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FIOS CIRÚRGICOS, NÓS, SUTURAS

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FIOS CIRÚRGICOS
· Características do fio ideal:
- manter força tênsil até a cicatriz ficar resistente
- mínimo de reação tecidual
· Classificação:
- monofilamentar x multifilamentar
- biológico x sintético
- absorvível x não absorvível
· Critérios de escolha do fio:
- manter força tênsil pelo tempo suficiente
- causar mínima reação tecidual
- ter um custo acessível
- maleabilidade
- facilidade de esterilização
· Absorvível = se dissolverá e integrará ao organismo através de hidrólise (fios sintéticos) ou digeridos por enzimas lisossômicas (fios naturais). Perdem sua força tênsil antes de 60 dias.
· Não absorvível = são fios inertes que mantêm força tênsil praticamente inalterada com o decorrer do tempo. Causam menos reação. São divididos em 3 classes.
- classe 1: fios de seda monofilamentar ou fibras sintéticas monofilamentar. Seda, poliéster, polipropileno, náilon. 
- classe 2: fios de algodão, linho, fibras sintéticas. Algodão puro, poliéster trançados e linho.
- classe 3: fios metálicos monofilamentares ou multifilamentares. Aço. 
· Monofilamentar = ocasionam menor trauma, não tem capilaridade e deslizam com menos fricção, contudo possuem tendência à memória. São apontados como os mais vantajosos. Exemplos: náilon, aço, polipropileno.
· Multifilamentares = maior trauma, maior tendência a infecção e permeabilidade, mas os nós são mais seguros e fáceis de ser executados. Exemplos: categuete simples e cromado, poliglactina, algodão, poliéster, seda.
· Os fios multi podem agregar microorganismos causadores de infecção, pois possuem maior capilaridade, ou seja, maior aderência microbiana.
· Os fios multi apresentam coeficiente de atrito mais elevado do que os mono, portanto, a fixação do nó é mais segura, embora o deslize seja mais difícil.
· Os fios mono têm um bom deslize do nó, mas a fixação é menos segura.
· Características dos fios
- configuração física: mono x multi
- capilaridade: captar a absorver líquidos
- diâmetro: Quanto maior o número de zeros, mais fino é o fio
- resistência à tração: aço
- força do nó
- elasticidade: polipropileno (edema). Propriedade do fio de recuperar a forma e o comprimento original depois de um estiramento.
- plasticidade: manter uma nova forma, após ter sido submetida à determinada deformação/tração. Polipropileno.
- memória: retornar à sua forma original, após ser tracionado. Fios com alta memória tem manuseio mais difícil. Náilon, categute, propileno.
agulhas
· As agulhas são utilizadas com a finalidade de transfixar os tecidos com o menor trauma possível, servindo de guia aos fios de sutura. São divididas em três partes: fundo ou olho (região em contato com o fio), corpo e ponta.
nós 
· O nó cirúrgico é feito por meio de um entrelaçamento do fio cirúrgico, com a intenção de realizar a hemostasia ou a união entre duas bordas teciduais.
· Partes:
- Primeira laçada: tem a função de apertar o ponto e não pode ser muito forte, para não isquemiar o tecido
- Segunda laçada: tem a função fixadora, impedindo o afrouxamento
- Terceira laçada: confere maior segurança ao nó feito.
· Nó de cirurgião: formado por dois entrecruzamentos ou laçadas sucessivas no primeiro seminó. É um nó autoestático, usado quando não pode haver afrouxamento, além de permitir o segundo seminó sem modificação do primeiro. É utilizado para a aproximação de estruturas sobre tensão.
suturas
· A sutura é um dos métodos utilizados para a síntese, em que as bordas de uma ferida são aproximadas por meio de pontos dados com fio cirúrgico que perfura o tecido e nele se apoia.
· Tempo de permanência: Temporárias x Definitivas
· Função:
- Coaptação: envolve apenas a coaptação dos lábios da ferida
- Sustentação: empregada para a aproximação das bordas da ferida que tendem a separar-se pela elasticidade do tecido
- Hemostasia: quando visa a inibir a hemorragia.
· Para o correto posicionamento e a utilização da agulha e porta-agulha dividimos, mentalmente, a agulha curva em terços. Na utilização usual, a agulha está posicionada em 90º em relação ao porta-agulhas, sob preensão na ponta do mesmo e com sua ponta orientada para a palma da mão do cirurgião. Na posição oposta da agulha sua ponta está em posição inversa, ou seja, direcionada para o dorso da mão do cirurgião. Em algumas situações, como em suturas em cavidades, por exemplo, pode haver necessárias variações, como rotações do eixo em relação ao porta-agulhas, preensão mais distal da agulha, etc.
· O sentido da sutura deve ser escolhido para que a mão não dominante do cirurgião (mão auxiliar) exerça sua função sem prejudicar a técnica. Em destros, a sutura horizontal deve ser realizada da direita para a esquerda possibilitando uma melhor visualização das bordas da ferida pelo cirurgião. Pelo mesmo motivo, a sutura longitudinal deve ser realizada de baixo para cima. As suturas circulares devem ser iniciadas na porção proximal ao cirurgião, para facilitar a realização do nó, e realizada em sentido anti-horário.
· A transfixação das bordas das feridas deve ser feita em dois tempos (transfixação completa de uma borda seguida da transfixação completa da outra borda), mas quando as bordas estão próximas e o tecido é macio, pode-se fazer em um tempo apenas.
· Ponto simples: é um dos mais usados, formando o fio uma única alça dentro do tecido, com um orifício de entrada e outro de saída, o que confere bom confrontamento tanto das partes superficiais quanto das profundas. Quando o nó fica para fora da estrutura é chamado de comum, que é a forma habitual. O ponto simples invertido tem as pontas para dentro, ficando o nó oculto tanto dentro do tecido quanto no subcutâneo ou para o lado da mucosa em órgãos ocos. a derme é transposta pela agulha em sua totalidade. A agulha penetra a pele a 90º e, na outra derme em sua totalidade, sai através da pele. A distância entre a entrada da agulha e a incisão em uma borda e a saída na outra deve ser a mesma. Possui fácil execução e apresenta, como desvantagem, uma realização mais demorada. Oferece bom confrontamento das camadas superficiais e profundas. Pode ser utilizado em praticamente todos os tipos de tecidos.
· Ponto em “X”: chamado também de ponto cruzado ou de reforço. É usado para aumentar a superfície de apoio de uma sutura para hemostasia ou aproximação. Pode ser executado com o nó para dentro ou para fora, porém, sempre ficam duas alças cruzadas no interior ou fora do tecido. realiza-se dois pontos simples na mesma direção (como se fosse uma sutura contínua). Porém, junta-se os dois com um único nó. Esse ponto possui maior resistência do que simples, e é indicado para áreas sujeitas a grandes tensões (como, por exemplo, o fechamento de abdômen). Eles têm a desvantagem da grande cicatriz que originam e, por isso, não se aconselha aplicá-los na pele.
· Sutura contínua (nó inicial, sutura e nó final): existe continuidade do fio entre as alças, tendo somente um nó inicial e um nó final. É de rápida elaboração, mas se houver soltura de um ponto ou ruptura do fio pode ocorrer afrouxamento do conjunto da sutura. Tem tendência a estreitar o calibre da estrutura nas suturas circulares e diminuir o comprimento nas suturas lineares por fenômenos de enrugamento. Por isso, exige técnica perfeita de elaboração, sendo amplamente usada em cirurgias gastrintestinal e cardiovascular e suturas estéticas na pele. 
· Pele = fios inabsorvíveis do tipo poliéster. Sutura em pontos separados. Mononáilon 5 ou 6. A sutura da pele é feita com pontos separados, próximos um do outro e também das bordas da ferida, perpendiculares à incisão e com ligeira eversão das bordas. 
· Tela subcutânea = fios absorvível tipo categute cromado/Vicryl® 3-0 ou 4-0. Sutura em pontos separados. Os pontos na tela subcutânea devem ser feitos com a finalidade de eliminar o espaço morto e tirar toda a tensão que houver na pele.
· Aponeurose = fio inabsorvível tipo náilon, poliéster, algodão, seda. Sutura contínua.
· Músculo = absorvível. A aproximação das fibras deve ser feita sem tensão, a fim de evitar a isquemia e o esgarçamento muscular. Deve-seusar categute 2-0 ou 3-0, em pontos separados
· Vasos e nervos = fios inabsorvível. Suturas separadas ou contínuas. Náilon, poliéster.
· Tubo digestivo = Para sutura gastrintestinal, recomenda-se usar fio de categute na mucosa e fios de algodão 4-0 na seromuscular, ou Prolene® 4-0, em pontos separados.

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