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PANC (formatado) (4)

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ANNA CAROLINA PINHEIRO HASTENREITER 
 ESTER LOPES PÔRTO 
 GABRIEL SANTOS MORAES 
 ISABELA GUASTI 
 JÚLIA OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vila Velha- ES 
 2022 
 
 
 
 SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 
2 OBJETIVOS............................................................................................................... 
3 METODOLOGIA......................................................................................................... 
4 Plantas alimentícias não convencionais................................................................ 
4.1 Açafrão da Índia (Cúrcuma Longa L.) .................................................................... 
4.2 Beldroega (Purtulaca Oleracea).............................................................................. 
4.3 Costela de Adão (Monstera Deliciosa) ................................................................... 
4.4 Inhame (Dioscorea cayennensis Lam).................................................................... 
4.5 Lavanda (Lavandula)............................................................................................... 
4.6 Lírio do Brejo (Hedychium coronarium)................................................................... 
4.7 Mandacuro (Cereus Jamacaru) .............................................................................. 
4.8 Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata)........................................................................... 
4.9 Peixinho da Horta (Stachys Byzantina)................................................................... 
4.10 Tupinambo (Helianthus Tuberosos) ...................................................................... 
5 CONCLUSÃO............................................................................................................. 
6 REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
 
O presente trabalho tem como objetivo: 
• Entender o que é PANC; 
• Identificar sua relação em nível populacional; 
• Compreender como as PANCs atuam na promoção da alimentação saudável 
e segurança alimentar nutricional; 
• Descrever algumas PANC e suas principais características e composição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
Para a construção deste trabalho foi empregado o método de revisão de 
literatura referente à plantas alimentícias não convencionais. Suas fontes de 
pesquisa são compostas por artigos científicos retirados dos bancos de dados 
eletrônicos SciELO e google acadêmico. Além disso, foram utilizados 17 
artigos entre os anos 1980 a 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVÊNCIONAIS 
 O termo PANC foi criado no Brasil por um professor e biólogo chamado Valdely 
Ferreira Kinupp, em 2008, tendo como conceito todas as plantas que possuem uma 
ou mais partes comestíveis, sendo elas espontâneas ou cultivadas, nativas ou 
exóticas, que não estão incluídas no cardápio cotidiano. Cabe salientar que antes da 
definição do termo PANC, estas eram chamadas somente de plantas alimentícias ou 
plantas daninhas, silvestres, inços ou mato devido à falta de conhecimento e ao 
desuso pela maior parte da população. Porém, são espécies com grande importância 
ecológica, nutricional e econômica com potenciais inexplorados (LIBERALESSO, 
2019). 
 As Plantas alimentícias não convêncionais (PANC) são plantas que possuem uma 
ou mais partes ou produtos que podem ser utilizados na alimentação humana, como: 
raízes, tubérculos, bulbos, rizomas, cormos, talos, folhas, brotos, flores, frutos e 
sementes. Elas também podem possuir látex, resina e goma, ou serem usadas para 
extração de óleos e gorduras comestíveis (LIBERALESSO, 2019). 
 
 As PANC se adaptam em diferentes ambientes, nascem sozinhas ou podem ser 
cultivadas, podendo contribuir com o resgate dos processos vivos, denominados 
bioprocessos, contribuindo para a biodiversidade dos ecossistemas de cultivos por 
nascerem em ambientes diversificados. Para exemplificar como as PANC podem 
contribuir com a alimentação e em outras esferas da sociedade humana, enfatiza-se 
o impacto da cadeia de valor das PANC no desenvolvimento agrícola 
(LIBERALESSO, 2019). 
O uso de PANC, além de diversificar a dieta alimentar, pode representar uma 
alternativa de renda para comunidades rurais, além de contribuir com a economia 
local e regional. Se realizado de forma sustentável, pode ser considerado uma forma 
de utilização do solo com baixo impacto na agricultura, associado à conservação 
ambiental (TULER; PEIXOTO; SILVA, 2019). 
Contudo, se aponta a problemática da insegurança alimentar, sendo caracterizada 
pelo sofrimento de milhões de pessoas com fome crônica ou a falta de alimentos em 
quantidade suficientes para suprir suas necessidades nutricionais mínimas. 
(SANCHES, 2022). 
 
 
 
 
Segundo a POF (2017-2018), 10,3 milhões de pessoas viviam em domicílios em que 
houve privação severa de alimentos em ao menos alguns momentos de 2017-2018, 
além disso, a predominância nacional de segurança alimentar caiu nesses mesmos 
anos para 63,3%, alcançando seu patamar mais baixo. 
No entanto, mesmo com a garantia do direito à alimentação adequada, a fome e a 
insegurança alimentar continuam sendo uma realidade nos dias atuais, assumindo 
um papel recorrente no contexto mundial. (SANCHES, 2022). 
Pensando em maneiras de driblar a insegurança alimentar, surge então a busca por 
novas alternativas, dentre as quais, se destaca, a possibilidades de minimizar a 
desnutrição a partir das PANC, ainda mais por possuir uma característica muito 
interessante do alto valor nutritivo. (SANCHES, 2022). 
As PANC poderiam fazer parte do nosso consumo diário, mas devido à ausência de 
conhecimento da população e dos profissionais que atuam no combate à fome, muitas 
dessas plantas por serem facilmente encontradas na natureza, são caracterizadas 
como ervas daninhas sem valor e acabam sendo negligenciadas para o consumo. 
Tem-se como exemplo clássico, o Mandacaru encontrado na região semiárida 
brasileira, que por mais que possui seu alto valor cultural, não é reconhecido de 
maneira efetiva para a alimentação humana. (DA SILVA LIBERATO et al., 2019). 
 
4.1 AÇAFRÃO DA ÍNDIA 
Nome científico: Cúrcuma Longa L. 
 A cúrcuma (Cúrcuma Longa L.), espécie originária do sudeste asiático, é 
considerada uma preciosa especiaria, ela é conhecida no mercado como açafrão da 
India, tem sua importância econômica devida às peculiares características de seus 
rizomas. Além de sua substância corante, a curcumina, contém óleos essenciais de 
excelentes qualidades técnicas e organolépticas, com características antioxidante e 
antimicrobiana, que juntos possibilitam estender sua utilização aos mercados de 
perfumaria, medicinal, têxtil, condimentar e alimentício (CECILIO FILHO et al., 2000). 
 O açafrão da Índia (Cúrcuma longa L.), pertence à família Zingiberaceae, 
classificado como planta condimentar, por vezes é confundido, no Brasil, com outra 
espécie, a Crocus sativus L., também denominada de açafrão, sendo esta, no 
entanto, conhecida como o açafrão verdadeiro. Por esse motivo, parece crescer no 
meio científico o consenso pela denominação da espécie Cúrcuma longa (Koening),sinonímia de C. domestica (Valet), de cúrcuma ou cúrcuma. É comum deparar-se com 
a regionalização do nome comum da espécie, como: açafroeira, açafrão-da-terra, 
açafrão da Índia, batatinha amarela, gengibre dourada, mangarataia (CECILIO FILHO 
et al., 2000). 
 
 
 
 
 Originária do sudeste da Ásia, mais precisamente das encostas de morros das 
florestas tropicais da Índia, a planta é do tipo herbácea e perene. Introduzida no Brasil, 
é cultivada ou encontrada como subespontânea em vários estados. Atinge em média 
120 a 150 centímetros de altura em condições favoráveis de clima e solo. As folhas 
grandes, oblongo-lanceoladas e oblíquo-nervadas, emanam um perfume agradável 
quando amassadas. Possui pecíolos tão compridos quanto os limbos, que reunidos 
em sua base, formam o pseudocaule (CECILIO FILHO et al., 2000). 
Receita de Tofu mexido com açafrão da Índia: 
• Pique 1/4 de cebola e leve a refogar numa frigideira com uma colher de sopa 
de manteiga vegetal. 
• Junte 1 dente de alho picado, 1 a 2 colheres de chá de açafrão da índia em 
pó, uma pitada de cominhos e 250g de tofu esfarelado. 
• Tempere com sal, pimenta preta e orégãos secos. 
• Finalize com sumo de limão e sirva com pão! 
 
 
 
 
 
 
 
Composição centesimal dos rizomas de cúrcuma, segundo (PRUTHI,1980); 
(GOVINDARAJAN, 1980); (CECÍLIO FILHO; VILLAS BOAS, 1996): 
 
 
 
4.2 BELDROEGA 
Nome cientifico: Portoluca oleracea 
 A Portulaca oleracea L. (beldroega), herbácea de origem incerta (alguns autores 
dizem que sua origem é asiática ou africana, porém outros falam em América 
Tropical) possui diversas propriedades nutricionais e farmacológicas, podendo ser 
utilizada como planta medicinal e alimento funcional. São plantas com caule 
geralmente prostrado, com ramificação dicotômica, folhas subsésseis, espatulada, 
nervura central evidente; base atenuada; ápice arredondado a obtuso; margem 
inteira; glabras; Inflorescência com 2-6 flores (ZHOU et al., 2015). 
 
 
 
 
 
 
 Portulaca oleracea tem sido usada na medicina popular em muitos países, agindo 
como vermífugo, antisséptico, febrífugo, antibacteriano, anti-inflamatório, antioxidante 
e possui muitas outras propriedades, as quais estão associadas com seus diversos 
constituintes químicos, incluindo flavonoides, alcalóides, polissacarídeos, ácidos 
graxos, terpenóides, esteróis, proteínas, vitaminas e minerais (ZHOU et al., 2015). 
 Devido a esses fatores, a beldroega é listada pela Organização Mundial da saúde 
(OMS) como uma das plantas medicinais mais usadas, e foi-lhe dada o termo 
“Panaceia Global”. O folclore chinês descreve a beldroega como “vegetal para vida 
longa”, e essa já é usada na medicina tradicional chinesa há milhares de anos. Desta 
forma, a beldroega se mostrou uma opção com bons valores nutricionais, de sabor 
agradável e de baixo custo, sendo de fácil acesso para todas as classes sociais, e 
uma boa saída para a alimentação das pessoas de baixa renda (ZHOU et al., 2015). 
 Em relação ao consumo, essa planta pode ser consumida por inteira. As folhas 
são ricas em mucilagem, possui sabor levemente ácido e salgado, pode ser utilizada 
em saladas, na preparação de sopas e caldos ou apenas cozida e refogada como 
espinafre. Pode ser considerado um alimento funcional, já que tem função de 
contribuir na proteção contra algumas patologias. As sementes podem ser utilizadas 
em pães substituindo a chia e o gergelim. Sementes germinadas (brotos) são 
indicadas para saladas e decoração comestível. No entanto, os ácidos fenólicos 
presentes na planta, quando em doses elevadas, podem ocasionar efeitos 
indesejáveis. Nesse aspecto, destacam-se os efeitos de P. oleracea sobre a 
fertilidade. Estudos apontam para o envolvimento de flavonoides presentes na planta 
sobre a fertilidade em estudos in vivo com animais. Kaempferol, apigenina, luteolina, 
miricetina e quercetina são alguns dos principais flavonoides encontrados. A 
quantidade mais alta de flavonoides é encontrada na raiz, seguida pelo caule e pela 
folha. Embora as folhas sejam as partes mais utilizadas na culinária, é bastante 
sugestivo ter cautela no uso de P. oleracea em preparações alimentares por 
gestantes. Ainda, ao analisar o potencial biológico e perfil fitoquímico de P. oleracea, 
detectaram a alta presença de ácido oxálico que merecem atenção quanto às suas 
consequências para o consumo humano, por esse composto atuar como quelante de 
minerais da dieta, especialmente o cálcio (SOUZA et al., 2019). 
 
 
 
 
 
 
Composição nutricional da Beldroega crua em 100g: 
Nutrientes Beldroega crua (100g) 
Energia 16g 
Lipídeos totais 0,1g 
Carboidratos 3,4g 
Proteínas 1,3g 
Magnésio 68,0mg 
Ferro 2,0mg 
Potássio 494mg 
 
Receita do mix de Arroz com Beldroega e Leite de Coco: 
Ingredientes 
• ½ Cebola cortada em julienne 
• 1 colher de sopa de azeite 
• 2 maços de beldroega. 
• 1 ½ colher de chá de curry 
• Sal a gosto 
• 2 xícaras de arroz 
• 3 xícaras de água fervente 
• Leite de coco natural a gosto 
• Folhas de almeirão para finalizar 
Modo de preparo 
1. Refogue a cebola no azeite. 
2. Quando a cebola estiver dourada, acrescente as folhas de beldroega. 
3. Acrescente o curry, o sal e o arroz. Refogue. 
4. Adicione a água fervente e o leite de coco. 
5. Tampe e deixe no fogo até que o líquido seque. 
6. Sirva com folhinhas de almeirão. 
 
 
 
4.3 COSTELA DE ADÃO 
Nome científico: Monstera deliciosa 
 Planta trepadeira nativa do México é mundialmente cultivada como ornamental pelas 
belas e peculiares folhas, com segmentos que lembram costelas. É um nativo das 
florestas tropicais americanas. Familiar para alguns como o filodendro de folha 
dividida, Monstera agora floresce na Califórnia e na Flórida (BASS et al., 2020). 
 
 Seu fruto é comestível e muito saboroso. Quando o fruto está maduro tem aroma 
semelhante ao do abacaxi. A polpa (parte mais interna e comestível) é constituída 
por gomos individuais. Entre estes, situam-se pequenas e finas membranas de cor 
escura. O fruto é extremamente doce; no entanto, quando não se encontra 
completamente maduro, oferece uma sensação de irritação na boca, devido à elevada 
concentração de cristais de oxalato de cálcio. Pode ser consumido quando os gomos 
se encontram soltos, frescos ou processados como destilado (BASS et al., 2020). 
 Devem ser consumidos apenas os gomos hexagonais mais próximos ao centro do 
fruto (do miolo), devido à alta concentração de cristais em formato de ráfides 
(agulhas). O fruto, em sua composição é rico em cálcio e sódio (BASS et al., 2020). 
 
4.4 INHAME 
Nome cientifico: (Dioscorea cayennensis Lam) 
 A Dioscorea cayennensis Lam, conhecida popularmente como inhame, inhame-da-
costa ou cará-da-costa, é uma hortaliça produtora de rizomas alimentícios com alto 
valor energético e nutritivo, e elevado teor de amido. Essa planta não convencional é 
amplamente cultivada em todo trópico, sendo o Brasil o segundo maior produtor da 
América do Sul. A região Nordeste do país apresenta-se como a maior produtora 
nacional, destacando-se os estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, 
Sergipe e Maranhão. Ademais, o inhame é uma cultura de subsistência e de grande 
importância socioeconômica para a agricultura familiar da região Nordeste do país. 
 
 
 
 
 
 Em relação à composição nutricional, a espécie D. Cayennensis é muito rica fonte 
de antioxidantes, vitaminas e fitoquímicos. Além disso, essa raiz possui baixo índice 
glicêmico, por isso auxilia na perda de peso e no tratamento da diabetes; é uma boa 
fonte de carboidratos e fibras, ajudando na maior saciedade; e auxilia na redução do 
risco de doenças cardiovasculares e do colesterol, devido ao baixo teor de gordura. 
Composição nutricional em 100g de Inhame: 
 
 Falando um pouco agora sobre as formas de consumo, os turbéculos de inhame 
são consumidos de diferentes maneiras,principalmente, em alimentos tradicionais 
domésticos (cozido, assado, frito ou purê), sendo pouco utilizado para fins industriais. 
Além disso, o emprego da secagem desse alimento pode sintetizar a farinha para ser 
usado em outros preparos, a exemplo do pão. 
 
 
 Uma curiosidade é que a maioria dos métodos de cocção doméstica do cará-da-
costa apresentam efeitos na qualidade nutricional dele, uma vez que reduz os níveis 
dos fatores antinutricionais ao passo que aumentam outros nutrientes. 
Receita: Escondidinho de Inhame com carne moída: 
Ingredientes 
• 1 unidade de inhame (cará) (ou batata-doce) grande 
• 1 colher (sopa) de leite vegetal (amêndoa, aveia, castanha) 
• 1 unidade de cebola pérola cortada em cubos 
• 1 fio de azeite de oliva extravirgem 
• 3 colheres (sopa) de carne moída magra refogada 
• 1 pitada de sal a gosto 
• 1/2 unidade de tomate sem pele e semente picado 
Modo de preparo 
Cozinhe o inhame com o sal até́ ficar macio. Escorra a água, amasse com um garfo 
e misture o leite vegetal. Em uma panela à parte, doure a cebola no azeite. Junte a 
carne e o sal. Refogue. Em um prato, coloque a carne, o inhame (ou a batata-doce) 
e, por cima, o tomate. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.5 LAVANDA 
Nome científico: Lavandula. 
 Pertencente à família Lamiaceae como a hortelã, o orégano ou o tomilho, a lavanda 
(Lavandula angustifolia) é um arbusto aromático nativo da bacia do Mediterrâneo e 
típica originária do clima temperado (sul e oeste da Europa, sudeste asiático, norte 
da África). Seu aroma inconfundível e belas flores roxas fazem desta planta 
ornamental ser admirada desde a antiguidade. Seus usos medicinais remontam aos 
tempos antigos por possuir propriedades benéficas ao ser humano como 
antissépticas, digestivas, anti-inflamatórias, relaxantes e calmantes (BASS et al., 
2020). 
 Além de seu uso na medicina natural, suas flores perfumadas são secas e 
destiladas para produzir um óleo essencial amplamente utilizado em produtos 
cosméticos, de limpeza, aromaterapia, hidroterapia (BASS et al., 2020). 
 
A lavanda também é utilizada na culinária não convencional. Essa PANC é explorada 
nas preparações com carnes (carne de boi, cordeiro, coelho, frango e porco) a fim 
dos consumidores adquirirem experiências sensoriais, principalmente olfativas e 
palatáveis, com as nuances de seu sabor. Também é utilizada em pães, bolos, 
biscoitos, sorvetes, milkshakes, macarons, bombons, cheesescakes, cremes, chás e 
até mesmo mel quando o pólen colhido pelas abelhas é o da Lavanda. No entanto, 
em virtude de seu sabor intenso, deve ser usada com cautela para não mascarar o 
sabor dos outros ingredientes (BASS et al.,2020). 
 
 
 
 
Composição nutricional em 100g de lavanda: 
Composição Quantidade (g) CDR(%) 
Calorias 49 2,6% 
Carboidratos 11 3,5% 
Proteína 1 2,1% 
Fibra 0,2 0,7% 
Gorduras 1 1,9% 
Minerais Quantidade (mg) CDR(%) 
Sódio 0 0% 
Cálcio 160 13,3% 
Ferro 1,4 17,5% 
Magnésio 0 0% 
Potássio 0 0% 
Vitaminas Quantidade (mg) CDR(%) 
Vitamina A 0,05 5,3% 
Vitamina B1 0,03 2,5% 
Vitamina B2 0,08 6,2% 
Vitamina B3 0,02 0% 
Vitamina B12 0 0% 
Vitamina C 16 17,8% 
 
 
Receita: Limonada com Lavanda 
Ingredientes: 
• 4 xícaras de água filtrada 
• 3 colheres de sopa de mel 
• 4 ramos de lavanda secas 
• 1 xícara de suco de limão recém espremido 
• Raminhos de lavanda recém-colhidas para enfeitar 
Modo de preparo: 
1. Combine a água, o mel e a lavanda em uma panela e aqueça por 10 minutos ou 
até que a mistura comece a ferver. Retire do fogo e deixe esfriar por cerca de 20 
minutos. 
2. Despeje a mistura em uma jarra, através de uma peneira. Adicione o suco de limão 
e mexa. Sirva em copos cheios de gelo e decorados com um raminho de lavanda e/ou 
uma rodela de limão. 
 
 
4.6 LÍRIO DO BREJO 
Nome cientifico: Hedychium coronarium 
 O Hedychium coronarium também conhecido como lírio-do-brejo, bastão, gengibre 
branco e lágrima de moça, é uma planta macrófita nativa da região do Himalaia. É 
encontrada nas Américas e foi introduzida desde os Estados Unidos até a Argentina. 
No Brasil, a espécie é muito comum em toda a zona litorânea e em Minas Gerais, 
sendo relatada em várias regiões. A planta pode atingir até dois metros de altura, com 
hastes eretas e folhas coreáceas, e é comumente utilizada na alimentação de bovinos 
de leite por pequenos produtores em períodos em que há diminuição na oferta de 
pastagem (RIBEIRO; MASSAFERA, 2020). 
 Os rizomas do lírio-do-brejo apresentam forma alongada e contorcida, de 
comprimento e diâmetro diferentes (RIBEIRO; MASSAFERA, 2020). 
 
 Apesar de ser considerada uma planta invasora no Brasil, o lírio do brejo possui 
diversas propriedades farmacêuticas, uma delas é a presença de substâncias 
antimicrobianas em suas folhas, e também é usado como ingrediente culinário no 
preparo de geleias, chás e saladas em algumas regiões. Além disso, sua raiz (rizoma) 
é rica em amido, e quando transformada em polvilho, pode virar biscoitos, cremes, 
pães, mingaus, pudins, sorvetes, entre outros. O chá de lírio do brejo possui sabor 
similar ao gengibre, caracterizado por aspecto picante e aromático, por isso um de 
seus nomes é gengibre branco. Ademais, ele também pode ser usado como gengibre 
fresco, em sucos, molhos e sorvetes, por exemplo (ASCHERI et al., 2010). 
 Como citado anteriormente, o lírio do brejo pode ser usado de forma similar ao 
gengibre cru. Dessa forma, uma opção é usá-lo no preparo de molhos, como na 
receita sequente (ASCHERI et al., 2010). 
 
 
 
 
 
Composição nutricional do Lírio-do-brejo: 
Nutrientes Abril Julho Outubro Média 
MS (%) 20,43 20,46 20,45 20,44 
NDT (%MS) 57,16 65,07 68,36 63,53 
PB (%MS) 12,88 10,17 13,70 12,25 
FDN (%MS) 59,54 58,29 64,73 60,85 
Ca (%MS) 0,37 0,49 0,50 0,45 
P (%MS) 0,21 0,19 0,18 0,19 
 
Legenda: MS= matéria seca, NDT= nutrientes digestíveis totais, PB= proteína bruta, 
FDN= fibra em detergente neutro, Ca= Cálcio, P= Fósforo 
Receita: Molho de gengibre-branco 
 Descasque e rale 50g de raiz de lírio-branco. Pique uma cebola grande em pedaços 
bem miúdos. Refogue-os em 125g de manteiga, em fogo médio, por 
aproximadamente 20 minutos. Coe tudo numa peneira fina e passe para outra panela. 
Junte duas gemas, 100g de creme de leite, o sal e pimenta a gosto e mexa bastante 
com uma colher de pau. Deixe em fogo brando por 5 minutos. Esse molho acompanha 
peixes, frango, verduras ou legumes cozidos. 
 
 
4.7 MANDACURO 
Nome científico: (Cereus Jamacaru) 
 O mandacaru é uma cactácea nativa do Caatinga brasileira, adaptada às condições 
climáticas do Semiárido. Além de representar o poder da cultura nordestina, essa 
planta pode alcançar até seis metros de altura e possui um formato que pode lembrar 
um candelabro. O mandacaru é importante para a restauração de solos degradados, 
serve como cerca natural e alimento para os animais. A planta espinhenta sobrevive 
às secas devido à sua grande capacidade de captação e retenção de água (SILVA, 
2017). 
 
 
 
 
 
 As aves e o vento, espalhando as sementes, ajudam no nascimento e 
crescimento do mandacaru em áreas rurais. Por conta da ausência de folhas, a 
espécie não faz sombra e os espinhos ajudam na defesa diante de animais 
herbívoros. A planta é protegida por uma grossa cutícula que bloqueia a excessiva 
perda de água. O fruto tem cor violeta ou rosa forte e polpa branca com sementes 
pretas minúsculas que se assemelha bastante com a Pitaya nativa da América 
Central, muito popular nos últimos anos. Essa PANC serve de alimento tanto para 
as aves da região quanto para seres humanos. Embora não seja explorada 
comercialmente, pode sim ser consumida, sendo bem rica em ácido ascórbico 
(vitamina C) (SILVA, 2017). 
 Durante os últimos anos, alguns estudos vêm demonstrando que o consumo do 
fruto do mandacaru e de produtos à base deste, pode ser uma alternativa alimentar 
com benefícios paraa saúde da população, por conter substâncias como as fibras, 
que equilibram a absorção de gorduras, açúcar e colesterol, sendo responsável 
também por diminuir a velocidade da entrada do açúcar no sangue, evitando picos 
de insulina, mantendo um nível saudável de glicose no sangue. Os principais 
açúcares são a glucose e a frutose, com níveis baixos, e ácido málico, além do 
cítrico, oxálico e succínico (LUCENA et al., 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
Composição nutricional em 100g de Mandacuru: 
 
Receita: “chup-chup” de Mandacaru. 
 Para a elaboração dos chup-chups de mandacaru, escolha os frutos maduros da 
cactácea na quantidade que desejar. Retire a polpa dos frutos, e em seguida bata no 
liquidificador com leite condensado, água e leite em pó integral. Depois, filtre a mistura 
usando uma peneira. Para finalizar, adicione na embalagem própria para chup-chup 
e armazene em temperatura de congelamento a 4°C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.8 ORA-PRO-NÓBIS 
Nome científico: (Pereskia aculeata) 
 A Pereskia aculeata é uma trepadeira arbustiva pertencente à família cactácea, a 
qual é conhecida, popularmente, como ora-pro-nóbis. Essa planta rústica é 
encontrada, no Brasil, desde a região Nordeste ao Rio Grande do Sul, normalmente, 
ela é produzida para auto-consumo (RODRIGUES et al., 2015). 
 
 Em relação à composição nutricional, a ora-pro-nóbis, também chamada de 
carne de pobre, por ter baixo custo e elevado teor protéico, tem utilidade alimentar 
significativa. Isso ocorre devido à ótima digestibilidade das proteínas presentes nesse 
alimento (cerca de 85%), ao elevado teor de aminoácidos essenciais (leucina, lisina 
e valina têm a maior destaque) e aos níveis de fibras e minerais (ferro e cálcio, 
principalmente) (RODRIGUES et al., 2015). 
Composição nutricional em 100g de ora-pro-nóbis: 
 
 
 
 
 
 A parte mais consumida da Pereskia aculeata são as folhas podendo ser utilizadas 
para a preparação de saladas, sopas, omeletes. Além disso, essa planta, que faz 
parte do grupo das hortaliças não convencionais, pode ser comercializada na forma 
de pó, cápsula e folha desidratada. O pó, por exemplo, pode ser diluído em água ou 
sucos, ou ainda serem utilizadas na preparação de bolos, pães, massas, biscoitos e 
temperos (CRUZ et al., 2020). 
 
Receita: Batatinhas ao posto de ora-pro-nóbis 
Ingredientes para a batata: 
1/2 quilo de batatas bolinha inteiras ou partidas ao meio (se forem maiorzinhas) 
Azeite 
Sal 
Ingredientes para o pesto: 
1 xícara de chá de folhas de ora-pro-nóbis previamente rasgadas com as mãos 
1/2 dente de alho 
1/2 xícara de chá de queijo minas meia-cura ralado 
1/3 de xícara de chá de castanha do pará 
1/2 xícara de azeite de oliva ou azeite de castanha do pará 
Sal e pimenta do reino a gosto 
Modo de preparo do pesto: 
Amasse todos os ingredientes em um pilão ou, se preferir, bata no liquidificador ou 
em um processador de alimentos 
Reserve 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modo de preparo da batatinha: 
Deixe as batatas em água fervente por 10 minutos 
Escorra a água e coloque-as em uma forma ou refratário 
Acrescente sal e um pouquinho de azeite 
Deixe assar por 15 minutos 
Passe as batatas no pesto e sirva quente. 
 
 
4.9 PEIXINHO DA HORTA 
Nome científico: (Stachys Byzantina) 
 A espécie Stachys byzantina, conhecida popularmente como peixinho da horta, 
lambari de folha ou pulmonária, pertence à classe Magnoliatae, subclasse Asteridae, 
família Lamiaceae. Tem origem na Turquia, Ásia e Cáucaso, porém, pode ser 
encontrada em regiões de clima ameno, com temperaturas entre 5 e 30 ºC. No Brasil, 
é cultivada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. É uma herbácea perene, atinge 
cerca de 30 cm de altura e forma touceiras com dezenas de propágulos. É uma planta 
rústica, com baixas exigências e bastante tolerante ao ataque de pragas e doenças. 
A colheita de folhas é feita a partir de 60-70 dias, à medida que elas atingem tamanho 
superior a 8 cm, podendo alcançar facilmente a 15 cm. 
 
 
 
 
 No Brasil, o peixinho da horta ainda é pouco encontrado em grandes mercados, 
sendo geralmente comercializado em feiras de produtos agroecológicos. A compra 
costuma ser feita antecipadamente por encomenda e a entrega realizada 
semanalmente em espaço destinado a esse tipo de comércio. 
 
 Suas folhas se destacam quanto ao teor de proteínas, o que faz com que tenham 
um bom potencial de aplicação como elemento proteico em dietas livres de produtos 
de origem animal, como é o caso, por exemplo, da dieta vegetariana estrita. Além 
disso, as proteínas presentes nas folhas poderiam ainda ser utilizadas para o 
desenvolvimento de fórmulas proteicas de origem vegetal, que tem como vantagem 
a ausência de colesterol. Com relação aos compostos bioativos, as amostras 
apresentaram elevada atividade antioxidante e alta quantidade de fenólicos totais, o 
que pode contribuir para sua elevada resistência a pragas, juntamente com a grande 
espessura e pilosidade das folhas 
 O peixinho da horta é uma planta alimentícia, contudo não é normalmente 
aproveitada na alimentação das populações que habitam os ambientes onde é nativa, 
mas em outros locais, com destaque para o Brasil, onde tem sido consumida, 
usualmente, empanada e frita. Pouco se sabe a respeito do potencial alimentício da 
espécie, assim como seu aspecto nutricional (AZEVEDO, 2018). 
Composição nutricional em 100g de peixinho da horta: 
 
 
Receita: Peixinho da Horta Empanado 
Ingredientes 
• 10 folhas de peixinho da horta; 
• 80gr de farinha; 
• 100ml de água; 
• alho em pó; 
• limão em pó (opcional); 
• 200gr farinha panko; 
• Óleo para fritar; 
• 1 colher chá fermento em pó. 
 
Modo de preparo 
1. Misture a farinha de trigo, o alho em pó, limão em pó e vá adicionando a água 
até formar uma pasta homogênea. 
2. Adicione o fermento e mexa novamente. 
3. Esquente o óleo e vá passando a peixinho nessa mistura e fritando por imersão 
4. Reserve. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.10 TUPINAMBO 
Nome científico (Helianthus Tuberosos) 
É uma espécie da família das Asteraceae. É uma planta nativa da América do Norte, 
cultivada por seu tubérculo comestível. A planta é rústica e de fácil cultivo, mesmo em 
solos pouco férteis. É resistente a doenças e predadores. A multiplicação é feita 
através da plantação dos tubérculos em linha. Os tubérculos armazenam, em vez de 
amido, a inulina, um carboidrato que, por meio da cocção, se decompõe em moléculas 
de frutose (BASS et al., 2020). 
 
 Os rizomas podem ser consumidos crus em saladas; cozidos; fritos, assados, em 
conserva (picles); como purê, refogados, salteados ou em bolos, pudins, pães ou 
tortas. Os rizomas podem ser fatiados, desidratados e moídos para farinha. De forma 
caseira, pode se liquidificar e peneirar o pó. Esta farinha é fonte de inulina e pode ser 
adicionada com moderação a produtos de panificação em geral em saladas, sucos, 
achocolatados, cereais matinais (BASS et al., 2020). 
 O Tupinambo é rico em inulina, oligofrutanos, frutose, etanol. A parte aérea é rica 
em proteína, gordura e pectina, para a alimentação animal. Os oligofrutanos não são 
hidrolisados pelas enzimas digestivas na primeira porção do intestino. Como 
consequência, não aumenta a glicemia nem os níveis de insulina no sangue, sendo 
ideal na formulação de alimentos para diabéticos. A inulina é uma fibra solúvel; essas 
fibras fermentam e se transformam em comida para as bactérias benéficas que já 
habitam o nosso intestino grosso (BASS et al., 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
Composição nutricional em 100g de Tupinambo: 
 
 
Receita: Torta de Tupinambo 
Ingredientes: 
• 500g de Tupinambo; 
• 3 bolas de muçarela fresca; 
• 1 massa folhada; 
• Tomilho. 
Modo de preparo: 
1. Limpe os Tupinambos. Descasque e limpe-os novamente. Corte em rodelas, 
espessura nem fina, nem grossa. 
2. Por cima do papel vegetal/manteiga, abra a massafolhada e faça furos com a ajuda 
de um garfo. Coloque por cima as rodelas de topinambos, deixando cerca de 1 cm 
livre em torno da massa. 
 
 
 
3. Corte a muçarela em rodelas e coloque-as por cima dos topinambos. Polvilhe com 
tomilho seco. 
4. Leve ao forno por 20 minutos a 200°C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
• As PANCs (plantas alimentícias não convencionais) são as plantas que 
possuem uma ou mais partes comestíveis, sendo elas espontâneas ou 
cultivadas, nativas ou exóticas que não estão incluídas em nosso cardápio 
cotidiano; 
• As PANCs são encontradas em comunidades tradicionais e de pequenos 
agricultores familiares que ocupam áreas de vegetação nativa; 
• Com a diminuição do consumo de alimentos em casa e o crescimento de 
consumo de alimentos pré-preparados e instantâneos é um novo hábito da 
população o que pode prejudicar a qualidade de vida se a alimentação não for 
de qualidade, podendo comprometer a manutenção da saúde. Tornando as 
PANCs parte do consumo da população em geral, ela se integrará na 
sociedade como um todo e permanecerá viva na cultura alimentar popular. Os 
nutricionistas e prestadores de serviços de alimentação se tornam, figuras de 
grande importância na definição dos hábitos de consumo alimentar da 
população brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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antimicrobianas e toxicidade preliminar do peixinho da horta (Stachys byzantina K. 
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