Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 IMUNOLOGIA SISTEMA IMUNE INATO E ADAPTATIVO IMUNOLOGIA = - Origem: Edward Jenner: varíola – Vacina - Louis Pasteur(1878): cólera – vacina microorg. Atenuado (perdeu a capac de se reproduzir, mas continua com as suas características) - Louis Pasteur (1885): vacina raiva - Robert Koch 1884 Teoria da origem de doença por germes - 1890 = Imunidade Humoral - Emil Von Behring (1898): Teoria Humoral – o osoro pode neutralizar os efeitos tóxicos do agente infeccioso(Cd) IMUNIDADE = Proteção contra doenças, agentes ambientais que são estranhos ao corpo SISTEMA IMUNE = manter a saúde do organismo, garantindo a sobrevivência pelo combate às agressões gerais. INATO = primeira linha de defesa do organismo, caracterizado pela resposta rápida. ADAPTATIVO = linha de defesa específica, adquirida após o contato com os patógenos. Possui memória e arquiva as características dos patógenos. IMUNIDADE INATA Representada por barreira mucocutâneas (pele e anexos), bem como componentes presentes nas mucosas. *Obs.: Infecção (tem microorganismos e pús) inflamação (não precisa ter microorganismos) Formada por células fagocitárias: macrófagos, monócitos, neutrófilos e células dendríticas. Fatores solúveis: complemento e enzimas proteolíticas Não especifica o antígeno Resposta rápida Sem memória IMUNIDADE ADAPTATIVA = “adquirida” - Responder com mais intensidade a exposições subsequentes ao mesmo microrganismo. Principalmente pela ação dos linfócitos T e B. É específica para um determinado agente agressor– antígeno especifica Células desenvolvem memórias imunológicas (reconhecem o mesmo se entrar novamente) Moléculas de reconhecimento de antígeno – receptores de células B e T Moléculas secretadas (ex.: anticorpo) LINFÓCITOS T 1. Surgimento: Medula óssea 2. Maturação: Timo 3. Destino: órgãos linfóides Subgrupos funcionais: T helper/ ThCD4+ e T citotóxico/TCD8+ - TCD8 = combater células infectadas por parasitas intracelulares ou neoplásicas (MHC1) - TCD4 = ativam outras células do sistema imunológicos. Precisa de APC (células apresentadoras de antígeno) (MHC2) Responsáveis pela ativação de muitas células do sistema imune. LINFÓCITOS B 1. Surgimento: Medula óssea 2. Maturação: Medula óssea 3. Destino: órgãos linfoides Ativados pela resposta imunológica, ploriferam-se e diferenciam-se em plasmócitos Plasmócitos (céls. efetoras) produzem grande quantidade de anticorpos (imunoglobinas – Ig) específicos contra o antígeno (Ag) 2 PRINCIPAIS FATORES SOLÚVEIS: Complemento(C’) = proteínas séricas que desencadeiam a lise celular, tanto na inata quanto na adaptativa Citocinas = são os sinalizadores. Secretadas pelos linfócitos T, com função de diminuir a resposta inflamatória Antígeno (Ag) = qualquer molécula que estimule o s.i. inato ou adaptativo Anticorpo (Ac) = moléculas com especificidade de ligação a um determinado antígeno. IMUNIDADE CELULAR E HUMORAL IMUNIDADE CELULAR = defesa contra micro-organismos intracelulares e vírus Mediada por células Mediada por linfócitos T Moléculas de reconhecimentos ficam aderidas a membrana do linfócito T Imunidade transferida através de injeção de células sensibilizadas. IMUNIDADE HUMORAL = defesa contra microrganismos extracelulares e toxinas Não é feita por células, mas por substâncias, proteínas... Mediada por linfócitos B que produz anticorpos específicos; Pode ser transmitida pelo plasma ou soro. 3 ANTÍGENO = Substancia que provoca resposta imune em linfócitos específicos. Ex.; medicamentos, vermes, mofo, alimentos... CARACTERÍSTICAS Imunogenicidade = capacidade de uma subst. de induzir e reagir com produtos de uma resposta imune (imunógeno) Antigenicidade = capacidade de se comportar como antígeno/ de se ligar a resposta dos linfócitos T e B (anticorpo) *Obs.: todos ag apresentam antigenicidade, mas nem todos tem imunogenicidade EPÍTOPO / DETERMINANTES ANTIGÊNICO = menor porção da molécula antigênica responsável pela estimulação dos linfócitos HAPTENOS = Substancias que quando conjugadas a outras substancias imunogênicas induzem a respostas imunes. - São antigênicos, mas não imunogênicos! Ex.: bijuterias FATORES QUE INFLUENCIAM NA IMUNOGENICIDADE Relação filogenética entre doador e receptor Peso molecular Complexidade molecular Natureza química *os melhores antígenos são proteínas Configuração espacial da molécula (estrutura primaria, secundaria, terciaria, quartenária) Acessibilidade do grupo determinante Configuração espacial da molécula Constituição espacial da molécula Constituição genética do receptor Idade Estado nutricional do receptor FORMAS DE ADMINISTRAR O ANTÍGENO Adjuvante = Substância que aumenta a resposta imune de um Ag - utilizado em vacinações - Prolonga a persistência do Ag - Aumenta a inflamação local: ex.: alumen(hidróxido de alumínio): precipita Ag + Aumenta a ativação de macrófagos e produção de AC + vacinas humanas e animais domésticos. *Obs.: outros adjuvantes podem atuar como carreador do antígeno até as células do SI, agindo diretamente como estimuladores da ativação do SI. Dose Via - Subcutânea - Intravenosa - Intragástrica Esquema ANTIGENO EXOGENO X ENDOGENO Exógeno = Produzido fora das células do hospedeiro - Forma de remoção: destruição do microorg.: anticorpos, fagocitose, inflamação Endógeno: parasita intracelular - Forma de remoção: destruição da célula infectada : citotoxidade CLASSES DE ANTÍGENOS Polissacarídeos: Antígeno ABO Lipídios: raramente imunogênico Ácidos Nucleicos: poucos imunogênicos Proteínas: altamente imunogênicos REAÇÃO CRUZADA = É um falso positivo ou negativo devido a semelhanças nas estruturas dos antígenos. Ag semelhantes -> Ag heterólogos Determinante antigênico igual em Ags diferentes Ex.: febre reumática = anticorpos produzidos contra Streptococcus podem atacar articulações e músculo cardíaco 4 ANTICORPOS = são glicoproteínas sintetizadas pelos plasmócitos e que tem a capacidade de se ligarem de forma específica aos antígenos Memória imunológica Humoral ANTICORPOS = Molécula que se liga ao antígeno - Receptor de membrana dos linfócitos B - Livre na circulação Anticorpos / imunoglobulinas = glicoproteínas capazes de se ligarem aos antígenos de forma específica na tentativa de inativa-los. Produzidas por CÉLULAS B *Obs.: A resposta quantitativa na produção dos diferentes tipos de imunoglobulinas depende do número de vezes que o indivíduo recebeu o antígeno. ESTRUTURA: Y 4 cadeias polipeptídicas 2 pares de cadeias leves (L) 2 pares de pesadas (H) Ligação das cadeias - covalentemente por ponter dissulfeto - interação não-covalente Classe Ig = determinada pelo isotopo da cadeia pesada Possuem 2 sítios de ligação para antígeno *Obs.: cada cadeia leve possui um domínio variável Constante. Cada cadeia pesada possuem um domínio variável e 3 a 4 domínios constantes. CLASSES DE ANTICORPOS IgM = primeira que aparece, na fase aguda - 5 monômeros + Peça J - Fixa complemento - Pode tornar-se auto – anticorpo (anti-IgG3) >>> Artrite reumatoide - Existe, como receptor, em todo linfócito B em determinado momento da ontogenia - Não é transplacentária IgG = relacionada com a nossa memória imunológica, resposta secundária - Subclasses: IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4 - Transplacentária: IgG 1, 3 e 4 - IgG3 pode tornar-se um auto-antígeno >>> fator reumatoide, que é um Ac anti-IgG - ligam-se a mastócitos pela porção Fc - Maior quantidade no sangue IgA = barreira contra vírus, micróbios e alergenos, combatevírus - Bastante ativa contra o coronavírus -Protege pele, mucos gastrintestinal, respiratória, urinária e ocular - Dímeros + Peça J + Peça secretora impede a penetração de agentes virais, microb e alergenos - Passa de mãe para filhos: leite materno! - Secretora! IgD = Atividade contra insulina e antígenos da tireóide - Monomérica - Existe como receptor, na superfície de todo linfócito B em algum momento da patologia IgE = Fenômenos alérgicos, reações anafilática, infecções parasitárias *Obs.: em processos alérgicos ela está aumentada e as células mastócitos aumentadas. - Encontrada também no cordão umbilical, mucosas e colostro - Níveis elevados em infecções parasitárias REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE TIPO I FUNÇÕES Opsonização – cobrir microrganismos e outras partículas - Facilita uma fagocitose 5 Citotoxidade mediada por célula dependente de Ac Aglutinação Fixação do complemento Resposta contra parasitas Neutralização de vírus e toxinas = preenchem receptores de superfície num vírus oumlocal de ativação de enzima microbiana para impedir seu funcionamento próprio Imunomodulaçao: feedback de anticorpos e inativação da célula B Hipersensibilidade Ativação do complemento Atividade bacteriana direta Transferência de imunidade para fetos e lactentes VACINAS = aumentam a imunidade das pessoas porque estimulam a produção de anticorpos contra o agente causador da doença. PATOLOGIAS ASSOCIADAS DOENÇAS AUTOIMUNES Lúpus eritematoso sistêmico Artrite reumatoide Anemia hemolítica autoimune Diabetes mellitus tipo 1 SISTEMA COMPLEMENTO = “cascata” enzimática que ajuda na defesa contra infecções. = grupo de proteínas solúveis que atua auxiliando o sistema imune, tanto o inato quanto o adaptativo, SISTEMA COMPLEMENTO = Principal ferramenta do Sistema imune no combate a patógenos – “bomba atômica do SI” Formado por vários elementos de natureza proteica termolábil, que interagem de forma sequenciada e regulado a ponto de promover a lise de certas membranas, fagocitose e retirada de imunocomplexos circulantes. Composto de +-30 proteínas inativadas circulantes da corrente sanguínea Início de síntese no 1º trimestre da vida fetal Produzidas no fígado e por macrófagos(hepatócitos) MANEIRAS DE OCORRER A ATIVAÇÃO Via clássica: depende de Ac - Ag Via alternativa: partículas ativadoras – C3b hidrolisado Via Lectina: terminais de manose ou N- acetilglicosamina FUNÇÕES: Mediar reações inflamatórias Eliminar células e moléculas estranhas Regulação da resposta imune NOMENCLATURA Proteínas: C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7, C8, C9, C10 Complexo C1 = C1q, C1r, C1s -> em cada complexo C1qrs, há duas moléculas C1r e C1s e uma de C1q Complexo de proteínas: Fragmentos de clivagem: C3 = C3a e C3b VIA CLÁSSICA Precisa de antígeno e anticorpo *Obs.: 1 IgM ou 2IgG Começa com o fragmento C1 - C1q se liga à fração constante do anticorpo (IgM ou IgG) 6 - Isso gera a ativação dos fragmentos C1r e C1s, que clivam os fragmentos C2 e C4. - C4bC2A = convertase - C3a sai para o sangue; C3b fica na membrana e se junta a C3 convertase (C4bC2aC3b) fazendo C5 convertase - C5 convertase cliva C5 em C5a, que vai pro sangue, e C5b, que permanece na membrana - C5b junta C6, C7, C8 e vários segmentos de C9 para formar o MAC. *obs.: A ativação persistente localizada do sist. Complemento (pela via clássica) gera focos inflamatórios, trazendo dano tecidual. Este processo pode ser gerado pela deposição de imunocomplexos em determinados locais, como membrana basal do glomérulo e endotélio de pequenos vasos. VIA ALTERNATIVA Ocorre na ausência de interação antígeno-anticorpo – partícula ativadora: C3b hidrolisado C3b é clivada naturalmente na circulação, resultando em: a) Hidrolise b) Ligação em superfície bacteriana com Fator B - Fator B(instável) é clivado pelo fator D em Bb e Ba - Ba é jogado fora, Bb fica associado com C3b, formando C3bBb(instável) = é a C3 convertase de via alternativa - Mais um C3b se associa, formando C3bCbC3b = é a C5 convertase via alternativa; as reações seguintes são iguais Partículas Ativadoras: IgA agregada (imunocomplexos), Insulina , Zimozam, Membranas de glicoproteínas, Células tumorais , Vírus do Sarampo, Vírus da Influenza A e B, Paracoccidioides brasiliensis, Cercárias, fungos, Filárias *Obs.: C1, C4, C2, Ca++ e Ag-Ac não participam na via alternativa VIA DA LECTINA Proteínas que reconhecem terminais manose ou N- acetilglicosamina na presença de íons cálcio - MBL (lectina ligante de manose) MASP: enzima que cliva C4 e C2 – semelhante ao C1(mannose serine protease) MASP1 ativada quebra C3 e C2 MASP2 ativada quebra C4 e C3 FUNÇÕES BIOLÓGICAS Opsonização e fagocitose Citólise mediada pelo complemento *Obs.: MAC = complexo de ataque à membrana = furo na membrana celular do patógeno que leva a lise osmótica *Obs.: As bactérias gram positivias e as micobactérias são menos suscetíveis a ação do MAC (ação dos túneis que se formam no final do sistema complemento) devido a sua parece mais resistente, enquanto que enterobactérias apresentam mecanismos de escape. Estímulo da reação inflamatória – ativação da resposta imune: recrutamento de células pró-inflamatórias Retirada de complexos imunes circulantes ANAFILAXIA = fragmentos C5a, C4a e C3a (resultantes da clivagem de C5, C4 e C3) agem sobre mastócitos e induzem a liberação de histamina, provocando contração da musculatura lisa (vasoconstrição e bronoespasmo). Aumenta a permeabilidade vascular. PROPRIEDADE DAS FRAÇÕES DO COMPLEMENTO: C3a, C4a e C5a atraem células fagocíticas para a área de infecção= QUIMIOTAXIA Autoanticorpos causam lise celular por apoptose e ativação do complemento 7 INFLAMAÇÃO = efeitos principais: 1. Suprimento sanguíneo aumentado para a área(vasodilatação) 2. Permeabilidade capilar aumentada por retração das células endoteliais 3. Migração de leucócitos para o foco infeccioso APRESENTAÇÃO DO ANTÍGENO E O MHC =Importante na imunidade adaptativa O SISTEMA IMUNE 1. Evita a entrada 2. Reconhece a) Inata = cada célula é capaz de reconhecer vários patógenos diferentes pelos seus vários receptores de reconhecimento de padrões – células polivalentes b) Adaptativa = cada célula(linfócitos B e T) expressa apenas um receptor antigênico, que reconhecerá um antígeno específico *Obs.: a especificidade é clona: cada clone de linfócitos reconhecerá um antígeno diferente dos outros clones. *Obs.: temos células para todo tipo de patógeno, por isso, temos poucas para cada um *Obs.: Se um determinado linfócito reconhece um antígeno do patógeno ele irá se multiplicar 3. Comunica-se 4. Ataca 5. Regula p ataque 6. Madeia o reparo 7. Lembra-se do inimigo TERMINOLOGIA ANTIGENO: qualquer molécula capaz de ser reconhecida especificamente por um receptor de antígeno em um linfócito B ou T Próprios: derivados de componentes do próprio organismo. Não próprios: derivados de microrganismos ou de compostos químicos ambientais Endógenos: produzidos dentro da célula, sejam eles próprios ou não próprios Exógenos: antígeno endocitados pela célula, sejam eles próprios ou não próprios. Epitopo: a parte do antígeno reconhecida por um receptor de linfócito B ou T. RECEPTORES IMUNIDADE ADAPTATIVA = células B e T usam diferentes tipos de receptores para reconhecer antígenos. Eles reconhecem em contextos diferentes. CÉLULAS B B = ataca invasores fora das células Receptores de antígeno são os receptores de células B (BCR) - anticorpos são a forma solúvel do BCR CÉLULAS T T = ataca dentro das células Receptores de antígeno são os receptores de célula T (TCR) RECONHECIMENTO DE ANTÍGENOS Células B = através do BCR, reconhece o antígeno diretamente, na sua forma nativa. - Antígeno pode ser praticamente qualquer tipo de molécula > proteínas > açucares > lipídios > compostos químicos > metais... Células T= através do TCR, reconhece apenas antígenos apresentados por outra célula do organismo. 8 - Antígeno reconhecido pelo TCR está sempre complexado com uma molécula apresentadora, e é sempre um peptídeo (fragmento proteico) APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS: Fenômeno fundamental para o reconhecimento de antígenos pelos linfócitos T Envolvida em eventos-chave de toda a resposta imune adaptativa: 1. Maturação dos linfócitos T 2. Ativação do linfócito T virgem -> linfócitos T efetores + citotóxicos) e de memória 3. Ativação do linfócito B pelo linfócito T auxiliar -> produção de anticorpos 4. Ativação do macrófago pelo linfócito T auxiliar 5. Reconhecimento e morte de células infectadas pelo linfócito T citotóxico 6. Reativação de linfócitos T de memória O macrófago e a DC “apresentam” os antígenos dos organismos fagocitados na superfície, complexados com moléculas de MHC. SEM A APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS, NÃO HÁ RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA! ATIVAÇÃO DA CÉLULA T O reconhecimento de um antígeno estranho no MHC de classe I ou II por uma célula T virgem traz como consequência a ativação da célula virgem. * Obs.: célula virgem= nunca encontrou tal antígeno. A ativação é momento crucial, é o inicial da multiplicação e desenvolvimento da memória. Célula dendritica = ativa as células virgens = internaliza-as e apresenta Dois tipos de célula podem ser encontradas: T CD8 virgem = TCR e MHC I = se torna citotóxica (+ células de memória) = o reconhecimento de um antígeno marca a célula alvo para a morte. T CD4 virgem = TCR e MHC II = se torna auxiliar (+ células de memória) = o reconhecimento de um antígeno marca a célula para a ajuda. MHC = Complexo principal de histocompatibilidade = HLA = Proteína de superfície da célula que ajuda a identificar. O reconhecimento do antígeno pela célula T é feito pela ligação TCR a uma molécula apresentadora, chamada MHC. As moléculas MHC são transmembranas e apresentam uma fenda de ligação ao peptídeo. *Obs.: a ligação ao peptídeo estabiliza a molécula de MHC. *Obs.: O que determina que um peptídeo seja ou não apresentável pelo MHC é que ele deve conseguir se ajustar ao formato da fenda e ao tamanho da fenda. - Classe 1 = fenda fechada em todos os lados = peptídeos pequenos, de 8-10 aa, fortemente ligados - Classe 2 = fenda aberta e admite peptídeos maiores, de 12 -17 aa. *Obs.: a ligação do peptídeo a um MHC é favorecida pela presença de determinados resíduos de ancoragem no peptídeo, capazes de encaixarem em bolsos de ancoragem na fenda do MHC. Alem da topologia (encaixe), as cargas também são importantes! O reconhecimento do peptídeo sempre se dá no contexto de uma molécula própria. São divididas em: Classe I: tem uma perninha que gruda na membrana – a mesma molécula forma o domínio que segura o peptídeo Classe II: tem duas perninhas CLASSE I: (HLA-A, B e C) são expressas por todas as células nucleadas do organismo. Todas as células que podem funcionar como apresentadoras de 9 antígenos Exceto as hemácias! (transfusão do sangue OK) Linf. TCD8 = citotóxico Apresenta apenas peptídeos derivados de antígenos endógenos - Células infectadas com vírus ou outro patógeno intracelular apresentarão antígenos próprios e antígenos do patógeno, que serão reconhecidos por linfócitos T citotóxicos específicos para antígenos do patógeno apresentado pelos MHCs de classe I da célula indicada. Células infectadas apresentando peptídeos virais no MHC I são reconhecidas por células T citotóxicas e mortas. Os MHCs de classe I e II diferem quanto à origem dos antígenos apresentados! CLASSE II: (HLA-DP, DQ e DR) são expressas por células apresentadoras de antígeno “profissionais” (APCs) - Macrófagos - Células dendriticas - Linfócitos B - Células epiteliais tímicas Apresenta apenas peptídeos derivados de antígenos exógenos(que foram capturados pela célula apresentadora de antígenos). Células fagocíticas apresentando peptídeos de MO no MHC II são ajudadas por células T CD4 auxiliares Consequências do reconhecimento no MHC de classe II: CLASE III =constituída por uma série de proteínas solúveis presentes no soro. Pertencem a esse grupo algumas proteínas do Sistema complemento, como C2, C4a e C4b. VIAS DE PROCESSAMENTO E APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS Como os antígenos vão parar no MHC= GENÉTICA DAS MOLÉCULAS DE MHC Em humanos, as moléculas de MHC e seus genes são chamadas de HLA (antígenos leucócitos humanos) O sistema HLA possui grande polimorfismo e seus genes são codominantes Nossas células expressam: - Três tipos de MHC I: HLA-A, B e C - Três tipos de MHC II: FLA-DP, DQ e DR Os genes de MHC humanos estão localizados em uma mesma região do cromossomos 6 também chamada de HLA. 10 *Obs.: vírus! Existe uns que tem genomas mto pequenos, e quando corta eles, não conseguimos encaixar ao MHC. Como resolver isso? Temos mais de um MHC! Temos 3 de Classe I e 3 de Classe II = minimiza a chance de apresentar um organismo pequeno que não se encaixa com nada. POLIMORFISMO DOS ALELOS DE MHC Os genes do MHC são os que possuem mais alelos diferentes entre os genes humanos, com a maioria apresentando centenas de alelos na população em geral. VANTAGENS: Somos heterozigotos para a maioria dos genes: maior repertório de peptídeos apresentáveis para os linfócitos T -> reconhecimento de mais patógenos -> maior probabilidade individual de sobrevivência (como espécie, a grande pandemias). DESVANTAGENS: Dificuldade em encontrar doadores compatíveis na necessidade de um transplante de medula. - Os genes de MHC forma primeiramente descritos pelo seu papel na rejeição de transplantes. Se o doador e o receptor não compartilham os mesmos alelos = rejeição - Gêmeos monozigóticos compartilham 100% dos alelos de MHC sempre- compatibilidade 100% - Irmãos (mesmos pais) +- 25% de chance de compartilharem o mesmo conjunto de alelos de MHC - > primeira escolha na procura de doadores de medula - os genes de HLA estão muito próximos uns os outros, sendo herdados em bloco na maioria das vezes - Esse tipo de alelo herdado em conjunto é chamado de haplotipo. ONTOGENIA DE CÉLULAS T E B = como são geradas as células T e B do nosso corpo ÓRGÃOS LINFOIDES PRIMARIOS E SECUNDÁRIOS Célula B= medula óssea Célula T = timo Quando elas estão maduras, e há uma infecção, apenas uma parte das células vai se multiplicar para combate-las. ONTOGENIA = um desafio do sistema imune adaptativo Prover uma alta diversidade de anticorpos TCRs capazes de reconhecerem uma ampla gama de antígenos estranhos e ,ao mesmo tempo, sem atacar o “próprio”, i.e. TOLERÂNCIA. O processo de maturação dos linfócitos atende a esses dois quesitos – geração de diversidade e eliminação de células com potencial de autorreatividade. 1. De que forma é gerada a grande variabilidade nos receptores de linfócitos T e B? Tem haver de como estão arranjandos os genes de imunoglobulinas e de TCR 11 2. O que o linfócito precisa fazer para maturar? Produzir o seu receptor de linfócito (BCR ou TCR) + Passar no “controle de qualidade” * Obs.: gera-se receptor para “tudo” *Obs.: elimina-se os inúteis e os autorreativos. RECEPTORES Células B = BCR Células T = TCR *Obs.: Existem genes de cadeia leve, pesada, alfa, gama, beta e delta. DOMÍNIOS DAS PROTEÍNAS IgE TCR Região V = variável - Região D = diversidades - Região J= de junção - Regiões hipervariaveis (caixinhas pontilhadas) = definem a especificidade do anticorpo = correspondem às pontas dos braços Região C = constantes Em qualquer outra proteína, os domínios estão ligados a exons prontos para uso (regiões que geram proteínas), nos linfócitos existem várias regiões V, D e J ORGANIZAÇÃO DOS LOCI DE Ig HUMANA A RECOMBINAÇÃO Cada linfócito T e B é uma célula mutante em relação à linhagem germinativa. Cada linfócito editara o DNA que codifica os receptores de linfócitos. Ele o “escolherá” (recombinará) para formar um éxon recombinante V(D)J que codificará a região variável do TCR do anticorpo – diversidade combinatória. - um de vários segmentos V (variabilidade) - um de vários segmentos D (diversidade) - um de vários segmentos J (junção) Nesse processo, nucleotídeos poderão ser adicionados ou deletados nas junções dos segmentos recombinados -> diversidade juncional. Nas cadeias leve e delta só existem os segmentos V e J. Acontece nos órgãos linfoides primários, no núcleo do DNA - A nível de DNA! É irreversível! Ao fazer isso, elas perdem segmentos cromogênicos que não interessam a ela. Quando se junta segmentos, ainda há a adição de nucleotídeos no processo. Enzima TDT. SEQUENCIA DE EVENTOS DA RECOMBINAÇÃO VDJ RESULTADO DA RECOMBINAÇÃO VDJ = diversidade de regiões variáveis *Obs.: Podemos ter diversas combinações possíveis entre a junção VDJ - Diversidade junsional. 12 CONTRIBUIÇÃO DE DIFERENTES FATORES PARA A DIVERSIDADE DOS RECEPTORES DE ANTÍGNEO Devida a adição de nucleotídeos Existem muitas combinações diferentes, devido as diferentes junções VDJ e nucleotieos. Da forma que os genes estão configurados no nosso genoma, permite uma alta diversidade aleatória, formando mais células diferentes do que as T e B em si. A MATURAÇÃO = quando os linfócitos recebem seu receptor Quando conseguem expressar a cadeia beta e pesada = se multiplicam e tentam fazer a outra parte da cadeia, para fazer o receptor completo. ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO DA CÉLULA T No duplo- positivo é desejável que ela ligue a um MHC. Na positiva simples T é indesejável. Todos os estágios até positiva simples são no cortes, na positiva simples ela vai para a medula. As células epiteliais medulares = testam se os linfócitos T estão se ligando aos antígenos com muita força. PROBLEMA Eu tenho dois genes, de cadeia beta e dois genes de cadeia alfa *Obs.: Dois genes porque temos um conjunto de cromossomos herdado pelo pai e pela mãe. Se a célula consegue rearranjar todos, dá pra formar até receptores diferentes na superfície da célula, não? No entanto, o número de receptores diferentes nunca será 4, porque: - O processo de recombinação VDJ frequentemente gera proteínas truncadas pela modificação da fase de leitura - Exclusão alélica. *Obs.: Os processos de recombinação VDJ falha em 2/3 deles. Isso porque na adição de nucleotídeos podem ser não múltiplos de 3 = se altera a fase de leitura dos códons. EXCLUSÃO ALÉLICA: Para evitar que um linfócito apresente mais de um tipo de TCR ou Ig, a produção dessas moléculas ocorre de uma maneira ordenada. Nos linfócitos T, o rearranjo V(D)J começa sempre no gene da cadeia β de um dos cromossomos. - Se a cadeia β do primeiro cromossomos falhar em se rearranjar, é rearranjada a cadeia β de outro cromossomo. - Se a cadeia β do primeiro cromossomo se rearranjar com sucesso, é bloqueado o restante da cadeia β do outro cromossomo. - Após produzir uma cadeia β com sucesso, é rearranjado o lócus do gene da cadeia α. 13 Há pouca ou nenhuma exclusão alélica da cadeia α, e até 30% das células T pode apresentar mais de uma cadeia α. No BCR, a exclusão alélica é completa, tanto para a cadeia pesada como para a cadeia leve. ONTOGENIA DOS LINFOCITOS T Após rearranjar o seu receptor, a célula T será chamada de “duplo-positiva”, pois expressará os dois correceptores, o CD4 e o CD8. A maturação então dependerá do tipo de MHC ao qual o TCR será capaz de se ligar. - Se reconhecer o MHC-I, será um linfócito T CD8+ CD4- - Se reconhecer o MHC-II, será um linfócito T CD8- - Assim ele se tornará uma célula positiva simples, expressando apenas um marcador, ou CD4 e o CD8. SELEÇÃO Os timócitos em desenvolvimento interagem com as células epiteliais tímicas, células dendríticas e macrófagos. Essas células apresentam antígeno próprios via MHC de classes I e II e “testam” sua capacidade de se tornarem linfócitos úteis para o sistema imune. SELEÇÃO POSITIVA = É o processo que preserva as células que reconhecem o MHC próprio com baixa afinidade. - Mediado principalmente pelas células epiteliais tímicas do córtex. - Os timócitos que reconhecem fracamente complexos peptídeo: MHC próprio são estimulados e sobrevivem. - Timócitos que não são capazes de reconhecer complexos peptídeo: MHC próprios morrem por apoptose – morte por negligencia. SELEÇÃO NEGATIVA = É o processo que elimina as células que reconhecem MHC próprio com alta afinidade. - Mediada por células dendríticas, macrófagos e células epiteliais tímicas medulares. - Os timócitos que reconhecem fortementes complexos: MHC próprios sofrem morte por apoptose- elimina células potencialmente autorreativas. DELEÇÃO DE CÉLULAS AUTO-REATIVAS NO TIMO: Como os antígenos próprios são expressos? A proteína AIRE(autoimmune regulator) é um fator de transcrição que estimula a expressão de vários auto- antígenos nas células epiteliais medulares do timo, necessárias para a deleção de timócitos auto-reativos. CONSEQUENCIA de MUTAÇAÇÕES em AIRE Doenças em humanos: poliendocrinopatia autoimune com candidase e displasia ectodérmica (APECESD), também chamada de síndrome autoimune poliendócrina (APS-1) Camundongo KO: autoanticorpos contra vários órgãos endócrinos e retina. - Falha na expressão de vários antígenos próprios no timo -> falha na seleção negativa - AIRE está envolvida na deleção, mas não no desenvolvimento de Tregs. CÉLULAS B Subgrupos: - B-1: primeiras que o corpo gera - B-2 foliculares: - B-2 da zona marginal: no baço ESTÁGIO DE MATURAÇÃO DAS B: 14 CONSEQUENCIADO RECONHECIMENTO DE AUTOANTÍGENOS PELA CÉLULA B NA MEDULA OSSEA: Os linfócitos B foliculares que saem da medula óssea são chamados de linfócitos B virgens, e eles terão tropismo pelos órgãos linfoides secundários. Os linfócitos B virgens circularão pelos órgãos linfoides secundários, habitando as zona de células B, procurando pelo “seu” antígeno. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE = vão causar uma grande reação REAÇÃO HIPERSENSIVEL = Resposta imune adaptativa, exagerada ou inadequada, resultando em reação inflamatória e / ou dano tecidual É uma característica individual a um determinado Ag. CLASSIFICAÇÃO: Imediata ou humoral = depende de anticorpos – mediada por anticorpos IgG, IgE e IgM Ex.: Tipo I, Tipo II e Tipo III Tardia ou celular = mediada por linfócitos T e macrófagos Ex.: Tipo IV IMEDIATA/ HUMORAL TIPO 1 = ANAFILAXIA = Ac associado a célula IgE (sem contato não tem problema) Após a exposição a um alérgeno, mastócitos sensibilizados por IgE liberam grânulos de aminas vasoativas, que, por sua vez, desencadearão vasodilatação, broncoconstricção e secreção de muco. Processo presente na asma. TIPO 2 = REAÇÕES CITOTÓXICAS = Ag associado à célula, depende do complemento (IgM e IgG). Ex.: grupo sang. É mediada por anticorpos IgM e IgG ligadas a epítopos que se encontram na membrana das células ou fixos nos tecidos. Em geral, tais antígenos são do próprio organismo,o que desencadeia uma auto- imunidade. O dano é causado pela ativação do complemento e fagocitose do tecido próprio. Tal mecanismo está presente na Doença de Graves. TIPO 3 = REAÇÕES POR COMPLEXOS IMUNES = nem Ag nem Ac estão associados á célula, reação ocorre no meio intercelular (IgG e IgM, C’) - Doenças autoimunes / do colágeno Ocorre devido à deposição de imunocomplexos em determinados tecidos levando à ativação do complemento, entre outros fatores. Tais complexos geralmente são formados por antígenos circulantes ou que já estavam depositados.Essa reação está presente na fisiopatogenia da glomerulonefrite pós- estreptocóccica. 15 TARDIA OU CELULAR – TIPO 4 Tuberculina ou a outras proteínas derivadas de germes infecciosos Proteínas purificadas Substâncias químicas -> dermatite de contato Mediadores: IFN-γ, IL-10 e IL-12 Reação que representa imunidade principalmente contra patógenos intracelulares e na qual a resposta celular é a efetora. É também denominada de “tardia”, pois necessita de sensibilização prévia dos linfócitos T helper para queocorra o desfecho clínico. Exemplo: Dermatite de contato. TIPO 1 Requisitos básicos= - Exposição prévia ao antígeno (alergeno) - Produção de IgE pelo indivíduo suscetível - Presença do mastócito/basófilos - Sensibilização prévia - Reexposição do mesmo antígeno - Antígeno bivalente: precisa ligar-se a dois Ac , e liberação de mediadores químicos. Alergeno: antígeno que induz a reação de hipersensibilidade - Pode ser de origem proteica, vegetal (pólen), ou anir (pelo, leite, ovos), drogas (aspirina, anestésicos...) - Inalados ou ingeridos (mais frequente), mas podem ser inoculados através de injeção ou picada de insetos. Atopia = termo que descreve os achados clínicos da reação de hipersensibilidade Tipo 1 de acordo com sua localização. “ser alérgico à” *níveis elevados de IgE Ex.: mucosa nasal, mucosa brônquica, pele, trato gastrointestinal, etc. Reação sistêmica = “choque anafilático” = Quando é muito grande, exarcebada. - Pode causar distúrbios respiratórios, broncoconstrição, edema de glote, erupções cutâneas e colapso vascular. Reações localizadas: - Antígeno inalado. Ex.: asma e rinite alérgica - Antígeno Ingerido. Ex.: cólica e diarreia - Antígeno inoculado. Ex.: urticária e picadas Fatores determinantes: predisposição genética: um dos pais é alérgico - Fator genético, mandeliano, que vem de origem dos pais - Ambientais (nº de exposições ao antígeno, estado nutricional, presença de infecção crônica, infecção viral aguda) Células envolvidas: - Mastócitos: ricos em grânulos (histamina e heparina), alta atividade para porção Fc da IgE - Basófilos: mastócitos na circulação sanguínea - Plaquetas: participação indireta, mastócito/basófilo-dependente(fator de agregação plaquetária) - Eosinófilos: liberam mediadores inflamatórios capazes de aumentar a reação atópica. Alguns mediadores da reação anafilática: - Histamina: liberada por mastócitos, basófilos e plaquetas, tem ação vasodiladora, aumenta permeabilidade capilar e edema. Órgãos-alvo: vaso sanguíneo, contratura do músculo liso. - Serotonina: liberada apor mastócitos e plaquetas, causa contratura da musculatura lisa, vasoconstrição e aumenta permeabilidade vascular. - Heparina: liberada por mastócitos e basófilos, tem função anticoagulante e contração bronqiolar. TIPO 2 Anticorpos se dirigem-se contra antígenos da superfície celular de tecidos ou de células específicas *Obs.: antígenos próprios ou não proprios 16 É mediado por IgG e IgM = complemento, com ação de citólise que leva uma ação tecidual É uma reação normal contra microrganismos e parasitas (mecanismo) Se for exagerada, causa lesão tecidual – Presença do complemento Ex.: incompatibilidade sanguínea em transfusões. Não requer sensibilização prévia Atribui-se à presença de determinantes antigênicos coincidentes numa variedade de microrganismos MECANISMOS 1. Anticorpos dirigidos contra antígenos da superfície celular (ex. grupos sanguíneos) 2. Fagocitose das células (ativação da via clássica do complemento) 3. Citotoxidade não fagocítica (destruição celular sem fagocitose, mediada por linfócitos). 4. Fixação do Complemento - Lise direta - C3 – opsonização (facilitação da fagocitose) - C5a – quimiotaxia para neutrófilos e macrófagos 5. Célula-alvo muito grande para ser fagocitada: liberação de enzimas lisossômicas pelo fagócito no meio, lesando célula-alvo e células vizinhas. Sistema ABO é uma Igm = não é transplacentário, Rh é Reações induzidas por drogas: DOENÇAS RELACIONADAS À HIPERSENSIBILIDADE TIPO II: Rejeição hiperaguda de transplante - Ocorre entre 24 e 48 horas pós-transplante - Requer a presença de anticorpos pré- formados em sensibilização prévia - Os anticorpos pré-formados, depositam-se no endotélio vascular do enxerto, ativam o C’ o sistema da coagulação Doenças auto-imunes - Nifrites: deposição de IgG na membrna basal do glomérulo, causando fixação de C’ e necrose severa do glomérulo - S. Goodpasture = nifrite + hemorragia pulmonar - Miastenia de Gravis: anticorpos dirigidos contra receptores de acetilcolina no terminal da paca motora. TIPO 3 Reações por complexos imunes -> nem Ag nem Ac estão associados à célula, reação ocorre no meio intercelular IgG e IgM, C’) Em meio intercelular, na região fibras do nosso colágeno 17 TIPOS DE ANTÍGENOS Bactérias - Estreptococos produz uma toxina que pode migrar até o músculo cardíaco e para rins -> Glomerulonefrite - Treponema pallidum (agente da sífilis) -> Glomerulonefrite Parasitos: Plasmodium sp -> Glomerulonefrite Drogas ou Substâncias - Soro heterólogo -> doença do soro = compromete os rins, através da deposição de imunocomplexos - Heroína -> Glomerulonefrite LOCAL Localizada: reação restrita a um sítio- alvo. Ex.: doença de Arthus (pele) Sistêmica: reação ocorre em vários sítios-alvo. Ex.: doença do soro Tipo 1 x Tipo 3 REAÇÃO DO COMPLEXO ANTÍGENO- ANTICORPO Mecanismos de Formação de Complexos Imunes 1. Anticorpo reagindo com antígenos estruturais que fazem parte da membrana da célula ou com estruturas extra-celulares. Ex.: anticorpo antimembrana basal dos glomérulos produzem glomerulonefrites. 2. Interação de Ac contra Ag introduzidos no organismo ou mesmo secretados por estes. Ex.: formação de complexos imunes ao redor dos folículos da tireoide auto-imune e ao redor dos canais espermatogênicos após vasectomia, ou ainda, ao redor de parasitos nos tecidos (esporotricose) 3. Por reação de anticorpo contra antígenos solúveis presentes na circulação. Ex.: lúpus eritomatoso sitêmico. TIPO 4 = Reação de Hipersensibilidade Mediada por Células (Tardia ou do Tipo IV) A presença de linfócitos T específicos sensibilizados é necessária para produzir a resposta tardia (+12 horas) Representa uma imunidade protetora contra patógenos intracelulares Reação é dividida em três fases: - SENSIBILIZAÇÃO - FASE EFETORA (INFLAMATÓRIA) - RESOLUÇÃO Ex.: dermatite de contato, picada de inseto, doença celíaca TIPOS: Contato: 48-72h (eczematosa e pruriginosa, ocorrendo em qualquer região do corpo. Maior frequência em mãos, pés e face). Ex.: uso de sapato e maquiagem, sabão em pó, detergentes, manuseio de frutos do mar, látex, níquel e couro. Tuberculina: 48-72h (exemplo clássico é o teste de Mantoux ou PPD – derivado proteico purificado do Mycobacterium tuberculosis) *Obs.: Reação de MAntoux é positiva quando o indivíduo já foi vacinado *A reação é positiva quando o paciente tem ou teve contato com o agente da tuberculose. *Nos indivíduos alérgicos, o Mantoux é positivo. *A reação de Mantoux é negativa quando o paciente não foi vacinado, nem tevecontato com o antígeno. Granulomatosa: Ocorre devido a persistência de micro-organismos ou partículas não destruídas no interior dos macrófagos. Ex.: sílica, talco, fios de sutura, Mycobacterium leprae, Histoplasma capsulatum, Schistosoma, Anseni 18 REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE REGULAÇÃO DO SIST. IMUNE Para que haja resposta imune adequada é necessário uma regulação de todos os componentes do sistema imune. O objetivo do sist. Imunol. é manter o funcionamento adequado dos sistemas biológicos, evitando distúrbios causados pela presença de substâncias estranhas ao organismo. (homeostase) Todas as substancias que elimina os antígenos também têm capacidade de causar danos aos tecidos e órgãos próprios. REGULAÇÃO POSITIVA = Ativação e eliminação dos patógenos REGULAÇÃO NEGATIVA = Evita reações exacerbadas, tempo limitado de ocorrência da resposta imune e evita doenças autoimunes MECANISMOS 1. Antígenos 2. Citocinas e moléculas de sinalização 3. Células 4. Feedback anticorpos ANTÍGENO Antígenos proteicos: como a maioria dos vírus estimulam a resposta imune humoral e celular, originando uma resposta imune T-dependente com memória imunológica duradoura. Quantidade de Ag pode induzir tolerância. - Altas doses ou doses muito baixas: linfócito T reconhece Ag sem o segundo sinal *Obs.: se é muito alta, não é absorvida VIA DE ADMINISTRAÇÃO = Antígenos administrados por via: oral, inalatória ou endovenosa induzem tolerância imunológica Melhor = cutânea e subcutânea -> vacinas, estimulam que as células de memória fiquem alerta Desencadeador da Resposta Imune ativam os Linfócitos T e B Localização do Antígeno: - Intracelular -> vírus - Extracelular -> bactérias Dose de Ag: Altas doses repetidas -> tolerância e inibição de resposta ANTÍGENOS T INDEPENDENTES Antígenos lipopolissacarídeos, lipídeos e os ácidos nucleicos têm capacidade de estimular a produção de anticorpos (IgM) sem a necessidade de apresentação às células Th Não são capazes de gerar memória imunológica. Ex.: lipopolissacarídeos Gram- Pneumococo *Obs.: Se produz IgM, não terá uma memória imunológica ANTÍGENOS T DEPENDENTES: Antígenos proteicos (maioria dos imunógenos): necessitam de auxílio dado pelos linfócitos Th e pelos linfócitos B para produção de anticorpos Geram memória imunológica DOSE DO ANTÍGENO Altas doses de ag proteicos induzem tolerância específicas em linfócitos T e inibem a resposta imune. 19 Altas doses de ag polissacarídeos induzem tolerância em linfócitos B específico e impedem a produção de anticorpos. CITOCINAS = Proteínas que modulam a função de outras células ou da própria célula que a sintetizou e podem ser produzidas por diversas células, mas principalmente por linfócitos e macrófagos ativados, sendo importantes para o controle da resposta imune. *Obs.: macrófago é célula apresentadora de antígeno IL-10 = Produzidas por macrófagos ativados, Treg e células dendríticas - Inibe a produção de diversas citocinas inflamatórias; inibe outras citocinas inflamatórias: IL-1, TNF e IL-12 Em relação ao gastrointestinal é importante que as células t reguladoras, a IL-10, TGF-β funcionem bem para induzirem tolerância Altos níveis de IL-10 e baixos níveis de IFN-γ que estão relacionadas com a proteção contra as infecções *Obs.: IFN = interferon ATIVAÇÃO DO LINFÓCITO T MOLÉCULA DE SINALIZAÇÃO Em alguns casos, células T que encontram antígenos próprios podem passar a expressar uma molécula chamada CTLA-4 (receptor de alta afinidade para B7) que distribui sinais inibitórios *Obs.: Células que dão sinais para os linfócitos, para que não aconteça a ploriferação desses antígenos ANERGIA = ausência de B7 = falta de resposta do organismo a um antígeno específico ou a um alergênio Anergia = ausência de B7 MOLÉCULAS COESTIMULATÓRIAS As T reguladoras também atuam sobre as APCs, inibindo sua função, ou seja a perda da expressão das moléculas coestimuladoras (CD40 e B7). Assim as APCs continuam apresentando os atígenos, porém não são capazes de ativar os linfócitos. 20 EQUILÍBRIO DE TH1 E TH2 TH1 = ativam células citotóxicas e a resposta é do tipo reação de hipersensibilidade do tipo tardia Secretam interferon-y que são mediadoras da imunidade celular, protegendo contra parasitos intracelular e na gênese da auto-imunidade *Obs.: É necessário um equilibro entre os Thelpers Protegem os organismos através da imunidade celular contra parasitar intercelulares e doenças autoimunes – regulação positiva TH2 = Regulam negativamente a reposta imune através da secreção de IL-10, inibindo a produção de citocinas Secretam IL-4 e são responsáveis pela imunidade extracelular, associada à proteção contra helmintos e participam na patogênese da asma e da alergia - prejudica a resposta em termos de equilíbrio CÉLULAS LEUCÓCITOS -> POLIMORFONUCLEARES São células de vida curta -> 24 horas e apresentam MHC-1 Controle de qualidade da célula -> liberação de quimiocinas no local onde ocorre a infecção que ativa células e endoteliais próximas e faz com que os PMN no sangue sejam capazes de migrar para o local da injuria tecidual Ativação dos leucócitos ocorre através do reconhecimento das particulas antigênicas intracelulares liberando os grânulos de toxinas que vão destruir os age de causar o dano tecidual CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS Linfócito B Macrófago Célula dendrítica = controla tudo o que é ingerido pela APC, apresentam MHC II = São as células indispensáveis para a indução da resposta imune dependente de linfócito T. - Tem como principal função apresentar o ag ao linfócito T associado com molécula de MHC II na presença de moléculas co- estimuladoras. IMPORTÂNCIA A ausência de moléculas co- estimuladoras na superfície de APCs levam à tolerância Os macrófagos e células dendríticas são APCs profissionais que expressam grande quantidade de MHC-II e moléculas co-estimulatórias resutam em uma ativação altamente efetiva dos linfócitos T. Os macrófagos ativados apresentas as funções: Ajudar a eliminar o antígeno e Eliminar a resposta imune por meio da lise das células. LINFÓCITOS O processo de ativação das células T e B é uma resposta adequada ao antígeno invasor através de células efetoras (resposta celular) e ou produção de anticorpos específicos (reposta humoral) A expressão da função imunológica dos linfócitos T e B ocorre através de uma imunorregulação por meios de sinais aproriados são ativados, proliferam e se diferenciam com a produção de anticorpo ou citotoxicidade, ou de mecanismos reguladores que modulam outras funções. ATIVAÇÃO DO LINFÓCITO T 21 EQUILÍBRIO TH1 TH2 TH17 Se não tiver equilibro, pode haver alergias, doenças crônicas, rinites, a eliminação de helmintos e parasitos grandes. CÉLULAS NK Para que ocorra mecanismos de defesa do organismo é necessário o equilíbrio entre sinais ativadores e inibidores das células NK e de LTC. Atividade reguladora para os LH com interação com APCs com a IL-12 leva à diferenciação dos TH0 em TH3 Ativação da célula NK tem função de destruir células infectadas por vírus e células neoplásicas pela indução da morte células (apoptose) Supressão de células NK impedem a diferenciação do LTC tumor-específico abolindo a imunidade protetora contra tumores. *Obs.: Tem MHC I = citotóxico = fazer a lise das células que tem alguma modificação ou que estão sendo parasitadas por um antígeno não reconhecidos pelo sistema imune ATIVAÇÃO DE CÉLULAS B REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE DELEÇÃO CLONAL = Antígeno apresentado em altas concentrações ou de maneira repetitiva Ativação de morte programada Ativação repetida de linfócitos T maduros FAS: receptor relacionado ao controle de proliferação celular Linfócitos T ativados expressam FAZ e FASL SUPRESSÃO CLONAL = regulação negativa REGULAÇÃO POR ANTICORPOS Anticorpos circulantes formados contra o antígeno a produção de novos anticorpos contra o mesmo antígeno. - Por bloqueio do antígeno = Ig na membrana bloqueia a reação = fica sem resposta adequada - Por Cross-linking de receptores FcgII = a ligação pelo receptor FcgII faz com que não entre o complemento - Por imunocomplexos = ANTICORPO = regulam o SI por mecanismos de alimentação que podem levar a uma regulação negativa - Ag+IgM = estímulo da resposta imune - Ag + IgG = supressão da resposta imune Vacinas em crianças antes dos 6 meses (presença de Ac circulantes da mãe) por imunocomplexos Incompatibilidade Rh = administração de Acanti Rh na mãe Rh-(Rhogan) e Previne que ela produza Ac contra hemácias Rh+ do filho 22 MIASTENIA GRAVIS = Ac contra receptor de acetilcolina na junção neuromuscular que acarreta episódios de fraqueza muscular. REGULAÇÃO GENÉTICA Depende de: Hereditariedade do organismo Capacidade da resposta imune de indivíduo para indivíduo. Idade, alimentação... (vitamina D –céls dendriticas) Hormônios sexuais atuam nas células do sistema imune, estimulando (estrógeno) ou reprimindo (androgenos) Cortisol e os glicocorticoides (imunossupressores) Quimioterápicos; GENES QUE CONTROLAM A RESPOSTA IMUNE: Genes para receptores que codificam os receptores das células T e B que determinam a existência de uma resposta a um certo antígeno Genes da resposta imune que influenciam na qualidade e na extensão da resposta e que se dividem em genes que codificam o MFC ou não. Existem determinados polimorfismos que podem levar a que haja uma maior ou menor susceptibilidade para a doença. Alguns halótipos do MHC estão envolvidos numa resposta aumentada a determinados antígenios. GENES QUE INFLUENCIAM NA RESPOSTA IMUNE ONCODONTIA HEMOGRAMA = Exame para qualquer especialidade, as hemácias, hemoglobina, hematócrito (volume ocupado por hemácias), VCM, HCM, CHCM, RDW, leucócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos, plaquetas e VPM. *Obs.: Um maior hematócrito = desidratação TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) Medula Ossea = líquido gelatinoso dentro dos ossos da bacia, costela e externo, que produz tais células. Possibilita a cura para algumas doenças hematológicas. Ex.: cânceres de tumor sólido e outras doenças não malignas (leucemias, linfomas, anemia aplásica severa, mieloma múltiplo, desordens de imunodeficiência) Envolve: 1. Coleta de células normalmente encontradas na medula óssea (células- tronco) 2. Condicionamento 3. Congelamento 4. Filtragem dessas células e sua devolução ao doador (paciente) ou a outra pessoa Objetivo: transfundir células saudáveis da medula em uma pessoa depois que sua própria medula doente foi tratada para matar as células anormais TIPOS: 1. Autogênico = paciente é seu próprio doador 2. Halogênico = doador é geneticamente compatível 23 3. Singênico = doador e paciente são gêmeos idênticos 4. Não aparentado = doador não é parente (NAP), através de registros nacionais de doadores de medula óssea 5. Haploidêntico = parente com 50% de compatibilidade COMO DOADOR E RECEPTOR DÃO MATCH: Tipagem sanguínea HLA ou MHC - HLA = tipagem do tecido do antígeno leucocitário humano. Os antígenos na superfície desses glóbulos brancos especiais determinam a composição genética do sistema imunológico de uma pessoa. - MHC = complexo maior de histocompatibilidade ALTERAÇÕES NA CAV. ORAL Infecções fúngicas e virais Alterações nas glândulas salivares e xerostomia Mucosite oral = complicação mais debilitante do tratamento oncológico, diminui bastante a qualidade de vida *Ob.: Pela toxicidade do tratamento, a radioterapia e a quimioterapia (não seletiva -> células com maior atividade mitótica) Alteração da dentária Alterações dos tecidos dentais e alterações craniofacias Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) ADEQUAÇÃO BUCAL – BASIC CARE = remoção dos focos de infecção e eliminação de traumas (próteses provisórias, restaurações, tratamento periodontal e endodôntico e exodontias) Educação do paciente Adequação bucal prévia Acompanhamento profissional Exame clínico Exames de imagem: rx panorâmico e periapical completo NADIR = Período entre cada ciclo de quimioterapia onde as contagens de células sanguíneas estão mais baixas Varia para cada droga ou combinação de drogas Média: em torno do 10º dia MUCOSITE ORAL = Inflamação da mucosa Tecido de atrofia com eritema, edema e soração Dor Lesões orais Disgeusia = alterações no paladar Dificuldades funcionais - Bem-estar geral, + Tempo de internação, + Custos Porta de entrada para infecções = Neutropenia -> Mucosite -> 4x maior risco de sepse PATOBIOLOGIA = Sequencia complexa de eventos biológicos Estágio 1 = Estresse oxidativo do tecido devido à quimioterapia... Estágio 2-3 = Amplificação do sinal – células se misturam, com inflamação e aumento da vascularização Estágio 4 = Mais sintomática, maior dor e imunossupressão do paciente Estágio 5 = 24 CLASSIFICAÇÃO DA MUCOSITE TRATAMENTO Antimicrobianos Antiinflamatórios - Cloridrato de Benzidamina (flogoral) Fatores de Crescimento - Palifermina (Kepivance) = indicado na diminuição da incidência, duração e gravidade da mucosite oral, em doentes adultos, com doenças hematológicas, submetidos à radioquimioterapia mieloblativa no TMO autólogo. Fitoterápicos e substâncias naturais Suplementação nutricional LASER de baixa potência LESÕES COM RISCO POTENCIAL DE INFECÇÃO NO PERÍODO PRÉ TRANSPLANTE - Focos infeccioso na cavidade bucal são fontes potenciais de infecções sistêmicas! Doença periodontal = é o resultado de um processo interativo entre o biofilme dental e os tecidos periodontais Lesão periapical endodôntica = perda óssea na região do periápice dental devido principalmente a processos inflamatórios de origem no tecido pulpar e que evoluem para abcessos, celulites ou lesões granulomatosas. Guna = Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda “Boca de trincheira” – Progressão rápida, dor intensa e necrose gengival Xerostomia = hipofunção das glândulas salivares = saliva humana não somente lubrifica a boca, mas também ajuda na deglutição e na manutenção da integridade dos tecidos duros. INFECÇÕES OPORTUNISTAS = Se aproveitam de alguma fragilidade do hospedeiro Candidiase – em quadros de baixa imunidade (xerostomia) Herpes = vírus HVH-1 fica latente em gl. Salivares e pode ser reativado durante o período de imunossupressão - Em paciente imunocomprometidos podem aparecer manifestações atípicas e mais dolorosas - Começa por pequenas vesículas Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) = complicação decorrente do TCTH alogênico - Linfócitos do doador atacam tecidos do receptor - Reações liquenóides, placas hiperceratóticas, eritema, xerostomia e língua despapiada. - MUCOCELE = patogenia da DECH sobre o parênquima das glândulas salivares menores 25 IMUNOEDIÇÃO TUMORAL = controle imunológico antitumoral – mecanismo contínuo de “escultura” do tumor Instabilidade genética tumoral Seleção de células mais bem adaptadas e menos imunogênicas Objetivo final = evasão dos controles imunológicos e progressão FASES: eliminação, equilíbrio e escape 1. Eliminação: imunovigilância – sistema imune destrói células tumorais suscetíveis- Recrutamento de células do sistema inato (NK, NKT, subtipos de células, macrófagos e células dentriticas) - Inicia-se a fase de produção de células TCD4 e CD8 específicas para o tumor (sistema adaptativo) 2. Equilibrio: instabilidade genética tumoral permite a permanência de clones imunoselecionados. Acredita-se que esse seja o período mais longo 3. Escape: Estágio de detecção clínica, quando a proliferação de clones selecionados imunologicamente torna-se incontrolável e o tumor clinicamente aparente TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA E AUTOIMUNIDADE = equilíbrio de todas as defesas e utilização das células T e B nesse equilíbrio SISTEMA IMUNE TOLERÂNCIA Fenômeno da tolerância = decisão mais importante a ser tomada pelo sistema imune Tolerância imunológica = distinguir molécula imunossupressão de moléculas não próprias. - Próprias = não desenvolver respostas - Não próprias = desenvolver resposta Eliminação ou neutralização de linfócitos com potencial auto-reativos. Finalidade de preservar uma resposta eficaz contra os antígenos externos. Não responsividade específica após exposição prévia a antígeno Autoantígeno – tolerância: chave nas doenças autoimunes Antígeno externo – resposta imunológica: defesa contra microorganismos invasores e adquirir tolerância (transplantes) FATORES QUE ALTERAM A TOLERÂNCIA E O PAPEL DO ANTÍGENO: CENTRAL E PERIFÉRICA = tem consequencia 26 CENTRAL: ocorre no desenvolvimento celular em nível dos órgãos linfoides primários (medula óssea e timo) Desenvolvimento intra-tímico da cél T (medular da célula B) No processo seletivo +- 90% dos timócitos morre por apoptose Antígenos sistêmicos, de alta expressão tecidual: tolerância central funciona bem e células T periféricas autorreativas de baixa afinidade. Antígenos órgãos-específicos “especiais”: timo expressa estes antígenos para indução de deleção células T autorreativas CONSEQUENCIA DO RECONECIMENTO DE AUTOANTÍGENOS NO TIMO EVENTOS DA SELEÇÃO: Seleção positiva: sobrevivem as células que: > Timo = T reconhecem MHCII e CD4/ CD8 – MHCI > Medula = B expressam receptores de Ag que reconhecem Ags próprios, mas fracamente Seleção negativa: eliminam células que: > Reconhecem fortemente Ag prórpios - Deleção clonal (apoptose) - Edição do receptor (célula B) CÉLULAS ATIVADAS – LINFÓCITOS T = resposta em célula t ativada PERIFÉRICA: Ocorre na fase de desenvolvimento das células dentro dos órgãos linfoides secundários (Baço, linfonodos, e tecidos linfoides associados à mucosa) Mecanismos periféricos: - Ignorância - Inativação (anergia) - Deleção - Desvio da resposta imunológica (TH1, TH2) - Supressão (imunorregulação) Caso algum linfócito autorreativo consiga escapar deste processo e ser liberado para a periferia Regulação de linfócitos autorreativos ÓRGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS: ANERGIA CLONAL: falta de coestimulo DELEÇÃO CLONAL: apoptose 27 SUPRESSÃO CLONAL: células regulatórias A partir de citocinas e moléculas da membrana (CTL4) CONTROLE DA RESPOSTA IMUNE CONTROLE DA MATURAÇÃO DO LINFÓCITO T Já na fase de proliferação CÉLULAS B Células B autorreativas: podem ser deletadas, anergizadas ou “editarem” o seu receptor auto-reativo - Reativação dos genes RAG1 e RAG2 e expressão de novas cadeias leves Linfócitos B maduros: que reconhecem auto-Ag periféricos na ausência de Linfócitos T helper específico torna-se anérgico CONTROLE DE MATURAÇÃO DO LINFÓCITO B AUTO-TOLERÂNCIA: T e B DOENÇA AUTO-IMUNE = falha no processo de reconhecimento entre o próprio e o não próprrio Resulta em danos as células, tecidos e órgãos Pode ser fatal ETIOLOGIA: MULTIFATORIAL MECANISMOS DE INDUÇÃO DE AUTOIMUNIDADE: Liberação de Ag sequestrados: - Ag-próprios ao organismo que normalmente não entram em contato com o sistema imune, dessa forma, não tendo ocorrido o reconhecimento antigêncio, o organismo não desenvolveu ainda tolerÂncia a esses antígenos prórpios. Ex: Hormônios secretados pela tireoide - Trauma ou cirurgia podem levar à estimulação de uma resposta imune e iniciação de uma DAÍ Santuários imunológicos: SNC, câmara anterior do olho, testículo, feto uterino 28 CÉLULAS T AUTORREATIVA SEM COESTIMULAÇÃO PAPEL DAS INFECÇÕES NA DAI MIMETISMO MOLECULAR Reatividade cruzada entre Ag de microrganismos estruturalmente similares aos antígenos próprios. Ex.: Febre reumática: anticorpos produzidos contra Streptococcus beta hemolítco podem atacar articulações, rim e coração. DESFECHO PRINCIPAL Quebra de tolerância: antígenos próprios agora são reconhecidos como não próprios Resposta imune inicia: proliferação de células T autorreativas e estimulação de células B (produção de anticorpos e lesão das células/ órgãos reconhecidos) DOENÇAS AUTO-IMUNES ÓRGÃO ESPECÍFICAS DM tipo I S. Goospasture Esclerose múltipla D. Graves Tireoidite autoimune Anemia perniciosa Addison autoimune Vitiligo Miastenia gravis SISTÊMICAS Artrite reumatoide Esclerose sistêmica Lúpus eritematoso sistêmico S. Sjörgen Miopatias inflamatórias DOENÇA DE GRAVES Sintomas: ansiedade, intolerância ao calor, fraqueza, palpitações, sudorese, perda de peso Hipotireoidismo, oftalmopatia e dermopatia infiltrativa. Os pacientes apresentam Ac que reconhecem o hormônio estimulador da tireoide (TSH) mimetizando-o, o que leva à ativação contínua da tireoide, aumento de T3. T4 e redução do TSH Teste: dosagem de anticorpos anti- receptores de TSH LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO Doença crônica e multissistêmica Desenvolve-se na dependência de: - Fatores genéticos: deficiência de C1q, C2 e C4 (remoção de ICs) e HLA-DR2 e HLA-DR4 (risco relativo de 2 a 3 vezes) - Fatores hormonais: Razão mulher/ homem = 10:1 29 - Fatores ambientais: exposição a Uv-B, medicamento Anticorpos auto-reativos contra constituintes nucleares: DNA, ribonucleoproteínas, histonas... Imuno-complexos (IC) se depositam nos glomérulos renais, articulações, pele e vasos sanguíneos. Diagnóstico laboratorial: - Fatorantinuclear (FAN) - Imunofluorescência indireta (IFI) *Obs.: cerca de 5-15% de paciente não LES têm baixos títulos destes anticorpos e a incidência aumenta com a idade *Obs.: Sensibilidade de 95% - resultado negativo praticamente exclui o diagnóstico ARTRITE REUMATÓIDE Inflamação crônica das articulações - Destruição progressiva de estruturas cartilaginosas e ósseas Formação de nódulos subcutâneos 1% da população mundial é afetada 3 a 5 x mais mulheres TROMBOCITOPENIAS AUTOIMUNES Púrpura trombocitopênica autoimune Anticorpos contra Ags de superfície das plaquetas - Glicoproteínas IIb/ IIIa Opsonização e ativação do C’ Fagocitadas por macrófagos Teste: Anticorpos antiplaquetas TERAPIAS INOVADORAS Agente Biológicos Uso de recombinantes visando moléculas específicas: - anticorpos monoclonais - citocinas recombinantes - inibidores de citocinas - terapia gênica Alvos: linfócitos B, monócitos/ macrófagos, balanço TH1/ TH2, moléculas co-estimuladoras Objetivos: indução de tolerância e modulação de apoptose
Compartilhar