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56 Unidade II Unidade II 3 INTEGRAÇÃO E ESCOPO EM PROJETOS 3.1 Gerenciamento da integração em projetos Com base no Guia PMBOK®, a área de conhecimento do gerenciamento da integração (ACGI) contempla processos, procedimentos e documentações que permitem o gerenciamento de projetos através da consolidação de processos pertinentes às demais áreas de conhecimento. Esse formato de gerenciamento garante o controle unificado por meio de canais de comunicação e entregas que terão por fim um repositório específico para a composição de toda a documentação necessária. A seguir é possível destacar alguns dos controles sob gerenciamento obtidos a partir da ACGI: • Alocação otimizada de recursos: infraestrutura, aplicações, pessoas e informações. • Controle sobre o andamento de atividades e/ou tarefas interdependentes de outras áreas de conhecimento. • Evita a sobreposição de recursos numa mesma atividade. • Distribuição otimizada de recursos para atividades concorrentes em áreas de conhecimento distintas. • Adequação de processos e canais de comunicação com base em ocorrências sobre atividades executadas em outras áreas de conhecimento. • Gerenciamento unificado e fácil comunicação de dados atualizadas em toda a documentação pertinente e proveniente de outras áreas de conhecimento. • Verificação de caminhos alternativos para ocorrências diversas que tenham aferido processo, procedimentos e/ou atividades de outras áreas de conhecimento. • Garantir a atualização e/ou documentação da base de conhecimento de projetos de forma consolidada e unificada. • Coordenar todos os recursos pertinentes ao projeto, mesmo de áreas de conhecimento distintas. 57 GESTÃO DE PROJETOS DE TI Com base no Guia PMBOK® (2017), a ACGI foi estrategicamente mapeada através de sete processos, sendo eles: • Processo responsável pelo desenvolvimento do documento termo de abertura do projeto (TAP). • Processo responsável pelo desenvolvimento do plano de gerenciamento do projeto (PGP). • Processo que provê tanto a orientação quanto o gerenciamento necessário sobre procedimentos e atividades do projeto. • Processo que provê aplicação do conhecimento e a melhoria contínua através da apropriação de novos saberes e do próprio conhecimento. • Processo que permite tanto o monitoramento quanto o controle sobre todas as tarefas e recursos do projeto. • Processo que permita o gerenciamento de mudanças de forma consolidada e unificada. • Processo responsável por encerramento de todo o projeto e/ou de fases específicas. A experiência necessária sob a ACGI do projeto requer atenção quanto ao relacionamento de atividades de múltiplos processos, assim como a adequada composição do escopo do projeto a fim de garantir os entregáveis do projeto e o próprio cumprimento do plano do projeto em que estão declarados o objetivo ou objetivos estabelecidos. Nesse contexto, é cabível compreender o conceito, os documentos e/ou elementos que servirão de entrada e saída para cada processo, bem como domínios necessários sobre cada um dos sete processos: • Grupo de processo: iniciação. — Atividade do processo: desenvolver o TAP. - Conceito: esse documento oficializa a existência de um projeto, assim como formaliza a autoridade que o gerente de projeto terá sobre os recursos do projeto a fim de cumprir e garantir os entregáveis pertinentes ao processo. - Elementos de entrada: contratos e acordos pré-estabelecidos e/ou em vigor, estrutura organizacional da empresa, relatórios e/ou documentos relacionados de parcerias e/ou negócios firmados com relação direta/indireta sobre o projeto, bem como compliance a ser mantido em virtude de leis, normas, negócios etc. 58 Unidade II - Elementos de saída: o documento intitulado TAP é o entregável esperado desse processo, visto que será composto por todo o levantamento de requisitos, documentações e demais atividades desenvolvidas e planejadas até esse ponto. Nesse documento são contempladas, por exemplo, informações como premissas e restrições sobre o projeto. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento, stakeholders e sponsors; manter um concierge do projeto a fim de garantir um canal e/ou recurso consolidado para a transmissão de informações pertinentes aos pares do projeto; garantir que toda a equipe e também o próprio gerente do projeto tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captação e armazenamento de dados e informações diretas/indiretas ao projeto; por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: desenvolver o PGP. - Conceito: assim como o TAP, o plano de gerenciamento é um documento que formaliza a forma como o processo, os procedimentos e suas atividades serão geridas, bem como a quem estes se destinam e qual será o modo e o período de atualização até o encerramento do projeto. Esse documento tem por fim consolidar todas as informações sobre as práticas que serão adotadas na gestão de cada projeto. - Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: o documento de saída desse processo é o próprio PGP contemplando todos os requisitos dispostos até esse ponto, bem como sua forma de atualização e manutenção. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento, stakeholders e sponsors; manter um concierge do projeto a fim de garantir um canal e/ou recurso consolidado para a transmissão de informações pertinentes aos pares do projeto; garantir que toda a equipe e também o próprio gerente do projeto tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captação e armazenamento de dados e informações diretas/ indiretas ao projeto; por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. 59 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • Grupo de processo: execução. — Atividade do processo: orientação quanto ao gerenciamento necessário sobre procedimentos e atividades do projeto. - Conceito: é uma atividade gerencial e/ou de liderança em que são esperadas deliberações quanto ao modus operandi para a execução das atividades sobre os recursos: infraestrutura, aplicações, pessoas e informações. Esse processo tem por fim não só garantir a execução das atividades conforme preconizadas no PGP, como também cadenciar a implementação de alterações de qualquer elemento pertinente ao projeto. - Elementos de entrada: o PGP é um documento que servirá como elemento de entrada para esse processo, assim como demais documentos pertinentes a serviços, contratos, acordos e/ou parceiras que tenham relação direta ou indireta com qualquer atividade pertinente ao projeto. Também serão considerados elementos de entrada para o processo informações sobre a estrutura organizacional pertinente; saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP; relatórios e documentos concebidos a partir do gerenciamento de mudanças; e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: esse processo é composto por relatórios, atas e documentos que contemplam tanto a solicitação quanto a aprovação de mudanças; atualizações de documentos do projeto e do próprio PGP – há que se manter um registro de versõessobre todos os documentos pertinentes ao projeto –; relatórios e gráficos que demonstrem o avanço e o desempenho de recursos em atividades; e, por fim, atualizações cabíveis a diretrizes, outros planos e compliance intrínsecas a outros documentos que possam ter sido impactados direto ou indiretamente por esse processo. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento, stakeholders e sponsors; manter um concierge do projeto a fim de garantir um canal e/ou recurso consolidado para a transmissão de informações pertinentes aos pares do projeto; prover o uso de aplicações e/ou sistemas que suportem as práticas de gerenciamento concebidas para a gestão do projeto; por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. • Grupo de processo: execução. — Atividade do processo: aplicação do conhecimento e da melhoria contínua através da apropriação de novos saberes e do próprio conhecimento. - Conceito: a partir de uma base de conhecimento já estabelecida, garantir boas práticas de sucesso no uso dos recursos necessários ao projeto, assim como alçar novos conhecimentos que possam contribuir ao cumprimento dos objetivos declarados. 60 Unidade II - Elementos de entrada: o PGP é um documento que servirá como elemento de entrada para este processo, assim como demais documentos pertinentes a serviços, contratos, acordos e/ou parceiras que tenham relação direta ou indireta com qualquer atividade pertinente ao projeto. Também serão considerados elementos de entrada para esse processo informações sobre a estrutura organizacional pertinente; saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento PGP; relatórios e documentos concebidos a partir do gerenciamento de mudanças; por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: esse processo é composto por relatórios, atas e documentos que contemplam tanto a solicitação quanto a aprovação de mudanças, atualizações de documentos do projeto e do próprio PGP – há que se manter um registro de versões sobre todos os documentos pertinentes ao projeto –; manutenção da base de conhecimento com as lições aprendidas a partir de todas as áreas de conhecimento e seus grupos de processos pertinentes; por fim, atualizações cabíveis a diretrizes, outros planos e compliance intrínsecas a outros documentos que possam ter sido impactados direta ou indiretamente por este processo. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento, stakeholders e sponsors; manter um concierge do projeto a fim de garantir um canal e/ou recurso consolidado para a transmissão de informações pertinentes aos pares do projeto; prover o uso de aplicações e/ou sistemas que suportem as práticas de gerenciamento concebidas para a gestão do conhecimento e do próprio projeto; por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. • Grupo de processo: monitoria e controle. — Atividade do processo: manter tanto o monitoramento quanto o controle sobre todas as tarefas e recursos do projeto. - Conceito: trata-se não de um documento específico, mas, sim, de um processo que tem de garantir tanto o monitoramento quanto o controle dos objetos e/ou elementos monitorados. A este processo é esperado não só sinalizar uma ocorrência sobre eventos de qualquer natureza que possam de alguma forma impactar recursos e/ou atividades pertinentes ao projeto, mas também acompanhar o andamento esperado de todas as atividades preconizadas no PGP. - Elementos de entrada: o PGP é um documento que servirá como elemento de entrada para este processo, assim como demais documentos pertinentes a serviços, contratos, acordos e/ou parceiras que tenham relação direta ou indireta com qualquer atividade pertinente ao projeto. Também serão considerados elementos de entrada para este processo informações sobre a estrutura organizacional pertinente; saídas de outros 61 GESTÃO DE PROJETOS DE TI processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP; relatório e/ou gráficos que permitam acompanhar o andamento de todas as atividades e seus recursos pertinentes quanto ao desempenho destes no projeto; por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: esse processo é composto por relatórios, atas e documentos que contemplam tanto a solicitação quanto a aprovação de mudanças, atualizações de documentos gerais do projeto e do próprio PGP. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento a fim de garantir assertiva tomada de decisões e aprovação destas por stakeholders, sponsors e pares pertinentes às práticas de gestão de projetos. Realizar análise dos dados obtidos não só com o projeto em andamento, mas também os correlacionando com base de conhecimento concebida a partir de outros projetos gerenciados. • Grupo de processo: monitoria e controle. — Atividade do processo: gerenciamento de mudanças de forma consolidada e unificada. - Conceito: garantir que todas as solicitações de mudanças sejam pertinentes e adequadas a ocorrência sinalizada e/ou identificada. A essas mudanças caberá total atenção quanto a sua análise por pares de comprovada experiência em detrimento da ocorrência tratada, bem como o formato preconizado para a execução e entrega da mudança, manutenção de todos os documentos do projeto afetados direta ou indiretamente e o canal e a forma de comunicação de todas as atividades aprovadas e praticadas. - Elementos de entrada: o PGP é um documento que servirá como elemento de entrada para esse processo, assim como demais documentos pertinentes a serviços, contratos, acordos e/ou parceiras que tenham relação direta ou indireta com qualquer atividade pertinente ao projeto. Também serão considerados elementos de entrada para este processo informações sobre a estrutura organizacional pertinente; saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP; relatório e/ou gráficos que permitam acompanhar o andamento de todas as atividades e seus recursos pertinentes quanto ao desempenho destes no projeto; por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: esse processo é composto por relatórios, atas e documentos que contemplam tanto a solicitação quanto a aprovação de mudanças, atualizações de documentos gerais do projeto e do próprio PGP. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento a fim de garantir assertiva tomada de decisões e aprovação destas por 62 Unidade II stakeholders, sponsors e pares pertinentes às práticas de gestão de projetos. Realizar análise dos dados obtidos não só com o projeto em andamento, mas também os correlacionando com base de conhecimento concebida a partir de outros projetos gerenciados. • Grupo de processo: encerramento. — Atividade do processo: entregas necessárias para o encerramento de todo o projeto e/ou de fases específicas. - Conceito: esse processo tem de garantir o cumprimento das atividades e tarefas pertinentes ao projeto a fim de sinalizar e/ou registrá-las como encerradas. Esse mesmo processo é pertinente não só a atividades, como também se estende a manutenção de contratos, acordos, parcerias e de fases específicas do projeto quanto ao encerramento das mesmas. - Elementos de entrada: tanto o TAP quanto o PGP são essenciais para garantira validação das entregas do projeto com aquilo que foi preconizada nesses documentos. Esse mesmo processo de validação e verificação de entregas se estende a todo e qualquer documento concebido direta ou indiretamente sob e para o projeto, tais como contratos, acordos, gerenciamento de problemas e mudanças, aquisições, aprovações devidamente aceitas e assinadas por seus pares e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos da organização. - Elementos de saída: documentos que comprovem o registro de toda a movimentação de recursos em atividades do projeto, bem como as versões de todas as atualizações aplicadas à documentação. A esse processo também são relacionados os documentos de comprovação do cumprimento dos objetivos, produtos e/ou serviços concebidos e o relatório que apresenta a composição de todos os documentos considerados durante e para o gerenciamento do projeto e, por fim, como foi mantida a atualização de diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos da organização. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento a fim de garantir assertiva tomada de decisões e aprovação destas por stakeholders, sponsors e pares pertinentes às práticas de gestão de projetos. Realizar análise dos dados obtidos não só com o projeto em andamento, mas também os correlacionando à base de conhecimento concebida a partir de outros projetos gerenciados. Segundo Cruz (2013), a ACGI do projeto requer especial atenção quanto à consolidação da documentação e controles sobre atividades que apresentam dependência em relação a saídas de outras áreas de conhecimento. Isso se deve ao fato de uma entrega em desacordo ao que foi preconizado por meio do PGP ser um potencial ofensor para gerar impacto negativo e crescente em detrimento de outras atividades dependentes. Sob esse contexto, é cabível destacar boas práticas sobre o gerenciamento da integração como a seguir: 63 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • Garantir boas práticas para o gerenciamento de problemas e de mudanças não só sobre o gerenciamento da integração, mas a todas as áreas de conhecimento com vínculo pertinente por elementos de entrada e saída dos grupos de processos. • Acompanhar o cumprimento das métricas preconizadas e também validar se tais métricas continuam condizentes com diretrizes e processos intrínsecos à organização. • Garantir que toda mudança seja proposta e validada a partir da visão total do projeto, e não só no tratamento de uma ocorrência. As mudanças devem considerar a solução a partir da causa raiz do problema e avaliar o impacto do plano sobre os demais processos, atividades e recursos envolvidos na trama. • Garantir um canal de comunicação seguro e comum a todos os pares pertinentes, bem como definir um concierge que será acionado quanto ao entendimento necessário e cabível aos eventos do projeto e sobre o desempenho e andamento do próprio projeto. Segundo Furlan et al. (2019), o gerenciamento da integração do projeto demanda uma quantidade notável de variáveis e controles sobre a documentação pertinente a outras áreas de conhecimento. Para tanto, o gerenciamento de projetos deve, por boa prática e recomendação do próprio Guia PMBOK® e de profissionais de comprovada experiência nesse segmento, fazer uso de ferramentas de TI que permitam a facilitação, otimização, acompanhamento, controle e gestão de documentos, atividade e recursos concebidos sob e para o projeto. Nesse sentido, é pertinente compreender requisitos a serem considerados quanto à escolha de uma ferramenta de gerenciamento de projetos apropriada: • Os recursos disponíveis na ferramenta devem garantir a complexidade de recursos e atividades pertinentes ao projeto. • A ferramenta por vezes necessitará de permissões e acessos ao ambiente e/ou infraestrutura da organização. Assim, um aceite prévio para uso dela será necessário. • O know-how dos usuários da ferramenta sobre ela garantirá o sucesso de uso e aplicação de configurações necessárias e específicos ao projeto. • A ferramenta deve apresentar elementos de segurança em conformidade com padrões, leis e normas vigentes na organização. • Quando da necessidade de compliance a leis, normas e/ou diretrizes, algumas ferramentas possibilitam o uso de certificados digitais públicos a fim de garantir confidencialidade, integridade e até mesmo o não repúdio de dados, informações e registros concebidos a partir de recursos do projeto. • Permitir criar, armazenar, atualizar, acessar e publicar informações a partir de uma base de conhecimento, assim como gerar relatórios e gráficos a partir desta. 64 Unidade II A seguir é apresentada uma visão ampla dos elementos de entrada e saída pertinentes à ACGI do projeto e sua correlação com outras áreas de conhecimento, como gerenciamento do escopo, gerenciamento do cronograma, gerenciamento dos custos, gerenciamento dos riscos e gerenciamento das partes interessadas. Observando a próxima figura é possível compreender a interação direta que a ACGI mantém com as demais áreas de conhecimento e o quão importante é a manutenção da documentação por esta área, visto que qualquer ação indevida ou tomada de ação aquém daquilo que foi preconizado no termo de abertura ou no PGP poderá acarretar em uma sequência de resultados negativos como entradas para outros documentos. Documento: termo de abertura ou project charter Documento: plano de gerenciamento do projeto Área de conhecimento Gerenciamento do escopo Gerenciamento do cronograma Gerenciamento dos custos Gerenciamento dos riscos Gerenciamento das partes interessadas Gerenciamento de integração do projeto Identificar stakeholders Plano para o gerenciamento do cronograma Plano para o gerenciamento dos custos Plano para o gerenciamento dos riscos Coleta de requisítos Definição do escopo Gerenciamento do escopo Figura 17 – PMBOK®: conhecimento do gerenciamento da integração: entradas e saídas Adaptada de: PMI (2017). Lembrete A área de conhecimento de gerenciamento da integração do projeto tem especial importância quanto à gestão dos documentos de entrada e saída, o que se deve justamente ao impacto quantitativo que essa área pode causar se houver informações incorretas em trâmite com outras áreas de conhecimento. 65 GESTÃO DE PROJETOS DE TI A partir de Vargas (2018), é possível compreender a formatação de um PGP que atenda aos requisitos das boas práticas de gerenciamento de projetos alinhadas ao Guia PMBOK®. É importante ressaltar que não há um modelo exclusivo ou que atenda a todos os projetos, independentemente de segmento e/ou área de negócio. Outrossim, é cabível a utilização de uma estrutura padrão que contemple informações importantes e constantes em casos de uso em que foram aplicadas técnicas de gerenciamento de projetos. O quadro a seguir apresenta uma estrutura com elementos comumente requeridos para um PGP: Quadro 3 Estrutura para um plano de gerenciamento do projeto Descrição do projeto Plano de atividades Especificações Detalhamento Desenvolvimento Premissas Restrições Exclusões Cronograma Plano de recursos Organograma do projeto Time do projeto Matriz de responsabilidades Treinamento Plano de resposta aos riscos Gestão de mudanças Controle de mudanças Fluxograma para aprovação das mudanças A estrutura para um PGP apresentado na próxima figura deve compreender o contexto a seguir: • Descrição do projeto: — Breve resumo do projeto, acrescentar observações relevantes relativas ao histórico, tais como fases anteriores à especificação funcional. Devem ser citados TAP, análise de viabilidade técnica, contrato e acordos, caso existam. • Plano de atividades: — Preencher as informações de cada fase, e, se a fase não for executada, justificar o motivo como observação. — Se houver necessidade, escrever aqui as estratégias gerais do projeto, tais como reuniões gerais, decisões de aberturade subprojetos, entre outros. 66 Unidade II O quadro seguinte apresenta o plano de projeto quanto ao desenvolvimento das especificações. Quadro 4 – Plano de projeto: especificação Plano de projeto: especificação Documentos Identificação dos outros documentos que deverão ser elaborados na fase. Exemplo: especificação funcional. Cronograma detalhado Estratégias Escrever como a fase será executada e a forma de acompanhamento. Exemplo: a especificação funcional deverá ser validada pelo cliente. Reuniões semanais para verificação do andamento etc. Verificações Nenhuma, ou identificar o artefato que passará pelo processo de verificação Aprovação Não há, ou identificar os aprovadores da fase, forma de aprovação, tais como reunião, e-mail etc. e os elementos que devem ser aprovados. Exemplo: em qualquer alteração de escopo posterior a essa fase, a especificação funcional deverá ser atualizada e essa alteração deverá ser comunicada via e-mail para as seguintes pessoas: X; Y. A aprovação formal deverá ser retomada por X; Y também via e-mail no período de N dias Observação Utilizar para comentário adicionais. Exemplo: essa fase não será executada pelas seguintes razões: X; Y; Z. • Detalhamento: — Detalhamento técnico do produto, serviços ou resultados. Informa as características, necessidades e estratégias. • Desenvolvimento: — Detalhamento dos processos do projeto. Informa como será desenvolvido o projeto. • Premissas: — Detalhar os fatores que limitarão as opções da equipe de gerenciamento de projeto, que podem ser: recursos, orçamentos, cronograma, escopo etc. • Restrições: — Detalhar os fatores que limitarão as opções da equipe de gerenciamento de projeto, que podem ser: recursos, orçamentos, cronograma, escopo etc. • Exclusões: — São fatores considerados verdadeiros para o planejamento do projeto. Em geral, elas oferecem um grau de risco caso não sejam atendidas e influenciam todos os aspectos do planejamento de um projeto, portanto, devem ser constantemente revisadas e atualizadas durante a fase de planejamento. 67 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • Cronograma: — O projeto será desenvolvido conforme o cronograma: <nomedo arquivo.extensão>. • Organograma básico do projeto: — A figura a seguir apresenta um organograma básico sugerido para a prática do gerenciamento de projetos sobre (TI). Outrossim, é cabível ressaltar que ele pode ser aplicável a diversos segmentos e áreas de negócio que possam de alguma maneira ser associadas e/ou relacionadas com os cargos e as funções contemplados nessa estrutura hierárquica, visto que esta é uma representação vertical gráfica dos elementos e/ou membros que irão compor o projeto. Esse organograma foi elaborado a partir da compreensão do Guia PMBOK® (VARGAS, 2018). <TIME COREF> Desenvolvimento e homologação <TIME STAFF> Outras atividades <NOME> Função <NOME> Especificador/ parametrizador <NOME> Função <NOME> Desenvolvedor <NOME> Gerente de projeto (GP) <NOME> Patrocinador/sponsor <NOME> Gerente de produto/ gerente de serviços <NOME> Definições e mudanças Figura 18 – Plano do projeto: organograma do projeto • Organograma básico do projeto: — O quadro a seguir apresenta uma estrutura básica para acionamento de qualquer elemento e/ou membro pertinente ao projeto devidamente identificado por sua área, setor ou departamento, e-mail e telefone para o contato. 68 Unidade II Quadro 5 – Plano do projeto: equipe do projeto Equipe do projeto Nome Área/setor/depto. E-mail Telefone <Nome> <Área> <e-mail> <fone> <Nome> <Setor> <e-mail> <fone> <Nome> <Depto.> <e-mail> <fone> • Matriz de responsabilidades: — Com base em Chaves (2013), é possível compreender e elaborar a matriz de responsabilidades apresentada no quadro adiante. Essa matriz relaciona o organograma do projeto com as atividades para ajudar a garantir que cada componente do escopo de trabalho do projeto seja atribuído a uma pessoa responsável. Essa estrutura varia de projeto a projeto e poderá ser expandida em vários níveis. O que segue é um exemplo de como ela pode ser organizada. Quadro 6 – Plano do projeto: matriz de responsabilidade Atividade Responsáveis [R1] [R2] [R3] [Rn] ... Plano do projeto R I - I Especificação funcional R I - - Cronograma A I R I Especificação técnica - - - - Alocação do recurso - - - - Reunião inicial (kick off) Validação dos processos - - - - Gera relatório de evolução do projeto - - - - Reunião de acompanhamento [RA1] - - - - Reunião de acompanhamento [RAn] - - - - Acompanhamento dos stakeholders e usuários - - - - Acompanhameto de compras e aquisições - - - - Reunião de veirificação de aquisições - - - - Legenda: responsible (responsável); accountable (aprovador); consulted (consultado); informed (informado). • Plano de resposta a riscos: — De acordo com Miranda (2019), é possível compreender e elaborar a matriz e/ou plano de resposta a riscos apresentada nesse quadro. Essa matriz relaciona as dimensões risco, impacto, classificação e resposta aos seus elementos/recursos pertinentes como: responsável (R), aprovador (A), consultado (C) e informado (I). Essa estrutura varia de projeto a projeto e poderá ser expandida em vários níveis. O que segue é um exemplo de como ela pode ser organizada. 69 GESTÃO DE PROJETOS DE TI Quadro 7 – Plano de projeto: resposta a riscos Fases do projeto Descrição dos riscos 01 Fase 01 <Título> Risco <Descrever o risco> Exemplo: recursos parcialmente capacitados. Impacto <Descrever o impacto> Exemplo: dependênca de suporte externo poderá comprometer a entrega do projeto Classificação Classificação: “alta; média; baixa” ou “5; 4; 3; 2; 1” Considerar a probalidade do risco ocorrer Resposta <Descrever a resposta ao risco> Descrever o que será feito na ocorrência do risco 02 Fase 02 <Título> Risco Impacto Classificação Resposta • Gerenciamento e controle de mudanças: — Com base em Almeida e Ramos Filho (2019), é possível compreender e elaborar um documento a ser utilizado para o controle de mudanças contendo os dados e as informações necessários para a rastreabilidade de todos os procedimentos e recursos adotados conforme disposto no quadro a seguir. Quadro 8 – Plano do projeto: requisição e controle de mudanças Projeto nº Versão Data de abertura 0 0 dd/mm/aaaa Requisição de mudança: Projeto: Sponsor: Gerente de projetos: Objetivo da mudança: Impacto: Alto ( ) Médio ( ) Baixo ( ) Situação: Aguardando aprovação Requerente: Data da solicitação: Descrição da mudança: Análise da equipe: 70 Unidade II Projeto nº Versão Data de abertura 0 0 dd/mm/aaaa Tempo de aplicação: Custo da operação: Qualidade: Responsável pela implementação: Comitê de mudança: Aceite: Mudanças aprovadas em: Descrição revista: Solução do problema: Data da implementação: Esforço previsto: Observações: Solicitante: Gerente de projetos: Sponsor: Ainda com base em Almeida e Ramos Filho (2019), é possível a compreensão necessária para elaborar o fluxograma básico para a aprovação de mudanças conforme disposto na figura a seguir. Aprovação <Gerente funcional> (pertinente) Solitação de mudança do escopo Análise por pares <Gerência de mudanças> (pertinente) Alteração/adequação de toda a documentação pertinente Avaliação/validação <Gerente do projeto (GP)> (pertinente) Aprovação/validação <Patrocinador/sponsor> Cancelado ou não autorizado ou não pertinente Sim Sim Não Não Figura 19 – Plano do projeto: fluxograma para aprovação de mudanças A partir de Almeida e Berteges (2020), é possível compreender a formatação de um TAP que atenda aos requisitos das boas práticas de gerenciamento de projetos alinhadas ao Guia PMBOK®. É importante ressaltar que não há um modelo exclusivo ou que atenda a todos os projetos, independentemente 71 GESTÃO DE PROJETOS DE TI de segmento e/ou área de negócio. Outrossim, é cabível a utilização de uma estrutura padrão que contemple informações importantes e constantes em casos de usoem que foram aplicadas técnicas de gerenciamento de projetos. O quadro a seguir apresenta uma estrutura com elementos comumente requeridos para um TAP: Quadro 9 Termo de abertura do projeto Nº do projeto Nome do projeto Elaborado por Revisado por Revisão Data da revisão Designação Responsabilidades Autoridade Premissas Restrições Riscos Prazo Investimento Principais fases Datas Custos Principais envolvidos Observações Aprovado por A seguir, o quadro apresenta uma visão ampla dos elementos descritos antes e que compõem um TAP quanto aos campos necessários para a declaração das informações pertinentes: Quadro 10 Termo de abertura do projeto Nome do projeto: Nº do projeto: Elaborado por: Revisão: Revisado por: Data da revisão: Designação Informar quem é o gerente do projeto Responsabilidades Descrever as responsabilidades do gerente do projeto 72 Unidade II Termo de abertura do projeto Autoridade Escopo Objetivo Metas Premissas Restrições Riscos Prazo Investimento Principais fases Datas Custos Principais envolvidos Comentários Aprovado por: Observação A área de conhecimento de gerenciamento da integração do projeto permite a adoção de diversos modelos de documentos para adequado controle e gerenciamento de projetos, ou seja, não há um modelo único a ser utilizado em todos os segmentos ou portfólios de projeto, porém, os documentos têm de ser fiduciários às informações requeridas e necessárias para o gerenciamento. A ACGI do projeto mantém relação direta com praticamente todas as áreas de conhecimento, visto que os documentos pertinentes a esta área são de uso comum e crucial para o gerenciamento de todo o projeto. 3.2 Gerenciamento do escopo em projetos Com base no Guia PMBOK® a área de conhecimento de gerenciamento do escopo (ACGE) contempla processos, procedimentos e documentações que permitem controlar tudo aquilo que foi definido para alcançar os objetivos do projeto com o menor esforço possível, ou seja, garantir o cumprimento das declarações pertinentes ao TAP e no PGP. Para tanto, o gerenciamento do escopo trabalhará com a otimização dos recursos, a fim de organizar a execução das atividades de maneira menos onerosa e mais produtiva. A seguir é possível destacar alguns dos controles sob gerenciamento obtidos a partir da ACGE: • Alocação otimizada de recursos: infraestrutura, aplicações, pessoas e informações. • Controle sobre o andamento de atividades e/ou tarefas previamente declaradas no TAP. 73 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • Evita a sobreposição de recursos numa mesma atividade. • Distribuição otimizada de recursos para atividades concorrentes declaradas no TAP. • Verificação de caminhos alternativos para ocorrências diversas que tenham aferido processo, procedimentos e/ou atividades de outras áreas de conhecimento. • Garantir a atualização e/ou documentação da base de conhecimento de projetos através de saídas para o GI. Com base em Guia PMBOK® (2017), a ACGE foi estrategicamente mapeada através de seis processos, sendo eles: • Planejamento e/ou plano para gerenciar o escopo: elaboração do documento que será utilizado como base para o gerenciamento do escopo. • Coleta e levantamento de requisitos: garantir que todos os elementos e recursos necessários à condução do projeto tenham sido identificados, relacionados e disponíveis em tempo. • Definir/preconizar o escopo: a partir do plano de gerenciamento definido e dos requisitos previamente identificados e qualificados, elaborar o documento que será apresentado como plano de gerenciamento do escopo (PGE). • Desenvolver a estrutura analítica do projeto (EAP): a partir do plano de gerenciamento definido e dos requisitos previamente identificados e qualificados, elaborar o sequenciamento para execução e controle das atividades/tarefas do projeto através de uma estrutura de topologia macrolinear/horizontal e execução por atividades sucessoras na vertical. • Validação/homologação do escopo: garantir através de pares – recursos de comprovada experiência sobre o objeto a ser estudado/validado – que o PGE é aderente às necessidades e objetivos declarados. • Controlar e monitorar o escopo: garantir através de pares e com o auxílio de ferramentas de TI a execução das atividades alinhadas ao PGP e PGE. A experiência necessária sob a ACGE requer especial atenção quanto à alocação de recursos em atividades de múltiplos processos, assim como a adequada composição do escopo do projeto a fim de garantir os entregáveis conforme objetivos declarados. 74 Unidade II Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre boas práticas para definição do escopo do projeto: FERRARI, N. P. Aplicação de boas práticas de comunicação para definição do escopo do projeto. 2017. Monografia de Especialização. Unitau, Taubaté, 2017. Nesse contexto, é cabível compreender o conceito, documentos e/ou elementos que servirão de entrada e saída para cada processo, bem como domínios necessários sobre cada um dos seis processos: • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: planejamento e/ou plano para gerenciar o escopo. - Conceito: esse documento contém as diretrizes adotadas, bem como os métodos que serão utilizados para garantir o cumprimento de processos, procedimentos e atividades a fim de alcançar os objetivos do projeto. • Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGE e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGE. — Elementos de saída: o documento de saída desse processo é o próprio PGE ou plano de gerenciamento dos requisitos (PGR), tais como qualificações e entregas esperados por parte dos recursos. — Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento, stakeholders e sponsors, manter o concierge do projeto – GI –, a fim de garantir um canal e/ou recurso consolidado para a transmissão de informações pertinentes aos pares do projeto, garantir que toda a equipe e também o próprio gerente do projeto tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captação e armazenamento de dados e informações diretas/indiretas ao projeto e, por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. 75 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: coleta e levantamento de requisitos. - Conceito: esse processo tem relação direta com os documentos PGE e PGR, visto que o processo leva em conta a identificação de todos os elementos e recursos necessários para o cumprimento de processos e atividades não só da ACGE, mas também de outras áreas. - Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGE, como acordos, parcerias e até mesmo contratos, e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGE. - Elementos de saída: esse processo identifica requisitos necessários ao projeto e desenvolve a documentação na qual eles estarão dispostos e relacionados. A esse processo é pertinente a elaboração de um documento que possibilite não só identificar e qualificar os requisitos, mas também rastrear fontes e outras informações sobre os requisitos. - Domínios: garantir que toda a equipe e também o próprio gerente do projeto tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captaçãoe armazenamento de dados e informações diretas/indiretas ao projeto e, por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. É esperado o uso de ferramentas de TI que permitam a consolidação dos dados, acesso e disponibilidade destes por meio de relatórios, diagramas e gráficos. Nessa esteira, também é cabível o uso de ferramentas estratégicas que permitam a projeção e análise de atividades com base nos dados obtidos/gerados. • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: definir/preconizar o escopo. - Conceito: esse processo tem por fim a elaboração do documento PGE, em que estarão descritos de forma minuciosa e detalhada todos os requisitos necessários para alcançar os objetivos e a descrição do produto esperado para esse fim. - Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGE, como acordos, parcerias e até mesmo contratos e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGE. 76 Unidade II - Elementos de saída: esse processo declara o documento PGE, e apresenta informações e dados, em tempo de execução, para a atualização de documentos pertinentes a outras áreas de conhecimento, como o GI. - Domínios: garantir que toda a equipe e também o próprio gerente do projeto tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captação e armazenamento de dados e informações diretas/indiretas ao projeto e, por fim, garantir o relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. É esperado o uso de ferramentas de TI que permitam a consolidação dos dados, acesso e disponibilidade destes por meio de relatórios, diagramas e gráficos. Nessa esteira, também é cabível o uso de ferramentas estratégicas que permitam a projeção e análise de atividades com base nos dados obtidos/gerados. • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: desenvolver a EAP. - Conceito: esse processo apresenta de forma objetiva/clara o sequenciamento macro das atividades que irão compor o projeto. - Elementos de entrada: o documento PGP servirá como entrada para esse processo, assim como para as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGE, como acordos, parcerias e até mesmo contratos, e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGE. - Elementos de saída: esse processo apresenta, através do documento PGE, a base adotada para garantir o cumprimento de todos os processos e atividades necessários ao projeto. O processo também apresenta informações e dados, em tempo de execução, para a atualização de documentos pertinentes a outras áreas de conhecimento, como o GI. - Domínios: garantir que toda a equipe e também o próprio gerente do projeto tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captação e armazenamento de dados e informações diretas/indiretas ao projeto e, por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. É esperado o uso de ferramentas de TI que permitam segmentação macro em linha horizontal – por blocos – das atividades e dos processos pertinentes ao projeto, bem como a derivação de atividades, serviços e produtos tratados em linha vertical pertinente a cada bloco. 77 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • Grupo de processo: monitoria e controle. — Atividade do processo: validação/homologação do escopo. - Conceito: esse processo apresenta a definição de como serão aceitas as entregas de etapas, fases e atividades pertinentes ao projeto. - Elementos de entrada: o documento PGP servirá como entrada para esse processo, assim como os documentos nos quais constam declarados os requisitos e a forma de rastreio deles. Ainda sobre esse processo, é esperado um documento que comprove a efetiva verificação dos entregáveis do projeto com base na definição de aceite e, através de ferramentas de TI, apresentar gráficos e diagramas que expressem o andamento das execuções de atividades. - Elementos de saída: esse processo apresenta diversos documentos nos quais constam o aceite sobre os entregáveis ou até mesmo solicitação de mudanças a partir da constatação dos entregáveis. Através de ferramentas de TI, deve apresentar gráficos e diagramas que expressem o andamento das execuções de atividades. O processo também apresenta informações e dados, em tempo de execução, para a atualização de documentos pertinentes a outras áreas de conhecimento, como o GI. - Domínios: garantir que toda a equipe e também o próprio gerente do projeto tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captação e armazenamento de dados e informações diretas/indiretas ao projeto e, por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. É esperado o uso de ferramentas de TI que permitam analisar e identificar o andamento das atividades relacionadas ao que foi preconizado no PGE, e, a partir dessa análise, garantir informações hábeis necessárias a tomadas de decisão e/ou mudanças futuras. • Grupo de processo: monitoria e controle. — Atividade do processo: controlar e monitorar o escopo. - Conceito: esse processo apresenta os resultados obtidos a partir da execução de procedimentos, serviços e atividades em tempo de execução com base nas definições preconizadas através do documento PGE. - Elementos de entrada: o documento PGP servirá como entrada para esse processo, assim como os documentos nos quais constam declarados os requisitos e a forma de rastreio deles. Ainda sobre esse processo, é esperado um documento que comprove a efetiva verificação dos entregáveis do projeto com base na definição de aceite e, através de ferramentas de TI, apresentar gráficos e diagramas que expressem o andamento das execuções de atividades. 78 Unidade II - Elementos de saída: esse processo apresenta diversos documentos em que constam o aceite sobre os entregáveis ou até mesmo solicitação de mudanças a partir da constatação dos entregáveis. Através de ferramentas de TI, devem ser apresentados gráficos e diagramas que expressem o andamento das execuções de atividades. O processo também apresenta informações e dados, em tempo de execução, para a atualização de documentos pertinentes a outras áreas de conhecimento, como o GI. - Domínios: garantir que toda a equipe e também o próprio gerente do projeto tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captação e armazenamento de dados e informações diretas/indiretas ao projeto e, por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. É esperado o uso de ferramentas de TI que permitam analisar e identificar o andamento das atividades relacionadas ao que foi preconizado no PGE, e, a partir dessa análise, garantir informações hábeis necessárias a tomadas de decisão e/ou mudanças futuras. A seguir, apresenta-se uma visão ampla dos elementos de entrada e saída pertinentes à ACGE. Assim, observando a figura a seguir, é possível compreender a interação direta que a ACGE mantém com as demais áreas de conhecimento e o quão importante é a manutenção da documentação por essa área, visto que qualquer ação indevida ou tomada de ação aquémdaquilo que foi preconizado no termo de abertura, PGP e/ou PGE poderá acarretar em uma sequência de resultados negativos como entradas para outros documentos. Documento: plano de gerenciamento do escopo Coleta de requisítos Definição do escopo Criar EAP Partes interessadas: cultura, estilo e fatores ambientais Documento: termo de abertura ou project charter Documento: plano de gerenciamento do projeto Área de conhecimento Gerenciamento do escopo Gerenciamento do escopo Figura 20 – PMBOK®: conhecimento do gerenciamento do escopo: entradas e saídas Adaptada de: PMI (2017). A partir de Vargas (2018), é possível compreender a formatação de um PGE que atenda aos requisitos das boas práticas de gerenciamento de projetos alinhadas ao Guia PMBOK®. É importante ressaltar que não há um modelo exclusivo ou que atenda a todos os projetos, independentemente de segmento e/ou área de negócio. Outrossim, é cabível a utilização de uma estrutura padrão que contemple informações importantes e constantes em casos de uso em que foram aplicadas técnicas de 79 GESTÃO DE PROJETOS DE TI gerenciamento de projetos. O próximo quadro apresenta uma estrutura com elementos comumente requeridos para um PGE: Quadro 11 Plano de gerenciamento do escopo Descrição de processos Qualificação/prioridade das mudanças Fluxograma sobre o gerenciamento de mudanças Frequência para avaliação e validação do escopo Adequação de orçamento com base em mudanças Plano de gerenciamento Responsável pelo gerenciamento do plano Frequência de atualização da documentação Validação do entregáveis/deliverables Registro de alterações de parâmetros do plano Aprovações de parâmetros do plano A estrutura para um PGE apresentado no quadro deve compreender o contexto a seguir: • Descrição de processos — Descrever todos os processos pertinentes ao projeto. Esse item deve considerar inclusive processos e/ou atividades realizadas por terceiros ou parceiros. Essa estrutura varia de projeto a projeto e poderá ser expandida em vários níveis. O que segue é um exemplo de como ela pode ser organizada. — Processos sobre: - gerenciamento de mudanças (impacto/respostas); - monitoria e controle do escopo; - validação dos entregáveis/deliverables. • Qualificação/prioridade das mudanças — Esse item deve conter em uma escala crescente a categorização e a prioridade no atendimento das mudanças identificadas e qualificadas dentro das definições. O que segue é um exemplo de como pode ser organizada. 80 Unidade II Quadro 12 Categorização por prioridade das mudanças Qualificação/prioridade A alteração causará impacto no budget (acima de 10%) 1 A alteração causará impacto na linha do tempo 2 A alteração impactará no entendimento por risco 3 • Fluxograma sobre o gerenciamento de mudanças — Esse item tem por base Almeida e Ramos Filho (2019), em que é possível a compreensão necessária para elaborar o fluxograma básico para a aprovação de mudanças conforme disposto na figura seguinte: Aprovação <Gerente funcional> (pertinente) Solitação de mudança do escopo Análise por pares <Gerência de mudanças> (pertinente) Alteração/adequação de toda a documentação pertinente Avaliação/validação <Gerente do projeto (GP)> (pertinente) Aprovação/validação <Patrocinador/sponsor> Cancelado ou não autorizado ou não pertinente Sim Sim Não Não Figura 21 – Plano de gerenciamento do escopo projeto: fluxograma para aprovação de mudanças • Frequência para avaliação e validação do escopo — Esse item deve apresentar qual será a frequência para avaliação e validação do andamento das atividades em comparação ao que foi devidamente preconizado no escopo do projeto. O que segue é um exemplo de como pode ser organizado: - O andamento de processos e atividades pertinentes ao escopo serão avaliados e validados semanalmente às quintas-feiras. 81 GESTÃO DE PROJETOS DE TI • Adequação de orçamento com base em mudanças — Esse item deve apresentar qual será a fonte do orçamento necessário para custear as mudanças solicitadas/aprovadas. Conforme frequência definida para avaliação e validação do escopo, esse item precisa ser auditado para garantir que o orçamento não foi inferido devido às mudanças. O que segue é um exemplo de como pode ser organizado: - As mudanças solicitadas e aprovadas por seus pares pertinentes – gerente de projeto (GP), sponsors, stakeholders – devem ser custeadas por centro de custos do escritório de projetos, criado pela organização para este fim. • Plano de gerenciamento: responsável pelo gerenciamento do plano — Esse item deve declarar o recurso responsável por administrar as informações e os dados contidos no documento PGE. O que segue é um exemplo de como pode ser organizado: - Responsável pelo PGE: <NOMEDORECURSO> : <CARGODORECURSO> • Plano de gerenciamento: frequência de atualização da documentação — Esse item deve declarar como será definida e aprovada qualquer alteração sobre o PGE. Tal alteração pode se dar por mudanças adversas ao projeto, a recursos e/ou estrutura organizacional. O que segue é um exemplo de como pode ser organizado: - O PGE somente será alterado através de avaliação, validação e aprovação por meio de reuniões semanais devidamente declaradas em frequência para avaliação e validação do escopo. • Validação do entregáveis/deliverables — Esse item deve declarar como serão definidos e aprovados os aceites sobre os entregáveis/ deliverables do projeto. Os critérios para a aprovação devem ser definidos por seus pares pertinentes, preferencialmente com base em experiência empírica, quando possível. O que segue é um exemplo de como pode ser organizado: - Os entregáveis somente serão aceitos como concluídos e/ou entregues após aprovação e/ou vistoria documentada por pares relacionados ao processo e/ou atividade avaliada. • Registro de alterações de parâmetros do plano — Esse item deve declarar informações que permitam a rastreabilidade e sequência das alterações solicitadas e aprovadas para execução. O que segue é um exemplo de como pode ser organizado: 82 Unidade II Quadro 13 Registro de alterações de parâmetros do plano Data Modificado por Descrição • Aprovações de parâmetros do plano — Esse item deve declarar informações que permitam a rastreabilidade e sequência das aprovações sobre alterações solicitadas e aprovadas para execução. O que segue é um exemplo de como pode ser organizado: Quadro 14 Aprovações de parâmetros do plano Nome Papel/função/cargo Data da aprovação Assinatura A seguir, o quadro apresenta uma visão ampla dos elementos descritos anteriormente e que compõem um PGE de projeto quanto aos campos necessários para a declaração das informações pertinentes: Quadro 15 Plano de gerenciamento do escopo <Nome do projeto> Preparado por: <Nome “pertinente”> – Gerente de projeto Versão: “X” Aprovado por: <Nome “pertinente”> – Diretor executivo Data: dd/mm/aaaa 1. Descrição de processos 2. Qualificação/prioridade das mudanças 3. Fluxograma sobre o gerenciamento de mudanças 4. Frequência para avaliação e validação do escopo 5. Adequação de orçamento com base em mudanças 6. Plano de gerenciamento do escopo do projeto a) Responsável pelo gerenciamento do plano b) Frequência de atualização da documentação 7. Validação dos entregáveis/deliverables 8. Registro de alterações de parâmetros do plano do escopo 9. Aprovações de parâmetros do plano do escopo 83 GESTÃO DE PROJETOS DE TI 4 CRONOGRAMA E CUSTO EM PROJETOS 4.1 Gerenciamento do cronograma em projetos Com base no Guia PMBOK®, a área de conhecimento do gerenciamento do cronograma (ACGC) declara as tarefas a serem executadas, os recursos e os custos associados a elas. Através de uma linha base – tempo/período –, é possível acompanhar em tempo real o desempenho individual ou por grupos de todos os ativos em execução de um ou mais projetos. Essa perspectiva permite importante recurso sobre o gerenciamento de projetoquanto à previsão de atrasos e à provisão de respostas que possam adequar a linha do tempo sem interferir no prazo preconizado para os entregáveis do projeto e dos objetivos declarados. A seguir, é possível destacar alguns dos controles sob gerenciamento obtidos a partir da ACGC: • Identificação de alocação de recursos conflitantes através da linha do tempo do projeto. • Otimização de recursos a fim de evitar ociosidade e até mesmo sobrecarga e/ou burnout. • Acionar cross docking a fim de garantir entregas do projeto em que identificou-se que haverá atraso e comprometimento da linha base do tempo, caso uma ação corretiva não seja aplicada para uma tarefa. • Controle dos recursos em detrimento de custos e do caminho crítico. • Controle dos custos em detrimento do desempenho das tarefas executadas e em execução com base na linha do tempo do projeto. Com base no Guia PMBOK® (2017), a ACGC – contemplada como gerenciamento do tempo em edições anteriores – foi estrategicamente mapeada em seis processos: • Desenvolver o documento plano de gerenciamento do cronograma (PGC): esse documento contempla e apresenta todas as definições preconizadas sobre a linha base de tempo necessária ao projeto. • Declarar as tarefas que serão desenvolvidas no projeto: esse processo deve apresentar todas as tarefas necessárias para as atividades relacionadas ao projeto independentemente de o recurso executor ser local ou terceiro. • Declarar o sequenciamento lógico das tarefas declaradas: esse processo deve garantir a coesão no sequenciamento lógico das atividades e garantir o não comprometimento por atraso e/ou ociosidade de tarefas em virtude de tarefas predecessoras e sucessoras. 84 Unidade II • Declarar o tempo de execução por tarefa: esse processo dificilmente é gerenciado sem o uso de um recurso de TI – é possível a realização sem um recurso de TI, mas não é viável –, visto a demanda por gerenciamento ágil e otimizado empiricamente associada à gestão de projetos nos mais diversos segmentos de negócio. O processo demanda a declaração de tarefas e recursos – infraestrutura, aplicações, informações e pessoas – devidamente concatenados a uma linha base de tempo com o propósito de atender aos objetivos do projeto. • Declarar a linha do tempo do projeto, cronograma: esse processo é comumente concebido a partir de recursos de TI, visto a quantidade de informações a serem lançadas, geridas e apresentadas como gráficos e relatórios. Esse documento contempla todos os recursos e tarefas pertinentes ao projeto dispostos numa linha de tempo. • Declarar como será o controle do cronograma e qual recurso de TI será utilizado para tal: esse processo consta no documento PGC e, assim como o processo supracitado anteriormente, tem eficácia quando associado ao uso de um recurso em TI que permita o acompanhamento em tempo real ou pertinente/eficiente da execução das tarefas e/ou aceite sobre a solicitação de mudanças controladas e comunicadas por recurso tecnológico. Seguindo na mesma esteira, nesse contexto, Costalonga e Carlos (2020) tratam da importância do uso de ferramentas de gerenciamento do tempo como boas práticas alinhadas ao Guia PMBOK®. Associar as necessidades de gerenciamento da linha base do tempo de um projeto às facilidades obtidas através de recursos de TI, como o software Microsoft Project, permite ao GP e à toda equipe pertinente ao gerenciamento de projeto, tais como os recursos que compõem o escritório de projetos, sponsors, stakeholders, entre outros, compartilhar informações cruciais – em tempo real – de tarefas, recursos e custos de um projeto específico e/ou diversos projetos interagindo entre si, paralelamente e interdependentes. Algumas ferramentas de gerenciamento de projetos conhecidas no mercado são eficazes para tornar a gestão de projetos dinâmica e produtiva. É possível trabalhar com ferramenta nacional para o gerenciamento de projetos ou com a integração de componentes entre ferramentas a fim de obter o máximo de recursos e facilidades disponíveis em diversas plataformas e softwares de mercado. Lembrete Existem diversas ferramentas muito eficazes, porém, é necessário que o gerente de projeto e as equipes pertinentes tenham entendimento claro sobre processos, procedimentos e atividades vinculadas ao projeto para obter o melhor uso da ferramenta. 85 GESTÃO DE PROJETOS DE TI Ferramentas comumente utilizadas: • Microsoft Project: é um software desenvolvido pela Microsoft que dispõe de uma gama enorme de recursos muito completos e complexos acerca do gerenciamento de projetos. Esse produto tem interface gráfica amigável semelhante à de outros produtos contidos no pacote Microsoft Office, como o Microsoft Excel. Com o Microsoft Project, é possível realizar o acompanhamento e a atualização de cronogramas inteiros, tarefas, recursos, duração de atividades, entre tantas outras funções. Permite aplicar alterações sobre o cronograma e visualizar o impacto em todo o projeto gerenciado, bem como manter o Microsoft Project com funcionalidades de servidor. Assim, é possível controlar instalações locais, do inglês on-premises, em diversos clientes, executando projetos distintos, porém gerenciados e controlados por instâncias dentro do Microsoft Project. Figura 22 – Microsoft Project Disponível em: https://bit.ly/3vbNEr5. Acesso em: 10 jun. 2021. • Artia: é disponibilizado somente em modo on-line. Possui interface gráfica amigável em que disponibiliza medição de desempenho por elementos previamente selecionados, controle de duração, execução e conclusão de atividades, bem como de gráficos e/ou relatórios por tarefas concluídas, equipes e/ou recursos que poderão gozar de descanso por um período devidamente mapeado dentro do projeto gerenciado. 86 Unidade II Figura 23 – Artia Disponível em: https://bit.ly/3gdaESy. Acesso em: 10 jun. 2021. Saiba mais Consulte o seguinte artigo: COSTALONGA, P. A.; CARLOS, E. P. B. Aplicação do gerenciamento do tempo conforme o guia PMBOK® utilizando o MS Project. Destarte, Vitória, v. 8, n. 2, p. 107-125, 2020. A partir da abstração de Vargas (2018) sobre o Guia PMBOK® (2017), é possível compreender e dispor elementos de entrada e saída para a ACGC, conforme a seguir: • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: desenvolver o documento PGC. - Conceito: esse processo se trata de um documento em que serão declaradas todas as definições, técnicas e regras para o gerenciamento do cronograma na linha base de tempo do projeto. - Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para este, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao 87 GESTÃO DE PROJETOS DE TI documento do PGP e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: o documento de saída desse processo é o próprio PGC devidamente avaliado, validado e aprovado por seus pares. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento a fim de garantir assertiva tomada de decisões e aprovação destas por stakeholders, sponsors e pares pertinentes às práticas de gestão de projetos. Realizar análise dos dados obtidos, não só com o projeto em andamento, mas também o correlacionando com base de conhecimento concebida a partir de outros projetos gerenciados. • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: declarar as tarefas que serão desenvolvidas no projeto. - Conceito: esse processo se trata da identificação de todas as tarefas necessárias para a execução do projeto e posterior entrega dos produtos e serviços esperados dentro da linha do tempo do projeto. - Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para este processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente,saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados a este documento e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente a linha do tempo do projeto. - Elementos de saída: este processo contribui com vários documentos para gerenciar as atividades na linha de tempo do projeto. A partir deste, são identificadas e declaradas todas as tarefas através de um documento comumente intitulado tarefas e atribuições. A maioria dos recursos de TI associados ao cronograma de projeto permitem elaboração, geração de gráficos e relatórios necessários a esse processo: tarefas, atribuições e marcos (do inglês, milestones). A esse processo também são esperados documentos contendo informações para assistência e atualização da gestão de mudanças e do documento PGP. - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento a fim de garantir assertiva tomada de decisões e aprovação destas por stakeholders, sponsors e pares pertinentes às práticas de gestão de projetos. Realizar análise dos dados a fim de detalhar ao máximo a necessidade e atribuição de cada tarefa, bem como garantir adequada relação de tarefas predecessoras e sucessoras. 88 Unidade II • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: declarar o sequenciamento lógico das tarefas declaradas. - Conceito: esse processo se trata de declaração lógica para a execução de todas as tarefas pertinentes ao projeto, bem como de tarefas predecessoras, sucessoras e até mesmo de recursos que possam trabalhar com tarefas em paralelo e/ou tarefas de projetos paralelos e comuns entre si. - Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: esse processo irá gerar como saída documentos concebidos a partir de recursos de TI – é possível concebê-los sem o uso de recursos de TI, porém, não é viável – como o cronograma do projeto, contemplando tarefas, recursos, custos, sequenciamento, gráficos e relatórios a partir dos dados lançados/trabalhados. As informações obtidas e geridas a partir do cronograma do projeto servirão de entrada para outros documentos de gerenciamento do projeto, como as solicitações de mudança. - Domínios: esse processo irá gerar como saída documentos concebidos a partir de recursos de TI – é possível concebê-los sem o uso de recursos de TI, porém, não é viável –, como o gráfico de Gantt, em que é possível visualizar graficamente a inter-relação de tarefas, atribuição de recursos, atualização de execuções de tarefas em tempo real, custo aplicado a recursos e/ou tarefas e a própria linha de tempo do projeto. As informações obtidas e geridas a partir do cronograma do projeto servirão de entrada para outros documentos de gerenciamento do projeto. • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: declarar o tempo de execução por tarefa. - Conceito: esse processo se trata da atribuição de tempo necessário para a execução e entrega de cada tarefa. A experiência empírica do recurso que definirá a estimativa de tempo necessário para a tarefa fará diferença quanto à assertividade nesse processo. - Elementos de entrada: o PGP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o projeto. 89 GESTÃO DE PROJETOS DE TI - Elementos de saída: esse processo irá gerar como saída documentos concebidos a partir de recursos de TI – é possível concebê-los sem o uso de recursos de TI, porém, não é viável –, como o cronograma do projeto, contemplando o tempo necessário para a execução de cada tarefa, assim como os recursos necessários para a execução dela no período definido. A maioria dos recursos de TI permitem estimar, com base na linha do tempo e das tarefas já executadas, um gráfico e/ou relatório que demonstre o tempo necessário para a execução de cada tarefa ainda pendente. As informações obtidas e geridas a partir do cronograma do projeto servirão de entrada para outros documentos de gerenciamento do projeto. - Domínios: manutenção de dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento a fim de garantir assertiva tomada de decisões e aprovação destas por stakeholders, sponsors e pares pertinentes às práticas de gestão de projetos. Realizar análise dos dados a fim de detalhar ao máximo a necessidade e atribuição de cada tarefa, bem como garantir adequada relação de tarefas predecessoras e sucessoras. A maioria dos recursos de TI apropriados ao gerenciamento de projetos permite estimativas com base em parâmetros empíricos e/ou de know-how consultivo. • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: declarar a linha do tempo do projeto, cronograma. - Conceito: esse processo se trata da declaração do cronograma propriamente dito – é possível concebê-lo sem o uso de recursos de TI, porém, não é viável –, contendo todas as informações necessárias e pertinentes ao projeto dispostas em uma linha do tempo. - Elementos de entrada: o PGP servirá como entrada para esse processo, assim como contratos e acordos pré-estabelecidos e/ou em vigor, estrutura organizacional da empresa, relatórios e/ou documentos relacionados de parcerias e/ou negócios firmados com relação direta/indireta sobre o projeto, bem como compliance a ser mantido em virtude de leis, normas, negócios etc. - Elementos de saída: esse processo contribuirá com o gerenciamento do projeto fornecendo todas as informações declaradas através da linha do tempo por meio de gráficos, relatórios e acompanhamento por grid das tarefas em execução. Essas informações são cruciais para adequada tomada de decisão – independentemente do motivo para tal ser exógeno ou endógeno – quanto a mudanças sobre recursos e tarefas, alterações de calendário e dados previamente lançados no PGP. As informações obtidas e geridas a partir do cronograma do projeto servirão de entrada para outros documentos de gerenciamento do projeto. - Domínios: realizar análise dos dados a fim de detalhar ao máximo a necessidade e atribuição de cada tarefa, bem como garantir adequada relação de tarefas predecessoras e sucessoras. A maioria dos recursos de TI apropriados ao gerenciamento de projetos 90 Unidade II permite o balanceamento de tarefas e recursos em vista das necessidades do projeto ao longo da linha do tempo. É comum a integração de ferramentas de gerenciamento de projeto com sistemas corporativos da própria organização não só para a documentação de todo o projeto, mas também para a tomada de decisões estratégicas com o uso de recursos especializados de TI. Esse processo permite explorar caminhos alternativos para assegurar a execução e as entregas no menor prazo possível. • Grupo de processo: monitoria e controle. — Atividade do processo: declarar como será o controle do cronograma e qual recurso de TI será utilizado para o gerenciamento. - Conceito: esse processo se trata do gerenciamento de todas as tarefas e dos recursos atribuídos ao projeto sobre a linha de tempo definida para o projeto – é possível concebê-los sem o uso de recursos de TI, porém, não é viável –, cronograma que a partir de adequado controle permitirá a proatividade quanto a mudanças e balanceamentos necessários sobre recursos, tarefas e até mesmo custos do projeto.- Elementos de entrada: o PGP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP. Esse processo também tem de considerar as métricas para compreender se uma tarefa e/ou fase está dentro do desempenho esperado e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o projeto. - Elementos de saída: esse processo deve garantir o gerenciamento de todas as tarefas e recursos atribuídos ao projeto sobre a linha de tempo definida para este – é possível concebê-los sem o uso de recursos de TI, porém, não é viável –, por relatórios, gráficos ou até por grid em que seja possível a proatividade quanto a mudanças e balanceamentos necessários sobre recursos, tarefas e até mesmo custos do projeto em detrimento das métricas previamente definidas no PGC. As informações obtidas e geridas a partir do cronograma do projeto servirão de entrada para outros documentos de gerenciamento do projeto. - Domínios: realizar análise dos dados a fim de detalhar ao máximo a necessidade e atribuição de cada tarefa, bem como garantir adequada relação de tarefas predecessoras e sucessoras. A maioria dos recursos de TI apropriados ao gerenciamento de projetos permite o balanceamento de tarefas e recursos em vista das necessidades do projeto ao longo da linha do tempo. É comum a integração de ferramentas de gerenciamento de projeto com sistemas corporativos da própria organização não só para a documentação de todo o projeto, mas também para a tomada de decisões estratégicas com o uso de recursos especializados de TI. Esse processo permite explorar caminhos alternativos para assegurar a execução e as entregas no menor prazo possível. 91 GESTÃO DE PROJETOS DE TI A seguir é apresentada uma visão ampla dos elementos de entrada e saída pertinentes à ACGC. Desse modo, observando a figura a seguir, é possível compreender a interação direta que a ACGC mantém com as demais áreas de conhecimento, como o risco, e o quão importante é a manutenção da documentação por essa área, visto que qualquer ação indevida ou tomada de ação aquém daquilo que foi preconizado no PGC poderá acarretar em uma sequência de resultados negativos, como entradas para outros documentos. Documento: plano de gerenciamento do cronograma Desenvolver o cronograma Estimar os recursos das atividadesDefinir as atividades Estimar as durações das atividades Sequenciar as atividades Identificar os riscos Realizar a análise quantitativa dos riscos Partes interessadas: cultura, estilo e fatores ambientais Documento: termo de abertura ou project charter Documento: plano de gerenciamento do projeto Área de conhecimento: gerenciamento dos riscos Gerenciamento do cronograma ou gerenciamento do tempo Figura 24 – PMBOK®: conhecimento do gerenciamento do cronograma: entradas e saídas Adaptada de: PMI (2017). 4.2 Gerenciamento dos custos em projetos Com base no Guia PMBOK® (2017), a área de conhecimento gerenciamento dos custos do projeto contempla processos que vão além das estimativas de custos sobre tarefas a serem executadas em um projeto. Esse processo deve atender, dentro do orçamento destinado a um projeto, as despesas de natureza endógena e exógena, ou seja, tudo aquilo que possui custo, como despesa, sobre o projeto. Somente a partir dessa minuciosa análise para a estimativa de custos sobre o projeto será possível compreender se o valor, o orçamento destinado ao projeto, será suficiente para atender as entregas até o alcance dos objetivos e obtenção dos resultados, produtos e/ou serviços esperados. De maneira a corroborar com esse contexto, Passos (2018) considera o gerenciamento de custos de projetos que são patrocinados com base em suas entregas, ou seja, isso ocorre em situações em que as entregas geram lucros para a organização que contratou e/ou patrocinou o projeto. Esse cenário é passível em empresas de pequeno e médio porte, em que é comum a relação de parcerias para a composição de renda/orçamento necessária para a execução de um projeto maior em que todos os envolvidos serão contemplados com base no capital investido. 92 Unidade II A partir da abstração de Vargas (2018) sobre o Guia PMBOK® (2017), é possível compreender os quatro processos que compõem a área de conhecimento do gerenciamento dos custos, como a seguir: • Desenvolver o plano de gerenciamento dos custos: elaborar o documento intitulado plano de gerenciamento dos custos, no qual serão contemplados todos os custos relativos e necessários ao projeto, o orçamento destinado ao projeto e a forma de gerenciar e controlar todas as definições preconizadas. • Identificar e relacionar os elementos do projeto e seus custos: levantar todos os requisitos, recursos – infraestrutura, aplicações, informações e pessoas –, conformidades – leis, normas, diretrizes, entre outras –, acordos e parcerias a serem mantidas, bem como compreender o apetite por riscos da organização para a execução e obtenção dos entregáveis. • Analisar os custos envolvidos e declarar o orçamento necessário: elaborar um orçamento compatível com os custos identificados, bem como pontos de apoio na ocorrência de mudanças e oscilações de mercado que possam representar riscos aos entregáveis do projeto. • Garantir monitoria e controle dos custos declarados: acompanhar toda a evolução do projeto baseada na utilização do capital/orçamento preconizado no plano de gerenciamento dos custos e distribuído na linha do tempo do projeto. Ainda sobre a abstração de Vargas (2018) sobre o Guia PMBOK® (2017), é possível compreender de forma objetiva os elementos que compõem a estrutura de processos sob o gerenciamento dos custos, conforme a seguir: • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: desenvolver o plano de gerenciamento dos custos. - Conceito: esse processo se trata de um documento – plano de gerenciamento dos custos – em que serão contemplados todos os aspectos relacionados aos custos sobre o projeto, orçamento determinado e forma de acompanhamento das despesas distribuídas ao longo da linha do tempo do projeto. - Elementos de entrada: o documento TAP servirá como entrada para esse processo, assim como as informações sobre a estrutura organizacional pertinente, saídas de outros processos e áreas de conhecimento que tenham relação ou impacto sobre os dados vinculados ao documento do PGP e, por fim, diretrizes, outros planos e compliance intrínsecos a outros documentos que possam impactar direta ou indiretamente o PGP. - Elementos de saída: a esse processo é esperada a declaração do documento propriamente dito, o plano de gerenciamento dos custos do projeto. 93 GESTÃO DE PROJETOS DE TI - Domínios: manutenção dos dados e informações do projeto por reuniões com pares da área de conhecimento, stakeholders e sponsors, manter um concierge do projeto a fim de garantir um canal e/ou recurso consolidado para a transmissão de informações pertinentes aos pares do projeto, garantir que toda a equipe, e também o próprio gerente do projeto, tenham habilidades interpessoais e técnicas para a condução de todas as atividades pertinentes, captação e armazenamento de dados e informações diretas/indiretas ao projeto e, por fim, garantir relacionamento com recursos especializados em ferramentas e técnicas em comum às práticas de gerenciamento de projetos. • Grupo de processo: planejamento. — Atividade do processo: identificar e relacionar os elementos do projeto e seus custos. - Conceito: esse processo é comumente desenvolvido com base em estimativas análoga e paramétrica, e também por pares que têm expertise sobre os custos relacionados a cada elemento necessário ao projeto. - Elementos de entrada: o PGP é um documento que servirá como elemento de entrada para esse processo,
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