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1 GENÉTICA INTRODUÇÃO À GENÉTICA DOENÇAS RARAS = Qualquer doença que afete 65 pessoas a cada 100 mil (1 a cada 2 mil) – 6 a 8% da população tem alguma doença rara! Genéticas = 80% Ambientais = 20% DOENÇAS MONOGÊNICAS / HERANÇA MANDELIANA = Dentinogenese imperfeita, Mucopolissacaridose GENÉTICA E ODONTO Síndrome Fetal do Alcool MATERIAL GENÉTICO - ESTRUTURA LINHA DO TEMPO 1890 = substancia no núcleo celular controla o desenvolvimento 1900 = Cromossomos parecem conter informações hereditárias, cromossomos se mostraram compostos pó proteínas e a.n. 1928 = experimento de transformação em bacterias 1944 = experimento de transformação com RNA... O DNA é agente transformante 1953 = O DNA é o material genético (e não a proteína) 1953 = Modela de DNA em dupla helice 1956 = RNA é o material genético viral O MATERIAL GENÉTICO Fonte estável de informação Capacidade de se replicar com exatidão Capacidade de sofrer mudanças (p/ evolução e diferenciação) DNA = Polímero composto de nucleotídeos, ou um polinucleotideo, formado por duas cadeias que se interligam na porção interna da molécula. Nucleotideo = monômeros que compõem o DNA e RNA - Açucar simples com 5 carbonos: pentose > DNA = desoxiribose > RNA = ribose - Base nitrogenada > Purinas: Adenina e Guanina > Pirimidinas: Citosina, Timina e Uracil - A-T e C-G (A e G tem dois anéis e derivam das purinas por isso são chamadas de púricas) (T e C tem um anel só e derivam das purimidinas, e são chamadas de puridimicas) - Grupo Fosfato (ligado ao carbono 5’) Os nucleotídeos estão ligados entre si, por ligações fosfodiéster (grupo fosfato do C5’ e o C3 do açúcar) *Obs.: essa ligação é de alta energia, e, por isso, é estável. É por conta também dessa ligação, que será possível encontrar diferentes extremidade na cadeia (5’ ou 3’) = polaridade Modelo da dupla-hélice = Duas cadeias polinucleotidicas em dupla hélice no sentido horário. - Cadeias são anti-paralelas (5’->3’ e 3’<- 5’) - Pontes de hidrogênio ligam as bases complementares das fitas opostas 2 ORGANIZAÇÃO DO DNA/RNA nos cromossomos Genoma = cromossomo ou conjunto cromossômico que contém todos os genes(DNA) de um organismo(ou de uma organela) *Obs.: 1 cromossomos = 1 molécula de DNA condensada! Nós temos 46 cromossomos em cada célula = 46 moléculas de DNA Gene = porção de DNA que(sequencia de nucleotídeos) que tem informação para o nosso corpo produzir proteína. Cromossomos virais: 1. única ou dupla fita de DNA ou RNA 2. circular ou linear 3. cercado por proteínas Cromossomos Procarioticos 1. Maioria das bactérias contém um cromossomos de DNA de dupla fita circular 2. Outros procariotos apresentam um ou mais cromossomos que podem ser circulares ou lineares 3. Tipicamente arranjados em uma região condensada chamada de nucleoide COMPOSIÇÃO QUÍM. DO CROMOSSOMO EUCARIOTO Cromatina = complexo de DNA e proteínas cromossômicas cerca de duas vezes mais proteínas que DNA Dois tipo de proteína: - Histonas: básicas, de carga +, que facilmente se ligam ao DNA(-) > 5 tipos - Não histonas: TIPOS DE SEQUENCIA DE DNA DNA centromérico: região centromérica, especializado na interação com proteínas dos microtubulos e do fuso celular durante a mitose/meiose DNA telomérico: nas extremidade dos cromossomos, mantém estabilidade do DNA nessa região e consiste de repetições em “tandem” , papel importante na replicação e no envelhecimento celular DNA “single-copy”: de sequencia unica DNA de sequencia repetitiva: DUPLICAÇÃO DO DNA = transmissão do material genético A DUPLICAÇÃO 1º) Duplicação dos cromossomos (fase S, de síntese de DNA) 2º) Separação dos cromossomos e divisão celular REPLICAÇÃO DO DNA = Mecanismo está baseado no pareamento das bases da dupla hélice do DNA A estrutura contém a informação necessária para perpetuar sua sequencia de bases. A replicação é semi-conservativa! = 1 fita parietal e 1 fita nova A replicação é bidirecional! 3 O genoma bacteriano constitui um único replicon (segmento de DNA que se replica a partir de uma origem) Apenas origens completamente metiladas podem iniciar a replicação. Cada cadeia(ou fita de DNA) cresce em uma direção diferente A DNA polimerase III é responsável pela síntese da maior pt do DNA -A síntese de DNA ocorre pela adição de nucleotídeos a extremidade 3´OH da cadeia em crescimento. Os precursores da síntese são desoxiribonucleotídeos 5´trifosfatos livres. - Sentido da síntese sempre é 5’ 3’ - A replicação é um processo extremamente fiel. As DNA-polimerases tem atividade revisora A síntese do dNA requer um iniciador (primer) de RNA PROCESSOS: 1) Helicase abre o DNA, rompendo a ligação entre as bases 2) Forma-se a forquilha de replicação 3) Cada fita é um molde para a nova cadeia de DNA 4) Primase inicia o processo de fazer um pequeno pedaço de RNA, o primer de RNA = ponto de iniciação 5) DNA polimerase se liga ao primer 6) DNA polimerase adiciona nucleotídeos (bases) 5’- >3’ 7) Uma fita é contínua e outra descontínua *Obs.: a Fita Lider é continua, já a fita retardatária é descontínua, sendo formada por fragmentos de Okazaki. *Obs.: A Topoisomerase é uma enzima que vai na frente da forquilha de replicação, impedindo o enrolamento 8) Exonucleases remove todos primers(de ambas cadeias) 9) DNA polimera preenche todas lacunas do DNA 10) Ligase conecta os fragmentos. TRANSCRISSÃO E PROCESSAMENTO DO RNA DOGMA CENTRAL O DNA pode ser duplicado por meio do processo da replicação, que ocorre sempre antes das divisões celulares e assim o DNA pode ser transmitido para células filhas (herança biológica) O conteúdo informacional do DNA pode ser expressp por meio dos processos de Transcrissão do DNA em RNAm e Tradução do RNAm em proteína. O conjunto destes mecanismos é chamado de Expressão Gênica e ocorre individualmente para cada gene, de acordo com a demanda celular/ do organismo. - Todas as funções dos organismos tem um elemento hereditário (“receita da proteína”) Proteína são as principais efetoras das funções orgânicas. Todas as funções tem um componente genético. O fluxo da informação é unidirecional = refutação da herança dos caracteres adquiridos TRANSCRISSÃO DO DNA = 1 gene é transcrito em RNAm RNA é sintetizado por meio da ligação de nucleotídeos livre da célula e de acordo com a informação de cada gene do DNA. 4 Exige participação ativa de enzimas específicas e de seus co-fatores. Uma das fitas de DNA serve de molde para a síntese do RNA, geralmente um mensageiro RNAm, que será posteriormente traduzido em uma proteína. Cada gene -> um RNA diferente. Alguns RNAs nunca são traduzidos: rRNA e tRNA Ocorre no nucleo Pela enzima RNA polimerase 1. Inicio = RNA Polimerase reconhece uma sequencia típica de DNA e se liga ao gene que será expresso em uma região específica: o sítio promotor, onde vai ocorrer a abertura das fitas. - Fatores de Transcrição (FTs) proteicos interagem com a região -10 do promotor e determinam a ativação específica de cada gene - Forma-se a bolha de transcrissão - RNAp ancora na região promotor e dá inicio à síntese de RNA - Ocorre a incorporação de até 9 nucleotídeos ao RNA sem que a enzima se mova - Em seguida hã o desacoplamento de um fator proteico que permite que a RNAP se desloque e comece a fase de alongamento - Não há necessidade de primer. 2. Alongamento = maior adição de nucleotídeos ao RNA O complexo DNA + RNA sendo sintetizado é um hibrido entre os dois tipos de polinucleotídeos O transcrito é sempre uma copia fiel do trecho codificador, com T substituídopor U. 3. Término = fim. Sequencias especificas de DNA determinam o fim da transcrição. - RNAp se liga a estruturas secundaria ou a fatores de terminação ali ancorados - Há uma desestabilização do complexo DNA/RNA, liberando um do outro - O mRNA formado é chamado de Transcrito Primário ou RNA heterogêno(hRNA). ESTRUTURA DO GENE Região Regulatória = nunca é transcrita - é nessa região onde o gene é ativado ou inibido, onde se forma a chamada bolha de transcrissão. Nessa região é onde se encontra o sítio promotor, onde a RNAp se liga ao DNA p/ dar inicio à transcrissão. Região codificadora = com códons, ela é transcrita(copiada) em um RNA Região Terminadora = não é transcrita – sequencia especifica de terminação do gene PROCESSAMENTO DO RNAm (=splicing) = É o amadurecimento do RNAm, sua modificação e estabilização antes dele dirigir ao citoplasma para ser traduzido. RNAm IMATURO (hRNA) = com introns(trechos de nucleotideos que não são traduzidos) RNAm MADURO = sem introns, com exons(trechos de nucleotídeos que serão traduzidos) 1) Adição do Cap: 2) Poliadenilação: adição de cauda de poli, que garante a integridade da outra extremidade do hRNA. 3) Splicing ou Poda de íntrons: íntrons são removidos e os éxons são reunidos formando o transcrito final, o RNAm maduro. – catalizada por enzima splicessomo 5 TRADUÇÃO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA = A síntese de um polipeptídio direcionado pela sequencia de RNA. CÓDIGO GENÉTICO = é a relação existente entre a sequencia de nucleotídeos do RNAm (DNA) e a sequencia correspondente de aminoácidos na proteína a ser sintetizada. Constituído por tripets / trincas (trinucleotideos) que são chamados de Códons no mRNA e que correspondem a anticódons no tRNA. 3 nucleotídeos = 1 códon -> 1 aminoácidos na proteína Ex.: códon CCG -> aminoácido prolina na proteína. Existem 20 aa que correspondem quase sempre aos mesmos triplets nas diferentes espécies. - tipos de bases nitrogenadas = 64 combinações - 61 triplets são considerados códons de aa e 3 são códons de terminação PROPRIEDADES DO CÓDIGO GENÉTICO Degeneração(redundância): 1aa é codificado por vários códons diferentes *Obs.: Exceções: Met e Trp Não ambiguidade (especificidade): 1 certo códon corresponde a 1 aa específico Universalidade: com poucas exceções, o código genético é o mesmo para todos os organismos, desde as bactéria até o homem. Ex.: códon de iniciação: AUG, códons de terminação: UAA, UGA, UAG *OBs.: A alteração(perda ou adição ou substituição) de uma única base do DNA pode resultar em uma proteína incapaz de desempenhar corretamente sua função. tRNA: - Braço Aceptor: com sequencia conservada CCA - Braço Variável: com região onde bases variam - Braço do Anticódon: que pareia com o códon - Braço D: com bases raras Quando um tRNA está ligado à um aa, denomina-se aminoacil-tRNA e o tRNA que carrega o peptídeo é dito um peptidil-tRNA. O processo de ligação de 1 aa ao tRNA é realizado por enzimas chamadas aminoacil-tRNA sintetases (há pelo menos 20 tipos) Aa + ATP -> aa-AMP + PPi aa-AMP + tRNA -> aa-tRNA + AMP rRNA: moléculas de RNA que se associam a proteínas específicas, as proteínas ribossomais (RPs) e constituem os ribossomos. São funcionais no citoplasma da célula, onde ocorre a síntese proteica. Ribossomos: apresenta 2 subunidades e apresenta 3 sítios ativos: - Sítio A: chegada de aminoácidos na subunidade maior, interage com aminoacil- tRNAs - Sítio P: na subunidade maior, liga-se com f- Met-tRNA ou com o peptídeo nascente. - Sítio E: local de saída dos tRNAs vazios e das novas proteínas sintetizadas. Enzimas e proteínas envolvidas: peptidil transferase, fatores de iniciação(IFs), fatores de elongamentos (EFs), fatores de terminação ou de liberação(RFs). Em procariotos a sequencia de nucleotídeos no mRNA que fazem a ligação ao ribossomo é denominada Sitio de Ligação ao Ribossomos(RBS). 6 A TRADUÇÃO = Processo em que o mRNA serve de fonte de informação para a síntese de um polipeptideo através da interação com o tRNA, o rTNA e os aminoácidos do reservatório (pool) intracelular. No citoplasma O mRNA maduro é traduzido de acordo com o código genético, a partir do códon de iniciação AUG, específico para metionina. DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE SÍNTESE PROTEÍCA INICIAÇÃO: formação do complexo de iniciação com mRNA, ribossomos e fMet- tRNA: (met=metionina= AUG) Subunidade < no sítio RBS do mRNA tRNA com o aminoácido formil metionina Subunidade> Esta fase necessita de proteínas auxiliares: fatores de iniciação(IFs); diferentes em pro e eucariotos Sítio P contém o tRNA com formil- metionina e o sítio A contém o códon para o aa seguinte. ALONGAMENTO E TRANSLOCAÇÃO: cada aminoacil-tRNA é adicionado ao sítio A pela ação de um Fator de Alongamento (EFtu) e o peptídeo nascente fica localizado no sítio P. O crescimento é sempre no sentido 5’- >3’. O aa ligado ao tRNA localizado no sítio A é transferido ao sítio P pela peptidil- transferase, formando-se uma ligação peptídica entre cada dois aa subsequentes. Em seguida o ribossomos desloca-se 3 nucleotídeos(1 codon) e o tRNA sem aa é liberado, o peptidil-tRNA move-se do sítio A para o P e um novo triplet é exposto no sítio A. Um novo aminoacil-tRNA com o anticódon correspondente ao códon exposto é incorporado À cadeia e segue-se asíntese do peptídeo. O movimento de translocação requer um outro fator proteico (EF-G) A direção da tradução é a mesma da transcrição. TÉRMINO: Ocorre quando o ribossomo encontra o códons de terminação no sítio A (UAG, UAA, UGA). O reconhecimento destes códons é realizado por proteínas conhecidas como fatores de terminação(IRs), ocasionando assim, a liberação do polipeptídeo e a dissociação do complexo. O conjunto formado por um mRNA unido a vários ribossomos é chamado de polissomo/ poliribossomo. *Obs.: A proteína sempre tem um número de componentes menor do que o mRNA, que é sempre menor do que o transcrito primário *** o tamanho do transcrito primário (não o mRNA) define a região de um gene. MUTAÇÃO E REPARO DO DNA MUTAÇÃO = Mudanças na sequencia de nucleotídeos de um gene Maiores fontes de variabilidade genética e permitem a adaptação dos organismos e ambientes em modificação 7 Podem ser deletérias, sendo a base genética das doenças Seu estudo pode facilitar a compreensão de sistemas biológicos nos quais o gene mutado atua Taxa média de mutação: 10 na -4 a 10- 7 mut/lócus/ geração EM QUE CÉLULAS QUE OCORREM: Somáticas = todas as outras - Mutações transmitidas p/ células filhas que se originam a partir da célula mutada - Afetam apenas algumas células do próprio indivíduo em que ocorrem - Podem ter consequências, como o câncer, naquele indivíduo Germinativas = dão origem aos gametas (nos ovários e testículos) - Mutações podem ser passadas para a próxima geração - Afetam todo o organismos que herda MUTAÇÕES GÊNICAS = Afetam um único gene DE PONTO = modificam um único ar de bases num gene Substituições de bases (transição / transversão) – efeito depende do impacto sobre a função da enzima. *causam alterações no módulo de leitura do RNA. - Transição: substituição de uma base de um mesmo grupo Químico. Ex.: purina -> purina (G ->A) - Transversão: substituição de base de um grupo químico por outro grupo químico. Ex.: purina -> purimidina (G ->C) *Obs.: transversões acumulam mais com o tempo Inserções e deleções de bases (“indels”) - Inserção: adição de bases - Deleção: remoção de bases *Obs.: adições e deleções de múltiplos de três nucleotídeos não são alteradoras do módulo de leitura do RNA DE EXPANSÃO DE REPETIÇÕES DE TRINUCLEOTÍDEOS. Síndrome do X-frágil Gene FMR-1: é variável o nº de repetições CGG, entre o promotor e o códon de iniciação. Metilação anormal do promotor; gene não é transcrito. MUTAÇÃO “SPLICE-SITE” (de junção entre intron e exon) = alteração que resulta em uma sequencia modificada de RNAm maduro: contém introns ou perdeu exons. Na proteína pode faltar ou sobrar aminoácidos EFEITOS DAS MUTAÇÕES Sobre a estrutura da proteína COM SENTIDO TROCADO = Alteração em um códon que, consequentemente, muda o aminoácido na sequencia proteica. SEM SENTIDO = troca de um códon de aminoácidos por um códon de parada, gerando uma proteína “truncada” *Obs.: dependendo do lugar da mutação, a troca pode fazer a proteína perder sua função ou não FRAMESHIFT (no módulo de leitura): inserção ou deleção de pares de base produzem alteração da leitura de toda a sequencia de códons a seguir, podendo até gerar códon de parada. SILENCIOSA = altera o códon, mas devido à redundância do código genético, o códon mutante codifica o mesmo aminoácido - não há efeito fenotípico NEUTRA = com sentido trocado, que altera a sequencia de aa. da proteína, mas não afeta a sua função, pois o aminoácido original é substituído por outro quimicamente similar. Ex.: aa acido -> aa. ácido Efeitos das mutações Efeito direto = mutações sobre o genótipo é a geração de novos alelos - Polimorfismo: existência de 1 ou mais alelos na população, com frequencia de mais d e1%. Efeito sobre o fenótipo é a geração de indivíduos mutantes. - Se a função da proteína é afetada, surge a variação no fenótipo Mutação reversa: altera o fenótipo mutante de volta ao selvagem 8 Mutações com perda de função: ausência completa ou parcial do funcionamento normal da proteína Mutações com ganho de função: produz uma característica nova, ou faz com que uma característica apareça em tecidos impróprios Mutações letais: causam a morte prematura MUTAÇÕES ESPONTÂNEAS = ausência de tratamento com mutágeno conhecido e resultam de funções celulares normais ou de interações aleatórias com o ambiente ERROS NA DUPLICAÇÃO DO DNA: mal- pareamento, deslizamento. Deslizamento unifilamentar: deslizamento de replicações em áreas de DNA repetitivo(tandem) -> “alça unifilamentar” > Alça no filamento recém-sintetizado: inserção > Alça no filamento molde: deleção Tautomeria: átomos de H podem se mover de uma posição para outra numa purina ou pirimidina, ocasionando oscilação no pareamento de bases. Mismatch: se a base estiver na forma tautomérica rara no momento da duplicação do DNA. CROSSING OVER DESIGUAL LESÕES ESPONTÂNEAS: desaminações e depurinações. Depurinações: interrupção da ligação covalente que liga uma purina ao átomo de carbono11 da desoxirribose - Forma sítio AP. Desaminações: desaminação de Citosina gera Uracil -> se não corrigida, Uracil pareia com adenina - conversão de par G-C em T-A - Desaminação de 5-metilCitosina gera Timina -> transições C para T DANOS OXIDATIVOS DE BASE = espécies de oxigênio são produzidas como subprodutos do metabolismo aeróbico normal ( superóxido, peróxid de hidrogênio, radicais hidroxila) - Podem causar dano oxidativo ao DNA e/ ou a seus precursores (ex.: GTP) - Ao longo do envelhecimento acumulam-se mutações devidas ao dano oxidativo, MUTAÇÕES INDUZIDAS = produzidas quando um organismo é exposto a um agente mutagênico que aumenta a taxa de mutação acima do nível basal. MUTAGÊNICOS QUÍMICOS: Análogos de bases: substâncias similares as bases nitrogenadas do DNA que ocasionalmente são incorporados no lugar das mesmas. Agentes alquilantes: adicionam grupos alquil (etil ou metil) ao DNA. Agentes intercalantes: introduzem- se pares de bases adjacentes da dupla hélice, causando adições ou deleções de uma ou mais bases. Ex.: proflavina e acridina. MUTAGÊNICOS FÍSICOS: Radiações ionizantes: - Raios X(gama e raios tóxicos): desloca elétrons dos átomos que encontra em sua trajetória, criando rastro de radicais livres e íons radioativos -> altera a estrutura das bases e quebra ligações fosfodiéster do DNA (quebras de cadeia simples e duplas) INTEGRIDADE DO DNA O DNA está em constante ameaça de agressão por mutágenos, mas mesmo assim, a taxa de mutação continua baixa, porque... Capacidade de revisão de erros de DNA polimerase (atividade exonuclease 3’- 5’) Prevenção do dano ao DNA Existência de vários Sistemas de Reparo do DNA Redundância dos Sistemas de Reparo PREVENÇÃO DO DANO AO DNA 9 Sistema de detoxificação de radicais superóxido REPARO DO DNA ETAPAS: 1) Detecção: o trecho danificado de DNA é reconhecido 2) Excisão: o trecho danificado de DNA é excisado (removido) 3) Polimerização: nucleotídeos danificados são substituídos por nucleotídeos íntegros, geralmente utilizando o outro filamento como molde 4) Ligação: os espaços abertos no arcabouço açúcar-fosfato são preenchidos. Reparo direto = na presença de luz visível, uma fotoliase se liga ao dímero e o quebra, recuperando a sequencia original (de bactérias a eucariotos) Reparo por excisão de nucleotídeos dependente de homologia. DOENÇAS DO REPARO DO DNA: Ataxia telangiectasia Bloom syndrome Cockayne’s syndrome Fanconi’s anaemia Progeria Rothmund-Thomson syndrome Trichothiodystrophy Werner syndrome Xeroderma pigmentosum MUTAÇÕES CROMOSSOMICAS = afetam o numero ou a estrutura do cromossomos GENÉTICA DO DESENVOLVIMENTO: ODONTOGENES DESENVOLVIMENTO ONTOGÊNICO: Do zigoto ao nascimento Nas diversas etapas da vida ATIVAÇÃO INICIAL DO DESENVOLVIMENTO DESENVOLV. EMBRIONÁRIO Primeiros compreendidos: Christine Nusslein-Volhard, Drosophila melanogaster, mutantes homeócitos, Nobel de Medicina 1995. Agem de forma extremamamente bem regulada no tempo e no espaço. 10 MUTANTES HOMEÓTICOS = mutantes que tem uma certa parte normal do corpo colocada em posição errada. Ex.: bithorax tem dois pares de asas ao invés de um só par. Ex.: Drosophila melanogaster EMBRIOGENESE EM DROSOPHILA: *Obs: genes bicoides -> gap genes -> regra dos pares genes -> genes segmentos polarizados -> (homeoticos) GENES HOMEÓTICOS (HOM): = Codificam fatores de transição que controlam a expressão de genes responsáveis por estruturas anatômicas particulares tais como asas, patas e antenas. Incluem uma sequencia de 180 nucleotídeos chamada de heomeobox, que é traduzido em uma região de 60 aminoácidos, chamados de homeodomínios. O homeodomínio da proteína homeolítica é envolvido na ligação com o DNA. GENES HOMEOBOX (HOX) Genes Hox são os homólogos vertebrados dos genes HOM-C de Drosophila, e partilham papéis conservados no estabelecimento do eixo anteroposterior do embrião. Encontrados em muitos organismos, incluindo vermes, peixes, sapos, aves, mamíferos e plantas. Nos cromossomo, ocorrem em grupos clusters e a ordem relativa dos genes dentro destes clusters é conservada entre os organismos. Quer dizer, que a ordem destes em Drosophila e no camundongo é a mesma! Além disso, a ordem dos gene HOX nos cromossomos está relacionada à sua expressão ao longo do eixo antero posterior dos organismos. Em mamíferos há 4 clusters Hox localizados em diferente cromossomos: HOXA, HOXB, HOXC e HOXD em humanos; Hoxa, Hoxb, Hoxc e Hoxd no camundongo. Clusters provavelmente surgiram por duplicações de um único complexo Hox ancestral. Genes Hox que ocupam a mesma posição em clusters diferentes são chamados parálogos. Ex.: HOXa4, Hoxb4, Hoxc4 e Hoxd4 - Mamíferos = 13 grupos parálogos - Genes dentro de grupos parálogos tem alto grau de homologia de sequencia de nucleotídeos e padrões de expressão muito similares. Genes Hox determinam a forma, o número e a evolução de partes do corpo que se repetem, como o número e o tipo de vértebras em animais com coluna vertebral. *Obs.: a maioria dos animais, não importando como são diferentes na aparência, compartilham inúmeras famílias de genes que regulam os aspectos maiores da construção dos padrões corporais. ODONTOGENES = genes do desenvolvimento dentário DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO EM MODELO ROEDOR: Estágio botão: ectoderma espesso -> placóide -> brotamento no mesênquima derivado da crista neural - Sinais epiteliais (genes expressos) -> mesênquima -> condensa-se em torno do broto 11 Estágio de capuz: epitélio cresce e circunda o mesênquima da papila dental Estágio de sino: odontoblastos e ameloblastos diferenciam na interface do epitélio e do mesênquima -> matrizes da dentina e do esmalte -> forma final da coroa dentária. MOLÉCULAS DE SINALIZAÇÃO PARÁCRINA DE DIFERENTES FAMÍLIA GêNICAS FAZEM A COMUNICAÇÃO CELULAR DURANTE O DESENVOLVIMENTO DENTAL: Interações entre ectoderma e mesênquima: - TGFB = fator de crescimento transformante - FGF = fator de crescimento de fibroblastos - SHH = Comunicação dentro da mesma camada tissular: - Ectodisplasina = molécula sinalizadora da família do tumor necrosis factor (TFN) e seu recepor Edar -> sinalização entre compartimentos ectodérmicos nos germes dentários Sinais regulam genes como: fatores de transcrição e receptores de sinais -> competência das células para responder aos próximos sinais, a sinais recíprocos e assim por diante. Fgf8 e BMp4 Fgf = fator de crescimento de fibroblastos Bmp4 = (boné mophogenic protein4) proteína formadora de osso Polaridade do epitélio determinada pelos esses genes. Bmp4 (expresso distalmente) e Fgf8(expresso proximalmente – mais perto do crânio) Dentes na região do Fgf8 -> molares Dentes na região Bmp4 -> incisivos *Obs.: a seguir, o padrão de expressão de Bmp4 e Fgfg8 muda e os locais dos primórdios pelas interações entre essas duas mesma moléculas no epitélio. Pax 9 NO DESENVOLV. DENTÁRIO = é um fator de transcrição cuja expressão no ectomesênquima é crítica para o inicio da morfogênese dental. Fgf8 induz a expressão de Pax9 no ectomesênquima adjacente Bmp4 inibe a expressão de Pax9. Em camundongos deficientes em Pax9, o desenvolvimenro cessa precocemente. Em humanos, oligodontias estão associadas a mutações em Pax9. 12 SINALIZAÇÃO RECÍPROCA DURANTE FASES INICIAS DO DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO Estágio inicial = epitélio induz desenvolvimento. - FGFs e Bmps atuam diferncialmente sobre a expressão de Pax9 e Msx1 no mesenquima. Estágio de broto = mesenquima domina o desenvolvimento dental. - Pax9 e Msx1 provavelmente mantém a expressão mesenquimal de Bmp4. - Bmp4 sinaliza de volta para o epitélio e induz p21 e Msx2 associados com apoptose. - Células do centro da camada epitelial escapam do ciclo celular (linha pontilhada) Estágio de capuz = nó de esmalte secreta fatores apoptóticos do próprio nó. - Simultaneamente, secreta Fgfs estimulantes da ploriferação em compartimentos celulares adjacentes. Pax9, Msx1 e activina bA são essenciais no mesênquima para a morfogênese dentária proceder de estágio de broto para estágio de capuz enquanto LEf1 é essencial no epitélio dental. O modelo de expressão de genes homeobox no padronamento dentário. A expressão em rede de genes homeobox na mandíbula produz um código que define o tipo dentário. Bapx1, Barx1, Dlx, Gsc, Msx, Pitx. ROTA DE SINALIZAÇÃO NOTCH Evolutivamente muito conservada. Sinais trocados entre receptores Notch controlasm formação, desenvolvimento e diferenciação de todos os órgãos e tecidos animas = determina destino de diferentes células vizinhas, também atua no desenvolvimento dentário. Dentes extra(supernumerários) podem ser induzidos a crescer na mandíbula de camundongos por inativação seletiva de um único gene: Apc. CROMOSSOMOS: ANOMALIAS NUMÉRICAS E ESTRUTURAIS CÁRIOTIPO HUMANO Bandas mais escuras = DNA mais compactado Nos humanos = 46 cromossomos – o número de cromossomos não tem haver com a semelhança entre as espécies Na metáfase, o DNA está muito compactado! RELEMBRANDO... 13 ANEUPLOIDIAS = ALTERAÇÕES NÚMÉRICAS Trissomia do cromossoma 13 = lábio loburino Trissomia do cromossomo 21 = síndrome de Down = 47, XX, 21 Triploidias = resultado de um corpúsculo polar que não se separa do óvulo ou de dois espermatozoides que entram ao mesmo tempo antes de fechar a barreira nuclear para algum deles = morte precoce 3 cromossomas sexuais Apenas 1 cromossomos sexual X *Obs.: monossomias são mto mais graves que as trissomias - monossomias geralmente viram aborto ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS - Deleções - Inversões - Translocações = troca de pedaços entre cromossomos *Obs.: Os cromossomos 13,14,15, 21 e 22 são acrocêntricos e tem na ponta do braço curto uma não compactação, onde fica o DNA ribossômico = facilita translocações roberaxonias * Obs.: isocromosso = que teve uma separação errada = ao invés de separar um braço longo e um curto para cada lado, separou os dois curtos dos dois longos * Cromossomos em anel = a quebra das extremidade se solda em errado formando um anel Microdeleções = perda de pequena parte do DNA de um cromossomo, não detectável na cariotipagem usual. - Detectada a partir de cariótipos de alta resolução, FISH ou PCR - Ex.: síndrome de DiGeorge = deleção 22q11.2 = ausência do timo e paratireoides = problemas cognitivos e comportamentais; retardo mental e anomalias cardíacas. - Ex.: síndrome de Miller-Diecker = deleção 17p13.3 = lisencefalia (retardo mental) e dismorfias faciais como afundamento bitemporal, nariz arerbitado, estrias verticais na testa e mandíbula pequena. LEGENDA Primeiro Número = em qual par de cromossomos Letra = em qual braço (p = curto / q = longo) Segundo número = em qual banda CROMOSSOMOS SEXUAIS X = Tem alguns genes autossômicos importantes Y = genes SRI = fazem a diferenciação de gônada para testículo ***Área de pareamento para fazer mitose Ex.: A síndrome de TURNER é uma anomalisa de cromossomos sexuais. PERGUNTAS: 1. Quando você suspeitará que um paciente seu precisa de um exame de cariótipo? Quando apresenta características clínicas dessas síndromes já descritas ou quando apresentá muitas más formações que não tem explicação clínica. 2. Imagine que você tem, sob sua responsabilidade uma criança recém nascida, muito malformada que vai morrer anãs próximas horas. Por que fazer seu cariótipo? Quando não seria necessário fazÊ- lo? Para identificar a causa correta, e ver se tem algum defeito de cariótipo que poderia ser herdado, e prevenir que haja outra criança com o mesmo problema. Não seria necessário se houvesse um diagnóstico adequado. 3. O que é mais grave: aneuploidia (anormalidade numérica) de autossomos ou de cromossomos sexual, por que? Autossomos, pq os sexuais tem menos genes somáticos de organização do corpo do que os autossomos. CROMOSSOMOPATIAS = uma categoria de doenças genéticas causadas por alteração nos cromossomos Ex.: síndrome do cri-du-chat, trissomia do cromossomo 13, síndrome de down. Trissomia do cromossomo 18. 14 MOLA HIDATIFORMES: Placenta consiste de massa desorganizada - Parcial: 69 cromossomos - Mais comum: 23 maternos, 46 paterno - Quando o material adicional é materno: placenta pequena e ocorre algum desenvolvimento embrião - Quanto o material adicional é paterno: placenta grande e o embrião não se desenvolve - completa: 46 cromossomos (todos paternos) = risco de desenvolvimento de coriocarcinoma. IMPACTO DAS CROMOSSOMOPATIAS: Abortos de 1 trimestre: 50% Natimortos: 5% Nativivos: 0,7% Fetos da mãe> 35 anos: 2,0% Fetos da mãe> 45 anos: 5,0% SÍNDROME DE DOWN Clínica: - hipotonia (diminuição do tônus muscular) - hiperextensibilidade articular - broaquiocefalia (achatamento do crânio) - perfil facial achatado - Ponte nasal achatada - Fendas palpebrais obliquas - Boca permanente aberta - Língua protusa - Orelhas de baixa implantação - Pregas epicântricas - Aumento da prega nucal - Clinodactilia do 5º dedo - Bacias displáticas - Aumento da distancia entre o 1º e 2º dedo do pé. - extrema variabilidade - retardo mental - retardo de crescimento (curvas próprias) - Microcefalia - Cardiopatia congênita - Mais risco de leucemia (10 a 30x10) - Hipotireoidismo 14ongênito Susceptibilidade a infecções - Alterações oftalmológicas: blefarite, estrabismo e nistagmo - Disturbios otorrinolaríngológicos - Malformações do aparelho digestivo - Instabilidade axial = pescoço mole - Malformações urinárias - Odontológicas: ausência congênita de dentes, atraso da erupção dentária, alteração do tamanho e morfologia dos dentes, doença periodontal - Doença de Alzheimer precoce Tratamento: - Estimulação precoce - Condutas antecipatórias clínicas - suporte psicológico Psicopedagogia - Fisioterapia - Fonoaudiologia -Terapia ocupacional Cariótipo = trissomia do cromossomo 21 - Translocação robertsoniana também (entre 14 e 21) - O risco de síndrome de down aumenta junto com a idade da mãe! Risco de recorrência: - Trissomia livre: 1% mais idade materna - Translocação: 15% - Mosaico: 1% Diagnóstico pré-natal: - Translucência nucal - Triagem sérica - Amniocentese - Biopcia do covilo corial TRISSOMIA DO 18 (EDWARDS) 15 TRISSOMIA DO 13 (PATAU) SÍNDROME DE KLINEFELTER = 2 cromossomos X e 1 Y SÍNDROME DE TURNER QUESTÕES INTERESSANTES: Frequência ao nascimento maior do que frequência de abortos Frequência de cariótipos: - 50% 45, X - 25% alterações estruturais -25% mosaicos Necessidade de dois X no desenvolvimento embrionário? Não altera com a idade materna = a falta de cromossomos X é de origem paterna Infertilidade= Um X para desenvolvimento do oócito. Dois X para a manutenção do oócito: degeneração gonodal. IMUNOGENÉTICA IMUNIDADE = capacidade do organismo de reconhecer substâncias que considera estranha; um microrganismo infeccioso = capacidade do organismo de reconhecer um componente endógeno próprio do organismo ou resposta exacerbada contra agentes exógenos Levando a uma resposta imunológica IMUNIDADE INATA/NATURAL = 1ª linha de defesa contra microrganismos Mecanismos de defesa celulares e bioqúimicos Componentes: - Barreiras físicas e químicas(substancias químicas antimicrobianas produzidas nas superfícies epiteliais) - Barreira Celular: células fagocíticas (neutrófilos e macrófagos), células dendríticas e Células natural killer. - Barreira proteica: sistema complemento e citocinas IMUNIDADE ADAPTATIVA = Estimulada pela exposição sucessiva a determinado microrganismo 16 Especificidade: habilidade de distinguir entre diferentes substâncias Memória: Habilidade de responder de forma mais vigorosa em uma segunda infecção Diversidade: Responde contra uma ampla variedade de antígenos – existem diversos receptores em sua superfície (10^7 à 10^9) Principais componentes: - Linfócitos T = efetores, podem ativar a destruição de células infectadas ou ativar outras células do sistema imune (TCD4) - Linfócitos B = produzem anticorpos IMUNIDADE HUMORAL = principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e toxinas Linfócitos B produzem anticorpos Anticorpos secretados podem ligar-se aos microrganismos e ajudar na eliminação Anticorpos especializados: 1. Promover a fagocitose 2. Liberação de mediadores inflamatórios IMUNIDADE CELULAR = principal mecanismo de defesa contra microrganismos intracelulares e vírus - Função de auxiliar e recrutar outras células do sistema imunológico ou matar as células infectadas. Linfócitos T auxiliar (Th): ativam outras células do sistema imunológicos Linfócitos T citotóxico (Tc) : atuam diretamente nas células infectadas, induzindo a apoptose delas. ANTÍGENOS E ANTICORPOS Antígenos = Qualquer substância com a capacidade de se ligar aos receptores de células do sistema imunológicos, gerando ou não uma resposta imunológica Imunógenos = Aqueles antígenos que geram uma resposta imunológica, ou seja, são reconhecidos como algo que o corpo deve combater Epítopos = Como normalmente ass proteínas são muito grandes, o anticorpo consegue se ligar a apenas uma parte da moléculas. Essa região de ligação do anticorpo se chama epítopo/ determinante. Anticorpos: sintetizados somente pelas células da linhagem de linfócitos B, existindo em duas formas: 1. Ligados à membrana 2. Soluveis Funções efetoras: 1. Neutralização dos microrganismos ou produtos microbianos 2. Ativação do sistema complementos 3. Opsonização dos patógenos 4. Citotoxicidade mediada por célula 5. Ativação de mastócitos Anticorpos possuem as mesmas características estruturais, mas diferenças na região de ligação ao antígeno. - Região constante – classes/ isotipos: IgA, IgD, IgE, IgG, IgM *Obs.: a meia vida do IgG é maior do que a dos outros Dependendo da região Fc do anticorpo que está ligado à determinado antígeno, a resposta pode mudar Ligação antígenos e anticorpos = envolve a ligação não-covalente e reversível Afinidade = força de ligação existente entre o anticorpo e o antígeno. Avidez= Força geral de ligação. - Leva em conta a ligação de todos os locais a todos os epítopos disponíveis. Um anticorpo pode ter baixa afinidade, mas elevada avidez, pois se liga a vários epitopos ao mesmo tempo. É o caso do IgM SISTEMA MHC/HLA RESPOSTA CELULAR: depende da apresentação de antígenos pelo MHC para que ela possa ocorrer. Mediada por células TCD4+ e CD8+ através do reconhecimento de peptídeos ligados a uma molécula de MHC - Os peptídeos se encaixam na molécula de MHC, ficando disponíveis para o reconhecimento pelo TCR. MHC = Complexo maior/ principal de Histocompatibilidade MHC de classe I (MHC-I) = interage com células TCD8+, presente em todas células nucleadas do organismo 17 - Liga peptídeos com 8-12 aminoácidos - Envolvidos em respostas citotóxicas - Peptideos gerados no ambiente intracelular. MHC de classe II (MHC-II)= células apresentadoras de antígenos (macrogagos e neutrófilos), TCD4+. - Liga peptídeos maiores ( até 30) - Envolvido em respostas auxiliares - Peptídeos gerados a partir da quebra de proteínas do ambiente extracelular SISTEMA HLA = antígeno leucocitário humano = é o MHC em humanos - Cada organismo possui um nome diferente para o MHC. Genes no braço curto do cromossomo 6. São os mais polimórficos Funções: - Codificam glicoproteinas das membranas das células nucleadas - Reconhecem linfócitos T durante a resposta imunológica - Reconhecem o próprio e o não próprio - Apresentam antígenos aos linfócitos T. HLA Classe I = A, B e C HLA Classe II = DP, DQ e DR Sistema de Herança genética = genes expressos de forma codominante (Não há domínio de um ou outro) - Herança haplotípica (conjunto de alelos em bloco = HLA – A+B+C+DR+DQ) de cada genitor. Sistema de Herança HLA = mandeliana clássica - 50% materno e 50% paterno = 25% dos filhos de serem idênticos, 25% totalmente diferentes e 50% parcialmente idênticos. Estudos do HLA = Transplante de órgãos sólidos e TCHT + Estudo de populações (imunogenéticas) e Associação com doenças GRUPOS SANGUÍNEOS SISTEMA ABO Descoberto por Karl Landsteiner no começo do século XX; Os epítopos do sistemaABO são resíduos terminais encontrados nos hidratos de carbono presente na superfície das células (hemácia, linfócitos, plaquetas, endotélio capilar...) e secreções(saliva, leite...) O lócus ABO esta localizado no braço longo do cromossomo 9; A heterogeneidade fenotípica do sistema sangüíneo ABO é devido à diferença estrutural do gene das glicosiltransferases, que são responsáveis pela transferência dos resíduos específicos de açúcar, ao substrato H, e os convertem ao antígeno A ou B Todos indivíduos normais sintetizam uma glicana central, chamada de antígenoO, que é ligada principalmente a proteínas da membrana plasmática. - Uma fucosiltransferase, que adiciona uma fração de ficose no antígeno O = geração de antígeno H - Uma glicosiltranferase(codificada pelo cromossoma p) modifica ainda mais o antígneo H. 18 Indivíduos que são homozigóticos para o alelo O não conseguem prender açucares terminais ao antígeno H e expressam somente o antígeno H. *Obs.:O antígeno H é um carbohidrato produzido pela ação da enzima a-2-L-fucosiltransferase codificada no locus FUT1 do cromossomo 19, na posição q13.3, sendo portanto, geneticamente independente do locus ABO. Fenótipo Bombain = não apresenta atígeno H= não podem receber sangue do tipo O, A, B ou AB. DOENÇAS IMUNOLÓGICAS IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS Algumas são muito raras e outras relativamente comuns - Deficiência seletiva de IgA 1:500 indivíduos - Outras mais raras 1:100.00 indivíduos. Defeitos nos genes autossômicos afetam igualmente ambos os sexos Defeitos nos cromossomos X ocorrem mais frequentemente em homens Quando suspeitar? - Infecções invasivas ou fatais; - Infecções recorrentes ou prolongadas, associadas a retardo do crescimento pondero-estatural; - Infecções causadas sempre pelos mesmos microrganismos ou por patógenos de baixa virulência; - Infecções causadas por cepas provenientes de vacinas atenuadas; - Resposta lenta e/ou inadequada a antibioticoterapia habitualmente utilizada; - Elevados riscos de complicações e hospitalizações devidos às infecções. Sinais de alerta: 1. Quatro ou mais episódios novos de otite no período de um ano 2. Duas ou mais pneumonias no período de um ano 3. Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses 4. Abscessos de repetição ou ectima 5. Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, artrite séptica, septicemia) 6. Infecções intestinais de repetição ou diarreia crônica 7. Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune 8. Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por micobactéria 9. Fenótipo clínico de síndromes associadas às imunodeficiência 10. História familiar de imunodeficiências DEFEITOS NAS CÉLULAS B = deficiência nos anticorpos Agamaglobulinemia ligada ao X = falha no amadurecimento do linfócito B, mutação na Bruton tirosina cinase. - Ausência de gamaglobulina no sangue - Muito comum - Mulheres portadoras – cromossomo X inativado - Complicações infecciosas reduzidas por injeções de gamaglobulinas agrupadas DEFEITOS na ATIVAÇÃO de CÉLS B e T 19 DEFICIENCIAS DE ISOTIPOS DA IMUNOGLOBULINA SELETIVA Deficiência de IgA seletiva - Afeta 1 em 700 caucsianos - Formas clínicas variáveis Deficiências da subclasse IgG seletiva - IgG3 em adultos e IgG2 em crianças IMUNODEFEICIENCIA PROVOCADA POR DEFEITOS NA MATURAÇÃO DE CÉLULAS B E T –SCID Síndrome de DiGeorge DEFEITOS NA FAGOCITOSE: Doença granulomatosa crônica Doença de adesão leucocitária (LAD) Hyper IgE syndrome (Síndrome de Job) Síndrome de Chediak-Higashi = defeitos em células NK e outros leucócitos - Doença autossômica recessiva rara Albinismo oculocutâneo parcial, Pancitopenia, neutropenia - Fase 1: Infecções bacterianas recorrentes - Fase 2: Infiltração de tecidos por linfócitos não tumorais - linfohistiocitose com hepatomegalia, linfoadenopatia e piora da pancitopenia. - Lisossomos gigantes em neutrófilos, monócitos. - Mutações no gene que codifica a proteína reguladora do tráfego de lisossomos (LYST), resultando em fusão defeituosa de fagossomo-lisossomo nos leucócitos e melanossomos defeituosos nos melanócitos (albinismo). - Anormalidades nos lisossomos das células do SNC e plaquetas, levando a distúrbios da coagulação e paralisia de nervos cranianos, neuropatia periférica e retardo mental. - Lisossomos gigantes nos neutrófilos ajudam na leucopenia moderada. - Os neutrófilos sobreviventes tem atividade anti- microbiana reduzida. - Modelo animal é o camundongo beje! DEFEITOS NOS LINFOCITOS T Síndrome de Wiscott- Aldrich = Diminuição dos linfócitos - Doença ligada ao X - Eczema, plaquetopenia - Infecções bacterianas Abordagens terapêuticas: - Imunizção passiva com gamaglobulina agrupada – a gamaglobulina ligada ao X - Transplante de células tronco hematotpoiéticas - SCIDs, incluindo DiGerge e Wiscott-Aldrich - Terapia gênica HERANÇA MONOGÊNICA CONCEITOS BÁSICOS Locus = endereço, localização, coordenada cromossômica de onde está determinado gene. Homozigoto = alelos idênticos nos lócus do par de cromossomos Heterozigoto = alelos diferentes nos mesmos lócus dos pares - Para alguma doenças, ser heterozigoto é fator protetor = vantagem seletiva para algumas doenças. Ex.: anemia falciforme. - Algumas pessoas em determinados lócus têm dois alelos variantes = heterozigoto composto Hemizigoto = tem um só. Ex.: sexo masculino e cromossomo X 20 Doenças monogênicas = doenças mandelianas = são determianos por um alelo específico num único ocus em um ou ambos os membros de um par de cromossomos homólogos - causadas por uma mutação em um único gene específico. Principio da Dominancia: Em um heterozigoto, um alelo pode “anular” ou se sobrepor ao fenótipo do outro Princípio da segregação: Em um heterozigoto, dois alelos diferentes segregam de forma independente na formação dos gametas. Heterogeneidade alélica: diferentes alelos mutantes podem ocorrer e levar a uma mesma doença Heterogeneidade genética / de loci: alelos mutantes em diferentes genes(loci) podem levar a uma mesma doença. DOENÇAS MONOGÊNICAS 3 padrões distintos: - Autossômicos dominantes - Autossômicos recessivos - Ligado ao X Apresentam um padrão clássico de heranças: ocorrem numa proporção aproximadamente fixa e previível ao longo das gerações Prevalência: (+-1/200 nascidos) - 89% em crianças -> 7% internações pediátricas - 10% manifesta-se após a puberdade - 1% na idade adulta HEREDOGRAMAS CONCEITOS BÁSICOS DE HEREDOGRMA DOENÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE Representa mais da metade das doenças monogênicas Tem impacto maior sobre a família por acometer diversos membros em múltiplas gerações; Homens e mulheres afetados em igual proporção e coma mesma probabilidade de transmitir o fenótipo aos seus descendentes Penetrancia: - completa: poradores do genótipo mutante manifestam o fenótipo em 100% dos casos - incompleta: quando alguns portadores do genótipo mutante não expressam o fenótipo. Ex.; ectodractilia(síndrome da mão fendida). Expressividade: refere-se a gravidade/ intensidade e heterogeneidade do fenótipo expresso em individuos com o mesmo genótipo. - A expressividade é dita variável quando a gravidade e/ou fenótipo difere entre os indivíduos. Ex.: Neurofibromatose tipo 1.Fenótipo é mto variável (PLEITROPIA). TIPOS: A. Herança dominante pura: Tanto homozigotos quanto heterozigotos apresentam o mesmo fenótipo - muito rara, se não inexistente. B. Herança dominante incompleta: homozigotos apresentam uma forma mais severa da doença. Em relação a heterozigotos 21 DOENÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA Variantes genéticas causam grande diminuição ou completa interrupção de produção do produtogênico, caracterizando variantes de perda de função: Característica fenotípica do probando normalmente é vista em seus irmãos, não nos pais, prole outros familiares. Homens e mulheres são igualmente afetados. Frequência aumenta em famílias com casamentos cosanguíneos. - Endocruzamento = probabilidade de um homozigoto ter recebido ambos alelos de um mesmo ancestral comum. Ex. doença de Tay- Sachs Ex.: Albinismo oculocutâneo = mutação no gene que codifica a tirosinase, enzima que metaboliza a tirosina - Deficiência resultante cria um bloqueio na via metabólica que normalmente leva á síntese do pigmento melanina. - A melanina também é necessária para o desenvolvimentos das fibras óticas e sua falta leva a nistagmos, estrabismo e acuidade visual reduzida. HERANÇA RECESSIVA LIGADA AO X +-1.100 genes no cromossomo X - 40% deles com variantes associadas à alguma doença Doença se manifesta em todos os homens[Mulher heterozigotas normalmente são assintomáticas Mulheres homozigotas afetadas Filhas de homens afetados são portadoras, mas nunca os filhos dos homens afetados Herança ao longo das gerações se dá através das mulheres. Ex.: Distrofia muscular de Duchenne e Hemofilia na realeza europeia HERANÇA DOMINANTE LIGADA AO X Manifesta-se em mulheres heterozigotas Difere do padrão autossômico pela ausência de transmissão pai-para-filho Todas filhas de um homem afetado são afetadas também Mulheres afetadas são em geral duas vezes mais frequentes que homens Ex.: Raquitismo Hipofosfatêmico Exceção: Síndrome de Rett = letal para indivíduos do sexo masculino INATIVAÇÃO DO X (hipótese de Lyon) Objetivo: igualar a expressão de genes ligados ao X nos dois sexos (compensação de dosagem) Ocorre cedo, ainda nos estágios precoces do período embrionário e é aleatório (corpúsculo de Barr) Homens e mulheres possuem apenas um X ativo. O X inativo apresenta replicação tardia As mulheres apresentam mosaicismo para Xp e Xm Em uma mulher portadora para doença recessiva ligada ao X, se houver inativação não randômica do X, sendo esta inativação não preferentemente do Xnormal, o fenótipo poderá ser muito similar ao de homens afetados. 22 HERANÇA MULTIFATORIAL – GENETICA DAS DOENÇAS COMUNS HERANÇA COMPLEXA HERANÇA MONOGÊNICA Padrão de herança mandeliano Qualitativas Nãoinfluenciadas pelo ambiente Uma pequena parte das doenças - Hemoglobinopatias - Distrofia muscular de Duchene - Fibrose cística HERANÇA MULTIFATORIAL HERANÇA POLIGÊNICA = Traços determinados pelo efeito aditivo de dois ou mais genes com segregação independente Efeito acumulativo de vários genes envolvidos, cada um contribuindo com uma parcela para a formação característica. HERANÇA MULTIFATORIAL = traços determinados por uma combinação de múltiplos fatores genéticos e ambientais. Herança poligênica + fatores ambientais = GRANDE VARIABILIDADE FENOTÍPICA Não há um erro metabólico específico identificado Não há tipo (padrão) de herança definido. Há agregação familiar = influencia de fatores genéticos. Quando mais de um parente for afetado, o risco de recorrência é maior Em algumas condições, quanto mais grave o fenótipo, maior é o risco de recorrência. O risco é maior se os pais são consanguíneos. É um padrão de herança complexo Existe relação entre o risco e o: grau de parentesco, número de afetados, gravidade e sexo. Patologia = Herança multifatorial. Classificadas em: - Doenças comuns - Malformações congênitas isoladas - Transtornos psíquicos comuns. CARACTERES QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS CARACTERE QUALITATIVO = Ex.: quando uma doença genética está presente ou ausente; tem a doença ou não Variação descontinua = Não apresentam distribuição normal, qualitativa (presença ou ausência), separação clara entre o normal e o patológico, modelo limiar CARACTERE QUANTITATIVO = Avaliados em medidas fisiológicas ou bioquímicas como altura, pressão arterial, concentração de colesterol sérico e índice de massa corporal (IMC), que podem estar associadas a muitas doenças comuns na população. Modelo quantitativo para características herdáveis: - Comparou alturas de crianças e seus pais - Utilizou análise de regressão para mostrar que a altura das crianças era influenciada por herança. Exemplo de características poligênicas= altura, cor dos olhos/cabelo/pele, impressão digital, forma do rosto, inteligência, personalidade, peso, pressão sanguínea Variação continua = traços quantitavos, segue uma distribuição normal, as “anormalidades” são os extremos variantes da distribuição normal. POLIGÊNICO X MULTIFATORIAL Poligênico = distribuição contínua Multifatorial = distribuição descontínua -Limiar separando indivíduos em dois grupos (normais e afetados). 23 HERANÇA MULTIFATORIAL COM EFEITO DE LIMIAR Limiar = separa os indivíduos em dois grupos -> os normais e os afetados As anomalias variam de graves a moderadas. Suscetibilidade a doenças x resistência a doenças. Quantidade mínima de genes necessários para que a característica se manifeste em um determinado ambiente. MODELO LIMIAR HERANÇA MULTIFATORIAL – VARIAÇÃO DESCONTÍNUA Traços com limiar = não apresentam distribuição normal, ou presentes ou ausente, separação clara entre o normal e o patológico, modelo limiar Doenças comuns: herança multifatorial. Ex.: artrite reumatoide, epilepsia, hipertensão, diabetes, esclerose múltipla, doenças das artérias coronárias. HERANÇA MULTIFATORIAL A maioria das malformações congênitas isoladas tem etiologia multifatorial. - cardiopatia congênita - Fenda lábio-palatina - Pé torto congênito - Deslocamento congênito do quadril - Defeito do fechamento do tubo neural. Algumas doenças crônicas muito frequentes têm etiologia multifatorial: - Hipertensão arterial - Diabetes mellitus tipo I e II - Doença arterial coronária Alguns transtornos psíquicos comuns têm etiologia multifatorial: - Retardo mental leve - Transtorno bipolar O conhecimento dos fatores genéticos e dos fatores ambientais permitem: - Propor um risco de recorrência para novas gestações - Afastar os fatores ambientais que podem aumentar os riscos nas próximas gestações, - Estabelecer métodos de diagnóstico pré – natal; - Propor tratamentos; - Prevenir as doenças multifatoriais em termos populacionais; ANALISE GENÉTICA DAS DOENÇAS DE CARACTERES QUANTITATIVO Agregação familiar- característica primária - compartilham genes - compartilham cultura, condição socioeconômica, dieta e exposições ambientais. Epidemiologistas devem determinar se agregação familiar é coincidência ou se é resultado de fatores comuns aos membros da família. - Avaliar a extensão destes fatores comuns: genéticos e ambientais CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO 1. O risco aumenta se mais de um membro da família for afetado 24 2. O risco de recorrência é maior se o probando é do sexo menos comumente afetado 3. Se a expressão no probando é mais grave, o risco de recorrência é maior 4. O risco de recorrência para a doença diminui em geral rapidamente nos parentes mais distantes entre si. EFEITOS GENÉTICOS X AMBIENTAIS 1. Como separar? - Estudos de gêmeo - Estudos de adoção - Estudos caso-controle 2. Desafio: identificar a presença de fatores genéticos e do ambiente. ESTUDOS DE GÊMEOS Gêmeos monozigóticos (MZ) = idênticos Gêmeos dizigóticos (DZ) = fraternos Concordantes = se ambos os membros de um par de gêmeos compartilham uma característica. ESTUDOS EM GÊMEOS Concordância da doença menor que 100% em gêmeos MZ é uma forte evidência de que fatores não-genéticos têm papel importante na doença. A maior concordância em gêmeos MZ vsDZ é uma forte evidência de um componente genético para a doença. CONCORDÂNCIA EM GÊMEOS = Maior concordância em gêmeos MZ versus DZ – evidÊncia de componente genético para doença! GÊMEOS CRIADOS SEPARADAMENTE = Avaliar indivíduos com genótipos idênticos criados em ambientes diferentes - Influencia ambiental Ex.: em um estudo de alcoolismo, 5 de 6 pares de gêmeos MZ criados separadamente eram concordantes para o alcoolismo - taxa de concordância alta! - Neste caso, o compartilhamento de fatores genéticos é mais importante que o compartilhamento do ambiente. HERDABILIDADE = É a proporção da variância fenotípica que é atribuível à variância genética Quanto das diferenças entre os indivíduos resultam de diferenças genéticas entre eles, e quanto resulta de diferenças ambientais H^2 = varia de 0 a1 Mais próxima de 1, maior proporção da variância fenotípica que é a decorrente da variância genética aditiva - Maior capacidade de prever o fenótipo da prole. ESTUDOS DE ADOÇÃO Criança de um genitor com uma doença Separar o efeito do ambiente Ex.: 8-10% dos filhos adotados de um genitor esquizofrênico desenvolvem esquizofrenia - Apenas 1% dos filhos adotados de genitores não afetados tornam se esquizofrênicos. 25 ESTUDOS CASO-CONTROLE Avalia possível contribuição genética: - Investigar fatores e sua frequência em indivíduos afetados (casos) VS. Controle que não tem a doença. Avaliar a frequência alélica de genes candidatos para determinada condição e comparar a frequência entre os grupo caso e controle -Associação! ESTUDO DOS GENES Permite investigar os mecanismos biológicos Dificuldades: - Heterogeneidade e comorbidades - Pequeno efeito de cada gene - Grande número de genes envolvidos. GENES E TRAÇOS COMPLEXOS Estudos de associações têm apresentado poder de identificar genes com os pequenos efeitos típicos da herança poligênica No entanto, muitas vezes os resultados não podem ser replicados em outro grupo de indivíduos, pois outros genes podem ser mais relevantes naquele grupo Como muitos genes estão envolvidos, os polimorfismos devem ser comuns e resultar em mudanças apenas moderadas na expressão gênica. FREQUENCIA DE DOENÇAS GENÉTICAS +-3% dos recém-nascidos são diagnosticados com uma doença importante e com alguma base genética Outros +- 2/3% são identificados em 25 anos Doenças de início tardio podem surgir depois dos 40 anos Contribuições genéticas para doenças comuns são cada vez mais claras. FREQUENCIA DOS DIFERENTES TIPOS DE DOENÇA GENÉTICA DOENÇAS COMUNS E DE HERNAÇA MULTIFATORIAL DOENÇAS COMUNS E DE HERANÇA MULTIFATORIAL Rinite pigmentosa digênica (degeneração da retina) = dois genes diferentes (periferina e ROM1 – fotorreceptor) Trombose venosa (coágulo) = fator V de coagulação, protrombina e contraceptivos orais Diabetes Melito Tipo 1 Doença de Alzheimer = idade 65, sexo F, trauma cerebral (boxe), APOE Doença mental Doença arterial coronária 26 DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DEFEITOS DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL (DTN) Principais tipos : 1. Meningocele = espinha bífida = 60% 2. Anencefalia = 30% 3. Encefalocele = 10% Implicações: - Risco de infecções = antibióticos e fechamento rápido - Meningomielocele = parilisia dos mm. com nervos originados na coluna a partir do nível do defeito – variável e dependente do nervo, do defeito, de fisioterapia, etc... - Retenção urinária e constipação; incontinência Malformações associadas = Arnold Chiari (tecido cerebral invade o canal espinhal) e hidrocefalia Aconselhamentos: - Risco de recorrência – em torno de 3% - Prevenção- 4mg de ácido fólico a partir de 1 mês antes da concepção até 2 meses após (etima-se que metade dos defeitos de tubo neural, poderiam ser prevenidos se todas as mulheres tomassem o ácido fólico) - A partir de 18/07/2006 as farinha de trigo e milho, bem como produtos que utilizem essas matérias primas em sua fabricação, devem estar fortificados com ferro e ácido fólico. LEI ANVISA. Opções de diagnóstico pré-natal = afafetoproteína (AFP) no soro materno, AFP no líquido amniótico, ultrassom. 27 LÁBIO E PALATO FENDIDOS FISSURA LABIAL E PALATINA PERSPECTIVAS GENÉTICA DAS CÁRIES E PERIODONTITE CÁRIE = Doença bucal infecciosa, crônica e multifatorial, de alta prevalência global. É uma das mais importantes causas de perda dentária e de dor de dente O índice global de dentes cariados, perdidos e restaurados (CPOD) vem sofrendo uma queda global nos últimos anos, no entanto, a cárie continua a afetar 60 s 90% das crianças em idade escolar e a maioria dos adultos de maneira polarizada. - A distribuição da doença não é homogênea entre indivíduos de uma população. CARIE COMO DOENÇA MULTIFATORIAL Doença complexa, resultado da interação entre fatores genéticos e não- genéticos (ambientais, comportamentais, socioeconômicos) Biofilme exposto carboidratos fermentáveis - Bactérias cariogênicas: S. mutans, S. sobrinus e alguns lactobacillus A exposição continua aos ácidos produzidos por essas bactérias, associada a uma capacidade limitada de corrigir o pH bucal do hospedeiro, levam a uma descalcificação do dente, processo conhecido como desmineralização. O processo de desmineralização pode ser modificado por: - fatores ambientais como higiene bucal e exposição ao flúor - Fatores socioeconômicos, como etnia, gênero e idade. Entretanto, a combinação de todos esses fatores ainda não explica completamente a doença cárie. 28 Indivíduos expostos aos mesmos níveis de fatores de risco ambientais apresentam diferenças no índice CPOD A explicação para esse fato talvez seja a diferença de cariogenicidade dos fatores ambientais entre indivíduos, sugerindo uma influencia genética na etiopatogenia da cárie. GENES ASSOCIADOS À CÁRIE Desenvolvimento e mineralização do esmalte = amelogenina (AMELx) e tuftelina(TuFT1) - ACTN2 = envolvido na organização dos ameloblastos durante a formação do esmalte Resposta imune = mannose – blinding lectin (MBL), HLA-DRB1 e HLA-DQB1, CD14 Conposição da saliva = saliva carbonic anhydrase VI (CA6) e proline-rich protein gene (PRPs) - LPo = codifica uma enzima da saliva que tem importante papel no metabolismo das bactérias e inibe a formação da placa bacteriana. Paladar = TAS2R38, TAS1R2, GNAT3 PERIODONTITE = Infecção crônica e multifatorial iniciada pela presença do biofilme dental que se acumulam na região do sulco gengival -> desafio microbiano ao sistema imune do hospedeiro As bactérias do biofilme causam inflamação gengival e destruição dos tecidos de suporte, podendo resultar na perda do dente Prevalentes mas não distribuídas uniformemente nas populações. - 10 a 15% desenvolvem formas graves e destrutivas da doença. PERIODONTITE COMO DOENÇA MULTIFATORIAL A resposta do hospedeiro à infecção depende da virulência do patógeno e das espécies mais prevalentes na periodontite A presença de tais microrganismos não é suficiente para causar a doença Elementos hereditários da suscetibilidade contribuem para o tipo e a severidade da doença PERIODONTITE CRÔNICA = Forma relativamente branda, progressão lenta e natureza crônica Inicio relativamente tardio (na vida adulta) e é relativamente comum na população Fatores de risco genéticos, as interações entre gene e ambiente e também fatores comportamentais estão presentes simultaneamente. PERIODONTITE AGRESSIVA Natureza mais violenta Inicio mais precoce, causa destruição tecidual rápida, levando a perdas [ósseas e dentárias Clinicamente, não pareceexistir uma relação direta da periodontite agressiva com a quantidade de biofilme e cálculo dental Esse fato sugere uma maior participação do hospedeiro e suscetibilidade genética VARIAÇÕES CLÍNICAS – extensão da doença Quantidade de dentes acometidos pela doença - Até 30% da dentição afetada é considerada uma forma localizada da doença - Mais de 30% da dentição afetada corresponde à forma generalizada Os dentes de um mesmo indivíduo e o grau de suscetibilidade respondem diferentemente à agressão bacteriana Apesar dos vários estudos existentes, nenhum dos polimorfismos até agora investigados podem ser utilizados como marcadores genéticos da doença periodontal. 29 GENÉTICA DO CÂNCER CÂNCER = uma doença fundamentalmente genética Uma das doenças mais graves e comuns observadas na medicina clínica 14 milhoes de novos casos diagnosticados de câncer a cada anos Mais de 80 bilhões de dólares por ano (EUA) O câncer invariavelmente é fatal se não for tratado A identificação da pessoa sob risco aumentado para o câncer antes do seu desenvolvimento é um objetivo importante da pesquisa genética O diagnóstico precoce e seu tratamento são vitais - Avanços no diagnostico molecular NEOPLASIA = proliferação celular descontrolada que leva ao surgimento de uma massa – tumor (neoplasma) Câncer = forma mais agressiva de neoplasia Maligno = Crescimento descontrolado - Invadir tecidos vizinhos e/ou se disseminar para tecidos distantes - câncer Benigno = tumores que não metastatizam - Função, tamanho ou localização anormais podem não ser benignos ao paciente! CLASSIFICAÇÕES Sarcomas: originado no tecido mesenquimal, tal como osso, músculo ou tec. conjuntivo, ou no tecido no sistema nervoso; Carcinoma: se origina no tecido epitelial, tal como as céls. de revestimento do intestino, bronqios, ou ductos mamários... Neoplasmas malignos hematopoiéticos e linfoides, tais como leucemia e linfoma, que se disseminam por toda a medula óssea, sistema linfático e sangue periférico. BASE GENÉTICA Número de mutações em um tumor pode variar: A) Mutações passageiras: aleatórias, não-recorrentes, ocorrem à medida que o câncer se desenvolve B) Mutações condutoras: alta frequência, mesmo tipo de câncer ou múltiplos tipos diferentes, TP53 - Erros na replicação – cada célula - Agentes ambientais (carcinógenos cigarro, radiação por raios UV ou X...) - Mutações cromossômicas e subcromossômicas - Translocações, deleções, duplicações (amplificação cromossômica) > Genes condutores: aqueles com efeitos específicos sobre a proliferação celular ou a sobrevivência e aqueles com efeitos globais no genoma ou integridade do DNA. CLASSES DE GENES: Proto-oncogenes = genes normais, envolvidos no avanço e progresso do ciclo celular. Todos temos, se tornam oncogenes, quando “não desligam” a partir de mutações = níveis excessivos de atividade 30 Genes Supressores Tumorais (TSG)= freiam o ciclo celular Mutações causam uma perda da expressão de proteínas necessárias para controla o desenvolvimento de neoplasias. Para guiar a oncogênese, a perda de função de um TSG requer tipicamente mutações em ambos os alelos (modelo recessivo) Os mecanismos de perda de função podem variar desde mutações de sentido trocado (missense), sem sentido (nonsense), ou de mudança de matriz de leitura (frameshift) até deleções gênicas ou perda de uma parte ou mesmo um cromossomo inteiro. TP53 = “o guardião do genoma” = TSG mais importante = regulação do ciclo celular Inativação do TSG em dois eventos: dois eventos devem inativar cada alelo de um gene supressor tumoral para o desenvolvimento de um câncer. TSG gatekeepers (controladores): controlam o crescimento celular – codificam os reguladores de vparios pontos de checagem ou perda de expressão de gene pró-apoptótico TSG caretakers (de manutenção): protegem a integridade do genoma – Codifica proteínas responsáveis pelo reparo das mutações; proteína envolvidas na disjunção dos cromossomos na mitose; e componentes da maquinaria da apoptose. HETEROGENEIDADE CELULAR As linhagens que experimentam um aumento do crescimento, sobrevivência, invasão e disseminação a distância virão a predominar conforme o câncer evolui e progride. MARCOS DO CÂNCER 1. Resistência à apoptose 2. Indução da angiogênese (novos vasos sanguíneos) 3. Potencial replicativo 4. Invasão tecidual e metástase 5. Evasão de supressores se crescimento 6. Manutenção do sinal proliferativo 7. Desregulação energética celular 8. Evitar a destruição imune 9. Instabilidade genômica e mutação 10. Inflamação promotora de tumor HEREDITÁRIO OU ESPORÁDICO HEREDITÁRIO = FAMILIAL Herdado de uma mutação germinativa Presente no embrião Em toas as células do embrião Portador passa para a metade de seus gametas 5% de todos os pacientes Incidencia aumentada devida a herança de um único gene de alta penetrância +- 100 genes diferentes em que mutações deletérias tornam o risco muitas vezes mais elevado para o câncer em comparação com a população geral Família representam os efeitos do ambiente compartilhado e uma ou mais 31 variantes genéticas que aumentam a suscetibilidade, e são, portanto, classificadas como multifatoriais, com herança complexa. Ex.: RETINOBLASTOMA = mutação em TSG (RB1) Ex.: CANCER DE MAMA FAMILIAR = mutações em BRCA1 e BRCA2 Ex.: Síndrome de Li-Fraumeni = câncer familial, probando com múltiplos tumores, o primeiro antes dos 46 anos de idade Ex.: Syndrome de Lynch = câncer hereditário não-polipose de cólon (HNPCC) ESPORÁDICO Mutação somática Não passa para a geração seguinte Oncogenes identificados em linhagens derivadas de cÂncer esporádico Ex.: Proto- oncogenes RAS codifica proteínas G que atuam como “interruptores” moleculares para inibir ou ativar molecular - Seu homólogo oncogene difere em apenas 1 nucleotideo - RAS anormal -> sinalização constante -> divisão celular-> tumor +- 50 proto-oncogenes já foram identificados com mutações condutoras em câncer esporádico Ex.: Leucemia Mieloide crônica (LMC) = translocação entre cromossomos 9(ABL) e 22 (BCR) resulta no oncogene BCR-ABL GÊNOMICA DA TERAPIA DO CÂNCER Perfil de expressão gênica -> diagnóstico e tratamento Terapia individualizada Medir simultaneamente o nível de expressão de RNAm de alguns ou todos os 20.000 genes estimados como codificantes de proteínas em qualquer amostra de tecido humano Uma medida da expressão do RNAm em uma amostra de tecido constitui um perfil de expressão gênica específica para aquele tecido APLICAÇÃO DE ASSINATURAS GÊNICAS 32 TERATÓGENOS As síndromes que não podemos esquecer TERATÓGENO = É um agente que pode produzir uma alteração permanente na estrutura ou função em um organismo exposto durante a vida embrionária ou fetal. Teratogênese é geralmente via materna – passagem transplacentária = tem que estar presente na gravidez Efeito pré-concepcionais dependem da meia-vida da substância, ou tempo de circulação do patógeno Teratogênese é um conceito diferente de mutagênese: na teratogênese o material genético fica intacto MAS os teratógenos podem interferir em rotas moleculares em alguns genes MECANISMOS MOLECULARES Ação na rota de genes de desenvolvimento e processos - Bloqueios, sinalizações... COMO IDENTIFICAR EM HUMANOS Estudo em animais Relatos e séries de caso em humanos = Fenótipo particular ajuda muito – síndrome Estudos epidemiológicos: Coorte, caso-controle e revisão sistemáticas = As vezes demora pra identificar, e as vezes pra negar um que parece ser teratógeno. TIPOS Químicos = fármacos,ocupacionais, tabaco, álcool Físicos = temperatura e radiação Biológicos = STORCHZ(Z=Zika) Doenças maternas = Diabetes, Fenilcetonúria... Ambientais = mercúrio CONSEQUENCIAS Morte do concepto Anomalias estruturais Restrição de crescimento Danos funcionais: Deficiência intelectual, danos neurocomportamentais, doenças de manifestação na vida adulta *Obs.: crescimento e função são variáveis continuas LEMBRANDO PRINCIPIOS Estágio de desenvolvimento do concepto Relação dose-resposta Genótipo materno-fetal Mecanismos específicos de ação do teratógeno Interação entre diferentes agentes Susceptibilidade da espécie Possíveis Anomalias estruturais Possiveis Anomalias funcionais TALIDOMIDA (1960) Tetrafocumelia = redução de membros com preservação das extremidades - Sem polegar nos membros superiores - Proeminência do acrômio na escápula - Frontal amplo - Simetria - Orgaos oculares, auditivos, neurológicos e internos Diagnóstico = exame clínico com exclusão de outras síndromes que são parecidas Polegar> radio> úmero> ulna> dedos ulnar> Amélia - Muito incomum apenas defeitos nos membros inferiores 33 SÍNDROME CONGÊNITA POR VÍRUS ZIKA Microcefalia de padrão de disrupção do Sistema nervoso central com colassamento => assimetria craniofacial muito grande (desorganizado) Destruição do SNC VALPOATRIO FETAL Aumento em defeitos do fechamento no tubo neural Possibilidade de danos de neurocomportamentais e deficiência intelectual RETINOIDES SISTEMICOS = isotretinoína, etretinato, acriretina Embriopatia por retinóides Alterações na orelha, SNC, face e cardiovascular ALCOOL FETAL Deficiência de crescimento pré e /ou pós-natal Padrão específico de características faciais - Diminuição das fendas palpebrais - Lábio superior fino - Filtro indistinto Disfunção do sistema nervoso central Diagnóstico 4 dígitos = crescimento, face, SNC e histórico de uso materno Fatores protetores: - Nutrição materna durante a gravidez - Diagnósticos precoce é fundamental