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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO
Salário de Contribuição
Livro Eletrônico
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Sumário
Salário de Contribuição ................................................................................................................................................3
Introdução ............................................................................................................................................................................3
Conceito .................................................................................................................................................................................4
Proporcionalidade ...........................................................................................................................................................8
Limites Mínimo e Máximo do Salário de Contribuição ...............................................................................8
Características das Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição.......................................... 10
Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição .......................................................................................13
Parcelas Não Integrantes do Salário de Contribuição .............................................................................17
Observações Finais ......................................................................................................................................................34
Resumo ...............................................................................................................................................................................37
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................39
Gabarito ..............................................................................................................................................................................44
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................45
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
Querido(a) aluno(a)! Na aula de hoje, estuda-se o tema salário de contribuição. Assunto 
já inicialmente abordado quando foi estudado o tema financiamento da seguridade social, na 
presente aula estuda-se com detalhes quais são as parcelas integrantes e não integrantes do 
salário de contribuição. O salário de contribuição é um tema de suma importância para qual-
quer prova de Direito Previdenciário, devendo ser dada uma atenção especial em relação a 
esse tema, sendo frequentemente abordado pelas bancas examinadoras de concurso público.
Introdução
Para iniciar o estudo em relação ao tema salário de contribuição, é necessário diferenciar 
dois conceitos em relação a dois aspectos: salário de contribuição e remuneração como fato 
gerador da contribuição previdenciária e salário de contribuição e remuneração como base de 
cálculo da contribuição previdenciária.
Quando se menciona fato gerador (fato que o legislador vincula o nascimento da obriga-
ção tributária de pagar um tributo determinado), os dois conceitos se confundem. Ou seja, o 
fato gerador da obrigação previdenciária são as parcelas de natureza remuneratórias que são 
pagas (pela empresa)/recebidas (pelos segurados). Quando se define salário de contribuição, 
tal definição nada mais é do que a remuneração que os segurados recebem das empresas.
Quando se menciona base de cálculo (numerário sobre o qual incide a alíquota da contri-
buição previdenciária), os dois conceitos são completamente distintos.
O salário de contribuição é a base de cálculo de contribuição dos segurados e do emprega-
dor doméstico. Tal base de cálculo possui limite que, atualmente, é de R$ 7.087,22. Nenhum 
segurado ou empregador doméstico poderá versar contribuições além do limite mencionado.
Já a remuneração é a base de cálculo de contribuição das empresas. Tal base de cálculo 
não possui limite.
Imagine, portanto, uma empresa que contrata um segurado empregado e pague para ele 
uma remuneração no valor de R$ 10.000,00.
A contribuição da empresa irá incidir sobre os R$ 10.000,00, tendo em vista que a base de 
cálculo da empresa é a remuneração paga, a qual não tem limite.
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Entretanto, o segurado empregado será descontado em 11,69% sobre R$ 7.087,22, tendo 
em vista que a base de cálculo do segurado é o seu salário de contribuição, a qual tem limite.
Assim, a empresa terá o ônus de R$ 12.000,00, ou seja, R$ 10.000,00 que foi o valor pactu-
ado, além de R$ 2.000,00 de contribuição patronal em relação à remuneração paga.
Já o segurado irá receber da empresa o valor de R$ 10.000,00, descontando o valor de 
11,69% sobre R$ 7.087,22.
ConCeIto
O art. 28 da Lei n. 8.212/1991 trata do salário de contribuição.
Para cada segurado, existe um conceito de salário de contribuição, o qual passaremos 
a estudar.
1.2.1. Empregado e Trabalhador Avulso
Para o segurado empregado e para o trabalhador avulso, entende-se por salário de contri-
buição: “a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos 
rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retri-
buir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob 
a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços 
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, 
nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa”.
Assim, estuda-se um caso prático para que você visualize esse conceito.
EXEMPLO
Imagine João, professor, que ministra aulas de matemática em 3 escolas diferentes (escola 
A, B e C), sendo segurado empregado do RGPS, auferindo uma remuneração mensal de R$ 
1.500,00 em cada uma delas. Pergunta: qual será o salário de contribuição de João no mês? 
Resposta: R$ 4.500,00, tendo em vista que o seu salário de contribuição é a remuneração aufe-
rida em uma ou mais empresas. Portanto, é o somatório das remunerações auferidas.
Dessa forma, cada escola, tendo o conhecimento dos múltiplos vínculos, deverá descontar a 
alíquota de 10,36% (alíquota efetiva, conforme tabela progressiva, sobre o valor de R$ 4.500,00) 
e não de 7,79% (alíquota efetiva, conforme tabela progressiva, sobre o valor de R$ 1.500,00).
O grande problema são os empregadores terem o conhecimento dos múltiplos vínculos, 
uma vez que a obrigação de avisar a existência dessa situação é do empregado.
Assim, João deve avisar, mensalmente, a escola A, a existência dos demais vínculos, ou 
seja, vínculo em relação às escolas B e C. Da mesma forma, João deve avisar, mensalmente, 
a escola B, a existência dos demais vínculos, ou seja, vínculo em relação às escolas A e C. Por 
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fim, João deve avisar, mensalmente, a escola C, a existência dos demais vínculos, ou seja, vín-
culo em relação às escolas A e B.
Caso isso ocorra, as escolas, sabendo da existência dos múltiplos vínculos e dos respecti-
vos salários de contribuição, irão efetuar os descontos pela alíquota correta, somando as remu-
nerações e tomando como base a tabela de salário de contribuição estudada na aula anterior.
Caso os empregadores não saibam da existência dos múltiplos vínculos, cada um fará o 
desconto com base no salário de contribuição pago pelo próprio, não sendo efetuado o soma-
tório com as demais remunerações auferidas.
Visualiza-se esquematicamente a explicação dada.
1.2.2. Empregado Doméstico
Para o segurado empregado doméstico, entende-se por salário de contribuição: “a remu-
neração registrada na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social, 
observados os limites mínimo e máximo”.
Assim, caso a remuneração registrada na CTPS do segurado empregado doméstico seja 
de R$ 1.500,00, o seu salário de contribuição será de R$ 1.500,00.
Cabe ressaltar que se considera também salário de contribuição do empregado doméstico 
a remuneração comprovada mediante recibos de pagamento.
1.2.3. Contribuinte Individual
Para o segurado contribuinte individual, entende-se por salário de contribuição: “a remu-
neração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta 
própria, durante o mês, observados os limites mínimo e máximo”.
Assim, estuda-se um caso prático para que você visualize esse conceito.
EXEMPLO
Imagine Pedro, pintor, que presta serviço para 4 empresas durante um mês, auferindo uma 
remuneração de R$ 2.000,00 em cada uma delas. Pergunta: qual será o salário de contribuição 
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de João no mês? Resposta: R$ 7.087,22, tendo em vista que o seu salário de contribuição é a 
remuneração auferida em uma ou mais empresas. Portanto, é o somatório das remunerações 
auferidas, devendo ser observado o limite máximo que, atualmente, é de R$ 7.087,22.
Diferentemente do segurado empregado, que necessita avisar mensalmente a todos os 
empregadores os múltiplos vínculos para que seja apurado o seu correto salário de contribui-
ção e a alíquota a ser aplicada, para o contribuinte individual, a obrigação de avisar passa a 
existir, a partir do momento que a sua remuneração auferida no mês ultrapassar o limite máxi-
mo do salário de contribuição.
Assim, Pedro, quando prestar o serviço para a empresa D, irá avisar que já recebeu a re-
muneração de R$ 6.000,00 durante o mês, não devendo ser descontado em 11% sobre os R$ 
2.000,00. Caso ele não avise, será descontado acima do limite máximo, cabendo a ele solicitar 
a restituição dos valores pagos indevidamente.
Visualiza-se esquematicamente a explicação dada.
Por fim, cabe mencionar que, se o contribuinte individual prestar serviço por conta própria, 
o seu salário de contribuição será o valor recebido pelo exercício dessa atividade por conta 
própria. Portanto, caso o contribuinte individual receba o valor de R$ 1.500,00, o seu salário de 
contribuição será de R$ 1.500,00.
EXEMPLO
Imagine uma diarista prestando serviço por conta própria e recebendo o valor em um determi-
nado mês de R$ 1.500,00. O salário de contribuição dessa diarista para esse mês será de R$ 
1.500,00.
1..2.4. Segurado Facultativo
Para o segurado facultativo, entende-se por salário de contribuição: “o valor por ele decla-
rado, observados os limites mínimo e máximo”.
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Assim, se em um determinado mês o segurado facultativo quiser verter a sua contribuição 
sobre 1 salário-mínimo, não há problema, tendo em vista que o salário-mínimo é o limite míni-
mo do salário de contribuição para o segurado facultativo.
Entretanto, se o segurado facultativo quiser verter a sua contribuição no mês seguinte 
sobre o limite máximo do salário de contribuição (atualmente, R$ 7.087,22), também não há 
problema, tendo em vista que o citado valor é o limite máximo do salário de contribuição de 
qualquer segurado.
Perceba, portanto, que o segurado facultativo pode contribuir em relação a quanto ele qui-
ser, desde que ele observe os limites mínimo (1 salário-mínimo) e máximo (R$ 7.087,22).
001. (CESPE/STJ/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Acerca do custeio da 
seguridade social, julgue o próximo item.
O salário-de-contribuição de segurado empregado deverá corresponder à integralidade de uma 
remuneração auferida durante o mês de trabalho.
O salário de contribuição para o segurado empregado é a remuneração auferida em uma ou 
mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados 
a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua for-
ma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos 
decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo 
à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ain-
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da, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. Tal base de cálculo 
possui limite máximo, o qual, atualmente, está no valor de R$ 7.087,22. Portanto, ainda que o 
segurado empregado venha a receber da empresa uma remuneração de R$ 10.000,00, a alí-
quota de contribuição irá incidir apenas em relação ao limite máximo, ou seja, em relação ao 
valor de R$ 7.087,22.
Errado.
ProPorCIonalIdade
O tema proporcionalidade está previsto no art. 28, § 1º da Lei n. 8.212/1991, que as-
sim dispõe:
“§ 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado ocorrer no curso do 
mês, o salário de contribuição será proporcional ao número de dias de trabalho efetivo, na forma 
estabelecida em regulamento.”
Portanto, quando o segurado empregado, inclusive o doméstico, é contratado no dia 26 de 
um determinado mês, o seu salário de contribuição será proporcional ao número de dias efeti-
vamente trabalhados, ou seja, será proporcional a 5 dias trabalhados.
Da mesma forma, se um segurado empregado, inclusive o doméstico, é demitido no dia 2 
de um determinado mês, o seu salário de contribuição será proporcional ao número de dias 
efetivamente trabalhados, ou seja, será proporcional a 2 dias trabalhados.
A mesma sistemática de raciocínio se aplica emrelação às faltas injustificadas. Ou seja, o 
empregador irá efetuar o desconto dos dias faltosos, sendo o salário de contribuição propor-
cional ao número de dias efetivamente trabalhados.
lImItes mínImo e máxImo do salárIo de ContrIbuIção
O limite mínimo do salário de contribuição deverá ser estudado com base em uma divisão. 
Estuda-se o limite mínimo para os segurados empregado, trabalhador avulso e empregado 
doméstico. Posteriormente, estuda-se o limite mínimo do salário de contribuição para os se-
gurados contribuinte individual e facultativo.
Para os segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, o limite mí-
nimo do salário de contribuição corresponde ao piso salarial legal ou normativo da categoria 
ou, inexistindo este, ao salário-mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, confor-
me o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês.
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Perceba que o limite mínimo do salário de contribuição dos segurados empregado, emprega-
do doméstico e trabalhador avulso não é o salário-mínimo, mas sim o piso salarial da catego-
ria. Apenas se inexistir o piso é que o limite mínimo será o salário-mínimo.
O piso salarial pode ser o normativo, ou seja, previsto em acordo ou convenção de trabalho, 
ou legal, ou seja, previsto na lei.
Portanto, imagine uma empresa que faz um acordo coletivo de trabalho com o sindicato 
dos empregados, determinando que uma determinada categoria dos seus empregados tenha 
um piso salarial de R$ 1.500,00. Nessa situação, o limite mínimo do salário de contribuição 
para esses empregados será de R$ 1.500,00, não sendo observado o salário-mínimo, uma vez 
que existe o piso salarial.
Da mesma forma, vários Estados da Federação possuem leis estaduais estipulando pisos 
para diversas categorias profissionais, como é o caso da Lei do Estado do Rio de Janeiro n. 
8.315/2019, publicada em Diário Oficial no dia 20/03/19, cujos efeitos são retroativos, ou seja, 
efeitos a partir do dia 01/01/19.
A título de exemplo, a citada lei estadual determina que os empregados domésticos do 
Estado do Rio de Janeiro, a partir de 01/01/19, possuem um piso salarial de R$ 1.238,11. Tal 
piso deverá ser observado, sendo um piso salarial estipulado pela lei.
Já o limite mínimo do salário de contribuição para os segurados contribuinte individual e 
facultativo corresponde ao salário-mínimo.
O limite máximo do salário de contribuição é o mesmo para todos os segurados, sendo 
estipulado por meio de uma Portaria Interministerial do Ministério do Trabalho e Previdência e 
Ministério da Economia publicada sempre que ocorrer alteração do valor dos benefícios previ-
denciários. Tal alteração ocorre sempre que o salário-mínimo é alterado.
Atualmente, o limite máximo do salário de contribuição é de R$ 7.087,22.
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002. (CESPE/INSS/2016/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) A contribuição do segurado em-
pregado e a do trabalhador doméstico recaem sobre o valor dos seus salários de contribuição, 
até um teto máximo fixado por lei.
A base de cálculo sobre a qual incide a alíquota de contribuição do segurado empregado e do 
empregado doméstico é o salário de contribuição, a qual possui limites mínimo e máximo. 
Para esses segurados, assim como para o trabalhador avulso, o limite mínimo do salário de 
contribuição corresponde ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, inexistindo este, 
ao salário-mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tem-
po de trabalho efetivo durante o mês. Já o limite máximo do salário de contribuição é o mesmo 
para todos os segurados, sendo estipulado por meio de uma Portaria publicada sempre que 
ocorrer alteração do valor dos benefícios previdenciários. Tal alteração ocorre sempre que o 
salário-mínimo é alterado.
Certo.
CaraCterístICas das ParCelas Integrantes do salárIo de ContrIbuIção
Parcelas integrantes do salário de contribuição são as parcelas de natureza remuneratórias.
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O legislador não tem como elencar todas essas parcelas. Portanto, qualquer parcela que 
possua as características mencionadas no presente tópico é considerada parcela integrante 
do salário de contribuição, ou seja, é considerada parcela de natureza remuneratória, devendo 
incidir a contribuição previdenciária sobre esse valor.
As parcelas integrantes do salário de contribuição possuem as seguintes características:
A habitualidade se refere à previsibilidade do seu recebimento e não o lapso temporal en-
tre um pagamento e outro. Portanto, caso haja a previsibilidade do seu recebimento, a parcela 
é de natureza habitual.
EXEMPLO
Imagine, portanto, um empregado de uma empresa que recebe uma gratificação trienal (gra-
tificação por tempo de serviço). Ou seja, a cada 3 anos de trabalho na empresa, o segurado 
terá direito a essa gratificação. Uma vez que existe a previsibilidade do recebimento, a parcela 
recebida tem a natureza de ser habitual.
A integração ao patrimônio se refere à integração do valor ao patrimônio jurídico do tra-
balhador, que pode não ser feito de forma direta, mas sim indireta, como, por exemplo, um 
benefício que é pago diretamente pela empresa, cujo valor gasto não é recebido diretamente 
pelo segurado.
EXEMPLO
Imagine uma empresa que contrata uma funcionária e combina com ela o pagamento de sua 
academia no valor de R$ 200,00. Tal empregada recebe da empresa o salário de R$ 1.500,00. 
Perceba que, se a empresa não pagasse a sua academia, essa segurada teria que pegar R$ 
200,00 do seu salário e pagar a academia. Assim, essa segurada, indiretamente, recebe R$ 
200,00, sendo esse valor incorporado ao seu patrimônio jurídico.
O pagamento pelo e não para o trabalho se refere a seguinte análise: o pagamento é feito 
para a satisfação do segurado ou é necessário para a execução do trabalho? Caso a resposta 
seja para a satisfação, o pagamento está sendo feito pelo trabalho. Entretanto, caso o paga-
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mento seja necessário a execução do trabalho, o pagamento é feito para o trabalho, não tendo, 
portanto, a natureza remuneratória.
EXEMPLO
Imagine uma empresa que necessita dispor para os seus empregados o protetor auricular 
(equipamento de proteção individual – EPI), para atenuar a exposição do segurado a agente 
nocivo ruído. Tal equipamento é para o trabalho,portanto não tem a natureza remuneratória.
Quando for analisar se o pagamento é pelo e não para o trabalho, não busque uma resposta 
única. Dependendo da utilidade, o pagamento pode ser considerado pelo em certos momentos 
e para em outros.
Imagine um caso prático!
EXEMPLO
Imagine uma empresa que coloca à disposição do seu empregado um carro, tendo em vista 
que ele trabalha como representante comercial da empresa, demonstrando e vendendo seus 
produtos. Assim, esse empregado sai de sua casa, pega o ônibus, chega à empresa e busca o 
carro para utilizá-lo. No final do expediente, o empregado retorna com o carro à empresa, pre-
enche um relatório e busca o seu ônibus para retornar à sua casa.
Perceba que o carro utilizado é para o trabalho (necessário para a execução do trabalho) e 
não pelo trabalho (para a satisfação do empregado).
Diferentemente ocorre no caso em que a empresa coloca o carro à disposição do empre-
gado, podendo, o mesmo, inclusive, utilizá-lo após o seu expediente e nos finais de semana. 
Assim, durante o expediente de trabalho, o carro é para o trabalho (necessário para a execução 
do trabalho), não tendo, portanto, a natureza remuneratória. Já no período após o expediente, 
o carro é pelo trabalho (para a sua satisfação), tendo, portanto, a natureza remuneratória.
Por fim, a última característica das parcelas integrantes é a irrelevância do título.
As parcelas de natureza indenizatórias e ressarcitórias, como será visto mais adiante, são 
parcelas não integrantes do salário de contribuição.
Entretanto, a empresa pode colocar a nomenclatura que quiser para a parcela, pois a mes-
ma deve ser analisada na sua essência. A pergunta a ser feita deve ser: a parcela paga é 
tem a natureza remuneratória, ou é apenas uma indenização ou um ressarcimento que está 
sendo feito?
EXEMPLO
Imagine uma empresa pagando uma parcela “indenização para beleza”, que nada mais é do 
que a academia paga para a sua empregada. Seria realmente uma indenização, ou seja, a 
empresa estaria indenizando um dano causado, ou essa parcela nada mais é do que uma par-
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cela remuneratória com a nomenclatura de indenização? Lógico que não é uma indenização! 
A empresa pode colocar a nomenclatura que for, pois, se verificar a habitualidade, integração 
ao patrimônio e o pagamento pelo e não para o trabalho, trata-se de uma parcela integrante do 
salário de contribuição, ou seja, parcela de natureza remuneratória, independente da nomen-
clatura utilizada pela empresa.
ParCelas Integrantes do salárIo de ContrIbuIção
Uma vez analisadas as características das parcelas integrantes do salário de contribuição, 
analisa-se as que foram elencadas pelo legislador.
A primeira parcela integrante do salário de contribuição elencada pelo legislador é o salá-
rio-maternidade.
O salário-maternidade é um benefício previdenciário concedido pela previdência social nas 
seguintes situações: parto, aborto espontâneo, guarda judicial para fins de adoção e a adoção.
Assim, apesar de ser um benefício previdenciário, o salário-maternidade é considerado par-
cela integrante do salário de contribuição, havendo a incidência de contribuição previdenciária 
sobre esse valor.
Para as seguradas empregadas gestantes, salvo a empregada do MEI, esse benefício é 
pago pela própria empresa. Nessa situação a empresa concede o benefício e verte as contri-
buições previdenciárias sobre ele (20% + GILRAT + o eventual adicional para financiar a apo-
sentadoria especial), além de ser efetuado o desconto da segurada.
No caso da empregada doméstica, como o benefício é pago diretamente pelo INSS, no pe-
ríodo do recebimento do salário-maternidade, o empregador doméstico está obrigado a efetu-
ar a sua contribuição sobre o salário-maternidade (8,8% sobre o salário-maternidade), cabendo 
ao INSS efetuar o desconto da segurada.
Em relação às demais seguradas, como o benefício é pago diretamente pelo INSS, o des-
conto da segurada é feito no recebimento do benefício.
Apesar de muitos questionamentos acerca da incidência de contribuição previdenciária 
sobre o salário-maternidade, o STJ pacificou o entendimento acerca da citada incidência.
JURISPRUDÊNCIA
Conforme entendimento do STJ, o salário-maternidade é verba de evidente natureza sala-
rial. Além disso, não há indício de incompatibilidade entre a incidência da contribuição 
previdenciária sobre o salário maternidade e a CF, a qual, em seu art. 5º, I, assegura a 
igualdade entre homens e mulheres em direitos e obrigações. Ademais, o art. 7º, XX, da 
CF assegura a proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especí-
ficos, nos termos da lei, e, no que se refere ao salário-maternidade, por opção do legis-
lador infraconstitucional, a transferência do ônus referente ao pagamento dos salários, 
durante o período de afastamento, constitui incentivo suficiente para assegurar a prote-
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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ção ao mercado de trabalho da mulher. Por fim, não é dado ao Poder Judiciário, a título de 
interpretação, atuar como legislador positivo, a fim de estabelecer política protetiva mais 
ampla e, desse modo, desincumbir o empregador do ônus referente à contribuição previ-
denciária incidente sobre o salário-maternidade, quando não foi esta a política legislativa.
Recentemente, o STF declarou a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei Orgânica da 
Seguridade Social (Lei n. 8.212/1991) que instituíam a cobrança da contribuição previdenciária 
patronal sobre o salário-maternidade. A decisão, por maioria de votos, foi tomada no Recurso 
Extraordinário (RE) 576967, com repercussão geral reconhecida (Tema 72).
JURISPRUDÊNCIA
Assim sendo, conforme entendimento do STF, por maioria, foi declarada, incidentalmente, 
a inconstitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o salário-ma-
ternidade, prevista no artigo 28, § 2º, da Lei n. 8.212/1991, e a parte final do seu parágrafo 
9º, alínea ‘a’, em que se lê “salvo o salário-maternidade”.
A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: “É inconstitucional a incidência de con-
tribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário-maternidade”.
Com base na recente decisão exarada pelo STF, foi publicado o Parecer SEI n. 18361/2020/
ME (parecer elaborado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) que entendeu que a ratio 
decidendi (razão de decidir) do tema n. 72 não se aplica à contribuição previdenciária devi-
da pela empregada, na medida em que essa exação não foi objeto de julgamento do RE n. 
576.967/RJ e possui contornos constitucionais e legais distintos do caso julgado, devendo-se 
defender a validade dessa exação em juízo.
Dessa forma, para fins de provas preparatórias para concurso público, deve-se levar o se-
guinte entendimento acerca do salário-maternidade:
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Saláriode Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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A segunda parcela integrante do salário de contribuição elencada pelo legislador são as 
férias, inclusive o respectivo adicional de férias (1/3 constitucional).
Importante frisar que são parcelas integrantes os valores das férias gozadas e não as inde-
nizadas. As férias indenizadas e o respectivo adicional de férias (os quais também se tornam 
indenizados) são considerados parcelas não integrantes do salário de contribuição.
Outro ponto a ser abordado é que o adicional de férias (1/3 constitucional) sobre as férias 
gozadas é parcela integrante do salário de contribuição. Tal adicional de férias não pode ser 
confundido com o abono de férias.
O abono de férias é o período das férias que pode ser convertido em pecúnia (1/3 das fé-
rias que pode ser convertido em dinheiro).
Essa parcela é considerada uma indenização. Portanto, é uma parcela não integrante do 
salário de contribuição.
Cabe apenas ressaltar que o STJ tem o entendimento no sentido de que o adicional de fé-
rias é parcela não integrante do salário de contribuição, mesmo quando decorrente de férias 
gozadas, tendo em vista o seu caráter indenizatório.
Assim sendo, o citado tribunal superior entende que o terço constitucional de férias tem 
por finalidade ampliar a capacidade financeira do trabalhador durante seu período de férias, 
possuindo, portanto, natureza “compensatória/indenizatória”. Portanto, tendo em vista que a 
importância paga a título de terço constitucional de férias não se destina a retribuir serviços 
prestados nem configura tempo à disposição do empregador, é imperioso concluir que a im-
portância paga a título de terço constitucional de férias possui natureza indenizatória/compen-
satória, e não constitui ganho habitual do empregado, razão pela qual sobre ela não é possível 
a incidência de contribuição previdenciária.
Entretanto, recentemente, o STF fixou a tese de que é legítima a incidência de contribuição 
social sobre o valor satisfeito a título de 1/3 constitucional de férias ocorrendo um verdadeiro 
“overrulling” (superação de precedente).
JURISPRUDÊNCIA
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal em, apreciando o tema 985 da repercussão geral, prover parcialmente o recurso 
extraordinário interposto pela União, assentando a incidência de contribuição previdenci-
ária sobre valores pagos pelo empregador a título de terço constitucional de férias goza-
das e fixar a seguinte tese: “É legítima a incidência de contribuição social sobre o valor 
satisfeito a título de terço constitucional de férias”, nos termos do voto do relator e por 
maioria, em sessão virtual, realizada de 21 a 28 de agosto de 2020, presidida pelo Minis-
tro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigrá-
ficas. (RE 1.072.485/PR)
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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A terceira parcela integrante do salário de contribuição elencada pelo legislador é a gra-
tificação natalina – décimo terceiro salário –, exceto para o cálculo do salário de benefício.
Pergunta: o décimo terceiro salário é parcela integrante do salário de contribuição para 
todos os fins? Resposta: não, tendo em vista que o valor não entra no cálculo do benefício 
previdenciário!
Alguns benefícios previdenciários são calculados com base no salário de benefício. O salá-
rio de benefício consiste na média aritmética simples dos salários de contribuição correspon-
dentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da 
contribuição, se posterior àquela competência.
Perceba que, quando se calcula o benefício previdenciário, que usa como base de cálculo 
o salário de benefício, o 13º salário não entra no cálculo da média.
Cumpre mencionar os entendimentos jurisprudenciais que apenas ratificam a incidência 
da contribuição previdenciária sobre o 13º salário, salvo para o cálculo do salário de benefício.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 688 do STF – “É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º 
salário.”
Súmula 83 da TNU – “A partir da entrada em vigor da Lei n. 8.870/1994, o décimo terceiro 
salário não integra o salário de contribuição para fins de cálculo do salário de benefício.”
003. (CESPE/TCE-SC/2016) De modo geral, a base de cálculo da contribuição previdenciária 
do empregado é o salário de contribuição. Conforme o STJ, no caso de a empregada estar rece-
bendo o benefício do salário-maternidade, a base de cálculo passa a ser o salário-maternidade.
Perfeita a afirmativa! O salário-maternidade é o único benefício previdenciário que sofre a in-
cidência da contribuição previdenciária, sendo, portanto, considerado parcela integrante do 
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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salário de contribuição, conforme prevê a Lei n. 8.212/1991. A base de cálculo é o próprio valor 
do salário-maternidade. Cumpre informar que, recentemente, o STF declarou a inconstituciona-
lidade de dispositivos da Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei n. 8.212/1991) que instituíam 
a cobrança da contribuição previdenciária patronal sobre o salário-maternidade. A decisão, por 
maioria de votos, foi tomada no Recurso Extraordinário (RE) 576967, com repercussão geral 
reconhecida (Tema 72). A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: “É inconstitucional a 
incidência de contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário-maternidade”.
Certo.
ParCelas não Integrantes do salárIo de ContrIbuIção
As parcelas não integrantes estão elencadas no art. 28, § 9º da Lei n. 8.212/1991.
As parcelas não integrantes do salário de contribuição, de forma resumida, podem ser 
divididas em:
Feita essa sucinta análise, passa-se a estudar as hipóteses de parcelas não integrantes do 
salário de contribuição elencadas no art. 28, § 9º da Lei n. 8.212/1991.
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade;
Os benefícios previdenciários não integram o salário de contribuição, salvo o salário-
-maternidade.
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Portanto, sobre os valores de aposentadorias, pensões por morte, auxílios por incapacida-
de temporária (antigo auxílio-doença), entre outros, não há a incidência de contribuição pre-
videnciária.
b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei n. 5.929, de 
30 de outubro de 1973;
Apenas literalidade.
c) a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Minis-
tério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n. 6.321, de 14 de abril de 1976;
Em relação à alimentação fornecida pela empresa a seus empregados, seguindo a lei e o 
RPS, duasinformações são importantíssimas. A primeira é a necessária adesão a ser feita pela 
empresa no programa de alimentação do trabalhador (PAT). Além da necessária adesão ao 
PAT, a empresa é obrigada a seguir os termos da Lei n. 6.321/1976.
Entretanto, apesar de a lei e o RPS determinarem a necessidade de que a empresa faça a de-
vida adesão ao PAT, a jurisprudência entende que o pagamento in natura da alimentação não 
tem natureza salarial, de modo que não sofre a incidência da contribuição previdenciária, sen-
do o empregador inscrito ou não no PAT.
Assim sendo, seguindo o citado entendimento, a IN RFB n. 971/2009, especificamente no 
seu art. 58, III, determina que é parcela não integrante do salário de contribuição o auxílio-a-
limentação, vedado o seu pagamento em dinheiro, retirando da sua redação a expressão “in 
natura” e a necessidade de adesão ao PAT.
Ademais, a alimentação pode ser concedida pela própria empresa que mantém serviço 
próprio, bem como a empresa pode firmar convênio com entidades que forneçam (cozinha 
transportada, cozinha administrada ou fornecedora de cestas de alimentos e similares) ou 
prestem serviços de alimentação (refeição convênio e alimentação convênio), podendo, ainda, 
ser concedida a título gratuito ou a preço subsidiado.
Cabe frisar que a alimentação não pode ser concedida em dinheiro. Caso a empresa conceda 
o valor da alimentação em dinheiro ou deposite o valor da alimentação na conta corrente do 
trabalhador, esse valor será considerado parcela integrante do salário de contribuição.
Cabe, portanto, mencionar a Súmula n. 67 do Tribunal Nacional de Uniformização dos Jui-
zados Especiais Federais, que assim dispõe:
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5929.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6321.htm
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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“O auxílio-alimentação recebido em pecúnia por segurado filiado ao Regime Geral da Previdência 
Social integra o salário de contribuição e sujeita-se à incidência de contribuição previdenciária”.
d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, 
inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Conso-
lidação das Leis do Trabalho-CLT;
Como visto anteriormente, as férias gozadas e o respectivo adicional constitucional são 
parcelas integrantes do salário de contribuição.
Entretanto, as férias indenizadas, as quais são pagas na rescisão do contrato de trabalho, 
e o respectivo adicional de férias (os quais também se tornam indenizados) são considerados 
parcelas não integrantes do salário de contribuição.
Ademais, as férias devem ser concedidas nos 12 meses subsequentes (período concessi-
vo) à data em que o empregado tiver adquirido o direito (período aquisitivo).
Assim, quando as férias não são pagas nos 12 meses subsequentes à data em que o em-
pregado tiver adquirido o direito, elas devem ser pagas em dobro. Essa dobra da remuneração 
de férias, por ter natureza indenizatória, é considerada parcela não integrante do salário de 
contribuição.
e) as importâncias:
1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não 
optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS;
3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT;
4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973;
5. recebidas a título de incentivo à demissão;
6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT;
7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário;
8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;
9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei n. 7.238, de 29 de outubro de 1984;
Passa-se a estudar algumas parcelas indenizatórias mencionadas no art. 28, § 9º, “e” da 
Lei n. 8.212/1991.
O item “5” menciona o incentivo à demissão. O incentivo à demissão é o conhecido progra-
ma de demissão voluntária, mais conhecido como o PDV.
O incentivo à demissão é considerado uma indenização. Portanto, não é parcela integran-
te do salário de contribuição.
O item “6” menciona o abono de férias. O abono de férias é o período das férias que pode 
ser convertido em pecúnia (1/3 das férias que pode ser convertido em dinheiro).
Essa parcela é considerada uma indenização. Portanto, é uma parcela não integrante do 
salário de contribuição.
Por fim, o item “7” menciona os ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados 
do salário por força de lei.
Ganhos eventuais são valores concedidos por liberalidade pelo empregador, onde não há a 
previsibilidade do recebimento. Uma vez que não existe a habitualidade na sua concessão, os 
ganhos são considerados parcelas não integrantes do salário de contribuição.
Já o abono é uma parcela, normalmente, concedida, tendo em vista as perdas inflacioná-
rias. Conforme entendimento jurisprudencial, tem a natureza salarial. Portanto, é parcela inte-
grante do salário de contribuição.
Assim, os abonos apenas serão considerados parcelas não integrantes quando forem ex-
pressamente desvinculados do salário por força de lei.
Em que pese o citado entendimento, atualmente, por meio da Lei n. 13.467/2017, a qual in-
seriu o art. 28, § 9º, “z” na Lei n. 8.212/1991, qualquer tipo de abono é considerado parcela não 
integrante do salário de contribuição. A citada alínea será estudada ainda na presente aula.
f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
O vale-transporte é uma conquista social do trabalhador, devendo, portanto, ser paga em 
conformidade com a Lei n. 7.418/1985.
Constitui benefício que o empregador antecipa ao trabalhador para utilização efetiva em 
despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa. Trata-se de uma obrigação do 
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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empregador, salvo se este proporcionar, por meios próprios ou contratados, o transporte do 
empregado.
A Lei n. 7.418/1985 dispõe que o empregador participa dos gastos de deslocamento do 
trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% de seu salário básico, 
ou seja, o valor máximo de VT a ser descontado do empregado é de 6% do salário, ficando a 
diferença a cargo do empregador.
Imagine o empregado de determinada empresa que recebe de salário base o valor de R$ 
1.500,00, necessitando de R$ 300,00 a título de vale-transporte para custear o seu descola-
mento residência-trabalho e vice-versa.
Assim, a participação do empregado no custeio do vale-transporte será de R$ 90,00 (6% x 
RS 1.500,00),cabendo a empresa custear a parcela excedente, ou seja, o valor de R$ 210,00.
Dessa forma, caso o vale-transporte seja concedido em conformidade com a lei, será con-
siderado parcela não integrante do salário de contribuição.
A Lei n. 7.418/1985 veda a concessão do vale-transporte em pecúnia (dinheiro). Portanto, 
caso o valor do vale-transporte fosse concedido em dinheiro, seria considerado parcela inte-
grante do salário de contribuição.
Entretanto, os mais recentes entendimentos jurisprudenciais vêm no sentido de que, mesmo 
que a concessão seja em pecúnia, a parcela não será considerada salário de contribuição, ten-
do em vista o seu caráter indenizatório.
Com base nesses entendimentos jurisprudenciais, foi publicado no Diário Oficial da União 
o Ato Declaratório da PGFN n. 04/2016, o qual declara que, reiterando a autorização de dispen-
sa de impugnação judicial decorrente da Súmula AGU n. 60/2011, fica autorizada a dispensa 
de apresentação de contestação, de interposição de recursos e a desistência dos já interpos-
tos, desde que inexista outro fundamento relevante nas ações fundadas no entendimento de 
que não há incidência de contribuição previdenciária sobre o vale-transporte pago em pecúnia, 
considerando o caráter indenizatório da verba.
Portanto, nos termos do art. 19, § 4º da Lei n. 10.522/2002, a RFB não constituirá crédito 
tributário em relação a matérias que, em virtude de jurisprudência pacífica do Supremo Tri-
bunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal 
Superior Eleitoral, sejam objeto de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda Nacional, 
aprovado pelo Ministro de Estado da Fazenda. Portanto, a partir do citado ato declaratório da 
PGFN, o vale-transporte, ainda que pago em pecúnia, é considerado parcela não integrante do 
salário de contribuição.
Tal entendimento já está devidamente positivado, estando previsto no art. 214, § 9º, VI do 
RPS, in verbis:
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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§ 9º Não integram o salário-de-contribuição, exclusivamente:
(...)
VI – a parcela recebida a título de vale-transporte, ainda que paga em dinheiro, na forma da legisla-
ção própria;
g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local 
de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT;
A ajuda de custo, em parcela única, recebida em decorrência de mudança do local de tra-
balho não é considerada parcela integrante do salário de contribuição.
Atente para o fato da necessidade da sua concessão em parcela única. Caso a ajuda de 
custo seja paga em mais de uma parcela, será considerada parcela integrante do salário de 
contribuição.
Entretanto, apesar de a lei e o RPS determinarem a necessidade de que a ajuda de custo re-
cebida em decorrência de mudança do local de trabalho seja paga em parcela única para não 
ser considerada parcela integrante do salário de contribuição, a IN RFB n. 971/2009, especifi-
camente no seu art. 58, VII, determina que é parcela não integrante, simplesmente, a ajuda de 
custo. Portanto, qualquer ajuda de custo passa a ser considerada parcela não integrante do 
salário de contribuição.
h) as diárias para viagens;
Em relação às diárias para viagens, a legislação previdenciária sofreu uma relevante al-
teração no seu texto, modificando, substancialmente, o tratamento dado à citada rubrica. Tal 
alteração ocorreu por meio da Lei n. 13.467/2017.
Antes da citada alteração, as diárias para viagens, desde que não excedessem a 50% da 
remuneração mensal do empregado, seriam consideradas parcelas ressarcitórias. Portanto, 
seriam consideradas parcelas não integrantes do salário de contribuição.
Resume-se, por meio de um esquema ilustrativo, o tratamento que era dado as diárias para 
viagens, antes da recente alteração na legislação previdenciária.
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Com a nova redação implementada pela Lei n. 13.467/2017 no art. 28, § 9º, “h” da Lei n. 
8.212/1991, não existe mais a necessidade de análise do percentual das diárias em relação à 
remuneração mensal do segurado, uma vez que as diárias, independentemente do percentual 
das mesmas em relação à remuneração do segurado, são consideradas parcelas não integran-
tes do salário de contribuição.
A alteração legislativa é louvável, pois, uma vez que efetivamente ocorra a viagem do se-
gurado, o valor realmente não deve sofrer a incidência da contribuição previdenciária, já que 
visa apenas ressarcir valores gastos pelo segurado. Portanto, tais valores não visam integrar o 
patrimônio do trabalhador, uma das características básicas das parcelas integrantes do salário 
de contribuição.
Por fim, cabe explicar a forma que as empresas adotam quando seus empregados viajam 
à sua disposição, no intuito de ressarcir os gastos com o deslocamento, estada, alimentação...
Quando o segurado empregado viaja à disposição do empregador, duas sistemáticas po-
dem ser utilizadas.
Ou a empresa utiliza a sistemática de diárias, ou a empresa utilizada a sistemática de des-
pesas de viagens.
Em relação às diárias para viagens, independentemente do percentual das mesmas em rela-
ção à remuneração do segurado, estas são consideradas parcelas não integrantes do salário 
de contribuição.
Quando a sistemática utilizada pela empresa for a de despesas de viagens, deve ser ve-
rificado se as despesas foram ou não comprovadas. Se as despesas forem comprovadas, 
trata-se de uma parcela ressarcitória. Portanto, não integram o salário de contribuição. Já 
se as despesas não forem comprovadas, trata-se de uma parcela remuneratória. Portanto, 
integram o salário de contribuição.
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EXEMPLO
Imagine um empregado que viaja a serviço da empresa, gastando o valor de R$ 2.000,00, devi-
damente comprovado com notas fiscais. No retorno à empresa, ele demonstrou essas notas 
fiscais e a empresa ressarciu esses valores.
Perceba que o valor não integrou o patrimônio do trabalhador, pois o empregado gastou os 
R$ 2.000,00 e foi ressarcido no valor de R$ 2.000,00.
Atualmente, as empresas têm utilizado a sistemática de despesas de viagens por meio da 
utilização de cartão corporativo, as quais são devidamente comprovadas por meio da fatura 
do cartão.
Veja as citadas diferenças por meio de um esquema ilustrativo.
i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando 
paga nos termos da Lei n. 6.494, de 7 de dezembro de 1977;
A lei que regulamenta o estágio é a lei n. 11.788/2008, que, entre outras exigências, de-
termina a necessidade de celebração termo de compromisso com a instituição de ensino e 
o educando, ou a necessidade de se contratar em favor do estagiário segurocontra aciden-
tes pessoais.
EXEMPLO
Imagine uma empresa contratando um estagiário sem celebrar o termo de compromisso ou 
sem contratar um seguro de acidentes pessoais a favor do estagiário.
Nessa situação, estará contratando em desconformidade com a lei, fazendo com que esse 
estagiário seja enquadrado como segurado obrigatório do RGPS na qualidade de segurado 
empregado.
Nessa situação, a bolsa de complementação educacional de estagiário é considerada par-
cela integrante do salário de contribuição.
Entretanto, o estagiário pode ser contratado em conformidade com a lei.
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Nessa situação, o estagiário, caso queira, poderá contribuir para o RGPS como segurado 
facultativo, não sendo o valor recebido a título de bolsa de complementação educacional de 
estagiário considerado parcela integrante do salário de contribuição.
j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei 
específica;
A participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa é uma conquista so-
cial que, assim como a alimentação e o vale-transporte, deve ser paga ou creditada de acordo 
com a lei específica. A lei que regulamenta essa conquista social é a Lei n. 10.101/2000.
Para a concessão da participação nos lucros ou resultados, a empresa, necessariamente, 
deverá ter lucro?
Não, tendo em vista que a concessão poderá ser feita com base nos resultados da empre-
sa. Resultados são metas a serem atingidas.
Dessa forma, a Lei n. 10.101/2000 estipula as regras para a concessão da participação nos 
lucros ou resultados.
A primeira regra estipulada na Lei n. 10.101/2000 é a de que a participação nos lucros ou 
resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados.
Tal acordo poderá ser feito por uma comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, 
também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria, ou por meio de 
convenção ou acordo coletivo.
Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas 
quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive 
mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, perio-
dicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser 
considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições:
• Índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;
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• Programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.
Por fim, a Lei n. 10.101/2000 determina que é vedado o pagamento de qualquer antecipa-
ção ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa em 
mais de 2 vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 trimestre civil.
Recentemente, a Lei n. 10.101/2000 foi alterada pela Lei n. 14.020/2020. Tal alteração se 
refere ao pagamento da participação nos lucros ou resultados com inobservância da mencio-
nada regra da periodicidade, invalidando exclusivamente os pagamentos feitos em desacordo 
com a norma.
Assim sendo, alterando o entendimento pretérito, que determinava que o pagamento em 
desconformidade com a Lei n. 10.101/2000 determinava a incidência da contribuição previ-
denciária sobre a totalidade paga da PLR, atualmente, a inobservância à regra da periodicidade 
invalida exclusivamente os pagamentos feitos em desacordo com a norma, assim entendidos:
• Os pagamentos excedentes ao segundo, feitos a um mesmo empregado, no mesmo ano 
civil; e
• Os pagamentos efetuados a um mesmo empregado, em periodicidade inferior a 1 tri-
mestre civil do pagamento anterior.
l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor Públi-
co-PASEP;
Apenas literalidade.
m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao 
empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de 
obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de 
proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho;
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Nessa alínea, cabe apenas ressaltar o exemplo que está sendo dado em relação a valores 
pagos para o trabalho (necessários para a execução do trabalho) e não pelo trabalho (para a 
satisfação do segurado).
EXEMPLO
Imagine trabalhadores que trabalhem em plataformas de petróleo. Tal atividade exige trans-
porte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa. Esses valores, tendo em vista serem 
para o trabalho, não são considerados parcelas integrantes do salário de contribuição.
n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde 
que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;
O auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) é um benefício previdenci-
ário concedido quando o segurado é acometido de uma incapacidade temporário para o seu 
trabalho em período superior a 15 dias consecutivos.
O auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) é calculado com base no 
salário de benefício, que consiste na média aritmética simples dos salários de contribuição 
correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde 
o início da contribuição, se posterior àquela competência.
Entretanto, o valor do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) não é o 
resultado dessa média, mas sim 91% sobre o valor decorrente desse cálculo.
EXEMPLO
Imagine, portanto, um segurado que durante toda a sua vida recebeu um valor equivalente a 
R$ 2.000,00.
Calculando o seu salário de benefício, encontraremos o valor de R$ 2.000,00. Entretanto, o 
valor do benefício será 91% x R$ 2.000,00, ou seja, R$ 1.820,00.
Perceba que o segurado, exercendo a sua atividade, recebe da empresa o valor de R$ 
2.000,00. Entretanto, se passar a receber o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-
-doença), receberá o valor de R$ 1.820,00. Ou seja, o segurado acaba tendo uma perda.
Para que isso não ocorra, a empresa pode conceder a seus empregados a complementa-
ção do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), que consiste na diferença 
da remuneração auferida na empresa e o valor do auxílio por incapacidade temporária (antigo 
auxílio-doença), que, no caso prático, seria de R$ 180,00.
Se a complementação do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) for 
extensiva a todos, não será considerada parcela integrante do salário de contribuição.
Em contrapartida, se a complementação não for extensiva a todos, o valor será considera-
do parcela integrante do saláriode contribuição.
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o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o 
art. 36 da Lei n. 4.870, de 1º de dezembro de 1965;
Apenas literalidade.
p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previ-
dência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e 
dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT;
O valor das contribuições efetivamente pago pela empresa relativo a programa de previ-
dência complementar não é parcela integrante do salário de contribuição, desde que esse 
benefício seja extensivo a todos.
Caso o benefício não seja extensivo a todos, será considerado parcela integrante do salá-
rio de contribuição.
q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa 
ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos 
ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares;
Mais uma recente alteração na legislação previdenciária, a qual foi implementada por meio 
da Lei n. 13.467/2017
Antes da citada alteração, o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou 
odontológico, próprio da empresa ou com ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas 
com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras 
similares era considerado parcela não integrante do salário de contribuição, desde que esse 
benefício fosse extensivo a todos.
Portanto, tal concessão não poderia ser fornecida em razão de cargo ou função.
Imagine, portanto, uma empresa que concedia um plano que dava acesso apenas a en-
fermaria para o pessoal que trabalhava diretamente na linha de produção. Além desse plano, 
concedia plano que dava direito a quarto para o pessoal da supervisão. Concedia, ainda, plano 
que dava acesso a uma rede diferenciada (melhores hospitais) para o pessoal que exercia a 
função de gerência. Por fim, concedia plano que dava acesso a atendimento em rede interna-
cional para os diretores.
Dessa forma, a empresa não estava tendo um tratamento equânime (igualitário) entre seus 
empregados, fornecendo o plano de saúde em razão de cargo ou função.
Portanto, o benefício concedido era considerado parcela integrante do salário de 
contribuição.
Atualmente, isso não ocorre mais. Com a recente alteração na redação do art. 28, § 9º, 
“q” da Lei n. 8.212/1991, não há mais a necessidade que a cobertura abranja a totalidade dos 
empregados e dirigentes da empresa.
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Conforme preceitua o art. 458, § 5º da CLT, o valor relativo à assistência prestada por ser-
viço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medica-
mentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e ou-
tras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, 
não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para 
efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei n. 8.212/1991.
r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado 
e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;
Nesse inciso, cabe apenas ressaltar o exemplo que está sendo dado em relação a valores 
pagos para o trabalho (necessários para a execução do trabalho) e não pelo trabalho (para a 
satisfação do segurado).
Tem-se, como exemplo, os EPIs (protetores auriculares para atenuar a exposição ao agen-
te nocivo ruído, ou capacetes e botas na construção civil), além de uniformes necessários a 
execução do serviço.
Esses valores, tendo em vista serem para o trabalho, não são considerados parcelas inte-
grantes do salário de contribuição.
s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em 
conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quan-
do devidamente comprovadas as despesas realizadas;
Despesa pelo uso de veículo próprio é parcela ressarcitória, desde que as despesas sejam 
devidamente comprovadas. Nessa situação, as despesas serão consideradas parcelas não 
integrantes do salário de contribuição.
Já, caso as despesas não sejam comprovadas serão consideradas parcelas integrantes 
do salário de contribuição.
O reembolso creche deve observar certas regras: limite de idade máximo de 6 anos da 
criança e despesas devidamente comprovadas.
Uma vez observadas tais regras, o reembolso creche não é parcela integrante do salário 
de contribuição.
Tal entendimento é consolidado na jurisprudência, nos termos do enunciado da súmula 
310 do STJ, in verbis:
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 310 do STJ – “O auxílio-creche não integra o salário-de-contribuição.”
É importante frisar que o RPS menciona a situação no reembolso babá, tendo a seguinte 
redação no art. 214, § 9º, XXIV:
XXIV – o reembolso babá, limitado ao menor salário de contribuição mensal e condicionado à com-
provação do registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social da empregada, do pagamento da 
remuneração e do recolhimento da contribuição previdenciária, pago em conformidade com a legis-
lação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança; e
Perceba que o reembolso babá possui limite de valor (menor salário de contribuição men-
sal), comprovação de registro na CTPS da empregada doméstico, pagamento da remunera-
ção e do recolhimento da contribuição previdenciária e o limite máximo de 6 anos de idade 
da criança.
Uma vez observadas tais regras, o reembolso babá não é parcela integrante do salário de 
contribuição.
t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de empre-
gados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à 
educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, e:
não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e
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2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, consideradoindividualmente, não ultra-
passe 5% (cinco por cento) da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente 
a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for maior;
O art. 28, § 9º, “t” da Lei n. 8.212/1991 teve a sua redação alterada pela Lei n. 12.513/2011.
Com base na nova redação, o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que 
vise à educação básica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às ativida-
des desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos 
termos da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e:
• não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e
• o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, 
não ultrapasse 5% da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspon-
dente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, o 
que for maior.
u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze 
anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990;
Tendo em vista a redação dada pela EC n. 20/1998 ao art. 7º, XXXIII da CF/1988, é proibido 
o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores 
de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.
Portanto, não existe a possibilidade de bolsa de aprendizagem para o menor aprendiz até 
os 14 anos, uma vez que só é possível a condição de menor aprendiz a partir dos 14 anos.
Dessa forma, o art. 28, § 9º, “u” da Lei n. 8.212/1991 não foi recepcionado pela EC n. 
20/1998, uma vez que é incompatível materialmente com a redação atual da CF/1988, tendo 
sido, por consequência, revogado.
v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Apenas literalidade.
x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT.
As parcelas constantes do instrumento de rescisão do contrato de trabalho devem ser 
pagas até o 1º dia útil imediato ao término do contrato; ou até o 10º dia, contado da data da 
notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dis-
pensa de seu cumprimento.
Quando as parcelas não são pagas nesses prazos, incide uma multa a favor do empregado.
Tal multa é considerada uma indenização. Portanto, é parcela não integrante do salário de 
contribuição.
y) o valor correspondente ao vale-cultura.
O vale-cultura é um benefício criado pela Lei n. 12.761/2012, destinado a fornecer aos tra-
balhadores meios para o exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura.
Assim, será disponibilizado aos usuários das empresas beneficiárias, que são as pessoas 
jurídicas optantes pelo Programa de Cultura do Trabalhador e autorizadas a distribuir o vale-
-cultura a seus trabalhadores com vínculo empregatício.
Até o exercício de 2017, ano-calendário de 2016, o valor despendido a título de aquisição 
do vale-cultura poderá ser deduzido do imposto sobre a renda devido pela pessoa jurídica be-
neficiária tributada com base no lucro real.
Portanto, conforme preceitua o art. 28, § 9º, alínea “y” da Lei n. 8.212/1991, o valor corres-
pondente ao vale-cultura é parcela não integrante do salário de contribuição.
z) os prêmios e os abonos.
Em relação a essa alínea, vale mencionar o disposto no art. 457, § 2º da CLT, in verbis:
“§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, ve-
dado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remunera-
ção do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência 
de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.”.
A MP n. 808/2017 retirou a expressão “abonos” do citado dispositivo.
Vamos entender a lógica de ter sido “tentada” a retirada da expressão “abonos” do art. 457, 
§ 2º da CLT, por meio da MP n. 808/2017.
Pela visão trabalhista, abono é uma antecipação salarial, em regra, em função da perda 
provocada pela alta inflação. Portanto, de forma inegável, possui natureza salarial, sendo, por 
consequência, parcela integrante do salário de contribuição. Não há lógica o citado dispositi-
vo retirar a natureza salarial dos abonos. Caso isso ocorra, inegavelmente, os empregadores 
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Salário de Contribuição
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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passarão a remunerar seus empregados por meio de um salário base ínfimo (salário-mínimo), 
pagando todos os demais valores a título de abono. Ademais, questiona-se: qual é o conceito 
de abono, nos termos da CLT? Não existe!
Dessa forma, conforme já mencionado, a MP n. 808/2017 “tentou” retirar a expressão “abo-
nos” do art. 457, § 2º da CLT. Entretanto, a MP perdeu a sua validade por decurso de prazo.
Assim sendo, conforme previsto na CLT, o abono não integra a remuneração do empregado, 
não se incorpora ao contrato de trabalho e não constitui base de incidência de qualquer encar-
go trabalhista e previdenciário.
Em relação aos prêmios, não há controvérsias, pois, conforme determina o art. 457, § 4º da 
CLT, consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, 
serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempe-
nho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Tais valores não são considerados parcelas integrantes do salário de contribuição.
Portanto, conforme determina o art. 28, § 9º, “z” da Lei n. 8.212/1991, em consonância 
com a redação do art. 457, § 2º da CLT, prêmios e abonos são considerados parcelas não in-
tegrantes do salário de contribuição.
aa) os valores recebidos a título de bolsa-atleta, em conformidade com a Lei n. 10.891, de 9 de julho 
de 2004.
Conforme determina a Lei n. 10.891/2004, a Bolsa-Atleta é um valor concedido priorita-
riamente aos atletas de alto rendimento das modalidades olímpicas e paraolímpicas filiadas, 
respectivamente, ao Comitê Olímpico Brasileiro – COB ou ao Comitê Paraolímpico Brasileiro 
– CPB e, subsidiariamente, aos atletas das modalidades que não fazem parte do programa 
olímpico ou paraolímpico.
Tais valores, conforme preceitua o art. 28, § 9º, “aa” da Lei n. 8.212/1991, são considerados 
parcelas não integrantes do salário de contribuição.
Para terminar todo o estudo dos dispositivos que mencionam parcelas não integrantes do 
salário de contribuição, cabe mencionar o art. 214, § 9º, XXV do RPS, in verbis:
XXV – o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a prêmio de seguro 
de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível à 
totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da Conso-
lidação das Leis do Trabalho.
O valor das contribuições efetivamente pago pela empresa relativo a prêmio de seguro de 
vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho, não é par-
cela integrante do salário de contribuição, desde que esse benefício seja extensivo a todos.
Caso o benefício não seja extensivo a todos, será considerado parcela integrante do salá-
rio de

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