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Parasitologia Veterinária: Dipylidium caninum, Choanotaenia infundibulum e Anoplocephala perfoliata

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PARASITOLOGIA VETERINÁRIA I 
PROF. MÁRIO FRITSCH 
Acadêmicos: Eliandro Macanhan
 Jaqueline Jednoralski
 Jean Soares
 Sara Bonin Belandrino
Filo Platyhelmynthes Filo Acantocephala
Classificação científica
	Reino	Animalia
	Filo	Platyhelminthes
	Classe	Cestoda
	Ordem	Cyclophyllidea
	Família	Dipylidiidae
	Género	Dipylidium
	Espécie	D. caninum
Nome binominal
	Dipylidium caninum
(Linnaeus, 1758)
Cestoda é uma classe do filo Platyhelminthes que se caracterizam pela ausência do sistema digestório. Os alimentos são absorvidos pela pele, que tem revestimento semelhante aos dos trematódeos. Todos os representantes desta classe são parasitas internos.
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Morfologia
Possuem de 20 a 80 cm de comprimento e 3 a 4 mm de largura
Monossomático – monocefálico
Escólex com quatro ventosas 
Um rostelo protrátil com três a cinco fileiras de pequenos ganchos em formato de espinhos de rosa 
As proglotes maduras são mais longas que largas e contêm dois conjuntos de órgãos reprodutivos masculinos e femininos.
O útero em desenvolvimento exibe a forma de uma rede, que, quando o segmento fica grávido, eventualmente fragmentam-se em unidades distintas denominadas sacos ovíferos. 
Cada saco ovífero pode conter de cinco a trinta ovos. 
O escólex é o órgão de fixação do helminto. Significado de Rostelo
substantivo[Medicina] Bico pequeno ou tromba; órgão musculoso, na parte anterior do escólex dos cestóideos.
Protrátil Que se pode esticar para a frente.
Significado de Proglote
substantivo feminino Cada uma das divisões ou dos segmentos das tênias, solitárias, vermes que parasitam o intestino humano.
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Órgão de fixação do helminto
rostelo protrátil
 Cada uma das divisões ou dos segmentos 
corresponde ao corpo
Proglote grávida
Dipilidiose
que são os hospedeiros intermediários com as formas larvais do parasita 
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Hospedeiro definitivo - Cães, raposas e gatos 
Raramente humanos
Hospedeiro intermediário - pulgas e piolhos 
Forma larval - Larva cisticercoide
Local – Intestino delgado
Os primeiros
segmentos grávidos podem ser eliminados cerca de três
semanas, caracterizado como desenvolvimento da patênci 
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As formas adultas não são patogênicas, sendo tolerado muitas centenas de parasitos sem sinais clínicos. 
Entretanto, o animal pode manifestar prurido anal, pela movimentação ativa das proglotes, por meio da observação de lambedura excessiva da região perineal.
Em grandes infecções pode ser observada diarreia, perda de peso, anorexia, má desenvolvimento nos animais jovens e até mesmo, embora raro, intussuscepção intestinal aguda.
 
Os sinais mais comuns em cães e gatos infectados é uma irritação anal associada liberação de proglotes que são eliminados sobre a área onde o animal se localiza e além disso, animais infectados também apresentam sintomas de diarreia, emagrecimento e prurido anal.... ausando obstrução intestinal A invaginação intestinal, que também pode ser conhecida como intussuscepção intestinal, é uma condição grave na qual uma parte do intestino desliza para dentro de outra, podendo interromper a passagem de sangue para essa porção e causando obstrução, perfuração do intestino ou até morte dos tecidos.
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O diagnóstico para D. caninum pode ser realizado
através do histórico como ausência de controle de pulgas e
vermifugação com praziquantel, assim como sinais clínicos
e detecção de proglotes nas fezes, na pelagem e no ambiente
(TroCCAP, 2019) ou ao redor do ânus 
Doses
Dosagem para Cães e Gatos
Recomendado
5 - 10 mg / kg
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Diagnóstico – Exame parasitológico de fezes.
Tratamento conjuntamente ao controle, objetivando tanto a eliminação do D. caninum como de seus hospedeiros intermediários.
Praziquantel 
Classificação científica
	Reino	Animalia
	Filo	Platyhelminthes
	Classe	Cestoda
	Ordem	Cyclophyllidea
	Família	Dipylidiidae
	Género	Choanotaenia
	Espécie	C. infundibulum
Nome binominal
	Choanotaenia infundibulum 
(Bloch, 1779)
Cestoda é uma classe do filo Platyhelminthes que se caracterizam pela ausência do sistema digestório. Os alimentos são absorvidos pela pele, que tem revestimento semelhante aos dos trematódeos. Todos os representantes desta classe são parasitas internos.
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Morfologia
Tênias relativamente grandes
20 cm de comprimento e 1,5 a 3 mm de largura.
Os segmentos são mais largos posteriormente, conferindo à borda da tênia uma aparência “serrilhada”. 
O escólex é triangular, direcionado anteriormente, com rostelo distinto circundado por 18 ganchos delgados.
Há um único conjunto de órgãos reprodutores em cada uma das proglotes e os poros genitais se alternam regularmente.
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Hospedeiro definitivo – Galinhas
Hospedeiro intermediário - Mosca-doméstica, besouros e gafanhotos
Forma larval - Larva cisticercoide
Local – Intestino delgado
que são os hospedeiros intermediários com as formas larvais do parasita 
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Ao ingerirem o segmento grávido, os vetores, acabam por o libertar no estômago após a digestão. De seguida, este parasita começa a desenvolver-se em cisticercóide. 
As aves infetam-se após ingerirem o hospedeiro intermediário infetado. 
Estima-se que o período pré-patente seja de 2 semanas.
Tem um ciclo de vida heteroxeno
Heteroxenos ou digenéticos → são os parasitas que necessitam de pelo menos dois hospedeiros para completarem o seu ciclo evolutivo
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Normalmente, as infeções por este parasita são consideradas moderadamente patogénicas, sendo que na maior parte dos casos as aves afetadas não demonstra sinais clínicos sérios. 
Contudo, caso a infeção seja grave, pode levar a perda de crescimento em aves jovens e apatia.
O parasita detecta-se através de análises a fezes frescas, onde se poderão observar não só os segmentos grávidos, como os ovos deste parasita. 
A partir de necropsias poderão também descobrir-se parasitas adultos presentes no intestino delgado.
O tratamento é realizado através da administração de antihelmínticos tais como o praziquantel. 
A troca frequente da cama das aves e mantê-la seca pode ajudar a evitar infecções, pois diminui a sobrevivência dos segmentos gravídicos e dos ovos.
São aconselháveis ​​medidas para evitar a contaminação da ração com formigas ou besouros. 
O controle químico de moscas, formigas e cupins em aviários pode ser aconselhável.
Anoplocephala perfoliata
Morfologia
Ventosas espessas, proglote mais largos que longos 
Poros genitais unilaterais
Ovo com aparelho piriforme desenvolvido
Medem de 4 a 8 cm de comprimento e 1,2 de largura, escolex arredondado de 2 a 3 mm de diâmetro
Um par de “abas” logo atrás das quatro ventosas
Não apresenta rostelo nem ganchos
Apresenta um único conjunto de órgãos reprodutores e útero lobado
Hospedeiros e biociclo
Hospedeiro Intermediário: Ácaro de forragem (oribatida)
Hospedeiro definitivo: Equinos
Biociclo:
As proglotes gravidas se destacam e vão ao solo com as fezes, os ovos são liberados e ingeridos pelos ácaros, os ácaros infectados ficam nas forragens que são ingeridos pelos equinos, dois a quatro meses após serem ingeridos pode ser encontrados vermes adultos no intestino desses equinos.
Localização e patogenia
Se fixam preferencialmente as mucosas do seco e do clon
A aglomeração desses vermes resulta na ulceração da membrana mucosa e inflamações, espaçamento e endurecimento da parede intestinal
Responsável por alguns casos diarreias persistentes, cólica parasitária, intussuscepção do íleo no ceco ou ruptura da parede intestinal
Pode ser diagnosticada com encontro de proglotes nas fezes 
Tratamento e profilaxia
Tratamento com pamoato de pyrantel
Se previne com programa sanitário
Combate ao hospedeiro intermediário
Rotação de pasto e controle integrado
Anoplosecephalia Magna
Morfologia
Mais longa que a A.perfoliata e seus progloitos são menos embricados
Seu comprimento varia de 8cm a 80 cm, 1,5 a 2 cm de largura
2 canais excretores, 1 ventral e 1 dorsalÓrgãos genitais únicos e poros unilaterais
4 ventosas globosas
Hospedeiros e biociclo
Hospedeiro intermediário: ácaro forrageiro
Hospedeiro definitivo: equinos
Biociclo:
O ovos são ejetados nas fezes que são digeridos pelos ácaros, dentro dele o ovo evolui para cisticercóide, o ácaro é ingerido pelo equino junto com a pastagem no interior há liberação do cisticercóide, que se fixa no intestino delgado e torna-se adulto.
Localização e patogênia
Se fixam no intestino delgado, frequentemente no jejuno.
As ventosas fixadas causam intensa congestão local e estrias de sangue nas fezes, causa enterite hemorrágica.
O diagnóstico é feito através de sintomatologia e os achados nos exames parasitológicos de fezes (presença de proglotes e ovos)
Tratamento e profilaxia
Tratamento com pamoato de pyrantel, niclosamida e mebendazol
Se previne com programa sanitário
Combate ao hospedeiro intermediário
Rotação de pasto e controle integrado
Paranoplocephala mamillana 
Morfologia
Medem de 1 a 5 cm de comprimento;
Escólex grande com 4 ventosas, não possui rostelo ou ganchos;
Proglotes alargam gradativamente;
Considerada pouco patogênica.
Hospedeiros
Definitivo: Equinos
Intermediários: ácaros de vida livre da Família Oribatidae
Forma infectante e Biociclo
Localização
Adultos: Intestino delgado e ocasionalmente no estômago do hospedeiro definitivo.
Larvas cisticercóides: Hemocele de orbatideos.
Identificação no animal
Quadro clinico: Possíveis distúrbios digestivos
Patogenia: Ulceração da válvula ileocecal, enterite 
Identificação: Proglotes nas fezes.
Tratamento: Anti-Helmínticos, niclosamida, pirantel, mebendazol. Controle populacional muito difícil.
Profilaxia: Programa Sanitário, combate ao hospedeiro intermediário, rotação de pasto e controle integrado.
Moniezia expansa
Morfologia
Escólex globoso, ventosas proeminentes com aberturas em fendas longitudinais. 
Tamanho 1-5 m de comprimento por 1,5 cm de largura. 
Glândulas interproglotidianas de função desconhecida distribuídas em toda proglótide. 
Ovos com formato triangular irregular com 57-67 µm.
Hospedeiros
Definitivos: Ovinos, caprinos e, ocasionalmente bovinos.
Intermediários: Ácaros da Família Oribatidae.
Forma infectante e biociclo
A infecção do hospedeiro definitivo ocorre quando este ingere o hospedeiro intermediário junto com a pastagem. 
No hospedeiro definitivo a larva cisticercóide originará o cestoide adulto que se fixa na parede do intestino delgado.
larvas cisticercóides se desenvolvem no HI em 1 a 4 meses. 
PPP = 6 semanas. 
PP = ~ 3 meses.
Período Pré Patente (PPP) → da infecção até que ovos, cistos ou outro
estado do seu ciclo possa ser demonstrado.
– Período Patente (PP) → fase em que o parasita pode ser facilmente
revelado.
Localização
Adultos: Intestino delgado do hospedeiro definitivo.
Larvas: Hemocele dos oribatídeos. 
Identificação 
Considerado de pouca importância patogênica e clínica. 
Infecções maciças causam inflamação da mucosa intestinal e degeneração das vilosidades, anemia, degeneração gordurosa do fígado (esteatose hepática).
Inicialmente verifica-se que as mucosas dos animais acometidos tornam-se pálidas, emagrecimento e sede, a lã torna-se falha e até escassa, depois, surge um aumento de volume do abdômen, constipação alternada com diarreia e constatação de proglotes nas fezes. 
Pode ocorrer a obstrução intestinal, sinais respiratórios e até mesmo convulsões. 
Por fim, surge a caquexia que se acentua gradativamente, com diarreia persistente, dificuldades de locomoção, anemia intensa e óbito. 
Tratamento e profilaxia
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Anti-helmínticos: niclosamida, praziquantel, bunamidina, benzimidazóis.
Tratar os animais jovens no final da primavera, diminui a quantidade de ácaros infectados.
Aragem e replantio: diminui a quantidade de ácaros na pastagem.
Evitar o uso dos mesmos pastos para animais jovens em anos consecutivos. 
Moniezia benedeni
Morfologia
Muito semelhante à Moniezia expansa, com as seguintes particularidades:
Possui até 2,5 cm de largura (mais largo que M.expansa)
As glândulas interproglotidianas se limitam a uma fileira curta próxima à parte central de segmento.
Hospedeiros
Definitivos: bovinos, eventualmente ovinos.
Intermediarios: ácaros da Família Oribatidae.
Forma infectante e biociclo
Assemelhasse muito ao da Moniezia expansa sendo:
Quando o hospedeiro definitivo ingere o hospedeiro intermediário contendo a larva cisticercóide junto com a pastagem, onde originara o cestoide que se fixara na parede do intestino delgado.
Localização
Adulto: Intestino delgado do hospedeiro definitivo
Larva: Hemocele dos oribatídeos. 
Identificação
Considerado de pouca importância patogênica e clínica. 
Infecções maciças causam inflamação da mucosa intestinal e degeneração das vilosidades, anemia, degeneração gordurosa do fígado (esteatose hepática).
Inicialmente verifica-se que as mucosas dos animais acometidos tornam-se pálidas, emagrecimento e sede, a lã torna-se falha e até escassa, depois, surge um aumento de volume do abdômen, constipação alternada com diarreia e constatação de proglotes nas fezes. 
Pode ocorrer a obstrução intestinal, sinais respiratórios e até mesmo convulsões. 
Por fim, surge a caquexia que se acentua gradativamente, com diarreia persistente, dificuldades de locomoção, anemia intensa e óbito. 
Tratamento e profilaxia
Anti-helmínticos: niclosamida, praziquantel, bunamidina, benzimidazóis.
Tratar os animais jovens no final da primavera, diminui a quantidade de ácaros infectados.
Aragem e replantio: diminui a quantidade de ácaros na pastagem.
Evitar o uso dos mesmos pastos para animais jovens em anos consecutivos. 
Thysanosoma actinoides
Morfologia
Adultos: medem 35 a 80 cm de comprimento 
Escólex esférico com 1,5 mm de diâmetro, com as 4 ventosas globulosas 
Estróbilo formado por proglotes mais largas do que longas iguais em toda a extensão, apresentando bordas posteriores franjeadas. 
Possuem órgãos genitais duplos, poros genitais bilaterais, há os órgãos paruterinos, anteriores ao útero, para os quais os ovos passam quando formados.
Ovos: desprovidos de aparelho piriforme; permanecem nos órgãos paruterinos quando são eliminados no ambiente.
Hospedeiros
Definitivos: Ovinos, eventualmente bovinos. 
Intermediários: Insetos da Ordem Psocoptera ácaros da Família Oribatidae.
Forma infectante e biociclo
O hospedeiro definitivo ingere o hospedeiro intermediário contendo a larva cisticercóide junto com a pastagem, onde originara o cestoide que se fixara na parede do intestino delgado.
Longevidade da larva cisticercóide no HI = ~ 2 anos.
Localização
Adultos: Canais biliares e pancreáticos e intestino delgado do HD
Larvas: hemocele do HI
Identificação
Patogenia: Causa obstrução dos canais biliar e pancreático, levando à estase biliar e do suco pancreático. Disfunções da parede intestinal, normalmente só se verifica emagrecimento acentuado.
Diagnóstico: Clínico: Proglotes nas fezes; Laboratorial: pesquisa de ovos desprovidos de aparelho piriforme por métodos de flutuação.
Tratamento e profilaxia
Anti-helmínticos: niclosamida, praziquantel, bunamidina, benzimidazóis.
Tratar os animais jovens no final da primavera, diminui a quantidade de ácaros infectados.
Aragem e replantio: diminui a quantidade de ácaros na pastagem.
Evitar o uso dos mesmos pastos para animais jovens em anos consecutivos. 
Acantocéfalos
Caracterização:
São endoparasitas encontrados em: Mamíferos, peixes, aves e anfíbios.
Filo Cosmopolitas.
O filo é dividido em quatro classes
Palaeacanthocephala, Archiacanthocephala, Polyacanthocephala e Eoacanthocephala.
 
Morfologia
Características:
Eles são cilíndricos, podendo medir milímetros ou até centímetros, não possuindo nenhuma estrutura especifica de respiração.
Três partes distintas na sua região corporal.
OligacanthorhynchidaeO Macracanthorhynchus é um acantocéfalo que se caracteriza por fixar-se na parede do intestino delgado. 
Apresentados nos suínos:
Ascaris suum
AGRADECEMOS PELA ATENÇÃO

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