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Livro Texto - Unidade I

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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Tatiana de Freitas Luchezi
Colaboradores: Prof. Fabio Pozati
 Prof. Mauro Kiehn
 Profa. Christiane Mazur Doi
Organização de Eventos
Professora conteudista: Tatiana de Freitas Luchezi
Mestra em Hospitalidade pela Universidade Anhembi Morumbi (2005), especialista em Formação de Professores para 
o Ensino Superior pela Universidade Nove de Julho (2003) e graduada em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi 
(1998). Possui experiência em organização de eventos corporativos como feiras, exposições, seminários, coletivas com 
a imprensa e solenidade de posse (1997). Atuou na função de recepcionista de eventos como lançamentos, seminários, 
congressos e workshops (2000). Iniciou carreira de docente em cursos de graduação em turismo, hotelaria, eventos e 
secretariado (2000). Atualmente, é docente do curso de Turismo na Universidade Paulista (2020). Desenvolve atividades 
no ensino a distância como docente, tutora e curadora de material instrucional na área de hospitalidade (2009).
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
L936o Luchezi, Tatiana de Freitas.
Organização de Eventos / Tatiana de Freitas Luchezi. – São 
Paulo: Editora Sol, 2021.
172 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Evento. 2. Comunicação. 3. Mercado. I. Título.
CDU 395
U510.53 – 21
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Deise Alcantara Carreiro – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Bruno Barros
 Aline Ricciardi
Sumário
Organização de Eventos
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 CENÁRIO DO SETOR DE EVENTOS ............................................................................................................. 11
1.1 Relação dos eventos com a hospitalidade ................................................................................. 13
1.2 Entidades do setor de eventos ........................................................................................................ 18
1.2.1 Associações internacionais ................................................................................................................. 19
1.2.2 Associações nacionais ........................................................................................................................... 21
2 HISTÓRICO DOS EVENTOS ............................................................................................................................ 23
2.1 Primeiros registros no mundo ......................................................................................................... 24
2.1.1 Feiras comerciais ..................................................................................................................................... 25
2.1.2 Eventos técnicos e científicos ............................................................................................................ 26
2.1.3 Exposições universais ............................................................................................................................ 26
2.2 O século XX ............................................................................................................................................. 30
2.3 Registros dos eventos no Brasil ...................................................................................................... 31
Unidade II
3 PRIMEIRAS ETAPAS DO EVENTO ................................................................................................................ 40
3.1 Conceito de eventos ............................................................................................................................ 40
3.2 Benefícios dos eventos ....................................................................................................................... 41
3.3 Primeiro contato com o cliente ...................................................................................................... 42
3.4 Apurando os resultados da reunião .............................................................................................. 48
3.5 Área de interesse do evento ............................................................................................................. 49
3.6 Tipologia dos eventos ......................................................................................................................... 50
3.7 Abrangência dos eventos .................................................................................................................. 66
3.8 Periodicidade e rotatividade do evento ...................................................................................... 66
3.9 Fases do evento ..................................................................................................................................... 68
3.9.1 Concepção ................................................................................................................................................. 68
3.9.2 Pré-evento ................................................................................................................................................. 70
3.9.3 Transevento ............................................................................................................................................... 71
3.9.4 Pós-evento ................................................................................................................................................ 72
3.10 Atuação da secretaria do evento ................................................................................................. 75
3.10.1 Mailing ...................................................................................................................................................... 77
4 INFORMAÇÕES TÉCNICAS DO EVENTO ................................................................................................... 77
4.1 Escolha da data ..................................................................................................................................... 78
4.2 Local do evento ..................................................................................................................................... 79
4.2.1 Cidade-sede .............................................................................................................................................. 81
4.2.2 Espaço físico ............................................................................................................................................. 83
4.2.3 Disposição de salas .................................................................................................................................88
4.3 Diferença entre tema e título do evento .................................................................................... 92
4.4 O participante do evento .................................................................................................................. 93
4.4.1 Público-alvo e de interesse ................................................................................................................. 93
4.4.2 Evento fechado e aberto ...................................................................................................................... 94
4.4.3 Aquisição do tíquete para o evento ................................................................................................ 95
4.4.4 Porte do evento ....................................................................................................................................... 96
4.5 Montando a programação ................................................................................................................ 97
4.6 Fornecedores .......................................................................................................................................... 99
4.7 Sustentabilidade em eventos ........................................................................................................105
Unidade III
5 COMUNICAÇÃO ..............................................................................................................................................114
5.1 Ferramentas de comunicação .......................................................................................................115
5.2 Clima do evento ..................................................................................................................................120
5.3 Gancho do evento ..............................................................................................................................121
5.4 Captação de recursos ........................................................................................................................121
5.5 Instrumentos de controle ...............................................................................................................124
5.5.1 Cronograma ........................................................................................................................................... 124
5.5.2 Check-list ................................................................................................................................................ 124
5.5.3 Ficha de responsabilidade ................................................................................................................ 125
5.5.4 Rider técnico .......................................................................................................................................... 126
5.5.5 Cotação de serviços ............................................................................................................................ 127
5.5.6 Borderô .................................................................................................................................................... 127
5.5.7 Controle de orçamento ..................................................................................................................... 128
5.5.8 Contrato de fornecedor .................................................................................................................... 129
5.5.9 Logística ................................................................................................................................................... 130
6 TECNOLOGIA NOS EVENTOS ......................................................................................................................133
6.1 Eventos de games ..............................................................................................................................133
6.2 Eventos 100% on-line ......................................................................................................................136
6.3 Transmissão ao vivo ...........................................................................................................................137
6.4 Inscrição e avaliação on-line .........................................................................................................137
6.5 Ingressos on-line ................................................................................................................................137
6.6 Site do evento ......................................................................................................................................138
6.7 Aplicativos para eventos .................................................................................................................139
6.8 Leitor de credencial ...........................................................................................................................141
6.9 Tablet .......................................................................................................................................................141
6.10 Realidade virtual ..............................................................................................................................141
6.11 Videogame como atração .............................................................................................................142
6.12 Projeção mapeada ...........................................................................................................................142
6.13 Holograma ..........................................................................................................................................143
6.14 Drones ..................................................................................................................................................143
6.15 Wi-fi temporário ..............................................................................................................................143
6.16 Banner eletrônico ............................................................................................................................143
Unidade IV
7 ATUAÇÃO NO MERCADO ............................................................................................................................149
7.1 Empresas promotoras e organizadoras de eventos ..............................................................149
7.2 O profissional de eventos ................................................................................................................151
8 CERIMONIAL E PROTOCOLO ......................................................................................................................154
9
APRESENTAÇÃO
A área da hospitalidade abrange um complexo grupo de atividades voltadas para agenciamento, 
lazer, gastronomia, hotelaria e eventos. Este livro-texto aborda particularmente o segmento de eventos 
em suas diversas faces, com o objetivo de contextualizá-lo no Brasil e no mundo, trazendo conceitos e 
características, além de visão estratégica para organizá-lo desde sua idealização, projeto, formação de 
equipe, divulgação e sistemática de funcionamento. O evento só alcançará êxito se for bem planejado, 
ou seja, não basta apenas uma ótima ideia ou vontade de executá-lo; é preciso técnica e habilidade para 
colocar em prática todos os detalhes da realização. Daí a necessidade de se contratar um profissional 
com formação e competência no assunto.
O conteúdo aqui exposto também traz ferramentas de organização e gestão de eventos, 
compreendendo que cada realização é um universo personalizado e, por isso, não existe uma única 
fórmula ou um padrão de trabalho para o profissional da área. É cada vez mais comum as pessoas 
encontrarem-se para trocar informações, atualizarem-se, conhecerem-se e, com isso, ampliarem suas 
redes de contato. Então os eventos, sejam eles presenciais ou virtuais,proporcionam ao participante 
uma experiência para que ele alcance seu objetivo.
Este livro-texto é oportuno, uma vez que o mercado de trabalho oferece chances de atuação 
em eventos sociais, culturais, científicos e corporativos, tanto na posição de organizador quanto na 
função de prestador de serviços. Há também a oportunidade para novos empreendedores, que encaram 
o desafio de inovar no setor de eventos, captando clientes potenciais, gerando emprego e negócios. 
As ferramentas tecnológicas só vêm somar nessa experiência, agilizando e produzindo novas formas de 
se organizar eventos.
INTRODUÇÃO
A profissão de turismólogo está vinculada à área da hospitalidade. Em sua grade de formação, são 
apresentadas várias frentes de trabalho como políticas públicas, planejamento de cidades turísticas, 
pesquisa sobre turismo, agenciamento, transportes, meios de hospedagem, lazer e recreação, alimentos e 
bebidas. É nesse contexto que também se apresentam os eventos, como uma oportunidade de prestação 
de serviços na organização e execução de acontecimentos presenciais ou virtuais, com temáticas sociais, 
culturais, científicas ou corporativas.
Mas os eventos não caminham isoladamente do turismo; comumente necessitam de estrutura 
de apoio ao longo de sua realização, como, por exemplo, hospedagem para palestrantes, atividades de 
recreação e refeições no intervalo da programação ou agenciamento para tour pela cidade. O evento 
também é responsável por gerar fluxo turístico em um município, uma vez que as pessoas podem viajar 
para um destino buscando participar do evento, como é o caso de um congresso de odontologia, o salão 
do automóvel ou o Carnaval. Nesse sentido, o turista visita a localidade com foco principal no evento 
em si e, claro, estando na cidade, usufrui de sua estrutura de apoio e de seus atrativos turísticos.
O setor de eventos é bem abrangente e, por isso, este livro-texto procura expor sua diversidade, 
suas possibilidades de trabalho diante de nichos de mercado como casamentos, festa de aniversário, 
10
shows musicais, espetáculos teatrais, congressos profissionais, convenções de empresas, palestras de 
profissionais renomados, seminários técnicos, lançamentos de produtos; há profissionais que optam por 
se especializar em uma tipologia de eventos – feiras comerciais, congressos – ou ainda em um perfil de 
cliente, seja ele pessoa física, empresa, artista buscando excelência em seus serviços.
O conteúdo a seguir se apresenta em quatro partes. Inicialmente, será contextualizado o mercado 
de eventos nacional e internacionalmente, com suas entidades representativas; em seguida, serão 
abordados momentos ao longo da história da humanidade que possam justificar a existência dos 
eventos até os dias atuais. Depois, serão abordados conceito de eventos, tipologia, características e 
componentes necessários para uma melhor organização do trabalho do profissional. Posteriormente, 
serão mostradas as ferramentas de comunicação utilizadas para divulgar eventos conforme o perfil do 
público; serão apresentados os principais instrumentos de controle que facilitam o desenvolvimento 
do trabalho, a fim de sistematizá-lo, uma vez que suas etapas compreendem a formação de uma 
equipe conhecedora dos detalhes da realização. Essa parte tratará ainda das tecnologias utilizadas 
nos eventos, na tentativa de otimizá-los quanto ao tempo, custo e conforto; serão abordados também 
os eventos de games e os 100% on-line, já acompanhando as tendências de mercado. Por fim, serão 
destacados a composição das empresas organizadoras de eventos, o perfil do profissional para atuar 
no mercado e as regras de cerimonial e protocolo em eventos oficiais.
Para composição desse material, foram utilizadas obras de autores conceituados, artigos, pesquisas 
e publicações de entidades que representam o setor de eventos, além da experiência de mercado da 
autora, com a intenção de gerar crédito à leitura.
11
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
Unidade I
1 CENÁRIO DO SETOR DE EVENTOS
Cada vez mais, o homem busca interagir com seus semelhantes para se comunicar, se expressar, 
trocar informações, seja no campo profissional, social, cultural. Essa experiência é muito bem aceita no 
formato dos eventos, por isso, constantemente eles acontecem.
Os eventos são importantes geradores de receita e emprego. Muitos são os trabalhadores que 
atuam para que ele aconteça, seja fixa ou temporariamente. Então, é interessante para uma cidade 
ou país, receber diversas realizações, influenciando positivamente no seu índice de produtividade. 
Além disso, durante os eventos, são gerados muitos negócios, parcerias, expansão de empreendimentos, 
principalmente em feiras e exposições.
Uma pesquisa realizada pela Mizzin (2018) com 4 mil criadores de eventos globais trouxe um 
panorama do contexto desse mercado. Os países que mais pretendiam aumentar o número de eventos 
em 2018 eram Brasil (74%), Alemanha (60%), países da América do Norte (54%) e Austrália (52%). 
Cada um se sentia estimulado pelos fatores seguintes:
Quadro 1 – Motivação dos países para investir em eventos
País Motivação
Brasil
Educação ou treinamento
Atrair novos clientes e fornecedores
Gerar receita
Alemanha
Gerar receita
Educação ou treinamento
Conscientizar pessoas sobre marca ou causa
Países da América do Norte
Gerar receita
Educação ou treinamento
Construir comunidade ou grupo 
Austrália
Construir comunidade ou grupo
Educação ou treinamento
Conscientizar pessoas sobre marca ou causa
Adaptado de: Mizzin (2018).
12
Unidade I
De acordo com o quadro, observa-se que os países entrevistados buscavam grandes benefícios com 
os eventos, como monetizar as relações comerciais, melhorar a comunicação entre cliente e empresa por 
meio do marketing e progredir na instrução do público.
As ferramentas tecnológicas chegaram em 2018 para ficar. O uso intenso de aplicativos, inteligência 
artificial e realidade virtual tomaram conta dos eventos, até mesmo para aproximar a linguagem do 
público. Há aplicativos nos quais o visitante pode montar seu próprio percurso de visitação, os óculos 
de realidade virtual podem levar o participante a viajar para outro país ou, ainda, um robô pode passar 
conhecimento valioso ao público.
O Brasil não ficou atrás no que se refere a todas as novidades mundiais; aplicou também essas 
tendências com êxito em seus eventos. Quanto à tipologia, o país era mais conhecido por receber 
eventos corporativos e comerciais; a partir dos anos de 2010, começou a explorar intensamente a 
área de entretenimento, trazendo shows e espetáculos, nacionais e internacionais; houve também um 
incremento na produção de casamentos, isso porque o perfil do consumidor passou a pedir não só 
um evento, mas “ter uma experiência”. Com isso, a criatividade dos organizadores precisou ser intensa 
para satisfazer os clientes.
Diante da expectativa promissora para o mercado global de eventos, em dezembro de 2019, os 
planos foram arruinados com a pandemia que assolou o mundo. O vírus Sars-CoV-2 foi registrado 
na China e difundido rapidamente entre os países, decretando-se a pandemia em março de 2020. 
Ele causa infecções respiratórias graves, podendo levar a óbito (MENEZES, 2020). Não há comprovações 
científicas sobre a eficácia de remédios, tampouco a formulação de vacinas. O fato é que a sociedade 
precisou ficar em isolamento social, mudando por completo seus hábitos e rotinas. Somente os 
serviços essenciais de saúde, alimentação, transporte e segurança mantiveram-se em funcionamento. 
Houve aumento de trabalho home office, estudos on-line e as pessoas deixaram de viajar, de utilizar 
espaços de lazer e de participar de eventos devido à proibição de aglomerações. Todos os eventos 
agendados a partir de março de 2020 foram cancelados, e o mercado continua estudando formas de se 
ajustar à nova realidade.
Ainda em 2020, alguns eventos presenciais conseguiram reagendar suas datas para os meses seguintes, 
transformando-se em 100% on-line. Claro que é umaadaptação tanto para quem os promove quanto 
para quem participa deles, como foi o caso do congresso Personal Organizer Brasil 2020. Dependendo do 
resultado e grau de satisfação, alguns eventos manterão o novo formato em suas próximas edições.
Outra adaptação ocorreu no segmento de shows musicais e sessões de cinema com o drive-in, no 
qual o participante assiste ao evento dentro do próprio carro, estacionado de frente para a tela ou palco.
No segmento de festas de casamento, os noivos integram o cenário montado para a cerimônia e 
transmitem a realização ao vivo para seus convidados.
Constata-se que a sociedade passa por profundas transformações que se estenderão ao longo dos 
próximos anos, e com o setor de eventos não será diferente, mas tais incertezas são capazes de gerar 
uma série de oportunidades para quem estiver atento à circunstância.
13
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
1.1 Relação dos eventos com a hospitalidade
A área de hospitalidade engloba o turismo e seus setores como agência, alimentos e bebidas, lazer, 
hotelaria e eventos. Aqui, será relacionado cada um dos elementos aos eventos.
A hospitalidade é estudada por diversas áreas, mas grande parcela acredita que deva ocorrer um 
vínculo entre duas partes. Ela é “uma maneira de viver em conjunto, regida por regras, ritos e leis” 
(MONTANDON, 2011, p. 31). No ciclo de dar, receber e retribuir, sempre uma pessoa se sentirá endividada 
com a outra, mas não necessariamente essa dívida será uma troca monetária.
Para Lashley (2004, p. 11), a hospitalidade “é um relacionamento baseado nas obrigações mútuas e, em 
última análise, na reciprocidade. Enfim, o hóspede torna-se o hospedeiro em outra ocasião”. Essa regra está 
implícita entre os envolvidos, os quais apresentam interesse ou não em manter essa sequência.
Você já se viu em uma situação de hospitalidade? Alguém já te recebeu muito bem ou lhe 
pagou um jantar e você sentiu necessidade de retribuir o gesto? A hospitalidade é uma sequência 
de comportamentos, pois quem recebe algo hoje, poderá retribuir amanhã. Assim, o vínculo sempre 
será mantido. Em uma festa de aniversário, o brasileiro costuma convidar determinadas pessoas e 
espera como retorno – sim, realmente ele espera – que seja convidado para o aniversário de cada um. 
Essa seria a retribuição.
Montandon (2003) diz que a hospitalidade trata do convívio harmônico em grupo, cujas regras 
são estabelecidas, verbalmente ou não, pelo coletivo. Os eventos são momentos de reunir pessoas com 
um determinado objetivo. Nessa reunião, espera-se boa relação entre os participantes e a vigência das 
normas culturais e de educação. É o que ocorre em eventos sociais, empresariais, técnico-científicos, 
comerciais, de entidades.
 Observação
A hospitalidade possui diversas correntes teóricas, a saber: francesa, 
inglesa e norte-americana. A principal diferença entre elas é a questão da 
troca monetária nessa relação.
Camargo (2015, p. 44) explica que a hospitalidade:
 
[...] é uma virtude que se espera quando nos defrontamos com o estranho 
(e todo estranho é também um estrangeiro), alguém que ainda não é, 
mas deve ser reconhecido como o outro. Tudo se passa como se o sentido 
mais importante da noção seja perguntar-se se esse encontro resultou em 
estreitamento ou esgarçamento do vínculo social de início buscado.
14
Unidade I
Percebe-se que a hospitalidade é um processo de relação entre duas partes, o qual se utiliza de 
elementos verbais e não verbais para se efetivar. Como Camargo explica, nem toda relação é hospitaleira; 
o relacionamento pode tanto aproximar como distanciar os indivíduos em uma situação.
Os eventos contêm muitos elementos da hospitalidade que facilitam essa comunicação dirigida 
como o cenário, a divulgação por folheteria, a atuação de recepcionistas. O tempo todo, participantes, 
empresas e promotoras se comunicam no evento.
Lashley (2004) posiciona a hospitalidade sob os domínios social (acolher conhecidos e forasteiros), 
privado (anfitrião supre necessidades fisiológicas e psicológicas do hóspede) e comercial (reciprocidade 
baseada em troca monetária). Dos três domínios, os eventos se encaixam principalmente no domínio 
comercial, nas mais variadas relações: o consumidor compra ingresso para um show, o participante paga 
a inscrição de um congresso, ou paga a entrada para uma feira. Cada participante deseja receber, em 
troca, um evento satisfatório, que atenda suas expectativas; esse limite de satisfação rege a experiência 
da hospitalidade.
Para o cliente que idealiza o evento – empresa, promotora – o objetivo pode ser o lucro, melhorar 
a imagem, se aproximar do consumidor, apresentar os produtos; e o interesse das expositoras ou dos 
fornecedores é ter a oportunidade de oferecer seus produtos e serviços ao público envolvido.
Além da relação entre pessoas, a hospitalidade pode ocorrer com objetos inanimados, como, por 
exemplo, com o espaço físico e sua decoração. Um salão de festas, auditório, pavilhão ou espaço ao 
ar livre passam uma mensagem ao participante, cada qual com seu estilo, cor, estrutura e cenário; 
assim, o participante classifica o evento como “acolhedor”. O conjunto de elementos no local do evento 
comunicam sua proposta. De repente, uma decoração temática, as cores do logotipo, flores ou balões, 
uso de tapetes, quadros e esculturas já inserem o participante na vivência do evento. E se você fizer uma 
análise detalhada, encontrará outras relações com a hospitalidade.
O turismo também é um braço da hospitalidade que tem forte vínculo com o setor de eventos. 
Devido ao desenvolvimento da sociedade e ao ritmo de vida acelerado recorrente, nos últimos trinta 
anos, é passada a ideia de que o turismo é a única fórmula mágica para descanso; embora seja pago, 
o indivíduo se afasta da rotina. E realmente há uma quebra de tempo e espaço quando se procuram 
novos cenários e interação com outras comunidades (STOPPA; TRIGO; ISAYAMA, 2017), mas talvez esse 
pensamento seja um pouco equivocado, pois as pessoas podem realizar em seu tempo livre algumas 
atividades como brincadeiras, leitura de livro, que não impliquem viagens turísticas. Ademais, o turismo 
auxilia na melhora de oportunidades de emprego, geração de renda para uma população, mas não 
soluciona qualquer problema da localidade.
Entende-se por turismo o deslocamento de um ou mais indivíduos de seu ambiente de origem para 
destinos nos quais lá permaneçam por mais de 24 horas. Esse deslocamento fomenta o desenvolvimento 
do destino, o qual transforma sua diversidade de produtos, serviços e atrações, em oferta turística 
(CASTAÑEDA, 2019). Nos dias atuais, a leitura do turismo pode ser mais ampla, voltada aos pequenos 
detalhes da experiência da viagem, à integração do viajante ao destino. É nesse contexto que se 
inserem os eventos.
15
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
A realização de eventos na cidade-sede mobiliza equipamentos de transporte, hospedagem, 
alimentação e serviços de agenciamento; todos eles fazem parte do turismo e serão abordados nos 
próximos parágrafos deste livro-texto. O turista de eventos se desloca de seu habitat para acompanhar 
uma realização que esteja ocorrendo em outra cidade ou país, gerando fluxo turístico. Independentemente 
de seu objetivo ser profissional ou de lazer, o evento se torna uma atração. Mas o que é considerado 
atrativo? Quais são suas características?
O atrativo é qualquer item ou local que esteja relacionado com as motivações de visitação e com a 
avaliação de cada visitante. Possui certa subjetividade porque o que é interessante para um indivíduo 
pode não ser para outro, e o valor do atrativo será maior conforme seu diferencial (IGNARRA, 2013). 
Qualquer pessoa pode se sentir atraída para participar de um evento por seu assunto, ou somente pelo 
fato de conviver com pessoas em um espaço comum, por exemplo. Elas precisam de algum elemento no 
destino que lhes chame a atenção, que desperte a curiosidade; isso é o atrativo, a matéria-prima que 
guia o fenômeno. E grande parte dos eventosrealizados no Brasil e no mundo podem ser considerados 
atrativos turísticos.
O autor Swarbrooke (2000, p. 89) considera ainda duas ramificações dos atrativos: “atrativo que não 
foi criado para atrair turistas, mas adquiriu essa característica no decorrer do tempo; atrativo construído 
pelo homem cuja única razão de sua criação é a de atrair turistas”. De acordo com o ponto de vista, 
os eventos cabem em ambas as classificações, mediante seu enfoque. Na primeira, uma manifestação 
popular, muito comemorada entre a população local por sua representatividade, vai ganhando maior 
número de espectadores até se tornar uma atração turística. Veja que sua origem não foi pensada 
para atrair turistas, mas a propaganda boca a boca fez com que ganhasse esse destaque. O grande 
exemplo para esse caso é o Festival de Parintins, no Amazonas. A festa existe desde 1965 e retrata uma 
brincadeira com o boi-bumbá e os rituais do norte do país. O evento agrega características do Carnaval, 
com apresentação das escolas Caprichoso e Garantido e jurados atribuindo notas pela performance. 
Tamanha é sua popularidade e simbologia que, de acordo com a Secretaria de Cultura e Economia 
Criativa (NA ABERTURA..., 2019) o festival foi reconhecido como patrimônio cultural do Brasil pelo 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 Saiba mais
O Festival de Parintins gera grande fluxo de turistas nacionais e 
estrangeiros no Amazonas por seus atributos como evento e patrimônio. 
Vale a pena acessar os sites:
https://www.festivaldeparintins.com.br/
http://portal.iphan.gov.br/
16
Unidade I
Na segunda classificação de atrativo, tem-se como exemplo shows como Rock in Rio, que já são 
criados pensando em atrair grande público nacional e internacional. Por isso são atrativos turísticos 
desde sua origem.
 Saiba mais
O Rock in Rio é um festival que teve sua primeira edição em 1985, 
no Rio de Janeiro, cidade que batizou o evento. Para analisar sua 
grandiosidade, acesse:
https://rockinrio.com
Outro aspecto que deve ser abordado sobre a motivação do turista é sua categorização em primária 
ou secundária. Há turistas que se deslocam exclusivamente para participar de eventos, então seria 
sua motivação primária. Porém, durante sua estada no destino, identifica e vai visitar outros pontos 
turísticos da cidade, mas essa seria sua motivação secundária, pois ele não saiu de sua casa para visitar 
atrativos. Significa que se o passeio não acontecer, não influenciará no seu principal desejo de participar 
de eventos. O inverso também é verdadeiro. Há turistas que não foram estimulados inicialmente por 
eventos. Em princípio, o indivíduo pode ter como motivação primária a visitação aos atrativos naturais 
(praias, cachoeira) ou histórico-culturais (museus, ruínas). Entretanto, durante sua estada no destino, 
verifica que a cidade está recebendo uma exposição de motocicletas, ou um show de dupla sertaneja. 
Então, aproveita para participar do evento antes de seu retorno para casa. Nesse caso, o evento seria 
sua motivação secundária.
A realização de um evento pode ser utilizada como ferramenta para incentivar o turismo, 
principalmente na baixa temporada, isto é, se em determinadas épocas do ano, os atrativos não são 
suficientes para captar turistas, então, são promovidos eventos capazes de ser o principal motivo da 
viagem. Espetáculos teatrais, festivais gastronômicos, exposições de animais podem ser tentativas 
bem-sucedidas de lidar com a sazonalidade, aumentando um pouco o fluxo de consumidores em hotéis, 
bares e restaurantes.
Exemplo de aplicação
O atrativo turístico é o principal elemento capaz de estimular o deslocamento de indivíduos para um 
destino diferente de sua origem.
Na cidade em que você reside, estabeleça um perfil de turista – ecológico, de negócios, cultural – e 
selecione três pontos turísticos (de qualquer categoria) e três eventos que o município sediou no último 
ano. Dessa lista, combine um atrativo com um evento e identifique qual é a motivação primária e a 
secundária do viajante.
17
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
Outro componente da hospitalidade que se relaciona com os eventos é o agenciamento. As agências de 
viagens oferecem ao cliente o serviço de reservas de passagem aérea e de hospedagem para palestrantes e 
convidados VIP, quando a despesa é de responsabilidade do próprio cliente. Elas também providenciam 
guias de turismo para acompanhar os participantes. Por exemplo, há eventos que levam um grupo de 
funcionários para a África, para Paris; e é importante que o guia dê suporte para o embarque, despacho 
de bagagem, imigração – se for o caso – chegada em outro país, ônibus de traslado, check-in no hotel, 
entrada no evento, circulação do grupo pela cidade-sede nas horas livres.
As agências também oferecem passeios – city tour – elaborados especialmente para os participantes 
do evento, com o objetivo de visitar os atrativos turísticos da cidade, consumir a gastronomia do 
local. A parceria entre o cliente que concebeu o evento e a agência de viagens pode se dar de duas 
formas: o cliente contrata os serviços mencionados e paga por eles – normalmente para convidados 
especiais – ou o evento apenas sugere a agência como suporte para os participantes que quiserem 
pagar individualmente por cada serviço. É claro que essa indicação gera mais segurança ao participante, 
principalmente se ele está indo para cidade ou país desconhecidos.
Os eventos também se correlacionam com os meios de hospedagem, principalmente se recebem 
turistas. Eles podem incluir na programação palestrantes de outro estado ou outro país, funcionários 
de empresas expositoras que necessitam permanecer na cidade-sede pelo período da feira ou então 
participantes que precisam utilizar meios de hospedagem para acompanhar o evento. É comum serem 
escolhidas acomodações próximas ao local do evento a fim de haver menos tempo para o deslocamento 
dos envolvidos. A categoria da hospedagem pode variar, ou seja, o promotor do evento reserva um 
hotel cinco estrelas para os palestrantes, a empresa expositora reserva um hotel três estrelas para seus 
funcionários, e o site do evento indica hotéis mais econômicos da região para que o participante se 
encarregue da sua própria estadia. Tudo vai depender do planejamento e aporte financeiro de cada evento.
O transporte é peça essencial na realização de eventos, pois dele depende a logística de tudo o 
que for planejado. O transporte aéreo fica responsável pelo trajeto de palestrantes e convidados VIP, 
caso sejam de outra região ou país. A partir da escolha do espaço físico, os equipamentos, mobiliários 
e as estruturas deverão ser transportados para a montagem do local. Além disso, o promotor poderá 
disponibilizar transporte para os convidados especiais, como carro com motorista particular ou van. 
Muitas vezes, um carro fica à disposição do convidado durante o período do evento, seja para buscá-lo 
no aeroporto, levá-lo ao hotel, ao evento ou por passeios pela cidade. Outra possibilidade de transporte 
pode ser oferecida aos participantes; quando há grande quantidade de público chegando no aeroporto, 
por exemplo, o evento oferece um ônibus gratuito, com saídas regulares, a cada 30 minutos; ou então, 
quando o local é um pouco distante de transporte público, o ônibus sai de estações de metrô ou terminais 
rodoviários rumo ao local da realização.
Os elementos de lazer e entretenimento são muito bem-vindos nos eventos, pois geram impacto 
positivo nos participantes, facilitando alcançar os objetivos propostos.
Para o autor Melo Neto (2005), diversão significa descoberta de si, autoconhecimento para 
experimentar novas aprendizagens. Ela é uma das bases do lazer e elemento motivacional para captar 
grande número de participantes para os eventos. Andrade (2001) considera que no Brasil, a mistura 
18
Unidade I
de turismo com lazer é detectada nos esportes, nos transportes e na hospedagem, principalmente nas 
grandes cidades; e quando se realizam eventos, elesconseguem atrair grande público, oferecendo total 
assistência aos participantes. E os eventos acabam realmente como uma mistura de vários componentes 
de turismo e lazer.
Melo Neto (2005) afirma ainda que um evento com concepção de espaço de entretenimento, 
independentemente de sua tipologia e objetivos, ganha mais mercado e aumenta o público, que passa a 
interpretá-lo como local de diversão. Por isso o cliente ou promotor investe em itens como recreacionista, 
artistas, decoração, cenário, jogos interativos, show circense, sorteios, brindes; chamando a atenção do 
público, inclusive em eventos do tipo congressos, workshops, seminários, feiras, exposições.
Reforçando a ideia de diversão, há participantes que encaram qualquer tipo de evento como uma 
festa, porque sabem que encontrarão brincadeiras, sorteios, brindes, degustação; ou também encaram o 
evento como local lúdico para se divertir estudando ou trabalhando.
Além do entretenimento dentro dos eventos, o participante pode também procurar lazer pela 
cidade como bares, restaurantes, espetáculos, casas noturnas, jogos, com o intuito de usufruir após o 
horário do evento.
Observe então que todos os setores citados têm vínculo e atuação com os eventos, e tal relação pode 
se intensificar conforme a tipologia e o porte da realização.
1.2 Entidades do setor de eventos
Quando uma atividade profissional vai ganhando grande número de adeptos, é conveniente formar 
uma representação. A associação é uma entidade que reúne pessoas com objetivo de informar os 
assuntos relacionados à categoria, como normas de trabalho, aberturas de empresas, direitos e deveres 
do empresário e relação com o cliente, além de atualizações sobre o setor. Se você é um organizador de 
eventos, por exemplo, e quer contatar parceiros, identificar concorrentes, acompanhar estatísticas ou 
tirar dúvidas sobre legislação específica, a associação de sua categoria pode auxiliar nesse processo.
 Saiba mais
Os primeiros passos para a criação de uma associação podem ser 
consultados no site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas (Sebrae). Acesse:
SEBRAE. Tudo o que você precisa saber para criar uma associação de 
sucesso. Sebrae, [s.d.]. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/
PortalSebrae/artigos/artigosCoperacao/roteiro-para-criar-uma-associacao,
54fe438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD. Acesso em: 4 nov. 2020.
19
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
São inúmeras as entidades relacionadas direta e indiretamente ao segmento de eventos e que 
fortalecem a categoria tanto nas relações comerciais quanto no desenvolvimento profissional. A seguir, 
serão descritas as principais delas para seu primeiro contato e futuras consultas se assim desejar.
1.2.1 Associações internacionais
A Organização Mundial do Turismo (OMT) é o órgão oficial que representa o setor globalmente e está 
intimamente ligada aos eventos. Essa Agência das Nações Unidas especializada em turismo está sediada 
na Espanha e reúne seus 159 países para orientar a atividade turística pelo mundo. Em 2015, ficou 
estabelecido entre chefes de Estado o acordo da Agenda 2030, baseado no desenvolvimento econômico 
e sustentável para a humanidade. A OMT pretende contribuir com as metas traçadas, mas especialmente 
com aquelas responsáveis pelo crescimento econômico, desenvolvimento sustentável e acessível por 
meio do turismo (EL TURISMO..., [s.d.]).
O setor de eventos se vincula à OMT nessa empreitada a partir do momento que poderá organizar 
diversos tipos de encontros, gerando empregos, movimentando a economia e os negócios, implementando 
práticas sustentáveis, bem como trazendo informações atualizadas para toda a humanidade.
 Saiba mais
No site da OMT, é possível verificar os países associados, bem como as 
metas da Agenda 2030. Acesse:
https://www.unwto.org/
A Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA) surgiu em 1963 e desde então tem 
a função de concentrar todos os atores envolvidos em reuniões internacionais, sejam eles prestadores 
de serviços, cidades ou países. Com sede na Holanda, atualmente contempla cerca de 1100 associados, 
representantes de mais de noventa países. No caso do Brasil, os membros associados à ICCA são destino 
Salvador, Embratur, Convention Bureau do Rio de Janeiro e centros de convenções de São Paulo, 
Campinas, Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu.
A entidade procura dar suporte aos seus associados, indicando as potencialidades de cada destino 
para sediar eventos, indicando os espaços físicos que comportam o perfil de cada evento, apresentando 
estatísticas do setor, identificando empresas que lidam com marketing de destinos, listando empresas 
de transporte e hospedagem de participantes e palestrantes e oferecendo capacitações personalizadas 
aos seus associados.
A ICCA também auxilia os associados com dicas e ferramentas tecnológicas para melhorar suas 
reuniões, comparar possíveis destinos-sede, encontrar fornecedores cadastrados no mailing, além 
de oferecer consultoria para projetos de reuniões futuras. Tudo isso para melhor assistência aos 
envolvidos com eventos.
20
Unidade I
 Saiba mais
A página da ICCA informa todos os prestadores de serviços associados, 
as pesquisas do setor de reuniões internacionais e ferramentas facilitadoras 
do trabalho dos associados. Acesse:
http://www.iccaworld.org
A Federação de Entidades Organizadoras de Congressos e Afins da América Latina (Cocal) tem sede 
na Argentina e surgiu em 1983. Ela dá suporte à cadeia de eventos da América e sua intenção é projetar 
a competitividade para o resto do mundo. A empresa associada tem como benefícios oferta de cursos 
técnicos para o setor, assistência jurídica e acesso às normas e princípios éticos. No Brasil, a associada a 
essa entidade é apenas a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC). Há um congresso anual 
que ocorre desde 1980, a Cocal traz atualizações e tendências dos eventos na América e no mundo. 
A entidade também disponibiliza o calendário de grandes eventos pelo mundo, para que o setor possa 
acompanhar e até mesmo, fazer negócios.
 Saiba mais
A Cocal apresenta as ações aos associados em sua página. Acesse:
www.cocal.org
Outra organização de destaque é a Bureau International des Expositions (BIE). Sua atuação partiu 
da necessidade de garantir a qualidade das exposições, que eram muitas na época; então, a partir de 
1931, passou a estabelecer normas e regulamentação de direitos e deveres aos países que desejassem 
sediar as quatro principais Expos. Atualmente, sua sede é em Paris e conta com 170 países membros. 
As exposições assessoradas pela BIE estão no quadro:
Quadro 2 – Exposições mundiais da BIE
Exposição Descrição
Exposições mundiais 1851, com o objetivo de apresentar a capacidade de produção
Exposições especializadas 1936, com escolha do tema de acordo com a situação momentânea da humanidade
Exposições de horticultura 1960, contempla soluções da indústria agrícola, produtores de horticultura e o estilo de vida saudável
Trienal de Milão 1933, voltada para arquitetura, design e artesanato e retrata a relação entre sociedade, economia e arte
Tais exposições seguem os padrões estabelecidos pelo comitê da BIE quanto a periodicidade, local, 
tamanho, instalações, escolha do tema.
21
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
 Saiba mais
Os detalhes de cada exposição poderão ser consultado no seguinte site:
https://www.bie-paris.org/site/en
1.2.2 Associações nacionais
A União Brasileira de Promotores de Feiras (Ubrafe) representa o sistema expositor do Brasil, isto é, 
empresas promotoras de feiras e exposições que realizam grandes eventos, movimentando a economia 
do país. A União é responsável por acompanhar os interesses dessas empresas, bem como as necessidades 
específicas de eventos de grande porte. Atualmente a Ubrafe abrange cerca de 100 mil marcas nos 
eventos de vários setores da economia e conta com cerca de 35 associados. Seu principal material é o 
calendário anual de feiras e exposições nacionais; é também de sua responsabilidadea divulgação de 
dados estatísticos sobre os eventos de negócios das associadas, que movimentam significativamente a 
economia do país.
 Saiba mais
Para conhecer as principais feiras do Brasil, basta acessar o site:
https://www.ubrafe.org.br/
A Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) atua desde 1977 para seus quinhentos 
associados, que são empresas organizadoras, promotoras e prestadoras de serviços do setor. Ela intercede 
nas parcerias técnicas entre associados e auxilia na intermediação política da categoria. Seus canais de 
comunicação ficam disponíveis para a divulgação das empresas associadas e estas podem se utilizar do 
logotipo da entidade para lhes dar maior credibilidade. A Abeoc busca promover debates e eventos 
de atualização para seus integrantes, além de publicar estatísticas sobre o setor de eventos.
 Saiba mais
A página da Abeoc traz notícias do setor e oferece cursos de qualificação 
para associados. Acesse:
https://abeoc.org.br/
22
Unidade I
O Brasil Convention & Visitors Bureau tem por objetivo representar os interesses dos associados nos 
segmentos de turismo e hospitalidade. É aceito o vínculo apenas com escritórios Convention & Visitors Bureau 
instalados em território nacional. A organização intermedeia a troca de experiência entre os escritórios, 
além de auxiliar o poder público na tomada de decisão em relação aos rumos do turismo de eventos.
 
Os Convention & Visitors Bureaux (CVBx) são estruturas independentes, não 
governamentais, apartidárias, sem fins lucrativos, com a missão de promover 
o desenvolvimento econômico e social do destino que representa, através 
do incentivo e fomento da indústria do turismo (HISTÓRIA, [s.d.]).
Cada escritório sem fins lucrativos tem a missão de captar e promover eventos na região, gerando 
atividade turística. Os destinos podem estar em desenvolvimento turístico ou já estarem consolidados. 
Essa proposta parte de uma visão mais abrangente dos agentes do turismo de uma localidade que 
entendem que não basta o lucro próprio de sua empresa se a cidade está degradada. Há escritórios 
distribuídos por todo o território, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, 
Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Distrito Federal. Dentro de cada Estado, há ainda 
escritórios locais que representam uma região menor, para serem mais efetivos, como os exemplos a seguir.
Quadro 3 – Convention & Visitors Bureaux Regionais
Convention & Visitors Bureau Localidade
Terras Altas São Carlos e região – SP
Santos Santos e região – SP
Salvador Salvador e Litoral Norte – BA
Ouro Preto Ouro Preto e Circuito do Ouro – MG
Juiz de Fora Juiz de Fora e Região – MG
Montanhas Capixabas Domingos Martins e Região – ES
Litoral Piauiense Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses – PI
O importante dos escritórios é fomentar a região com potencial para o turismo, mais especificamente 
para o turismo de eventos; o agrupamento de cidades fortalece as ações do setor.
 Saiba mais
Os escritórios existentes para captação de eventos podem ser 
mapeados no site:
https://brasilcvb.com.br/
A Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta) representa o setor de eventos corporativos, sociais, 
os prestadores de serviços de buffet e as montadoras de estandes. Ela engloba todos os serviços: 
23
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
alimentação, transporte, agência de viagens, vestuário, decoração, som e iluminação e procura dar 
credibilidade ao cliente por apresentar mais de setenta fornecedores de qualidade. Com foco maior 
em eventos sociais, a entidade tem como objetivo estruturar esse mercado, tornando-o cada vez mais 
técnico, profissional, com normatização e regulamentação.
 Saiba mais
A Abrafesta é uma das poucas entidades que abarca o segmento de 
eventos sociais. Acesse:
https://abrafesta.com.br/
As entidades não param por aqui. Esse levantamento foi apenas uma breve explanação sobre os 
mecanismos do setor.
Exemplo de aplicação
São muitas as entidades que representam o setor de eventos em território nacional e globalmente.
Da lista de instituições, escolha uma delas e consulte no site próprio se há pesquisas estatísticas 
disponíveis. Observe qual o objetivo da pesquisa, qual o período considerado e seus principais resultados.
2 HISTÓRICO DOS EVENTOS
Todo indivíduo ao longo de sua trajetória participa de eventos, sejam eles por motivos de trabalho, 
por atualização pessoal ou por simples comemorações sociais. Mas você já parou para pensar por que 
essa prática é tão comum? Por que as pessoas procuram por eventos ou do que elas se beneficiam?
Evento é uma reunião de pessoas que desejam vivenciar um tema para alcançar seu objetivo. Significa 
que as pessoas se agrupam porque querem experienciar um determinado assunto e colher um resultado 
para si ao final desse acontecimento.
De acordo com o dicionário Luft (2009, p. 310), a palavra evento significa “acontecimento”. Nesse sentido, 
pode-se ter eventos organizados de forma amadora, sem a técnica profissional; e eventos organizados por 
profissionais da área. Mas em quantos eventos uma pessoa chega a participar ao longo da vida?
A humanidade tem cada vez mais necessidade de se atualizar, para isso busca informações nos 
eventos. Além disso, ela tem como característica inata a necessidade de se socializar, conviver em grupo.
Para entender o início do fenômeno dos eventos, serão apresentadas algumas possíveis raízes ao 
longo da história.
24
Unidade I
2.1 Primeiros registros no mundo
Na história da humanidade, observa-se uma movimentação de pessoas se reunindo para vivenciar 
um tema e alcançar um objetivo, como, por exemplo, ocorria com o homem primitivo. Ele se deslocava 
em busca de uma presa, normalmente estava acompanhado para ter auxílio no transporte da caça e, por 
fim, reunia um pequeno grupo de pessoas para compartilhá-la em volta de uma fogueira. Mas, veja, de 
acordo com a situação narrada, pode-se dizer que o homem primitivo realizava eventos? Não, porque, 
embora os primitivos se agrupassem no mesmo local para vivenciar o momento da caça como alimento, 
alcançando o objetivo da refeição, não existia o fenômeno ou o termo “evento” nessa época.
A autora Marlene Matias (2013) discorre sobre os momentos que marcaram os eventos ao longo da 
história, que serão apresentados a seguir.
O primeiro registro de evento aconteceu com os Jogos Olímpicos, em 776 a.C. Não se tratava 
simplesmente de uma disputa esportiva; o evento tinha cunho religioso e era instituída trégua nos 
combates pelo período do evento. O interessante é que os homens tinham palavra e realmente 
respeitavam essa trégua. Que bom seria se os eventos de hoje preservassem tal característica pelo 
período de realização; os países que estão em guerra agradeceriam os momentos de trégua. Matias 
também explica que as Festas Saturnálias de 500 a.C. dariam origem ao que se conhece como Carnaval. 
E o primeiro evento intitulado congresso (377 a.C.) reuniu delegados de cidades gregas para discutirem 
sobre a luta contra a Pérsia, ocorreu de forma muito simplificada e seria retomado em 1815 em Viena.
Figura 1 – Estádio Panatenaico de atletismo situado em Atenas, um dos mais antigos do mundo
 Observação
Embora o evento fosse denominado congresso, suas características 
condizem com as da assembleia, por reunir representantes de cidades para 
decidirem sobre um assunto.
25
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
Outro período importante para os eventos foi a Idade Média (476 d.C. a 1453), com a realização de 
diversos concílios encabeçados pela Igreja, nos quais os presentes deliberavam questões sobre doutrina 
e fé cristã. Havia também muitas peças teatrais que retratavam momentos das missas.
2.1.1 Feiras comerciais
No quesito feiras comerciais, a Idade Média também era protagonista, realizando feiras de rua, nas 
quais as pessoas se deslocavam para participar e trocarem seus produtos como alimentos, vestuário, 
artesanato. A feira regular mais antiga registrada fora a da região de Champagnena França (427 d.C.), 
mas o evento tinha abrangência internacional. Cada edição durava entre 6 e 7 semanas e reunia produtos 
da Europa, África e Oriente para as ricas famílias visitantes (MATIAS, 2013).
 Observação
Atualmente, são raros os eventos que duram sete semanas; eles estão 
concentrados na categoria artística como, por exemplo, mostras de pintores 
renomados. A duração mais comum dos eventos é de 1 a 15 dias; em vez de 
serem mais longos, é preferível repeti-los em um período mais curto.
A época da Revolução Industrial aqueceu o mercado de feiras, uma vez que se tinham novas 
mercadorias para serem trocadas, aumentando o fluxo de viajantes a fim de fazerem negócios. Galpões 
foram construídos para atender às necessidades de feiras e exposições da época.
A primeira feira de Portugal data de 1776 e apresentou produtos industrializados nacionais. 
Em 1797, a França realizou uma feira de tapeçaria (MATIAS, 2013).
Em 1851, o Palácio de Cristal, construído na Inglaterra, foi considerado o primeiro pavilhão de feiras 
e exposições do mundo, isto é, um espaço físico permanente para receber eventos de grande porte.
 Observação
Os registros históricos não são muito claros na diferenciação do conceito 
entre feiras e exposições nessa época.
Já que as feiras eram acontecimentos que traziam lucros, novidades, novos negócios e informação, 
outros países da Europa foram desenvolvendo calendários com suas próprias feiras.
Com o grande número de realizações, o Bureau International de Expositions (BIE) estabeleceu em 
1931 uma diferenciação nos termos feira: feira geral era aquela que apresentasse o progresso humano 
em diversas áreas e feira especial “era aquela que apresentasse os avanços da ciência (MATIAS, 2013).
26
Unidade I
Em 1894, registra-se a primeira Feira de Amostra na Alemanha, com o objetivo de expor os produtos 
industrializados. Em 1904, foi a vez de Paris; em 1915, da Inglaterra; e, em 1935, da Itália. Todos os locais 
com Feiras de Amostra apresentando produtos próprios (MATIAS, 2013).
Com o advento da Segunda Guerra de 1939 a 1945, as feiras foram suspensas, sendo retomadas nos 
países europeus após esse período, como forma de gerar receita para a reconstrução da região.
2.1.2 Eventos técnicos e científicos
De acordo com Matias (2013), o primeiro congresso na categoria científica foi sediado em Roma, 
para o público de Medicina em 1681. Já o primeiro congresso técnico registrado na história ocorreu 
em Viena, em 1815, para os países europeus discutirem a redistribuição das terras conquistadas por 
Napoleão. Se você analisar, a realização de eventos técnico-científicos tornou-se ainda mais frequente a 
partir da Revolução Industrial (1760), quando houve realmente uma mudança no cotidiano das pessoas 
no sentido de substituição da mão de obra humana por maquinários, a introdução dessa tecnologia foi 
bastante discutida em encontros.
Embora não haja muitos registros sobre os eventos técnicos e científicos, vale destacar que Thomas 
Cook – personagem muito importante na história das agências de viagens – foi o pioneiro das viagens 
organizadas e, em 1841, levou 570 pessoas para o Congresso Antialcoólico em Leicester e Loughborough.
2.1.3 Exposições universais
Na linha do tempo não se pode deixar de comentar sobre as exposições. Ao contrário de feiras, as 
exposições têm o objetivo de apresentar produtos e serviços apenas para sua divulgação. O primeiro 
registro de evento desse tipo foi a Exposition des Produits de L’Industrie em 1798 na França (MATIAS, 2013). 
Todavia, vale destacar aqui a história das exposições universais.
A autora Sandra Pesavento (1997) explica que as Exposições Universais eram eventos que reuniam 
todas as nações convidadas, as quais tinham a oportunidade de criar alianças ao longo da realização. 
Objetivavam apresentar a capacidade técnica produtiva de cada país, com produtos novos e úteis, 
podendo ser equipamentos ou acessórios que facilitassem o cotidiano das pessoas. Era também uma 
forma de incutir a ideia de que a sociedade industrializada era o caminho para a felicidade e de identificar 
o que cada país prospectava para seu futuro, o que pretendia aplicar nos anos seguintes.
A primeira Exposição Universal foi inaugurada em 1851 em Londres, com a participação de 25 países, 
13 mil expositores e a presença de seis milhões de visitantes (A EXPOSIÇÃO..., 2020). Em comemoração 
à exposição, Joseph Paxton construiu um edifício de ferro e vidro, o Palácio de Cristal, que demonstrava 
avanços tecnológicos quanto ao uso desses materiais para a confecção rápida e fácil de estruturas. 
Foi um sucesso e, ao término do evento, o palácio foi desmontado e realocado no Sydenham, onde 
permaneceu até 1936, quando um incêndio destruiu suas instalações por completo.
27
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
 Saiba mais
O Palácio de Cristal foi bastante simbólico para a história da Inglaterra 
e para os eventos no mundo. Leia:
A EXPOSIÇÃO Universal de Londres de 1851 e o Palácio de Cristal. 
Biblioteca Nacional, 1º maio 2020. Disponível em: https://www.bn.gov.br/
acontece/noticias/2020/05/exposicao-universal-londres-1851-palacio-
cristal. Acesso em: 28 out. 2020.
Figura 2 – Palácio de Cristal de Londres
Observe que em várias edições foi utilizado algum elemento atrativo, dando o caráter de 
entretenimento para o evento. Além disso, foram inaugurados monumentos que se tornaram pontos 
turísticos das cidades. Então, se você lida com a área da hospitalidade, é interessante tomar conhecimento 
da história dessa exposição.
 Observação
Você sabia que o Brasil também possui um Palácio de Cristal? Construído 
em 1884 a pedido do Conde D’Eu, com o objetivo de sediar exposições de 
produtos hortícolas, a estrutura passou por vários momentos ao longo de sua 
história e até hoje é destaque turístico da cidade de Petrópolis – RJ.
A edição de 1855, em Paris, destacava o culto às máquinas e a propaganda expunha os produtos da 
melhor forma para serem aceitos e consumidos posteriormente.
28
Unidade I
Na exposição de 1862, Londres convidou o Brasil para participar. A princípio, o convite era inviável 
devido ao curto tempo para organizar a sua atuação. Mas o que o país divulgaria como capacidade de 
produção? Foi então que se organizaram exposições regionais e foram coletados os melhores produtos 
para representar o Brasil. Sua participação internacional equiparava-o à dos países europeus, mostrando 
que o desenvolvimento era possível. Muitas alianças entre nações surgiam no pós-evento.
A Exposição Universal de 1867, na França, também contou com a participação do Brasil, que não 
tinha muita capacidade industrial, mas como país predominantemente agrícola, expôs café, madeira e 
algodão. As atrações se intensificavam: cafés-concerto, restaurantes de comidas típicas e passeio de 
bateaux-mouches para os sightseeing no Sena. Veja que esses elementos atribuíam à exposição um 
caráter festivo e de espetáculo, reforçando a necessidade humana de entretenimento. Além disso, via-se 
grande circulação de nacionalidades entre os sete milhões de visitantes, pois havia pessoas vendo, pela 
primeira vez, turcos ou japoneses.
Pesavento (1997) segue descrevendo a edição de 1873 em Viena, com destaque à instalação 
de uma roda-gigante no Prater; e, em 1876, na Filadélfia, o evento foi marcado com o centenário da 
Independência dos Estados Unidos. Nessa edição, o Brasil apresentou suas riquezas naturais e, como 
curiosidade, D. Pedro II foi um dos primeiros compradores do aparelho telefônico.
A exposição de 1878 em Paris teve como destaque o advento da eletricidade. E, na mesma cidade, 
a edição de 1889 foi popularizada, não atraindo apenas a elite. Ocorria a celebração do centenário da 
Revolução Francesa; o engenheiro francês Gustave Eiffel construiu sua torre utilizando componentes 
de aço e ferro forjado pré-fabricados, essa estrutura artificial foi considerada a mais alta do mundo 
durante 40 anos. Mas nem era para a torre permanecer erguida, contrariamente ao que ocorreu, poisali 
se estampava o progresso e a criação de formas atrativas de diversão.
Figura 3 – Construção da Torre Eiffel, 1889
29
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
Outra sensação da exposição de 1889 foi o balão cativo – ancorado por cordas – que dava ao 
visitante a oportunidade de visão panorâmica da cidade, e também os alemães Daimler e Maybach, 
que exibiram um veículo a motor. Em termos de organização de eventos, essa edição deu ao visitante a 
possibilidade de visitação noturna, com show de luzes próximo à Torre Eiffel (BARBUY, 1999).
 Observação
A característica do funcionamento do evento em horário noturno é 
aplicada até hoje em qualquer tipo de evento, mas principalmente em 
feiras e exposições.
A realização de 1893, em Chicago, contou com a participação do Brasil, que mesmo estando em um 
momento delicado de transformação de monarquia para república, participou com alguns produtos, 
mas o destaque foi para o café cultivado na cidade de São Paulo. A nova regra da organização abria os 
portões também aos domingos, sendo mantida até hoje. Houve apresentação de dança do ventre vinda 
do oriente, o destaque foi o conjunto arquitetônico de edifícios brancos dispostos em série e ao longo 
dos canais, com estilo semelhante ao greco-romano (PESAVENTO, 1997).
Em 1900, a Exposição Universal em Paris marcou a presença da bicicleta la petite reine, o cinematógrafo 
e o automóvel como explicação dos motores de combustão interna. Na época, já ocorria a exposição 
somente de automóveis na França (PESAVENTO, 1997).
Desde o início, observa-se que as Exposições Universais sempre tiveram o caráter de apresentação 
de progresso e capacidade industrial. Entretanto, o próprio público passou a procurá-las, motivados 
pela diversão.
 
As exposições da fin de siècle se renderam, pois, ao primado do lazer. Com o 
tempo, a missão pedagógica do evento se juntou com o aspecto lúdico, que 
tendeu a dominar. A superposição de uma função sobre a outra não alterou a 
essência do aspecto fantasmagórico das exposições (PESAVENTO, 1997, p. 52).
Isso pode ocorrer com qualquer evento, ou seja, sua concepção tem uma finalidade, mas com o 
passar do tempo ou devido à necessidade do próprio visitante, o evento abarcou participantes com 
outros propósitos.
Com o período da Primeira Guerra Mundial gerando conflito globalizado, as Exposições Universais 
foram suspensas, afinal, como reunir as nações em pleno combate? Depois disso, o retorno do evento 
ganhou nova configuração, ficando menor e tornando-se mais especializado. Os países foram optando 
por realizar seus próprios eventos, voltados para um único produto, nos moldes como ocorrem hoje em dia. 
A edição seguinte foi em 1929 e ocorreu em Barcelona.
A partir de 1996, a nomenclatura das Exposições Universais passou para Expo Mundial (MATIAS, 2013). 
E mesmo diante de tantas modificações, o evento ainda sobrevive. As duas últimas edições que se tem 
30
Unidade I
registro foram as de Xangai em 2010 e de Milão em 2015. Na cidade chinesa, bateu o recorde de 
pessoas foi batido, atraindo 73 milhões de visitantes. Já, na Itália, participaram 20 milhões de pessoas. 
Tais edições procuraram abordar a sustentabilidade, a sobrevivência no planeta e as conexões entre 
povos (SANJAD, 2017).
A cidade de São Paulo se candidatou, com Dubai (Emirados Árabes Unidos), Esmirna (Turquia), 
Ayutthaya (Tailândia) e Yekaterinburg (Rússia), para sediar a edição da Expo 2020, mas o país árabe 
saiu na frente. O tema da cidade brasileira apresentado foi “Força da diversidade, harmonia para 
o crescimento” e seria construído um complexo de eventos de 5 milhões de metros quadrados no 
bairro de Pirituba, além de uma torre com mirante, ícone do evento que se tornaria permanente para 
visitação de turistas (G1, 2013).
Se a história das Exposições Universais fosse linear, ou seja, sem contratempos, deveria ocorrer a 
cada cinco anos, com duração média de seis meses; porém, quando ocorrem fatos mundiais – guerras 
ou pandemias – que abalam a estrutura da organização, essa regularidade deixa de existir, como ocorreu 
com a edição 2020 de Dubai, suspensa devido ao isolamento social pelo vírus Sars-CoV-2. Mas seja a 
qualquer tempo, a história do evento sempre busca retratar o olhar da sociedade sobre o mundo e sobre 
as relações humanas.
 Lembrete
A característica de funcionamento da Exposição Universal de domingo 
começou com a realização de 1893 em Chicago e é mantida até hoje, 
facilitando a presença do público.
2.2 O século XX
Os eventos são acontecimentos que estabelecem uma temática e agregam pessoas que desejam 
experienciá-la. A escolha por cada assunto sempre revela tendências da sociedade. Uma parte do 
século XX foi relatada nas Exposições Universais, mas esse tópico agregará outros elementos ao 
período. Serão destacados alguns fatos da história que demonstram a oportunidade para fazer cada 
vez mais eventos.
Após o término da Primeira Guerra Mundial em 1918, os Estados Unidos se destacavam como 
superpotência mundial, com crescimento econômico e consumo desenfreado de produtos e 
concedendo empréstimo aos países europeus que tentavam se reerguer. Só que a excessiva produção 
de mercadorias não pode ser consumida pelo mundo, e o grande número de ações colocadas à venda 
simultaneamente na bolsa de Nova York levou à quebra da economia americana. Tal fato repercutiu 
negativamente no resto do globo.
A partir dos anos 1930, muitos governos totalitaristas se solidificaram na Europa, como o fascismo 
na Itália liderado por Benito Mussolini e o nazismo na Alemanha liderado por Adolf Hitler. E o mundo 
caminhava para a Segunda Guerra Mundial, que duraria de 1939 a 1945.
31
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
Se, por um lado, o ser humano vivia em disputa pelo poder no século XX, por outro, a população 
buscava novos assuntos, novas formas de diversão para esquecer tal adversidade. Nos meios de 
comunicação despontavam a telefonia, o rádio e o cinema com som; a ciência apresentava a teoria 
da relatividade de Einstein, a teoria da psicanálise com Freud, o antibiótico penicilina com Fleming e a 
chegada do homem à Lua.
Na música e dança, surgiam novos estilos como jazz, tango e swing; e na pintura e escultura, 
retratavam-se as novas formas de se ver o mundo sob diversos ângulos, com jogos de cores e a brincadeira 
entre formas e elementos abstratos.
O comportamento da mulher também mudou consideravelmente, pois conquistou muitos direitos, 
como o voto e o trabalho fora de casa. Isso também interferiu na moda feminina, com a possibilidade 
de roupas mais confortáveis, peças práticas como sutiã e calça, maquiagem intensa e cortes de cabelos 
mais curtos e ousados.
Você acha que o século XX foi marcante? Cada assunto anteriormente citado foi motivo para 
realização de novos eventos. Todo indivíduo precisa se atualizar, acompanhar tendências, mudar a forma 
de pensar e criar novos hábitos. Então, para cada mudança nas relações humanas, se faz necessário um 
encontro entre pessoas para informação e discussão de novos parâmetros.
Os eventos do século XX foram de toda ordem: desde comemorações festivas, eventos desportivos 
– Jogos Olímpicos e Copa do Mundo – até congressos técnico-científicos, palestras, feiras e exposições.
E o que muda no atual século XXI? As questões de guerra entre nações e crise econômica mundial 
ainda se repetem. A tecnologia toma conta das relações, sejam elas no ambiente corporativo ou pessoal; 
há uso excessivo de computadores, tablets, celulares para otimizar o tempo e facilitar a produção e 
o consumo. As pessoas se relacionam em ambientes virtuais por meio de redes sociais, ampliando o 
número de contatos pelo mundo todo. Há preocupação cada vez maior com o meio ambiente, pois 
alguns recursos estão se extinguindo e o desenvolvimento sustentável do planeta não está sendo efetivo.
Tem-se então uma outra gama de assuntos que reafirmam a necessidade cada vez maior de se 
realizar eventos pela sociedade.
2.3 Registros dos eventos no Brasil
Há evidências de outros tiposde eventos no Brasil que, da mesma forma que na Idade Média, 
realizava feiras de rua, nas quais os produtores colocavam suas barracas para comercializar todo tipo 
de item: vestuário, hortifruti, carnes, grãos. Elas ocorriam aos domingos ou em dias de comemorações 
religiosas. Marcavam presença também os artistas com poemas, histórias e canções (MATIAS, 2013). 
A feira mais antiga registrada foi no Rio de Janeiro. Hoje, esse modelo se assemelha à feira livre de 
rua que ocorre semanalmente nos diversos bairros das cidades brasileiras oferecendo principalmente 
hortaliças, frutas e legumes.
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Unidade I
 Lembrete
Como descrito anteriormente, o Brasil atuou como expositor 
nas Exposições Universais desde 1862 em Londres, mesmo sem ter 
muita experiência.
O primeiro evento ocorrido em espaço físico específico foi o baile de carnaval no Rio de Janeiro em 
1840. De 1861 a 1875, foram organizadas exposições regionais com o objetivo de se eleger os produtos 
que representariam o Brasil nas Exposições Universais desse período. Até então, o país apresentava 
pouco know-how enquanto organizador de eventos; muitas tentativas, acertos e erros nas organizações 
nacionais e nos eventos internacionais.
Em 1922 o Brasil passa a desempenhar um trabalho mais profissional na organização da Exposição 
de Comemoração do Centenário da Independência, no Rio de Janeiro. O evento teve duração de 
cerca de 10 meses, com a participação de 14 países expositores e mais de 3 milhões de visitantes 
(MATIAS, 2013).
O hotel Copacabana Palace, inaugurado em 1923, sediou muitos eventos em seu espaço físico. O mesmo 
período de estagnação que acometeu o mundo, devido à Segunda Guerra, também afetou o Brasil.
Exemplo de aplicação
Você reparou quantas vezes o Rio de Janeiro foi protagonista de eventos? Por que a cidade não 
ficou mais conhecida como a capital dos eventos? São Paulo nem apareceu nesse percurso, mas hoje é 
a capital dos eventos e negócios.
Em comemoração aos 400 anos da cidade de São Paulo, foi inaugurado o Parque do Ibirapuera na zona 
sul da cidade, um complexo formado por áreas verdes, museus e pavilhão para eventos (MATIAS, 2013). 
Ocorreram várias feiras no local até a inauguração do Complexo Anhembi, em 1970, com 400 mil metros 
quadrados, na zona norte da cidade. Esse espaço fora construído especialmente para realizações e 
proporcionava a possibilidade de receber eventos de grande porte com pavilhão, auditório e sala de reuniões.
Na história dos eventos no Brasil, há um personagem que merece destaque, Caio de Alcântara 
Machado, um visionário para seu tempo. Nos anos 1950, Caio trabalhava em uma das poucas agências 
de publicidade do país, mas era muito bem relacionado, com grande rede de contatos e grandes ideias. 
Ele conseguiu fazer com que o Brasil tivesse sua primeira participação na US World Trade Fair em 1956 
(SÃO PAULO TURISMO, 2010).
Como Caio viajava muito para Estados Unidos e Europa, acompanhava as feiras comerciais 
internacionais e ponderava se esse formato de evento não daria certo no Brasil. Começou então a 
amadurecer a ideia.
33
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
O momento político também era propício, pois o presidente Juscelino Kubitschek – governo de 1956 
a 1961 – queria trazer desenvolvimento econômico e social para o país, o famoso “cinquenta anos em 
cinco”. Assim, o cenário para sediar feiras comerciais viria a calhar nessa empreitada.
Em 1958, Caio decidiu então inaugurar a primeira Feira Nacional da Indústria Têxtil (Fenit) com 
o objetivo de reunir tecelagens e empresas afins, fato que não surtiu muito efeito, pois os próprios 
fabricantes não acreditavam na ideia de expor seus produtos juntos a seus concorrentes (SÃO PAULO 
TURISMO, 2010). Mesmo assim, o publicitário apostou em outros dois projetos: a Feira da Mecânica, 
em 1959; e o Salão do Automóvel, em 1960. Esses eventos iniciaram no Pavilhão do Parque Ibirapuera, 
enquanto não existia o Pavilhão do Anhembi.
Caio foi apurando sua visão sobre as feiras comerciais e adaptou-as para a realidade brasileira, 
desenvolvendo as seguintes premissas: para que uma feira desse certo, precisaria ser realizada em 
grandes centros urbanos que tivessem parque industrial, ser feita por três anos consecutivos e não 
negociar seu valor de metro quadrado.
O centro urbano de uma cidade concentra grande número de empresas, prestadores de serviços, 
além de muitas pessoas circularem nele. Logo, para uma feira, torna-se mais fácil contratar fornecedores 
e garantir o mínimo de participantes – que já é bastante –, pelo menos aqueles que residem na cidade.
Quanto aos anos consecutivos, Caio entendia que a proposta de uma feira, ainda novidade para a 
população, deveria ter sua marca registrada na mente coletiva.
Exemplo de aplicação
Você sabe dizer de quanto em quanto tempo ocorre o Salão do Automóvel? Se você respondeu 
anualmente, pense melhor. O salão ocorre a cada dois anos.
Então, a estratégia de marketing era realizar o evento uma vez por ano, durante três anos consecutivos 
para que os visitantes registrassem a marca. Após esse período, seria avaliada a necessidade do evento, ou 
seja, se os produtos ou serviços expostos deveriam ser apresentados uma vez por ano ao seu público 
ou se poderia ser a cada dois anos e assim por diante. Caio também se preocupava em não desgastar 
a marca, pois se repetisse o evento em curtos espaços de tempo, o público poderia se desinteressar 
pelo acontecimento.
Sobre o valor do metro quadrado, está vinculado à marca do evento. Então o fato de se conceder 
descontos ou fazer valores promocionais acabavam por desvalorizar a marca. Isso fazia com que 
as feiras de Alcântara Machado fossem muito procuradas pelos expositores, pois agregavam valor às 
respectivas empresas.
Observe que muitos desses argumentos são válidos até hoje para esse veículo de comunicação 
dirigida que é o evento e, assim, registra-se a importância do personagem Caio de Alcantara Machado 
na história dos eventos do Brasil.
34
Unidade I
 Resumo
O homem precisa cada vez mais interagir com outros indivíduos para 
se comunicar e, por isso, os eventos tornam-se uma ferramenta relevante. 
Eles são importantes geradores de receita e emprego, ainda que temporários. 
É interessante para uma cidade ou país receber diversas realizações, 
influenciando positivamente no seu índice de produtividade.
Os eventos estão inseridos na área da hospitalidade e são parte dos 
três domínios – social, privado e comercial. Encaixam principalmente no 
domínio comercial, quando o participante paga ingressos ou inscrições 
para o evento. Na relação com o turismo, os eventos podem ser o próprio 
atrativo capaz de deslocar fluxo de pessoas para visitar a cidade-sede; é o 
que ocorre com grande parte de eventos no Brasil e no mundo.
Outro componente da hospitalidade que se relaciona com os eventos é 
o agenciamento. As agências de viagens oferecem ao cliente o serviço de 
reservas de passagem aérea e de hospedagem para palestrantes e convidados 
VIP quando a despesa é de responsabilidade do próprio cliente. Elas também 
providenciam guias de turismo para acompanhar os participantes.
Os eventos também se correlacionam com os meios de hospedagem 
no momento que os utilizam para acomodar palestrantes e participantes 
vindos de outros estados e países.
O transporte é peça essencial na realização de eventos, responsável 
pelo transporte aéreo de palestrantes e convidados VIP, pelo transporte de 
equipamentos e estruturas para a montagem do local e pelo deslocamento 
de participantes e palestrantes dentro da cidade.
Os elementos de entretenimento são amplamente explorados nos 
eventos, pois são capazes de aumentar o número de participantes, os quais 
os encaram muitas vezes como uma festa.
No quesito representatividade, o setor de eventos possui entidades 
internacionais – ICCA, Cocal, BIE; e nacionais – Ubrafe, Abeoc, Convention 
& Visitors Bureaux, Abrafesta – que procuram direcionar suas ações para 
legislação, regulamentação, capacitação e

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