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Esquizofrenia e Transtornos Psicóticos

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Por Breno C. Vizzoni 
Esquizofrenia, psicose: transtorno de humor no 
qual o paciente interage muito com o meio, sempre 
em hipomania ou em mania. 
 
Psicose = estado mental anormal 
Psicótico: distúrbio mental, compromete as 
atividades de vida diária e que geram estigma e 
medo. 
ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E 
TRANSTORNOS PSICÓTICOS – Diagnostic 
and Statistical Manual of Mental Disorders 
(DSM-V) 
Esquizofrenia, transtorno da personalidade 
esquizotípica. 
The Joker: padrão de quadro esquizofrênico. 
São caracterizados em grave deficiência em 
distinguir experiências internas mentais e 
experiências externas! 
As causas podem ser idiopáticas ou secundárias! 
→ Substâncias químicas. 
→ Condições médicas. 
o Epilepsia, lúpus, tumores, 
demência. 
Traços predisponentes podem existir desde a 
infância, podendo surgir, na adolescência, de 
maneira abrupta, sinais e sintomas característicos. 
Sintomas positivos Sintomas negativos 
Delírio Déficits social e 
emocional Alucinações 
Desorganização do 
pensamento 
Déficits cognitivos 
Desconfiança 
Hostilidade 
Os sintomas positivos deveriam estar ausentes, mas 
estão presentes. Não são necessariamente bons, 
mas sim positivos à detecção dos quadros de 
transtorno psicótico. 
Os sintomas negativos deveriam estar presentes, 
mas estão ausentes. 
Os fármacos mais relevantes tratam principalmente 
os sintomas positivos. Isso não é suficiente para 
tratar, já que os sintomas negativos também 
interferem na qualidade de vida do paciente. 
Diagnóstico 
Histórico, anamnese, neuroimagem e ECE. 
Fatores de risco 
→ Genética. 
→ Hábitos da mãe durante a gestação (uso de 
substâncias, quedas, afogamentos, privação 
de O2). 
→ Demência. 
→ Doença autoimune. 
→ Substância de abuso (fenilciclina). 
BASES NEURAIS 
Teoria da dopamina 
 
Relação dos efeitos da cocaína nos usuários com os 
sintomas de esquizofrenia. 
Dopamina → fenda sináptica → recaptação. 
Cocaína inibe a recaptação de dopamina, 
mantendo-a por mais tempo na fenda sináptica! 
Anfetaminas bloqueiam a liberação da dopamina 
dentro da vesícula sináptica, liberando-a no citosol 
e posterior vazamento dessa dopamina na fenda 
sináptica. 
Recaptador = transportador = captador 
Se o problema do esquizofrênico é o excesso de 
dopamina, reduzir-se-á, portanto, a quantidade de 
dopamina na fenda sináptica ou ainda, utilizar-se-á 
antagonistas de dopamina para reduzir sua 
atividade! 
Teoria do glutamato 
Ketamina e fenciclina inibem o NMDA (1), que é 
um receptor excitatório dependente de glutamato, 
num neurônio gabaérgico! 
A inibição desse receptor excitatório de ação 
inibitória (secreção de GABA), (2) impede a 
inibição de neurônios glutamatérgicos ou 
dopaminérgicos! 
Isso causa a despolarização (3) desse neurônio e 
secreção contínua de neurotransmissores 
excitatórios, aumentando a concentração de 
neurotransmissores na fenda sináptica. 
 
Portanto, quem tem transtorno do espectro 
esquizofrênico tem as vias dopaminérgica e 
glutamatérgica aumentadas! 
Deficiência de interneurônios gabaérgicos por 
hipofunção do NMDA causa esquizofrenia! 
 
 
 
 
 
 
Vias dopaminérgica e glutamatérgica explicadas 
 
Se na região afetada pela esquizofrenia houver 
maiores quantidades de receptores de dopamina do 
tipo 2 (DR2), a melhor posologia é tratar com 
antagonistas de dopamina. 
Efeitos piramidais (bacanas) e extrapiramidais (do 
mal). 
TRATAMENTO 
Primeira linha: antipsicótico típico! 
Segunda linha: antipsicótico típico! 
Se esses não derem certo, a partir daí serão 
ministrados antipsicóticos atípicos. 
Fármacos antipsicóticos – 70% de eficácia, 30% 
de desgraça 
Terapia eletroconvulsiva, estimulação magnéticas 
eletroconvulsiva e terapia psicossocial. 
→ São utilizadas para tratar os sintomas 
negativos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS 
Antipsicóticos = neurolépticos = tranquilizantes 
Objetivam reduzir o risco de recidiva dos surtos 
esquizofrênicos, com efeitos tranquilizantes, 
deliriolíticos e antialucinógenos, para tratamento 
dos sintomas positivos! 
Primeira geração – 
típicos 
Segunda geração – 
atípicos 
Clorpromazina Clozapina 
Haloperidol 
Risperidona 
Quetiapina 
São utilizados para tratamento de psicoses, 
transtorno afetivo bipolar, coreia de Huntington e 
emergências comportamentais. 
Farmacodinâmica 
Família 1: receptores D1 e D5; 
Família 2: receptores D2, D3 e D4. 
O D2, quando acionado, recruta a proteína G 
inibitória e reduz sua responsividade! 
Quem causa a esquizofrenia? A alta atividade de 
células piramidais dopaminérgicas! 
Quem vai ser inibido? Os receptores 
dopaminérgicos pós-sinápticos! 
Os fármacos de 1ª atuam nos receptores D1 e D2 
como antagonistas. 
Os fármacos de 2ª são altamente seletivos de D2 e 
certa afinidade por 5-HT, o que causaria menos 
efeito adverso e de quebra resolveria parte dos 
sintomas negativos. 
Por que cargas d’água se utiliza os fármacos de 1ª? 
São mais eficazes, mais seguros e mais baratos! 
Os fármacos típicos se ligam ao receptor e 
permanecem por tempo maior ligados, realizando 
ligações fortes e estáveis, o que aumenta seu tempo 
de ação. 
Isso, no entanto, causa efeitos extrapiramidais – 
motores –, já que também apresentam afinidade por 
regiões fora da região piramidal. 
Obs.: Clozapina 
Seletiva para D4. 1º aumenta e depois reduz a 
atividade dopaminérgica. A longo prazo modula a 
plasticidade sináptica e evita novas crises. 
Efeitos adversos 
→ Sedação 
→ Hipotensão ortostática 
→ Hipersensibilidade 
→ Leucopenia e agranulocitose 
→ Deixa de inibir secreção de prolactina 
→ Efeitos anticolinérgicos 
→ Síndrome maligna dos antipsicóticos 
o Rigidez corporal, febre, confusão 
mental e morte por insuficiência 
renal ou cardiovascular. 
o Dantroleno – antídoto. 
→ Distonia aguda 
→ Distonia tardia 
o Incapacitante e irreversível! 
Por que ocorrem alterações motoras? 
Nas regiões extrapiramidais, também ocorre 
liberação de dopamina e receptores D2. 
O antipsicótico inibe D2, mesmo nessas regiões 
extrapiramidais, e garante a maior liberação de 
ACh no neurônio motor, causando o descontrole 
motor. 
Caso haja intolerância por efeitos extrapiramidais 
Ajusta-se a dose; 
Caso não resolva, utiliza-se biperideno para regular 
ACh; 
Efeitos adversos de segunda geração 
Ganho de peso, distúrbios do metabolismo de 
glicose e lipídios! 
Obs.: clozapina – convulsão, miocardite e 
agranulocitose. 
MONITORIZAÇÃO 
→ Medidas antropométricas (2ª geração); 
→ Efeitos extrapiramidal (1ª geração); 
→ Três medidas de PA em datas diferentes; 
→ Colesterol, triglicerídeos, glicemia em 
jejum, prolactina.

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