônica ou perda de peso. Ascites causadas por insuficiência 
cardíaca geralmente estão acompanhadas por insuficiência respiratória que piora quando esforços são realizados 
ou quando estão em posição supina. Ascites geradas por insuficiência cardíaca também causam edema de 
membros inferiores (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Tratamento: 
 
A ascite é usualmente tratada simultaneamente com o processo de diagnosticar uma patolgia subjacente 
de forma a prever complicações, aliviar a sintomatologia e prevenir posterior evolução da doença. Em doentes 
com ascite ligeira, o tratamento é efetuado geralmente em ambulatório. Se coexistirem ascite e edemas periféricos, 
o objetivo é perder não mais do que 1,0 Kg/dia de líquido ascítico e não mais do que 0,5 Kg/dia para aqueles 
apenas com ascite. Quando ocorre ascite severa, a hospitalização é muitas vezes necessária. 
 
 Cuidados Especiais: Dieta, Terapêutica 
 
Pacientes com distúrbios gastrointestinais requerem um acompanhamento nutricional rigoroso. Indivíduos 
com distúrbios hepáticos devem ser avaliados quanto à presença de edema (diminuição da proteína albumina 
que é responsável por manter os líquidos dentro dos vasos e complicações cardiovasculares que aumentam o 
volume plasmático) e sangramentos/hemorragias (devido ao risco de varizes esofágicas e produção diminuída de 
substâncias necessárias para a coagulação). Necessita-se também, de cuidados específicos com sua integridade 
cutânea pelo edema e risco de rupturas, em muitas vezes está contraindiciado o uso do esparadrapo, e não é 
http://www.nutricaoemfoco.com.br/
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indicado auxiliar/encorajar a mobilidade do paciente. Avaliar rigorosamente o sistema cardiovascular e respiratório 
pelo risco de anormalidades cardiovasculares. 
 
Atividades para o Aluno 
1) Escreva no espaço em branco, se essas características se referem à gastrite aguda ou crônica: 
 
Gastrite destruição da mucosa gástrica por uma bactéria, então o suco gástrico 
agride a própria mucosa gástrica, levando a um quadro de inflamação. 
Gastrite é de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associada a um 
agente. 
 
2) Enumere as colunas: 
Hepatite A (1) 
Hepatite B (2) 
Hepatite C (3) 
Hepatite D (4) 
Hepatite E (5) 
( ) Contaminação via sangue e relação sexual. É considerada uma DST (doença sexualmente transmissível). 
( ) Facilmente cronífica e provoca cirrose, transmissão sanguínea. Maioria dos pacientes assintomáticos 
no período agudo da doença. 
( ) Sua principal forma de contaminação é fecal-oral, geralmente em locais com precário saneamento, 
altamente contagiosa, sintomas de início súbito, e sua contaminação via sangue é rara. 
( ) Sua transmissão e sintomatologia são semelhantes à hepatite A. 
( ) Transmissão principalmente via sanguínea. 
3) Ascite é: 
a) abdome distendido após alimentação; 
b) abdome distendido devido líquido na cavidade do peritônio; 
c) membros superiores e inferiores edemaciados; 
d) nenhuma alternativa correta; 
e) todas as alternativas corretas. 
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2 AFECÇÕES CARDIOVASCULARES 
Objetivos: saber identificar doenças cardiovasculares pelos seus sinais e sintomas bem como principais 
cuidados de enfermagem em relação às mesmas. 
 
As doenças Cardiovasculares afetam todo o sistema cardiocirculatório, ou seja, coração e vasos sanguíneos 
(veias e artérias). As principais causas destas doenças são o sedentarismo, tabagismo, hipertensão, obesidade, 
uso abusivo de álcool e uso do tabaco. Também, o fator genético está diretamente ligado ao aparecimento de 
doenças cardíacas. Conseguinte, a melhor forma de prevenção é praticar exercícios físicos, ter uma alimentação 
saudável e não fazer uso de cigarro. Para quem tem alguém na família com problemas cardíacos, parentesco de 
primeiro grau, é interessante procurar um cardiologista para acompanhamento. 
 Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) 
Insuficiência cardíaca é o termo médico referente às situações onde o coração não está capacitado a 
manter as necessidades circulatórias do organismo. O coração é um músculo formado por duas metades: a 
direita e a esquerda. Quando uma dessas cavidades falha como bomba, não sendo capaz de enviar adiante todo 
o sangue que recebe, falamos que há insuficiência cardíaca.Não é uma doença do coração por si só, é uma 
incapacidade do coração efetuar as suas funções de forma adequada como consequência de outras enfermidades, 
do próprio coração ou de outros órgãos (Martins et al, 2007). 
 
Existe a Insuficiência cardíaca aguda (ICA) que se caracteriza por um acontecimento súbito e geralmente 
está associada a um infarto agudo do miocárdio ou uma arritmia severa. A Insuficiência Cardíca Congestiva (ICC) 
acontece quando o coração é incapaz de bombear o sangue para suprir as necessidades metabólicas necessárias, 
por vezes pode-se ter uma vida prolongada, porém com algumas limitações. As causas mais frequentes são: 
doenças arteroscleróticas, hipertensão, doenças que aumentam o metabolismo, doenças pulmonares etc. A ICC 
descompensada caracteriza-se por enchimento do ventrículo direito e esquerdo elevados e queda do débito 
cardíaco (Martins et al, 2007). 
 
Sinais e sintomas: 
· Dispneia; 
· Tosse; 
· Fraqueza; 
· Edema; 
· Palpitações/tonturas; 
· Oligúria. 
Tratamento: 
A necessidade maior é de tratar a doença subjacente que levou ao aparecimento da insuficiência, sendo 
que suas finalidades são a maior expectativa e qualidade de vida. Para tratar o coração insuficiente se faz necessária 
uma dieta, medicamentos como diuréticos e vasodilatadores periféricos, medidas nutricionais, uso de 
oxigenioterapia, e transplante cardíaco como última opção. Uma das complicações é o edema agudo de pulmão, 
uma condição em que há refluxo de sangue para o pulmão. É considerada uma emergência. Seus sinais e 
sintomas são: dispneia intensa, fome de ar, cianose, expectoração com sangue. Esses devem ser rapidamente 
identificados e o paciente geralmente é transportado a unidade de terapia intensiva (Smeltzer e Bare, 2005). 
 Endocardite 
É uma infecção que atinge parte da membrana que encobre as válvulas cardíacas. Pode atingir também 
várias partes do coração. Infecções de origem dentária estão entre as principais causas da endocardite infecciosa. 
Pode ter origem bacteriana, após uma bacteremia, podendo atingir outras partes do corpo, como pulmões e 
cérebro. A endocardite infecciosa é a infecção do endocárdio causada por microorganismos. O endocárdio é a 
camada mais interna do coração, como mostra a imagem. O diagnóstico se dá através de um exame detalhado 
chamado de Ecocardio e exames laboratoriais em que mostra-se um processo infeccioso, aliado a clínica do 
paciente (Smeltzer e Bare, 2005). 
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Sinais e sintomas: 
 
− Febre; 
− Mal estar; 
− Perda do apetite; 
− Náuseas, vômito; 
− Emagrecimento; 
− Calafrios; 
− Suor excessivo; 
 
Tratamento: 
 
 
Figura 7 – Membranas do coração. 
Fonte: www.conhecersaude.com.br 
 
Visa controlar a infecção e a causa que levou a endocardite. Consiste na administração de antibióticos e 
em últimos casos a cirurgia cardíaca. 
 
 Angina do Peito 
 
A angina no peito ou angina pectoris é uma dor no peito, causada pela diminuição no aporte de oxigênio ao 
músculo cardíaco, geralmente por estenose das artérias coronárias, devido obstrução. As doenças nas artérias 
coronárias que são as principais causas da angina são causadas pelas placas ateroscleróticas. Os ataques de 
angina e sua intensidade dependem da oclusão arterial e tem sinônimo de gravidade quando duram mais de 15 
minutos, pioram com o passar dos dias e se mantém com o descanso, podendo significar um IAM (infarto agudo 
do miocárdio) (Martins et al, 2007). 
 
Os fatores de risco incluem o histórico familiar 
de doenças cardíacas prematuras, tabagismo, 
diabetes, colesterol alto, hipertensão, obesidade, 
sedentarismo. Esses fatores são iguais para a maioria 
das doenças cardíacas. 
 
Sinais e sintomas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: 1) a) artéria com estenose, devido placas 
de ateroma, b) artéria normal com luz no vazo. 
2) Local da dor anginosa após estenose arterial. 
Fonte: www.coracaoblogspot.com.br 
A maioria dos pacientes com angina queixam- 
se de desconforto no peito, o desconforto é 
habitualmente descrito como pressão, peso, aperto, 
ardor, ou sensação de choque. A dor de angina pode 
ser localizada principalmente no centro do peito, 
costas, pescoço, queixo ou ombros. A irradiação da 
dor ocorre, tipicamente, para os braços (esquerdo 
principalmente), ombros e pescoço. A angina é 
normalmente ativada por excesso de stress emocional, 
esforço físico, depois de uma refeição farta e em 
temperaturas baixas. A dor pode ser acompanhada por 
suores e náuseas em alguns casos. Normalmente dura 
cerca de 1 a 5 minutos e é acalmada pelo descanso 
ou medicação específica. Dor no peito que dura apenas alguns segundos não é, normalmente, angina (Smeltzer 
e Bare, 2005). 
 
Uma variante de angina (angina de Prinzmetal) ocorre em pacientes com artérias coronárias normais ou 
com níveis de arteroesclerose insignificantes. Pensa-se ser causado por espasmos nas artérias. Ocorre 
preferencialmente em mulheres jovens (Martins et al, 2007). 
 
Tratamento: 
 
O objetivo principal do tratamento de angina pectoris é aliviar os sintomas e diminuir a progressão da 
doença. Foi demonstrado que uma aspirina (85 a 300 mg) por dia foi benéfica, para todos os pacientes com 
angina estável que não têm problemas com o seu uso. Medicação à base de nitrato, beta-bloqueadores e 
bloqueadores do canal de cálcio são usados para aliviar os sintomas de angina. 
http://www.conhecersaude.com.br/
http://www.coracaoblogspot.com.br/
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Identificar e tratar fatores de risco de doenças cardíacas é uma prioridade em pacientes com angina. Isso 
significa parar de fumar, perder peso (em caso de obesidade ou excesso de peso) e fazer testes de colesterol alto, 
diabetes e pressão alta. A angina também pode ser controlada com o apoio constante das pessoas próximas, pois 
podem fazer o doente esquecer o que se passa. (Martins et al, 2007). 
 
 Infarto do Miocárdio 
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM), popularmente e erroneamente conhecido como ataque cardíaco (um 
erro popular na interpretação do termo médico taquicardia), é um processo de necrose (morte do tecido) de parte 
do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio. É causado pela redução do fluxo 
sanguíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas 
(Smeltzer e Bare, 2005). 
 
A causa habitual da morte celular é uma isquemia (deficiência de aporte sanguíneo) no músculo cardíaco, 
por oclusão de uma artéria coronária. A oclusão se dá em geral pela formação de um coágulo sobre uma área 
previamente comprometida por aterosclerose causando estreitamentos luminais de dimensões igualitárias. O 
diagnóstico definitivo de um infarto depende da demonstração da morte celular. Esse diagnóstico é feito de maneira 
indireta, por sintomas que a pessoa sente, por sinais que surgem em seu corpo, por alterações em um 
eletrocardiograma e por alterações de certas substâncias (marcadores de lesão miocárdica) no sangue. 
 
Sinais e sintomas: 
 
· dor ou desconforto intenso retroesternal 
(atrás do osso esterno), que é muitas vezes referida 
como aperto, opressão, peso ou queimação, 
podendo irradiar-se para pescoço, mandíbula, 
membros superiores e dorso. 
 
· acompanhados por náuseas, vômitos, 
sudorese, algia abdominal, palidez e sensação de 
morte iminente. 
 
A duração é caracteristicamente superior a 
20 minutos. Dor com as caraterísticas típicas, mas 
com duração inferior a 20 minutos sugere angina 
do peito, onde ainda não ocorreu a morte do músculo 
cardíaco. Pacientes diabéticos, idosos e mulheres 
têm maior probabilidade de apresentarem uma dor 
ou desconforto atípico, ou seja, com características 
e intensidade diferentes da descrição acima. 
 
É possível a ocorrência de IAM sem dor. Este 
é o chamado infarto silencioso. Um infarto silencioso 
só será identificado na fase aguda se, por 
coincidência, um eletrocardiogramaou uma 
 
 
Figura 9 – Ilustração de uma obstrução arterial. 
Fonte: upsnews.blogspot.com 
dosagem de enzimas cardíacas for feita enquanto ele ocorre. Os achados dependerão da extensão do infarto. Na 
maioria das vezes os pacientes apresentam-se desconfortáveis, ansiosos, com sinais de liberação adrenérgica. 
Naqueles em que a área necrosada supera os 40% da massa ventricular esquerda têm alto risco de evoluírem 
com Insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão e choque cardiogênico (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Tratamento: 
 
Quando um paciente chega a um setor de emergência com sinais sujestivos de IAM, deve-se realizar um 
Eletrocardiograma (ECG), oferecer aporte de oxigenio, medicação conforme orientação médica, coletar exames 
laboratoriais e enzimas cardíacas. Após detectado IAM, dependendo muito do nível de oclusão arterial, o paciente 
pode ser submetido a cateterismo cardíaco, com colocação de stent (uma molinha que dilata o vaso e abre a luz 
do mesmo) ou apenas para desobstrução. Também, pode ser usada uma medicação antitrombolítica, como a 
Estreptoquinase, geralmente feita em Unidade de Terapia Intensiva por causa dos cuidados na administração e 
reações (Martins et al, 2007). 
 
 Cardiopatia Congênita 
 
É uma doença em que há uma anormalidade cardíaca, está presente no nascimento, porém, às vezes, é 
descoberta muito mais tarde. As causas mais frequentes são fatores ambientais que a mãe pode se expor durante 
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a gestação e que ao longo da vida uterina podem interferir diretamente na formação cardíaca do feto. Estes 
fatores são: exposição a vários tipos de vírus (rubéola, citomegalovírus), exposição a raios x, uso abusivo de 
álcool. Tais fatores fazem ocorrer alteração no desenvolvimento embrionário de uma estrutura cardíaca normal 
(Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Sinais e sintomas: 
· Cianose; 
· Falta de ar; 
· Baquetamento digital (dedos em forma de tambor); 
· Sudorese e cansaço (durante as mamadas); 
· Modificações no formato do tórax. 
 
Figura 10 - Dedos em baquetas, característico de várias doenças crônicas que aconteça hipóxia tecidual. 
Fonte: www.medicinageriatrica.com.br 
http://www.medicinageriatrica.com.br/
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Tratamento: 
 
O tratamento ideal é a correção do defeito estrutural. Conforme o caso, pode-se precisar de cirurgia imediata 
ou aguardar meses ou anos para a cirurgia. Dependendo do caso, a intervenção pode ser feita intra-útero. Cada 
apresentação clínica tem particularidades quanto aos medicamentos ou medidas indicadas. 
 Arteriosclerose 
Arteriosclerose é um processo degenerativo do qual resulta o endurecimento e espessamento da parede 
das artérias. Pela diminuição da elasticidade arterial, costuma provocar aumento da pressão arterial sistólica e 
diminuição da pressão arterial diastólica. É quase universal na velhice e predominantemente no sexo masculino, 
já que as mulheres desviam suas gorduras sanguíneas para a produção de estrogênio. Ele é a principal causa de 
morte no mundo ocidental (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 – Depósito de gordura no vaso. 
Fonte: www.saudecominteligencia.com.br 
 
Não é sinônimo de aterosclerose, embora 
esta seja uma das maneiras pelas quais endurece a 
parede arterial. Há três padrões da doença: a 
arteriolosclerose, esclerose calcificante da túnica 
média (doença de Mönkberg) e a aterosclerose. 
 
Causas 
− Alimentação rica em colesterol e gordura 
saturada; 
− Idade avançada; 
− Intoxicação; 
− Enfermidades sífilis e diabetes; 
− Ingestão de alimentos com agrotóxicos; 
− Tabagismo(indivíduo que fuma) 
− Sedentarismo (indivíduo que não pratica esportes físicos). 
Sinais e sintomas: 
− Trombose; 
− Aneurismas; 
− Enfarte; 
− Derrame cerebral (Fortes dores de cabeça). 
 Tromboflebite 
A tromboflebite consiste na oclusão de um segmento de uma veia superficial (tromboflebite superficial) ou 
profunda (tromboflebite profunda) decorrente da formação de um coágulo (trombo) no local. Esta situação pode 
surgir quando um paciente necessita ficar imóvel por um perído prolongado, como no caso de pacientes acamados 
ou que passaram por grandes procedimentos cirúrgicos. 
 
No caso de uma tromboflebite superficial, existe uma 
tumefacção e vermelhidão marcadas ao longo do segmento de 
veia atingido, que é extremamente doloroso à palpação. A 
presença de coágulos na veia superficial é a responsável pelos 
sinais inflamatórios. As complicações podem ser graves se a 
tromboflebite superficial progredir para o sistema venoso profundo 
através das veias perfurantes ou das crossas das safenas. No 
caso de uma tromboflebite profunda, existe tumefacção do membro 
afectado, com a presença de dor. Essa situação é grave, pois 
pode gerar uma embolia pulmonar a qual às vezes pode ser mortal 
(Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Tratamento: 
 
O tratamento deve ser feito rapidamente com 
anticoagulantes no caso de uma tromboflebite profunda. Na 
tromboflebite superficial a situação deve ser avaliada por 
ecodoppler. Se o coágulo atingir a crossa da safena interna com 
a cabeça do coágulo flutuante dentro da veia femural comum, 
uma cirurgia de urgência deve ser feita consistindo na laqueação 
 
 
 
Figura 12 - Ilustração de um processo 
de tromboflebite. 
Fonte: www.infoescola.com.br 
http://www.saudecominteligencia.com.br/
http://www.infoescola.com.br/
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desta crossa para evitar uma embolia pulmonar. Dependendo da extensão da tromboflebite superficial, podem ser 
utilizados anticoagulantes ou não. Um antiagregante plaquetar associado a tratamento local com gelo e cremes 
que favorecem a trombólise podem ser suficientes. O membro inferior atingido pela tromboflebite deve ser elevado, 
para facilitar a drenagem venosa, e o uso de uma contensão elástica é muito aconselhável. Os anti-inflamatórios 
não esteróides têm pouco efeito nesta situação, pois não se trata de um verdadeiro processo inflamatório, mas 
sim de uma reação à presença de coágulos dentro da veia. Óbviamente a administração de antibióticos não tem 
qualquer efeito (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
 Cuidados de Enfermagem a Pacientes Cardiológicos e Vasculares 
 
Os pacientes cardiológicos merecem uma atenção redobrada, ora estão estáveis, ora o quadro deles 
complica rapidamente. Deve-se atentar sempre para sinais de angina, presença de febre e dispneia intensa. 
Portadores de ICC devem ser monitorados quanto à ingestão de líquidos e retorno venoso. Um paciente portador 
de ICC e hipotenso não pode ter seus membros inferiores elevados na tentativa de aumentar o retorno venoso e, 
por conseguinte, a PA, pois isso pode acarretar a morte, uma vez que está com sua função cardíaca comprometida. 
Se essa atitude for tomada, estaremos aumentando a quantidade de sangue retornado para o coração e 
consequentemente o sobrecarregando. 
 
Sujeitos submetidos a procedimentos de cateterismo precisam de cuidados específicos. Uma artéria 
calibrosa será puncionada (geralmente femural ou radial) e então será inserido um introdutor até o local obstruído. 
Ao fim do procedimento, um curativo compressivo deve ser mantido e deve-se ter muita atenção com a presença 
de edemas, hematomas e sangramentos no local, pois podem indicar sangramento intenso e levar o paciente a 
um estado de choque. 
 
Pacientes vasculares necessitam de observação constante dos membros comprometidos quanto à presença 
de pulso, coloração e temperatura do mesmo, mantendo-os aquecidos quando a circulação está comprometida. 
 
Em ambos os casos a dieta é extremamente importante, assim como a reabilitação com equipe 
multidisciplinar. 
 
Atividades para o Aluno 
4) Marque as alternativas que correspondem aos sinais e sintomas da Insuficiência Cardíaca Congestiva 
( ) dispneia aos esforços; 
( ) tosse, edema de membros; 
( ) visão turva; 
( ) emagrecimento. 
5) Coloque verdadeiro ou falso: 
( ) Angina écaracterizada por uma “dor no peito” causada pela obstrução arterial parcial diminuindo 
quantidade de oxigênio enviada ao músculo cardíaco. 
( ) O Infarto do Miocárdio é um processo isquêmico por falta de oxigênio devido obstrução arterial deixando 
pouca ou nenhuma luz no vaso, onde não é compensado pelas reservas do organismo. 
( ) Um paciente infartado sempre sentirá sinais e sintomas anteriores. 
( ) Os dedos em baqueta são uma característica de angina pectoris. 
( ) Um paciente imóvel por longo período de tempo, além de complicações pulmonares, pode desenvolver 
um processo de obstrução de vasos profundos ou superficiais geralmente de membros inferiores. 
6) São sinais e sintomas do IAM: 
( ) dor no peito que irradia para MSE e pescoço; 
( ) náuseas e vômito; 
( ) aperto no peito com desconforto e sensação de morte; 
( ) nenhuma alternativa está correta; 
( ) todas as alternativas estão corretas. 
7) São causas de doenças cardíacas e vasculares: 
( ) uso abusivo do açúcar; 
( ) sedentarismo, tabagismo; 
( ) hipertensão; 
( ) causa genética. 
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3 AFECÇÕES HEMATOPOIÉTICOS 
Objetivos identificar afecções hematopoiéticas pelos seus sinais e sintomas bem como principais cuidados 
de enfermagem em relação às mesmas. 
 
 Noções do Sistema Hematopoiético 
 
O sistema hematopoiético é a parte da fisiologia que estuda o sistema sanguíneo e onde o sangue é 
produzido, cuja estrutura consiste nas células sanguíneas, sua formação e funções. Hematopoiese é o processo 
de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas). Esse 
processo se dá a partir de uma célula hematopoiética pluripotente: a célula tronco. As células-tronco que no 
adulto encontram-se na medula óssea são as responsáveis por formar todas as células e derivados celulares que 
circulam no sangue. A porção líquida do sangue (de cor branca) é o plasma. Contém albumina que é uma proteína 
essencial na manutenção do equilíbrio hídrico dentro do sistema vascular (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Células sanguíneas 
 
Tipo de células Função principal 
Hemácias (eritrócitos e células sanguíneas 
responsável pelo transporte de oxigênio. 
Presença de Hemoglobina que é carreadora e vermelhas) 
Leucócitos (Células sanguíneas brancas) Células de defesa do organismo que auxiliam no 
combate a infecção. Se diminuídos indicam sistema 
imunológico comprometido e se aumentados podem 
indicar um processo Infeccioso. 
Plaquetas (trombócitos) São fragmentos celulares. Controlam os sangramentos. 
 
 
 Anemia 
 
Anemia não é especificamente uma patologia, mas sim um sinal. É uma condição em que o indivíduo está 
com uma expressiva redução de hemácias e/ou hemoglobina, reduzindo o oxigênio circulante. Devido à capacidade 
em transportá-lo estar comprometida pela diminuição desses elementos sanguíneos, que levam à hipoxia 
(diminuição de oxigênio nos tecidos). Existem várias causas para o aparecimento de anemia. Uma dieta pobre em 
ferro (anemia ferropriva) e vitaminas (B12 anemia perniciosa) pode causar anemia, sendo a alimentar uma das 
principais causas. Também pode ter causa genética, como a anemia falciforme e grandes perdas sanguíneas 
(hemorragias) (Martins et al, 2007). 
 
O diagnóstico se dá basicamente por sinais clínicos da doença e exames laboratoriais em que se analisa 
a série vermelha (n° total de hemáceas, ematócrito, hemoglobina, volume corpuscular médio, hemoglobina 
corpuscular média, etc), sendo que os valores da normalidade são de acordo com sexo e idade. 
 
Os sintomas mais comuns em casos mais leves são: 
− Cansaço, fraqueza e indisposição; 
− Dificuldade de concentração e falta de memória; 
− Problemas respiratórios; 
− Batimentos cardíacos acelerados; 
− Pele pálida; 
− Problemas menstruais; 
− Distúrbios de apetite; 
− Mal estar, tontura e naúsea. 
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Tratamento: 
O tratamento deve ser direcionado à causa de base, ou seja, à condição que leva ao quadro anêmico. 
Podem ser usados suplementos de sulfato de ferro, fumarato de ferro ou gluconato ferroso em comprimido, em 
soro ou por transfusão de sangue dependendo da gravidade, urgência e da causa. É importante investigar as 
causas, pois úlceras e cânceres no estômago ou intestinos podem causar perda de sangue e levar a anemia. 
Faltas de outras vitaminas e sais minerais também podem resultar em falta de ferro no sangue. Oxigenoterapia 
hiperbárica pode ser necessária caso a transfusão sanguínea não possa ser feita, seja por motivos médicos ou 
por religiosos (como no caso de Testemunhas de Jeová). 
 
 Leucocitose 
 
É o aumento no número dos glóbulos brancos. Geralmente existe em um processo inflamatório. O problema 
maior está no fato de que esses leucócitos circulam pelos vasos sanguíneos disputando espaço com todas as 
outras substâncias que já circulam por lá. E isso deve ser tratado com urgência, pois há o risco do rompimento 
desses vasos. Nesse caso, geralmente o paciente é tratado com antibióticos aplicados diretamente na corrente 
sanguínea. Estes antibióticos reagem contra todas as bactérias do organismo, inclusive as da flora intestinal que 
ajudam na transformação dos alimentos em fezes. Ao eliminar-se a infecção, é natural que a população de leucócitos 
baixe novamente (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
 Hemofilia 
 
São dois distúrbios hemorrágicos herdados, a hemofilia A e a hemofilia B, porém clinicamente indistinguíveis. 
Fazem parte de doenças genéticas hereditárias que incapacitam o corpo de controlar sangramentos. Uma 
incapacidade conhecida tecnicamente como diátese hemorrágica e considerada uma doença rara. Deficiências 
genéticas e um distúrbio autoimune raro podem causar a diminuição da atividade dos fatores de coagulação do 
plasma sanguíneo, de modo que comprometem a coagulação sanguínea; logo, quando um vaso sanguíneo é 
danificado, um coágulo não se forma e o vaso sangra por um período excessivo de tempo. O sangramento pode 
ser externo, se a pele é danificada por um corte ou abrasão, ou pode ser interno, em músculos, articulações ou 
órgãos (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
O diagnóstico se dá basicamente por dosagens dos respectivos fatores de coagulação. No caso de 
deficiência do fator VIII deve-se procurar diferenciar a doença da doença de von Willebrand. Na doença de von 
Willebrand pode ocorrer também uma diminuição do fator VIII. 
 
É a falta dos fatores de coagulação - a hemofilia A tem falta do fator de coagulação VIII, a hemofilia B tem 
falta do fator de coagulação IX e a hemofilia C tem falta do fator de coagulação XI. A hemofilia A é a mais comum, 
ocorrendo em 90% dos casos. 
 
Sinais e sintomas: 
- Hemorragias por várias partes do corpo; 
- Geralmente sangramento em articulações; 
- Dor nas articulações e edema; 
- Hematúria e sangramento gastrointestinal. 
Tratamento: 
Não há cura para hemofilia, mas existem alguns cuidados para melhor qualidade de vida do indivíduo 
hemofílico. Controla-se a doença através de aplicações regulares de fatores de coagulação deficientes no indivíduo. 
Em casos mais graves, o paciente recebe produtor de plasma para evitar sangramentos ao longo de sua vida e 
em casos mais leves essa aplicação se dá apenas após sangramentos intensos, por um trauma ou após cirúrgias. 
Também, a fisioterapia associada é extremamente importante para o fortalecimento da musculatura, possibilitando 
a diminuição do aparecimento de sequelas. 
 Linfoma de Hodgkin e Não Hodgkin 
A doença de Hodgkin ou Linfoma de Hodgkin é o nome dado ao câncer do sistema linfático. Uma das 
principais características no seu diagnóstico é a célula envolvida chamada de Reed-Sternberg que tem um 
citoplasma abundante com aparência de olhos de coruja. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém é mais 
comum dos 15 aos 40 anos. A maioria dos pacientes, com diagnóstico precoce pode obter cura total com os 
tratamentos que existem na atualidade.O linfoma não Hodgkin é mais presente na infância. (INCA, 2013). 
 
Sinais e sintomas: 
- Adenomegalia; 
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- Linfonodos palpáveis geralmente em região axilar e inguinal; 
- Pruridos e dor nos linfonodos; 
- Febre, sudorese, perda de peso importante; 
− Esplenomegalia (aumento do baço); 
Tratamento: 
 
É curável quando tem seu diagnóstico 
precoce e se tratado adequadamente. O 
tratamento clássico é a poliquimioterapia com ou 
sem radioterapia associada. O transplante de 
medula óssea também está indicado. 
Cuidados de Enfermagem aos 
Pacientes Hematológicos 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 - Linfonodo em região cervical. 
Fonte: www.unifesp.com.br 
Evitar procedimentos invasivos e se 
realizados fazê-los de forma mais asséptica 
possível, devido comprometimento do sistema de 
defesa, ocasionando o aparecimento de infecções 
oportunistas (assim como em qualquer paciente, 
mas com atenção redobrada nesses casos). 
Atentar para sinais e sintomas de melhora ou piora 
do estado clínico, presença de sangramentos, coloração da pele e mucosas, capacidade respiratória, coloração 
de mucosas (quando paciente encontra-se hipocorado pode indicar diminuição de hemoglobina e necessidade de 
transfusão). Pacientes hemofílicos ou com distúrbio de coagulação devem evitar traumas desnecessários, evitar 
quaisquer agentes que interfiram na agregação plaquetária. Indivíduos com sangramentos intensos devem ser 
monitorizados e medidas para evitar o choque devem ser tomadas. 
 Atividades 
 
8) Enumere as colunas: 
 
1) Hemácias ( ) Transporte de oxigênio às células. 
 
2) Leucócitos ( ) Faz parar o sangramento. 
 
3) Plaquetas ( ) Responsável pela defesa do organismo. 
 
9) Coloque verdadeiro ou falso: 
 
( ) Linfoma de Hodgkin e o nome dado ao câncer do sistema linfático; 
 
( ) Hemofilia é a diminuição dos leucócitos, comprometendo apenas a função neurológica. 
 
( ) Anemia é um sinal de que o indivíduo está com diminuição das hemácias por algum motivo, que leva 
redução do oxigênio dos tecidos. 
 
( ) O tratamento para a anemia deve ser direcionado a sua doença de base, ou seja, o motivo pelo qual 
houve diminuição das hemácias. 
 
10) Complete as lacunas: 
 
a) A é um sinal de que algo está errado no organismo por diminuir expressivamente o 
número de eritrócitos; 
 
b) O pode ser curado totalmente se diagnosticado precocemente e tem um dos seus 
principais sinais o aparecimento de linfonodos, principalmente na região inguinal e cervical. 
 
c) A é o aumento dos glóbulos brancos, existindo um processo inflamatório. 
http://www.unifesp.com.br/
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4 DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
Objetivos: saber identificar doenças do aparelho respiratório pelos seus sinais e sintomas bem como 
principais cuidados de enfermagem em relação às mesmas. 
 
As doenças do aparelho respiratório são muito comuns e tem graus de gravidade variados. Os pulmões 
são órgãos que compõem o sistema respiratório, responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e a corrente 
sanguínea, absorvendo oxigênio e eliminando gás carbônico. São dois órgãos de formato piramidal, sendo estes 
os principais órgãos do sistema respiratório dos humanos. 
 
 Bronquites 
 
Bronquite se caracteriza por inflamação nos brônquios, 
podendo ser aguda, geralmente causada por vírus ou bactérias. 
Também pode ser crônica, de longa duração e não necessariamente 
ser causada por uma infecção, mas outra patologia, por exemplo, a 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O diagnóstico se dá 
através da história clínica associada a exames como radiografia do 
tórax, exame de escarro para ver o micro-organismo envolvido, 
análise sanguínea e medição da capacidade pulmonar através de 
espirometria. 
 
Sinais e sintomas: 
- Tosse; 
- Expectoração; 
- Dificuldade respiratória; 
- Dispneia (falta de ar); 
- Chiados; 
- Cansaço; 
- Edema devido piora do sistema cardíaco; 
- Febre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 – Pulmão com Brônquios 
normais e paciente acometido por 
bronquiectasia. 
Fonte: lapufpel.wordpress.com 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 - Sistema Respiratório. 
Fonte: www.cienciaemsi.webnode.pt 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
Se o paciente for tabagista, 
inicialmente é de suma importância a 
eliminação do tabaco. Caso o indivíduo for 
portador de uma bronquite crônica, parar de 
fumar não fará com que a doença regrida, 
mas sim que não progrida e aumentará a 
qualidade de vida. A oxigenioterapia pode 
melhorar os sintomas e em alguns casos é 
indicada no domicílio aumentando a 
expectativa de vida. Medicamentos e 
antibióticos devem ser ministrados se a 
bronquite for causada por micro-organismos. 
Corticoides diminuem a sintomatologia da 
doença. Os broncos dilatadores melhoram a 
função respiratória aumentando o fluxo de 
ar e aliviando a falta de ar (Smeltzer e Bare, 
2005). 
 Bronquiectasias 
 
É caracterizada pelo alargamento ou 
distorção dos brônquios. 
http://www.cienciaemsi.webnode.pt/
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Os brônquios são tubos por onde o ar entra e sai dos pulmões. Dentro de cada pulmão, eles vão se 
ramificando como galhos de árvore, formando a árvore brônquica. Na árvore brônquica normal, à medida que se 
dirigem à periferia dos pulmões, eles vão se dividindo e afilando. Quando não ocorre essa diminuição de calibre 
ou, ao contrário, o calibre aumenta, dizemos que existe bronquiectasia. Essa distorção irreversível dos brônquios 
decorre da destruição do componente elástico que compõe a parede deles. 
 
A bronquiectasia, antes da existência dos antibióticos, foi uma doença bastante comum. Com o surgimento 
dos antibióticos e das campanhas de vacinação (contra o sarampo, coqueluche e tuberculose) ela tornou-se 
menos comum em virtude do melhor tratamento e prevenção das infecções respiratórias, respectivamente. Além 
dos micro-organismos citados acima, vírus como o adenovírus tem potencial para gerar bronquiectasias. Bactérias 
destrutivas como o Staphylococcus aureus, a Pseudomonas aeruginosa, a Klebsiella pneumoniae, o Mycoplasma 
pneumoniae e os anaeróbios também podem causar as bronquiectasias. Os fungos como o Aspergillus e o 
Histoplasma também podem contribuir para o surgimento da doença (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
Sinais e sintomas: 
- Tosse com expectoração persistente e em grande quantidade; 
- Febre, perda de apetite e dispneia; 
- Hemoptise. 
Tratamento: 
A cirurgia como tratamento deve ser realizada nos casos em que a doença é localizada (quando acomete 
só uma parte do pulmão) e não há melhora dos sintomas com o tratamento conservador. 
 
Nos casos em que a doença é difusa, o tratamento é conservador. Além dos antibióticos, que são armas 
importantíssimas nesta modalidade de tratamento, a fisioterapia é fundamental no tratamento dos pacientes com 
bronquiectasias. Através de manobras, em especial de drenagem postural– o indivíduo é colocado numa posição, 
de acordo com a localização de suas lesões, para que a gravidade ajude na drenagem das secreções contidas 
nos locais afetados do pulmão ou pulmões. A fisioterapia pode, com isso, reduzir o número de exacerbações da 
doença e a sua progressão (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
A drenagem postural deve ser feita diariamente, com duração de quinze a trinta minutos por sessão para 
que seja eficaz. Dentre as medicações que podem auxiliar no tratamento também estão os mucolíticos – que 
promovem uma maior depuração das secreções brônquicas – e os broncodilatadores para alívio da falta de ar e 
do chiado no peito. Nos pacientes com bronquiectasias difusas, com grave prejuízo na qualidade de vida, o 
transplante pulmonar poderá ser realizado. 
 
Como complicações possíveis das bronquiectasias, além das pneumonias, pode ocorrer o empiema que é 
o acúmulo de pus na pleura (o que recobre o pulmão), o abscesso pulmonar (uma lesão que forma um “buraco 
“com pus no pulmão), o 
pneumotórax(acúmulo de ar na 
pleura), a hemoptise volumosa 
(quando a pessoa tosse grande 
volume de sangue) e o cor 
pulmonale – que ocorre quando a 
doença crônica dos pulmões 
desencadeia um dano ao coração. 
 
 Pneumonias 
 
Pneumonia é uma doença 
inflamatória do pulmão que 
acomete principalmente os 
alvéolos. É geralmente causada 
por uma infecção por bactérias, 
fungos, vírus e parasitas. Agride 
principalmente idosos acima de 65 
anos, crianças e indivíduos que 
são portadores de doenças 
crônicas como diabetes, pessoas 
com patologias que afetam o 
sistema imunológico como AIDS e 
quem é portador de outras 
doenças pulmonares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16 – Comparativo entre alvéolos normais e com pneumonia. 
Fonte: www.adam.com.br 
http://www.adam.com.br/
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Sinais e sintomas: 
- Febre; 
- Calafrios; 
- Perda do apetite; 
- Tosse; 
- Falta de ar; 
- Dor torácica; 
- Náuseas e vômitos. 
Tratamento: 
Para pneumonias bacterianas, o tratamento é basicamente antibiótico e diminuição da sua sintomatologia, 
necessitando de internação de acordo com a gravidade da infecção. Também, associa-se fisioterapia respiratória 
e manobras específicas para retirar secreções que estarão nos pulmões. Em casos de pneumonias virais, o 
tratamento é apenas de suporte e diminuição dos sintomas. Se causadas por fungos, antimicrobianos são utilizados 
(Smeltzer e Bare, 2005). 
 
 Empiema 
 
Empiema é uma coleção de pus em uma cavidade natural e não deve ser confundido com abscesso que é 
a coleção de pus em uma nova cavidade. O empiema pleural, ou piotórax, é caracterizado pelo acúmulo de pus 
na cavidade pleural. A pleura é, portanto, uma 
membrana envoltória intratorácica, em cujo interior 
há um espaço laminar (espaço pleural), como 
mostra a imagem a seguir. 
 
Este processo infeccioso pode ser via 
sistema linfático, hematogênico ou de forma direta. 
Um exemplo de forma direta é a pneumonia. Após 
a contaminação do espaço pleural, há o início de 
um processo inflamatório. O diagnóstico se da após 
história clínica, complementado pela radiologia e 
toracocentese (punção do espaço pleural e coleta 
de material para exame). 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Revestimento pulmonar. 
Fonte: medissante.blogspot.com 
 
Tratamento: 
Sinais e sintomas: 
− Tosse; 
−Dor torácica; 
− Dispneia; 
− Sudorese. 
Antibioticoterapia nos casos de infecções bacterianas, drenagem 
torácica pela inserção de drenos na caixa torácica (para drenagem dos fluidos), 
medicamentos para diminuir sintomatologia e em alguns casos é necessário 
oxigenoterapia suplementar. 
Cuidados de Enfermagem aos Pacientes com Doenças do 
Aparelho Respiratório 
 
Pacientes com distúrbios respiratórios em geral carecem ser 
monitorados quanto à presença de febre e alteração de função respiratória. 
É muito importante a mobilidade do paciente e saída do leito para auxiliar 
na expansão do tórax e melhora da função respiratória. Em pacientes com 
dreno de tórax deve ser realizado o curativo de inserção pelo menos uma 
vez ao dia, cuidar para não tracioná-lo acidentalmente. Transportá-lo sempre 
abaixo do nível de sua inserção, não desconectar seu sistema e, se 
necessário, erguê-lo, clampear o dreno, não permitir entrada de ar, o vedando 
bem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18 - Ilustração de um 
paciente com dreno de tórax. 
Fonte: enferjose.wordpress.com 
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 Atividades 
 
11) Em relação à Bronquiectasia, marque a ou as alternativas corretas: 
 
( ) É caracterizada pela distorção ou alargamento dos brônquios; 
( ) Sua principal sintomatologia é a cefaleia; 
( ) Uma das complicações é o Empiema; 
 
( ) Pode ser causada por vários micro-organismos. 
 
 
12) Coloque V para verdadeiro e F para falso: 
 
( ) A pneumonia é facilmente tratada e nunca requer internação hospitalar; 
( ) A bronquite se caracteriza por inflamação nos brônquios; 
( ) Alguns dos sinais e sintomas do Empiema é dor torácica, dispneia e hematêmese; 
 
( ) Uma das formas de tratar o Empiema é colocar um dreno de tórax para drenar o pus acumulado e 
pode ser uma complicação da Bronquiectasia; 
 
( ) O pulmão é responsável pela troca gasosa, em que o organismo absorve O2 e elimina CO2. 
13) Cite três cuidados do paciente com dreno de tórax: 
 
1 – 
 
2 – 
 
3 – 
[Digite texto] 
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5 DOENÇAS ENDÓCRINAS 
Objetivos: saber identificar doenças endócrinas pelos seus sinais e sintomas bem como principais cuidados 
de enfermagem em relação a elas. 
 
O sistema endócrino está diretamente ligado ao sistema nervoso e imunológico. Os hormônios dele são 
regulados por glândulas endócrinas que estão localizados no cérebro (como a hipófise) e estruturas do SNC 
(como o hipotálamo que é a ligação do sistema nervoso e endócrino). As doenças endócrinas são patologias que 
interferem em vários aspectos de vida. As glândulas endócrinas incluem a hipófise, tireoide e paratireoide, 
suprarrenais, ilhotas pancreáticas, ovários e testículos. Elas secretam substâncias químicas, diretamente na corrente 
sanguínea, chamadas de hormônios, que por sua vez ajudam regular o sistema orgânico em conjunto com o 
sistema nervoso (Smeltzer e Bare, 2005). 
Figura 19 – Sistema endócrino. 
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br 
http://www.portalsaofrancisco.com.br/
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 Hipertireoidismo 
 
É o segundo distúrbio endócrino mais prevalente após diabete mellitus (1), uma doença da glândula tireoide 
que se caracteriza pela hiperfunção dessa glândula com consequente tirotoxicose. Tirotoxicose é o resultado 
clínico, fisiológico e bioquímico resultante do excesso de hormonas tiroideias: tetraiodotironina ou tiroxina (T4), 
triiodotironina (T3) ou ambos. Geralmente os doentes com hipertiroidismo têm tirotoxicose, mas o contrário nem 
sempre se verifica. Há uma oferta excessiva desses hormônios no organismo. O hormônio tireoide é importante 
em âmbito celular, afetando praticamente todo tipo de tecido no corpo humano. 
 
Em excesso, ele tanto estimula o metabolismo quanto exacerba os efeitos do sistema nervoso simpático, 
causando aceleração de vários sistemas corporais e sintomas que se parecem como uma sobredose de epinefrina 
(adrenalina). Pode ocorrer uma variedade de manifestações clínicas como taquicardia, perda de peso, nervosismo 
e tremores. As principais causas do hipertireoidismo são a doença de Graves, a autonomia da tireoide e um 
aumento de hormônios tireoidianos como consequência de medicamentos. Também pode aparecer depois de um 
choque emocional (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
O diagnóstico acontece por meio dos sintomas clínicos e da dosagem de níveis séricos de TSH e T4. 
 
Sinais e sintomas: 
· Sudorese; 
· Intolerância ao calor; 
· Diarreia; 
· Nervosismo; 
· Hiperatividade; 
· Irritabilidade aumentada; 
· A glândula pode estar aumentada e ser 
palpável; 
· Taquicardia; 
· Depressão. 
Tratamento: 
É dirigido no sentido de diminuir a atividade da 
tireoide para aliviar os sintomas e remover as causas. 
O tratamento depende da causa. Pode-se usar 
irradiação ionizante a fim de agir com efeitos destrutivos 
sobre a tireoide, medicamentos antitireoideos que 
interferem na síntese de hormônios e restrição de fontes 
de iodo. 
 Hipotireoidismo 
É a deficiência dos hormônios produzidos pela 
glândula tireoide; a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). 
Essa condição provoca fadiga, sonolência, lentidão 
muscular, aumento do peso corporal, diminuição da 
frequência cardíaca e mixedema, o desenvolvimento 
de aspecto edematoso em todo o corpo. 
 
Há várias causas distintas para o hipotireoidismo, 
sendo que a mais comum é a inflamação da glândula 
tireoide, que danifica as células. A tireoidite de Hashimoto 
também é uma causa importante e é autoimune. Outra 
causa comum é a terapia com radiação na região do 
pescoço para tratar diversos tipos de câncer, que pode 
danificar a glândula, bemcomo tratamentos anteriores 
de hipertireoidismo. A deficiência de iodo na dieta também 
pode causar hipotireoidismo, porém sua prevalência tem 
diminuído em todo o mundo devido aos programas 
governamentais de adição de iodo à alimentação 
(especialmente ao sal de cozinha). Defeitos congênitos 
também causam hipotireoidismo, sendo uma 
complicação comum na Síndrome de Down (Smeltzer e 
Bare, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20 - Mixedema na região facial. 
Fonte: www.saudemedicina.com.br 
http://www.saudemedicina.com.br/
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Sinais e sintomas: 
 
Adultos: 
· fala lenta e rouca; 
· memória prejudicada; 
· reflexos lentos, pele seca; 
· sensibilidade aumentada ao frio e calor; 
· obesidade e ganho de peso, depressão (especialmente grave em idosos); 
· anemia; 
· metabolismo muito lento; 
· obstipação (prisão de ventre), fadiga; 
· falta de fôlego; 
· necessidade de sono aumentada; 
· perda de desejo sexual, dor em articulações e músculos; 
· palidez, irritabilidade; 
· ciclos menstruais anormais; 
· infertilidade ou dificuldade de engravidar; 
· colesterol elevado; 
· perda da autoestima; 
· mau humor acentuado; 
Crianças: 
· vontade constante de defecar; 
· constipação; 
· ronco; 
· sono em excesso; 
· fase em que começa a andar: abdome protuberante, pele seca, dentes demorando a nascer; 
· depois de começar a andar: falta de crescimento normal, estatura anormalmente pequena para a idade, 
inteligência abaixo do normal para a idade. 
Tratamento: 
 
O objetivo do tratamento é repor o hormônio que está faltando, sendo a levotiroxina (L-T4) o medicamento 
mais usado. O tratamento associando T4 e T3 não tem sido recomendado, pois a maior parte dos ensaios clínicos 
não demonstra benefícios (o T4 administrado é convertido perifericamente em T3, o hormônio ativo). O paciente 
pode entrar em um estado de coma Mixedematoso, que é uma forma grave e potencialmente fatal do hipotireoidismo, 
geralmente associado a baixas temperaturas levando a ruptura do metabolismo e ocasionando alterações 
neurológicas e vasculares. As medidas primordias são: rápida reposição hormonal e tratar a diminuição do nível 
de consciência e suas complicações. 
 
(Martins et al, 2007). 
 
 Diabete Melitus 
 
É uma doença metabólica, síndrome de etiologia múltipla, caracterizada por um aumento anormal do 
açúcar ou glicose no sangue devido falta de insulina ou incapacidade da mesma exercer seus efeitos. A glicose é 
a principal fonte de energia do organismo, porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde, 
por exemplo o excesso de sono (no estágio inicial), problemas de cansaço e problemas físico-táticos em efetuar 
as tarefas desejadas. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrer complicações como ataque cardíaco, 
derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, dentre 
outras complicações. Os fatores de risco são: idade acima de 65 anos, obesidade, fatores genéticos, hipertensão 
arterial, alterações prévias de regulação de glicose (Manual M.S, 2001). 
 
O diagnóstico acontece por meio de coletas de sangue do paciente em jejum e após a inserção de glicose. 
A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente e é diagnosticada ao se demonstrar 
alteração de acordo com os momentos da coleta. 
[Digite texto] 
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Valores de glicemia capilar para Rastreamento de acordo com 6, sempre associado à sintomatologia, 
fatores de risco e outros exames. 
 
 Resultado Interpretação 
Glicemia em jejum ou após 4 
horas sem alimentação 
Menor que 100 mg/dl 
Entre 101 e 125 mg/dl 
Entre 125 e 199 mg/dl 
Entre 200 e 270 mg/dl 
Maior ou igual a 270 mg/dl 
Normal 
Exame duvidoso 
Exame alterado 
Provável DM 
Muito provável DM 
Glicemia em qualquer horário Menor que 140 mg/dl 
Entre 141 e 199 mg/dl 
Entre 200 e 270 mg/dl 
Maior ou igual a 270 mg/dl 
Normal 
Duvidoso 
Provável DM 
Muito provável DM 
 
Indivíduos portadores de diabetes devem evitar jejuns prolongados pelo risco aumentado de hipoglicemia. 
Seus sinais e sintomas incluem: sudorese, pele fria e pegajosa, tremores, ansiedade, nervosismo, palpitações, 
taquicardia. 
 
Diabetes pode ser classificado como: 
 
I. Diabetes mellitus tipo 1 
 
Destruição das células beta do Pâncreas (mais especificamente, das ilhotas pancreáticas), usualmente 
levando à deficiência completa de insulina, já que sua produção ocorre nesse órgão. Inclui casos decorrentes de 
doenças autoimunes em que as causas de destruição das células betas são desconhecidas, dividindo-se em 
imunoimediato e idiopático. Este tipo ocorre em 5-10% dos casos. Sua maior incidência é em crianças. O início 
dos sintomas são abruptos, os pacientes ficam magros, não há muita influência hereditária (Manual M.S, 2001). 
 
II. Diabetes mellitus tipo 2 
 
Graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina, ocorrendo em aproximadamente 90% 
dos pacientes diabéticos. Denomina-se resistência à insulina o estado no qual ocorre menor captação de glicose 
por tecidos periféricos. Tem início insidioso, com sintomas inespecíficos, obesidade presente, forte componente 
hereditário, idade maior que 30 anos (Manual M.S, 2001). 
 
III. Diabetes gestacional 
 
É a diminuição da tolerância à glicose diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo não persistir. 
São casos de DM devido tolerância à glicose diminuída. 
 
IV. Outros tipos específicos 
 
1. Defeitos genéticos da função da célula â (beta); 
2.Defeitos genéticos da ação da insulina; 
3.Doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, fibrose cística, etc.); 
4.Indução por drogas ou produtos químicos. 
Sinais e sintomas: 
 
· poliúria (aumento do volume urinário); 
· polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos); 
· polifagia (apetite aumentado); 
· perda de peso; 
· visão turva; 
· cetoacidose diabética. 
Tratamento: 
 
Embora ainda não haja uma cura definitiva para a/o diabetes (a palavra tanto pode ser feminina como 
masculina), há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e 
qualidade de vida para o paciente portador. 
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· Conscientização e educação do paciente, sem a qual não existe aderência. 
· Alimentação e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente. 
· Vida ativa, mais do que simplesmente exercícios. 
· Medicamentos: 
· Hipoglicemiantes orais; Insulina. 
· Monitoração dos níveis de glicose e hemoglobina glicada. 
 Doença de Cushing 
 
É uma desordem endócrina causada por níveis elevados de glicocorticoides, especialmente cortisol, no 
sangue. A causa pode ser exógena (externa, por aplicação de medicamentos) ou endógena (interna, por 
desregulação do próprio organismo). Síndrome de Cushing de origem endógena são raras, ocorrendo apenas 10 
casos por ano a cada 1.000.000 de pessoas (Smeltzer e Bare, 2005). 
 
A Doença de Cushing é um tipo de síndrome de Cushing ACTH-dependente causada por um tumor benigno 
(adenoma) na hipófise, glândula responsável pela produção de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). 
 
A síndrome de Cushing também é uma doença relativamente comum em cães domésticos, especialmente 
Poodles, Dachshunds, alguns Terriers e Boxers com mais de seis anos. A administração de alguns medicamentos 
esteroides ou estresse excessivo também podem elevar os níveis de cortisol. 
 
O diagnóstico ocorre após análise dos sinais e sintomas, exames sanguíneos que confirmem o excesso de 
colesterol e ACTH. 
 
Sinais e sintomas: 
 
· Aumento de peso, com gorduras 
depositadas principalmente no tronco, pescoço e 
face; 
· Fragilidade capilar; 
· Estrias na região abdominal; 
· Fraqueza, cansaço fácil; 
· Vermelhidão na região malar formando 
uma face que é conhecida como “lua cheia”; 
· Depressão; 
· Transtornos de ansiedade; 
· Alterações menstruaisnas mulheres; 
· Hipertensão e hiperglicemia; 
Tratamento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21 - Estrias na região abdominal. 
Fonte: semiounivali.wordpress.com 
 
Quando causada por medicamentos, administram-se inibidores do cortisol e diminuição/substituição das 
medicações responsáveis. Quando causada por um adenoma (tumor) na glândula suprarrenal, pode ser necessário 
um procedimento cirúrgico para retirada deste tumor e, por vezes, da glândula afetada. 
 Cuidados de Enfermagem aos Pacientes com Doenças Endócrinas 
Pacientes com hipotireoidismo devem evitar frio intenso até que a condição se estabilize identificar estratégias 
para não aumento de peso e evitar constipação comendo alimentos ricos em fibras, identificar alterações de 
personalidade e criar alternativas para viver com elas, auxiliar e orientar familiares para ajudá-lo na realização de 
suas atividades. No hipertireoidismo é indicado aumento na ingestão alimentar até que a condição se estabilize. 
Prestar apoio psicológico uma vez que a labilidade emocional faz parte do quadro, auxiliar em alternativas para 
melhora do sono. 
 
Pacientes com síndrome de Cushing devem tomar cuidado para não ter quedas nem desenvolver lesões 
em virtude de estarem predispostos ao aparecimento de osteoporose. É necessário estimular a ingestão de 
alimentos ricos em vitamina D, cálcio e proteína. Instigar o desenvolvimento de atividades para evitar complicações 
relacionadas à imobilidade. Prestar apoio psicológico devido à presença de desestabilização de humor, explicando 
para a família que faz parte da patologia. 
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Indivíduos portadores de DM devem ter acompanhamento nutricional rigoroso em virtude da restrição de 
açúcar e importância de evitar jejuns prolongados, devido o risco de hipoglicemia (níveis de glicose sanguínea 
abaixo do normal). Se forem insulinodependentes, a equipe de enfermagem deve auxiliar na autoadministração 
de insulina e educar ensinar ao paciente e familiar como utilizar o medicamento. Deve-se alertar para a importância 
no rodízio da aplicação SC e importância da realização de atividades físicas. Explicar os sinais e sintomas da 
hipoglicemia e hiperglicemia para que o paciente saiba identificá-los. 
 
 Atividades 
 
14) Em relação ao sistema endócrino, é correto afirmar: 
 
( ) As glândulas endócrinas secretam substâncias chamadas de hormônios na corrente sanguínea; 
 
( ) A perda de peso no hipertireoidismo é devido à ingestão excessiva de alimentos ricos em gordura; 
 
( ) No hipotireoidismo, aparecem sinais e sintomas como a fadiga, aumentos de peso, aparecimento de 
mixedema , palidez, irritabilidade e sensibilidade aumentada ao frio e calor; 
 
( ) Crianças com hipotireoidismo tem inteligência aumentada pela idade; 
 
( ) O tratamento do hipotireoidismo é a ingestão de hormônios, preferencialmente T3 que é convertido 
em T4. 
 
15) Marque V para verdadeiro e F para falso: 
 
( ) O Diabetes Mellitus é caracterizado pelo excesso de glicose sanguínea; 
 
( ) O DM tipo I é caracterizado pela destruição de células do pâncreas e o DM tipo II é caracterizado 
pela resistência à insulina; 
 
( ) Quem tem diabetes nunca ficará com a glicose baixa; 
( ) Um dos cuidados é evitar o jejum prolongado. 
16) Complete as lacunas: 
 
a) Estrias abdominais são características da patologia chamada de . 
 
b) Deficiência de hormônios produzidos pela glândula tireoide é chamada de . 
 
c) Pacientes com devem evitar frio intenso. 
 
d) Na os indivíduos estão predispostos ao desenvolvimento de 
osteoporose, exigindo cuidados específicos em relação à mobilidade e alimentação. 
 
e) Desestabilização de humor está presente nas seguintes patologias: 
 . 
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6 DOENÇAS REUMÁTICAS 
Objetivos: saber identificar as doenças reumáticas pelos seus sinais e sintomas bem como principais 
cuidados de enfermagem em relação às mesmas. 
 
As doenças reumáticas são um grupo de doenças que atingem articulações, músculos, e esqueleto, 
caracterizado por intensas dores e limitações dos movimentos. Reumatismo não se refere a uma patologia 
específica, mas sim a um grupo de doenças. 
 
 Artrite Reumatoide 
 
Também conhecida como artrite degenerativa, é um tipo de reumatismo que atinge as articulações. É uma 
doença autoimune caracterizada como inflamação das articulações, podendo levar a incapacidade funcional dos 
pacientes. Acomete mais indivíduos do sexo feminino e tem seu pico de incidência dos 35-55 anos (Smeltzer e 
Bare, 2005). 
 
Sinais e sintomas: 
 
· Acomete várias articulações como punho, mãos, cotovelos e pescoço; 
· Rigidez matinal; 
· Edema, calor, rubor no local afetado; 
· Anemia, cansaço; 
· Perda do apetite e perda de peso. 
 
Figura 22 - Mãos acometidas por artrite reumatoide. 
Fonte: www.infoescola.com.br 
 
Tratamento: 
 
O importante é o diagnóstico precoce para impedir a progressão da doença evitando possíveis deformidades. 
O objetivo maior é prevenir lesões maiores e melhor qualidade de vida. O tratamento medicamentoso baseia-se 
na diminuição da sintomatologia. Fisioterapia associada tem mostrado bons resultados para aliviar a dor e 
proporcionar bem estar ao paciente. 
 
 Lúpus Eritematoso 
 
É uma doença crônica, autoimune do tecido conjuntivo de causa desconhecida, podendo afetar qualquer 
parte do corpo. O sistema imune ataca as próprias células, resultando em um processo inflamatório e dano de 
tecidos. Ocorre mais em mulheres geralmente dos 15 aos 50 anos de idade. Não é uma doença transmissível. 
http://www.infoescola.com.br/
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na boca (aftas). 
Existem três tipos de lúpus, conforme Smeltzer e Bare (2005): 
 
Lúpus discoide: É sempre limitado à pele. É identificado por inflamações cutâneas que aparecem na 
face, nuca e couro cabeludo. Aproximadamente 10% das pessoas com lúpus discoide podem evoluir para o lúpus 
sistêmico, o qual pode afetar quase todos os órgãos ou sistemas do corpo. 
 
Lúpus sistêmico: Costuma ser mais grave que o lúpus discoide e pode afetar quase todos os órgãos e 
sistemas. Em algumas pessoas predominam lesões apenas na pele e nas articulações, em outras pode haver 
acometimento dos rins, coração, pulmões ou sangue. 
 
Lúpus induzido por drogas: O lúpus eritematoso induzido por drogas ocorre como consequência do 
uso de certas drogas ou medicamentos. A lista atual de possíveis responsáveis inclui quase uma centena de 
drogas sendo os mais conhecidos a procainamida e a hidralazina. Os sintomas são muito parecidos com o lúpus 
sistêmico. Os próprios medicamentos para lúpus também podem levar a um estado de lúpus induzido. Com a 
suspensão do medicamento responsável os sintomas normalmente desaparecem. 
O diagnóstico é basicamente pela análise da sintomatologia, exames laboratoriais onde se encontram 
autoanticorpos que são altamente específicos para o Lúpus Erimatoso Sistêmico (LES). 
 
Sinais e sintomas: 
 
· Febre; 
· Mal-estar; 
· Inflamação nas articulações; 
· Inflamação no pulmão (pleurisia); 
· Inflamação dos gânglios linfáticos; 
· Dores pelo corpo (por causa das inflamações); 
· Manchas avermelhadas; 
Úlceras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23 - Sinais de um paciente com Lúpus. 
Fonte: www.medicinenet.com.br 
Tratamento: 
 
Prevenir infecções, tratar sintomas com o uso de anti-inflamatórios e imunossupressores para diminuir a 
resposta inflamatória do organismo. Gestantes devem ter um acompanhamento rigoroso, pois a doença pode 
atingir o feto. É preciso ter cuidado no uso de algumas medicações. Também é interessante o acompanhamento 
psicológico por se tratar de uma doença crônica. 
 
 Gota 
 
A gota é uma doença reumática, inflamatória e metabólica causada pelo aumento dos níveis de ácido 
úrico no sangue (hiperuricemia), resultando em depósitos de cristais de ácidos nas articulações, como mostra a 
figura a seguir 
http://www.medicinenet.com.br/
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