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Câncer Epigenétic� Além da mutação, alterações epigenéticas podem ser associadas ao câncer. Epigenética está fortemente associada a Regulação da expressão gênica – regulação fina da expressão. Todas as nossas células tem o mesmo DNA, mas a diferença na expressão genica faz as células se especializarem em tecidos específicos. Epigenética tem um fator herdável, mas sem alterar o DNA, por isso essa herança dura poucas gerações. Hipermetilação (Supressor de Tumor): A metilação do DNA em ilhas CpG (região promotora) causa o silenciamento gênico. Hipometilação (Oncogenes): A ausência de metilação ativa genes, como genes do fator de crescimento. A mutação no gene HAT1 (codifica a histona acetil transferase 1) altera o grau de compactação das histonas e permite que genes sejam ativados e inativados. 1) Mutação 2) Modificações nas histonas 3) Metilação A maior parte dos gatilhos que iniciam alterações epigenéticas ainda são desconhecidos. No carcinoma urotelial (UC), câncer mais comum da bexiga urinária, apresenta extenso padrão de metilação (Erichsen, L. 2020)*. Os pesquisadores identificaram que a hipermetilação do gene ODC1 é um ponto de partida para o início de alterações epigenéticas em todo o genoma na formação (carcinogênese) do UC. Esses achados abrem novas perspectivas para a detecção precoce de tumores. Como você explica a razão de mortes por câncer serem muito mais frequentes na população acima de 70 anos? Se nossas células são capazes de se dividir (mitose), o corpo é constantemente renovado com novas células. Então por que morremos de causas naturais? Por que envelhecemos? O DNA da extremidade do cromossomo (telômeros) não pode ser totalmente copiado em cada ciclo de replicação, resultando em um encurtamento lento e gradual do cromossomo. O encurtamento de telômeros foi relacionado ao envelhecimento de células e a perda progressiva dos telômeros pode explicar a razão pela qual as células somente podem se dividir um determinado número de vezes. Telômero As extremidades dos cromossomos possuem estruturas especializadas de DNA que consistem em milhares de curta sequência (5'-TTAGGG-3’). Telômeros atuam como capas que protegem as regiões internas dos cromossomos e que se desgastam em pequena medida a cada ciclo de replicação de DNA. Você pode entender os telômeros como a ponta de plástico dos cadarços de tênis, que têm a função de não deixar que o cadarço se desfaça. Em média, as células humanas se dividem de 40 a 60 vezes, até perderem a capacidade de se dividir, envelhecer e morrer. Essa limitação no número de divisões celulares pode parecer ruim, mas é uma barreira para evitar que uma célula se divida descontroladamente. Células tumorais podem apresentar uma "imortalidade replicativa” , ou seja, podem se dividir muitas vezes mais do que uma célula normal do corpo. O envelhecimento celular esta associado a maior ocorrência de câncer em pessoas mais velhas. O problema da replicação das extremidades A replicação do DNA é semiconservativa, o que significa que cada fita na dupla hélice atua como modelo para a síntese de uma nova fita complementar. Câncer As repetições que formam os telômeros são consumidas lentamente ao longo dos vários ciclos de divisão. O encurtamento de telômeros foi relacionado ao envelhecimento de células e a perda progressiva dos telômeros pode explicar a razão pela qual as células somente podem se dividir um determinado número de vezes. Células com sistema de reparo (supressor de tumor) mutado, não param a divisão celular, permite que novas células com telômeros muito curtos continuem se dividindo. Enzima Telomerase Células cancerígenas tem a capacidade de reverter o encurtamento dos telômeros através da expressão da Câncer telomerase, uma enzima que estende os telômeros dos cromossomos. A telomerase é um tipo de transcriptase reversa, ou seja, uma enzima que pode produzir DNA usando o RNA como molde. Ação da telomerase A enzima Telomerase reconhece a sequência repetidas do telômero e usando um RNA molde no seu interior alonga a fita molde (5’-3’) A telomerase não é geralmente ativa na maioria das células somáticas, mas é ativa nas células germinativas e em algumas células-tronco adultas. Esses são tipos celulares que precisam passar por diversas divisões ou, no caso das células germinativas, dar origem a um novo organismo com o seu relógio telomérico “zerado" Células cancerígenas têm telômeros regenerados pela telomerase, permitindo a replicação continua dessas células. Metástas� Exceto as células sanguíneas, as células de uma linhagem tendem a não se movimentar para outros tecidos (Ex: neurônio se ramifica, mas não “caminha”). Célula cancerígena podem se desprender do neoplasma (tumor) e usando vasos sanguíneos e/ou linfáticos se desenvolver em outro órgão. O desenvolvimento de células cancerígenas em outro tecido, que não o seu de origem, é a Metástase (capacidade de migrar para outras partes do corpo) levando a propagação de tumores. A célula cancerígena podem não dependem de fatores de crescimento e tendem a ter regeneração dos telômeros. Além disso, são capazes de promover a angiogênese, crescimento de novos vasos sanguíneos o que facilita a metástase levando a propagação de tumores. Os Desmossomos agem como pontos de solda entre as células epiteliais adjacentes. Em células cancerosas, os desmossomos aparecem em número bastante reduzido ou são ausentes, provocando o desprendimento dessas células malignas do tumor original, contribuindo para a disseminação do tumor para locais distantes do original. Prova!!! A metástase ainda reflete sua origem, ou seja, um câncer de mama com metástase no pulmão se comporta como um câncer de mama (importante para o tratamento) – identificação pelo patologista. No entanto, o tumor primário e as metástases não são idênticos. Cada tumor pode apresentar linhagens de células com mutações diferentes que apareceram conforme o tumor cresceu. Câncer Cada linhagem é o acumulado de novas mutações do tumor primário. Podendo ter chances diferentes de formar metástases. Além disso, as células da metástase podem alterar o órgão, criando sinais que atraem mais células do tumor primário para o novo órgão afetado. As células da metástase continuam a acumular mutações, portanto, podem necessitar de diferentes tratamentos para cada linhagem de célula nova. Um tratamento que mata uma linhagem, pode favorecer o aumento de uma outra linhagem resistente. O primeiro tratamento para o câncer foi a remoção cirúrgica do tumor. Isso é possível em regiões que podem ser removidas com menor consequência, como mama, próstata. Demandam a remoção de uma porção maior de tecido do que o próprio tumor. O tumor deve ser visível, operável e sem metástase (minoria dos casos) Linfomas não são operáveis e câncer de pulmão geram metástase com facilidade. Tratamento A radioterapia veio com o entendimento que a radiação era capaz de destruir uma célula. Isso é feito colocando uma fonte de radiação diretamente em contato com o tumor. Elementos como Cobalto, Iridio e Paládio tem ação local. Se o tumor não for acessível, é possível usar Raios-X. Emitindo raios em diferentes direções e acertando “apenas” o DNA das células tumorais. A quimioterapia é indicada para tumores mais resistente ou inacessíveis fisicamente (linfomas). Ela ataca o sistema de proliferação celular, visando diminuir sua taxa de divisão. Além de impedir a formação vasos sanguíneos (angiogênese), diminuindo o suprimento de sangue no tumor e impedindo que ele tenha substrato para se dividir. Como se desenvolve o câncer Tumor benigno: massa de células que se dividem em excesso, mas não têm o potencial para invadir outros tecidos (desenvolver metástases). No entanto, suas células descendentes podem acumular mutações e se tornar um Tumor maligno, capaz de desenvolver metástase (baixa incidência de um tumor de origem benigna se formar maligno). Marcadores tumorais Os marcadores tumorais são macromoléculas presentes no tumor, no sangue ou em outros líquidosbiológicos, cujo aparecimento e/ou alterações em suas concentrações estão relacionados com a gênese e o crescimento de células neoplásicas. Calcitonina - hormônio produzido pelas células parafoliculares C da glândula tireoide, que normalmente ajuda a regular os níveis de cálcio no sangue. Taxas alterada ajudam a detectar o câncer da tireoide precocemente. Enolase Neurônio Específa (NSE) - marcador de tumores neuroendócrinos, como o câncer de pulmão. Câncer NMP22 - proteína encontrada no núcleo das células. Os níveis de NMP22 estão frequentemente elevados na urina de pacientes com câncer de bexiga. Antígeno Prostático Específico (PSA) - marcador tumoral para o câncer de próstata. O PSA é uma proteína produzida pelas células da glândula prostática, é encontrada apenas em homens. Proteínas alteradas são oriundas de genes alterados Câncer
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