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Antipsicóticos e Antidepressivos

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Antipsicóticos
Transtornos Psiquiátricos
· Transtornos do pensamento, das emoções e da memória.
· Modelo psicossocial: atribui a doença mental a problemas ambientais e psicossociais.
· Modelo psiquiatria biológica: atribui a doença mental a um desequilíbrio genético e químico (excesso ou deficiência de NT)
Psicose
· Síndrome (mistura de sintomas) que pode associar-se a muitos transtornos psiquiátricos diferentes. 
· Psicose significa delírios e alucinações. Em geral, inclui também sintomas como fala e comportamento desorganizado e distorções graves de testes de realidade.
· Sintomas:
· Perda de encadeamento lógico do pensamento.
· Incapacidade de julgamento. 
· Percepção incorreta da realidade.
· Alucinações, ilusões, excitação extrema 
· Comportamento violento: Crises psicóticas (surtos agudos). Até a década de 50 era em hospitais psiquiátricos, atualmente é domiciliar
· Transtornos nos quais a psicose é característica definidora: Esquizofrenia e Transtornos psicóticos induzidos por substâncias (drogas de abuso).
· Transtornos nos quais a psicose é característica associada: Mania, Depressão, Transtornos cognitivos e Demência de Alzheimer
Antipsicóticos ou neurolépticos
· Fármacos utilizados no tratamento de: Esquizofrenia, Transtornos psicóticos induzidos por drogas (anfetaminas, cocaína, levodopa). Distúrbio Afetivo Bipolar (síndrome maníaco-depressiva) e Transtornos Cognitivos (mal de Alzheimer).
· São utilizados clinicamente há 50 anos.
· A reserpina e a clorpromazina foram às primeiras drogas que se mostraram úteis na esquizofrenia.
Esquizofrenia
· Tipo de psicose, caracterizada por consciência lúcida, porem com acentuado distúrbio do pensamento. Prevalência de aproximadamente 1% da população. Importante componente genético. Transtorno que deve durar pelo menos 6 meses ou mais, incluindo pelo menos 1 mês de delírios, alucinações, fala desorganizada, comportamento desorganizado.
· Hipótese Neurodegenerativa da Esquizofrenia: Programação genética da apoptose, Anoxia Pré-Natal/Infecções/Toxinas, Sintomas positivos causando excitotoxidade, ocorrendo morte de neurônios. 
· Alucinações, delírios, experiências anormais, perda de controle dos próprios pensamentos.
· Pode haver atrofia de várias estruturas cerebrais.
· 90% incurável. 25-50% tentam suicídio.
· Vias dopaminérgicas: 
· Via Nigroestriatal: Coordenação dos movimentos voluntários.
· Via Mesolímbica: Relacionada aos sintomas positivos (exceção de excitação). Uma hiperatividade, uma quantidade excessiva que esta se ligando e fazendo uma atividade ligando a psicose. Excesso de dopamina vai fazer com que os sintomas acontecem. As drogas não tem uma atividade 100%. Uma redução de glutamina gera o sintoma positivo.
· Via Mesocortical: Relacionada aos sintomas negativos. A hipótese é a hipoatividade (baixa de dopamina) dos neurônios dopaminérgicos na via mesocortical gerando sintomas cognitivos, negativos e afetivos.
· Via Tuberoinfundibular: A dopamina liberada por esses neurônios inibe a secreção de prolactina.
· A dopamina tem uma situação que controla. Como se fosse um porteiro. O excesso de dopamina excita e o pouco inibe. Na via mesolímbica tem-se uma alta de temperatura, os sintomas positivos aparecem, os indivíduos ficam estressados. Quando é mesocortical a temperatura cai. Nas outras vias a temperatura continua a mesma. 
Antipsicóticos
· Mecanismo de Ação Típicos: (Bloqueio de receptores D2).
· Via Mesolímbica: Diminui os sintomas positivos.
· Via Mesocortical: piora sintomas negativos e cognitivos.
· Via Nigroestriatal: Diminui a atividade motora espontânea.
· Via tuberoinfundibular: Hiperprolactinemia (ginecomastia e galactorréia).
Obs: Agonista D2 (anfetaminas, Levodopa e Apomorfina) agravam a esquizofrenia. 
· Anti-muscarínicos: Constipação causando boca seca, visão turva. 
· Anti-adrenérgicos: Pressão cai, tontura e sonolência.
· Anti-histamínicos: Ganhar peso e manter a sonolência.
Reações adversas: (reações extrapiramidais, relacionadas ao movimento).
· Reação Distônica Aguda: Espasmos musculares: caretas, torções de pescoço, movimentos da mandíbula, olhar fixo para cima por minutos ou horas. 5 primeiros dias de tratamento ou doses únicas.
· Acatisia: Inquietação, Incapazes de permanecerem sentados. 
· Parkinsonismo: (+ frequente). 30% dos indivíduos. Muitos desenvolvem tolerância ou respondem aos antiparkinsonianos.
· Síndrome Neuroléptica Maligna: (rara). Rigidez muscular, hipertermia, falência renal e cardiovascular (fatal: 20%).
· Discinesia Tardia: Efeito tardio (semanas, meses ou anos). Movimentos laterais da mandíbula, de sugar ou beijar. Movimentos da língua do tipo “pega-mosca” e tiques; tronco (trás e frente).
· Efeitos Anticolinérgicos: Visão borrada, xerostomia (boca seca), constipação, retenção urinária.
· Efeitos Anti-histamínicos: Ganho de peso e sedação
· Efeitos Antiadrenérgicos: Hipotensão postural e sedação
· Efeitos Negativos: Retraimento social, apatia (mostra poucas emoções ficando sonolento) e afeto embotado.
· Efeitos Endócrinos: Galactorréia, irregularidade na menstruação, diminuição da fertilidade, desmineralização óssea, ginecomastia, disfunção sexual.
· Agranulocitose fatal e leucopenia: Clozapina.
· Pigmentação da córnea, cristalino e retina: Clorpromazina e Tioridazina.
· Alergia e Fotossensibilidade: Clorpromazina. 
· Antipsicóticos Atípicos: Trabalha com a serotonina para ela controlar a dopamina. Bloqueio simultâneo de receptores dopaminérgicos D2 e serotoninérgicos 5-HT2A. Reduz efeitos colaterais.
Mecanismo de ação: Tem maior especificidade no bloqueio dopaminérgico na via mesolímbica do que na nigroestriatal ou na mesocortical. Não apresenta efeito extrapiramidal, exceto discinesia tardia, e são eficazes nos sintomas negativos. Bloqueiam menos receptores D2.
· Clozapina: Antagonista D2, 5-HT2A, com propriedades anticolinérgicas e anti-histamínicas. Reações Adversas: Agranulocitose (1-2% dos pacientes). Pode causar convulsão. Maior risco cardiometabólico. Efeitos sedativos.
· Risperidona: Antagonista D2, 5-HT2A, α1 e α2. Efeitos Colaterais: Sonolência, Fadiga, Tonteiras ortostáticas, Taquicardia, Náuseas.
· Olanzapina: Antagonista de receptores 5-HT2A, 5-HT2C, 5-HT3, 5-HT6, D1, D2 e com propriedades anticolinérgicas, antiadrenérgicas e antihistamínicas. Maior afinidade por 5-HT2A do que por D2. Não tem evidências de citotoxicidade na medula óssea.
· Quetiapina: Maior afinidade por 5-HT2A do que por D2. Apresenta propriedades anti-histamínicas. Menos atividade anticolinérgica e antiadrenérgica. Alimento interfere em sua biodisponibilidade. Administrada 2 ou 3 vezes ao dia. Mais para o Alzheimer. 
· Efeitos Terapêuticos: Diminui a Agitação Psicomotora (tranquilizante). Diminui Sintomas positivos como alucinações, delírios, agressividade, agitação. Essa ação antipsicótica geralmente leva várias semanas (3-4) para se instalar. Efeito antiemético devido ao bloqueio D2 da zona do gatilho quimioceptora do bulbo, além do bloqueio de receptores muscarínicos e histamínicos. Reduzem os sintomas negativos (somente antipsicóticos atípicos).
· Usos Terapêuticos: Tratamento da esquizofrenia e distúrbio esquizoafetivo. Uso como tranqüilizante no manejo do comportamento agitado e agressivo (mal de Alzheimer - haloperidol). Prevenção de náuseas e vômitos causados pela quimioterapia e radioterapia. Reduzem sintomas de mania e tem início de ação mais rápido do que o lítio. Depressão com delírios graves. Tratamento da síndrome de Tourette (haloperidol, pimozida). Adjuvantes anestésicos.
· Farmacocinética:
· Absorção e Distribuição: Lipofílicos: Boa absorção (maior ligação c/ proteínas plasmáticas e depósito em tecido adiposo) menos biodisponibilidade: intenso metabolismo de 1ª passagem.
· Metabolismo: Hepático.
· Excreção: Renal com Meia-vida entre 10-24h.
· Vantagens dos Antipsicóticos Atípicos sobre os Típicos: Menor incidência de efeitos colaterais extrapiramidais. Melhoram tanto os sintomas positivos como os sintomas negativos. Melhoram os sintomas positivos em pacientes resistentes ao tratamento com antipsicóticosconvencionais. Provocam pouca ou nenhuma elevação dos níveis de prolactina. Melhoram o humor e reduzem o suicídio não apenas nos esquizofrênicos, mas também nos pacientes com depressão bipolar.
Antidepressivos
Transtornos de Humor
· “Humor é o conjunto de disposições afetivas e instintivas que determinam a tonalidade fundamental da atividade psíquica, capaz de oscilar entre dois polos compreendida entre euforia expansiva e depressão dolorosa”.
· Depressão x Mania: A mania se caracteriza pelo comportamento oposto, ou seja, entusiasmo, rapidez mental e verbal, extrema autoconfiança e diminuição da capacidade crítica. Os sintomas da depressão correspondem à sensação intensa de tristeza, desesperança, desespero e incapacidade de sentir prazer em atividades rotineiras.
· Relato de um paciente maníaco: “Caracteriza-se pelo comportamento oposto, com exuberância excessiva, entusiasmo e autoconfiança, acompanhado de ações impulsivas. Esses sinais estão geralmente combinados com irritabilidade, impaciência e agressividade e, algumas vezes, com delírios de grandeza do tipo napoleônico.
Todos os antidepressivos disponíveis parecem exercer efeitos significativos sobre o sistema monoaminérgico. todas as classes de antidepressivos parecem aumentar a disponibilidade sináptica de 5HT, norepinefrina (noradrenalina) ou dopamina 
Monoaminas: estão incluídas na classificação neurofisiológica dos neurotransmissores. são essenciais para o bem estar. sua principal característica é que estão distribuídas por todo o SNC E SNP, funções de neuromodulação, recebem e liberam material sináptico, que contém informação para cada uma das atividades complexas neuronais, regulam funções como atenção, emoções e também funções viscerais.
· Catecolaminas: noradrenalina, dopamina e adrenalina. são derivadas do metabolismo da tirosina ( aa aromático não essencial, produzido a partir da fenilalanina, várias fontes alimentares)
· Indolaminas: serotonina e melatonina, são derivadas do metabolismo do triptofano (aa aromático essencial), duas enzimas principais envolvidas no catabolismo dos neurotransmissores são a monoamina- oxidase ( MAO), presente nas terminações nervosas, e a catecol-O- metiltransferase ( COMT), presente nos tecidos, essas duas enzimas são alvos de fármacos.
Depressão 
· Transtorno do humor: síndrome com sinais e sintomas bem definidos. Os sintomas de depressão incluem componentes emocionais e biológicos.
· Sintomas Emocionais: Aflição, apatia e pessimismo; Baixa auto-estima (sentimento de culpa, inadequação e feiúra). Indecisão, perda da motivação. 
· Sintomas Biológicos: Retardo de pensamento e da ação; Perda da libido; Distúrbio do sono e de apetite.
· A prevalência da depressão gira em torno de 10% na população.
· Em idosos ou pacientes com outras patologias, esse número é ainda maior (até 30%).
· A depressão é 2 a 3 vezes mais frequente em mulheres.
· Hoje a depressão é a 4ª doença que mais causa incapacidade de produção nos pacientes.
· 30 anos (média de idade para manifestação) 
· Depressão unipolar: As flutuações de humor ocorrem sempre na mesma direção. 
· Depressão reativa: 75% dos casos, associada a eventos adversos da vida (morte, doença, desemprego), é acompanhada por sintomas de ansiedade e agitação. 
· Depressão endógena ou maior: 25% dos casos, fator hereditário, disfunção biológica. 
· Distúrbio afetivo bipolar: depressão alterna com a mania. Prevalência de 2,6% da população mundial
· Fisiopatologia da depressão: Teoria das aminas biogênicas:
· Mania: Superprodução da NA, 5-HT e DA.
· Depressão: Déficit funcional ou quantitativo da NA, 5-HT e DA, corticais e límbicas.
Antidepressivos 
· Os antidepressivos são fármacos capazes de elevar o humor. 
· Os antidepressivos não influenciam de forma acentuada o organismo normal em seu estado basal, apenas corrigem condições anômalas. Em indivíduos normais não provocam efeitos estimulantes ou euforizantes como as anfetaminas
· Classificação química e subgrupos:
· Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) – mais usados com facilidade de seu uso, seguranças em superdosagem, relativa tolerabilidade, custo. Fluoxetina.
· Inibidores da recaptação de serotonina-norepinefrina: Inibidores seletivos da recaptação de serotonina-norepinefrina (IRSN). Venlafaxina. Antidepressivos tricíclicos. Imipramina 
· Antagonistas de receptores de 5-HT2: Bloqueia a serotonina. Trazodona.
· Antidepressivos tetracíclicos e unicíclicos: Bupropiona.
· Inibidores da monoaminaoxidade (IMAO): Inibidores da MAO Tranilcipronina
IMAO 
· MAO (seletor da quantidade de neurotransmissor que cai na fenda) é uma enzima, e essa enzima é um porteiro. Controlando os neurotransmissores.
· (Inibidores da Monoaminooxidase) - Mecanismo de Ação.
· MAO A: Degrada preferencialmente NA e 5-HT onde atuam os antidepressivos. 
· MAO B: Degrada preferencialmente DA onde atuam os antiparkinsonianos. 
· IMAO: inativam a enzima MAO (reversível ou irreversivelmente) aumenta a concentração da NA e 5-HT no terminal sináptico e seu extravasamento para a fenda sináptica. 
IMAO irreversíveis e não-seletivos:
· Tranilcipronina: Parnate® - irreversível e não seletivo. Inativa qualquer MAO
· Seleginina: Jumexil ®, Deprenil®, Niar® - seletivo da MAO B (em baixas doses).
IMAO seletivo para MAO A e reversível:
· Moclobemida: Aurorix® - reversível e seletivo da MAO A.
Farmacocinética dos IMAO:
· Absorção e Distribuição: lipofílicos. Boa absorção oral. Extenso efeito de 1ª passagem. Ampla distribuição e atravessam facilmente a BHE. 
· Metabolização: Hepática. 
· Excreção: Renal.
Efeitos colaterais dos IMAOs: Hipotensão postural, Aumento do peso corporal, Efeitos anticolinérgicos (boca seca, constipação, visão turva, retenção urinária, Insônia, agitação). Disfunção sexual (anorgasmia, diminuição da libido, impotência e retardo da ejaculação)
Interações medicamentosas dos IMAOs
· “Reação do queijo” aos alimentos que contém tiramina – crise hipertensiva, cefaléia, náuseas, taquicardia e agitação.
· A utilização dos inibidores da MAO é limitada por causa das restrições dietéticas requeridas dos pacientes.
ADTs - Antidepressivos Tricíclicos
· AMITRIPTILINA – Amytril®, Tryptanol® 
· IMIPRAMINA – Tofranil® 
· CLOMIPRAMINA – Anafranil® 
· NORTRIPTILINA – Pamelor® 
· MAPROTILINA – Ludiomil® 
· DOXEPINA e DESIPRAMINA
· Mecanismo de ação: Inibição da proteína de recaptura da NA e 5-HT. Resultando em melhora do humor; Reforça alerta mental; Aumenta atividade física; Reduz preocupação mórbida. Bloqueio de canais de Na+ no coração (taquicardia e arritmias cardíacas). Ação antimuscarínico M1 (boca seca, visão turva). Antagonismo adrenérgico alfa-1 (pressão cai, tontura). Antagonismo H1 (ganho de peso e sonolência)
· Farmacocinética
· Absorção e Distribuição: lipofílicos. Boa absorção oral. Ampla distribuição e atravessam facilmente a BHE. Maior índice de ligação com proteínas plasmáticas (90 a 95%).
· Metabolização: Hepática. Com meia-vida longa (10 – 20h e alguns de até 80h). 
· Excreção: Renal
· Obs: usar antes de deitar devido a efeitos sedativos.
· Efeitos colaterais 
· Devido a ação antimuscarínica: No SNC delírio e alucinação (psicose tóxica), na superdosagem ocorre tentativas de suicídio. Sedação e dificuldade de concentração. Boca seca (xerostomia), visão borrada, constipação, retenção urinária. Hiperpirexia – febre alta – falta de sudorese. Taquicardia.
· Bloqueio dos receptores α1 adrenérgico: Hipotensão postural e tontura. 
· Bloqueio histaminérgico H1: Ganho de peso e sedação. 
· Bloqueio de canal de Na+ cardíaco: Arritmia cardíaca e parada cardíaca em superdosagens ou em cardiopatas (alteração do ECG).
ISRS – Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina
· FLUOXETINA – Prozac®, Deprax®, Fluxene®, Nortec®, Verotina®, Psiquial®, Eufor®. 
· PAROXETINA – Aropax®, Pondera®. 
· CITALOPRAM – Cipramil® 
· ESCITALOPRAM 
· SERTRALINA – Tolrest®, Zoloft®. 
· FLUVOXAMINA – Luvox®
· Mecanismo de ação: São inibidores específicos da recaptura de serotonina. Ausência da maioria dos perturbadores efeitos colaterais dos antidepressivostricíclicos, incluindo efeitos anticolinérgicos, hipotensão ortostática e ganho de peso. Pouca evidencia de ação sobre os receptores β ou transportador de NE.
· Farmacocinética:
· Absorção e Distribuição: lipofílicos. Boa absorção oral. Ampla distribuição e atravessam facilmente a BHE.
· Metabolização: Hepática, Meia-vida de 15-24h (fluoxetina de 24-96h com metabólito ativo). São inibidores enzimáticos – aumenta a toxicidade dos ADT e de outras drogas como antipsicóticos, antiarrítmicos, β-bloqueadores.
· Excreção: Renal. 
· OBS: Usar pela manhã – risco de insônia.
· Efeitos colaterais: Causam menos efeitos colaterais que os demais. Geralmente agudos e desaparecem com o tempo. Cefaléia. Insônia e agitação. Perda da libido. Ejaculação retardada. Anorgasmia. Distúrbios do TGI – náuseas, vômitos e diarréia e Perda de peso.
· Precauções: Síndrome da descontinuação (Tontura, Ansiedade, Náuseas e Vômitos) Palpitações e Sudorese. Necessidade de retirada progressiva. Ocorre menos com a fluoxetina devido a sua meia-vida longa.
IRSN- Inibidores Seletivos da recaptação da 5-HT e NA
· VENLAFAXINA - Efexor® 
· DESVENLAFAXINA 
· DULOXETINA
· Mecanismo de ação: Inibição seletiva da recaptação de 5-HT e NA. Não atua nos demais receptores como os ADT (α1 , H1 e M1 ). 
· Podem ser eficazes no tratamento da depressão em pacientes nos quais os ISRS foram ineficazes. 
· São eficazes quanto aos sintomas dolorosos crônicos da depressão (ISRS são ineficazes)
· Efeitos colaterais: Insônia, ansiedade e agitação. Aumento da pressão arterial e função cardíaca. Náuseas, desconforto gastrintestinal, diarréia Perda de libido, Cefaleia e Síndrome de Interrupção. 
Antagonistas de receptores 5HT2
· Trazodona (Donaren®).
· Nefazodona (Serzone®)
· Inibição de receptor 5HT2 - Efeitos ansiolíticos, antipsicóticos e antidepressivos
· Trazodona: Também bloqueia receptor α1 e H1 , por isso é extremamente sedativa (excelente hipnótico não indutor de dependência). 
· Nefazodona: Não apresenta bloqueio de receptores H1 – não causa sedação.
· Efeitos colaterais: Sedação e distúrbios gastrintestinais. Nefazodona causa hepatotoxicidade (raro)
Antidepressivos tetracíclicos e unicíclicos
· Bupropiona: Zyban®, Wellbutrin®: Inibidores moderados da recaptação de NE e DA. Liberação pró-sináptica de catecolaminas (NE). Usado para:
· Útil para aqueles que não toleram os efeitos colaterais dos ISRS e também, para aqueles que não respondem aos ISRS. 
· Anti-tabagismo (diminuição da fissura associada à interrupção do cigarro); aumento libido feminina.
· Efeitos colaterais: agitação, insônia, anorexia
· Mirtazapina: Remeron®, Zispin®, Avanza®, Norset®, Remergil®, Remeron Soltab®, Menelat®, Razapina®
· Mecanismo de ação: bloqueia os receptores 5HT2 e α2. Bloqueia α2 um autorreceptor pré-sináptico que aumenta liberação de NE e 5HT. Bloqueia 5HT2 com efeitos antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos 
· “Corta o cabo de freio do neurônio noradrenérgico e serotoninérgico, e a liberação de noradrenalina é aumentada”.
· Efeitos colaterais: É sedativo, devido a sua potente atividade anti-histamínica com vantagem para aqueles pacientes deprimidos com dificuldade de dormir
Indicações clínicas dos antidepressivos
· Depressão - “A instalação da melhora do humor é lenta, requerendo 2 a 4 semanas ou mais.”
· Transtornos da ansiedade: TOC, transtorno de ansiedade social, transtorno do pânico. ISRS e IRSN.
· Mais efetivos no tratamento em longo prazo do que os benzodiazepínicos. Não estão associados a risco de dependência e tolerância 
· Distúrbios da dor: ADT e IRSN.
· Transtorno disfórico pré-menstrual: Fluoxetina e sertralina.
· Abandono do tabagismo Bupropiona com redução do desejo intenso de fumar 
· Transtornos alimentares: bulimia e anorexia. Fluoxetina (bulimia). Bupropiona pode ter benefício no tratamento da obesidade.
· ADT: enurese.
· Venlafaxina: tratamento dos sintomas vasomotores da menopausa
· Trazodona: altamente sedativa - Não está associada à tolerância e dependência
“Estabilizadores do Humor”
· CARBONATO DE LÍTIO: Carbolin®, Carbolitium®. 
· ÁCIDO VALPRÓICO: Depakote®, Depakene®, Valpakine®. Tratamento da mania aguda e parece ser também estabilizante do humor. 
· CARBAMAZEPINA – Tegretol®.
· Transtorno afetivo bipolar: Transtorno maníaco-depressivo Causa das oscilações de humor são desconhecidas, embora possa haver relação com catecolamina. Prevalência: 1-3%. Diagnosticados na 3ª e 4ª década de vida. Forte componente genético. Abuso de álcool e de drogas (alta associação com a doença bipolar). Pacientes com ataques cíclicos de mania apresentam muitos sintomas de esquizofrenia
· Sais de Lítio: Mecanismo de ação obscuro com efeitos nos eletrólitos e transporte iônico; efeitos nos neurotransmissores e sua liberação; efeitos nos segundos mensageiros e enzimas intracelulares. Introduzido em 1950 para o tratamento da mania e como um agente profilático no distúrbio bipolar.
· Usos Terapêuticos: Tratamento da depressão bipolar ou maníacodepressiva. 
· Uso profilático: impede oscilação do humor - previne tanto a fase depressiva quanto maníaca. 
· Uso na crise aguda: só reduz o episódio maníaco. 
· Mas pode prevenir a fase depressiva. Potencializa os efeitos de outros antidepressivos em pacientes portadores de depressão maior resistente.
Farmacocinética:
· Absorção e Distribuição: Boa absorção oral. Ampla distribuição. Atravessam a BHE e placenta (teratogênicas – malformações cardíacas). Não se ligam às proteínas plasmáticas. 
· Metabolização: Apresenta baixo índice terapêutico: Concentração terapêutica = 0,5-1mmol/l Concentração tóxica = > de 1,5mmol/l. (monitoramento constante). Meia-vida longa (20 horas) e janela terapêutica estreita. 
· Excreção: Renal.
· Lítio (Reações Adversas): SNC (Tremores e problemas de memória). Outros distúrbios neurológicos pode ser hiperatividade motora, ataxia, disartria e afasia. Concentrações tóxicas: confusão mental e movimentos motores anormais. TGI (Náuseas, vômitos, cólicas súbitas, diarréia e anorexia). Tomar junto com as refeições. Aparelho Cardiovascular (Alterações no ECG, arritmias cardíacas). Aparelho Urinário: Incapacidade de concentração urinária (diabetes insipidus nefrogênico), poliúria e polidipsia. Edema devido à retenção de Na+. Sistema Endócrino e Metabólico: diminuição dos hormônios T3 e T4, bócio, hipotireoidismo, aumento do apetite e do peso. Sistema Hematopoietico (Leucocitose). Pele (Acne, foliculite).
Ácido Valpróico
· Droga antiepilética, mas exerce efeitos antimaníacos. 
· Eficácia semelhante ao Lítio e Eficácia em pacientes que não responderam ao Lítio.
· Pode ser associado ao Lítio em pacientes que não responderam a ambos os agentes isoladamente 
· Náuseas
Carbamazepina 
· Alternativa ao lítio quando este não tem eficácia.
· Utilizada na mania aguda e como terapia profilática 
· Reduz sensibilização do cérebro a episódios repetidos de oscilação de humor. Pode ser associado ao Lítio em pacientes refratário

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