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Endodontia: Alternativa para Manutenção Dental

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Profa Nayara R. N. Oliveira Tavares 
Especialista Endodontia - Mestre em Clínica Odontológica - UFU
A Endodontia é uma alternativa viável na manutenção
de elementos dentais comprometidos, suportando uma
Reabilitação Oral funcional e o mais próxima possível do
Sistema Estomatognático original.
Orgão dental
Esmalte 1,3mm
Dentina 2,3mm
polpa
Tecido conjuntivo altamente especializado
responsável pela vitalidade do dente, protegido por
dentina, comunicando- se com o ligamento periodontal e
osso alveolar, através do forame apical
É a íntima relação entre os 
odontoblastos e a dentina já 
pronta.
Quanto mais próximo da 
polpa, maior é o n° de 
túbulos dentinários e 
maiores são seus diâmetros 
complexo
Existe tratamento endodôntico 
preventivo???
Toda Cavidade profunda exige 
tratamento endodôntico?
Estrela e Figueiredo (1999) 
Toxinas e enzimas 
associadas a cárie dentária. 
Traumatismos - fraturas 
coronárias , Iatrogênicos -
preparos cavitários sem 
refrigeração 
Espessuras de DESGASTES
Calor gerado durante a técnica de preparo
Qualidade das pontas diamantadas
Qualidade do alta rotação (rotação e irrigação)
Permeabilidade dentinária
Potencial irritação pulpar
Cuidados com os materiais colocados sobre o dente 
preparado, evitando irritação e aquecimento da polpa
Cimentos provisórios
“ O aumento de 20ºC à 
temperatura normal da 
polpa, provocará necrose
de 60% da mesma.”
“O preparo dentário é a fase mais importante do tratamento, 
embora alguns clínicos nunca o realizem conscientemente, devendo 
ser realizado com carinho e meticulosa atenção aos 
pormenores, inclusive à vitalidade da polpa, saúde periodontal, um 
bom resultado estético, oclusão funcional, proteção das estruturas 
remanescentes e a longevidade da restauração, que dependerá 
desse procedimento cuidadoso.”
Shillingburg et al. (1988)
“A estrutura do dente só deve ser removida até criar
espaço necessário para obter adequada espessura de 
material restaurador, que será reproduzido sem
aumentar o contorno normal do dente.”
Atrição, erosão, abrasão, 
raspagem periodontal, 
interferências oclusais
Alterações dimensionais na 
cavidade pulpar (dentina) 
dos túbulos, 
envelhecimento
Ácidos empregados no 
condicionamento dentino - pulpar, 
monômeros; materiais oriundos das 
resinas compostas. 
PERDA DE ESTRUTURA DENTÁRIA
Cárie primária – Restauração 
pequena 
Secundária- Restauração grande
Inlay- onlay/ Coroa
Perda de vitalidade- Endodontia
Inflamação/ fratura- Retentor 
Exodontia
1. Anamnese
2. Exame clínico extra-oral
3. Exame clínico intra-oral
4. Exame Radiográficos complementares
Queixa principal, história pregressa e atual da dor.
Histórico de saúde, e surgimento da queixa.
Histórico de 
traumatismo, 
tratamentos 
ortodônticos e 
periodontais 
anteriores
Palpação Extra-Oral
Atenção para a presença de edemas ou tumefações, fístulas,
vermelhidão e/ou qualquer tipo de assimetria facial.
Palpação linfonodos
Inspeção dos dentes
Palpação intra-Oral
Região fundo de saco de vestíbulo, próximo 
ao ápice de cada dente, com a polpa digital.
Avaliar presença de dor ou aumento 
volumétrico
Teste de sensibilidade pulpar
X
Método mais usado: 
spray refrigerante –
temperatura de -26,2°C
Teste percussão vertical e horizontal
Mobilidade e Exame periodontal
Mobilidade grau 1: o primeiro sinal
perceptível de movimento acima do normal
Mobilidade grau 2: movimento do dente em
sentido horizontal menor que 1mm
Mobilidade grau 3: movimento horizontal do
dente maior que 1mm
Sondagem 
periodontal de 
todos os 
casos e 
registro da 
região de furca
Teste de cavidade
✓ Quando todos os outros testes 
foram inconclusivos
✓ Confecção de pequeno preparo 
classe I na oclusal, com broca 1 
ou 2 sem anestesiar o paciente
Necrose x Polpa viva x Polpa inflamada
Dor origem endodôntica x Origem Oclusal
Polpa normal
Não exibem nenhum sintoma
espontâneo.
A polpa responderá aos testes
elétricos, não causa nenhum
desconforto ao paciente, com
sensação transitória que
desaparece em segundos.
Apresenta dor apenas enquanto 
o estímulo está presente.
Pulpite reversível
O movimento dos fluidos nos túbulos 
dentinários estimula os odontoblastos e 
o nervo associado de condução rápida, 
que produzem a dor odontogênica
aguda e rapidamente reversível.
Dor aguda provocada, não 
ultrapassando 1 min
Dor que cessa após a 
remoção do agente álgico
Pulpite reversível
Proteção pulpar indireta 
(cavidade rasa e profunda)
Proteção pulpar direta
Capeamento pulpar 
Pulpite reversível
1. Promover uma barreira entre a dentina e o 
material restaurador. 
2. Restabelecer a saúde pulpar, caso esteja 
presente algum tipo de inflamação reversível 
da polpa. 
3. Manter a vitalidade do dente e proteger 
esse dente de possíveis agressões futuras
Souza, E.F.
ou
Pulpite Ireversível
Polpa aspecto vital:
- Coloração róseo-avermelhada
- Coloração vermelho vivo
- Resistente ao corte
- Hemorragia suave
Pulpite Ireversível
Polpa aspecto comprometido
- Sem sangramento ou sangue 
com coloração muito clara ou 
muito escura
- Sem estrutura, sem corpo, 
desintegrando
Pulpite Ireversível
Sintomática: 
- Exibem dor intermitente ou espontânea 
- Dor pulsátil e intensa, impedindo que o 
paciente durma
- Difusa ou localizada
- Reflexa
- Exacerbada ou aliviada por agentes térmicos
Assintomática: ausência de dor espontânea, mas presença de vitalidade pulpar
Pulpite Ireversível
Pulpite crônica Ulcerativa e/ou Hiperplásica
Comum em 
pacientes jovens
Proliferação de 
tecido de 
granulação na 
superfície exposta 
a cavidade oral
Teste negativo e 
sangramento??
Necrose ou polpa viva?
Pulpite Ireversível
Polpa aspecto vital
Assepsia e Antissepsia
Abertura coronária
Localização da entrada dos canais 
radiculares
Preparo terço cervical
Odontometria
Preparo Biomecânico
Obturação
Restauração
Proservação
Pulpite Ireversível
Polpa aspecto 
comprometido
Assepsia e Antissepsia
Abertura coronária
Localização da entrada dos canais 
radiculares
Preparo terço cervical
Odontometria
Preparo Biomecânico
Obturação
Restauração
Proservação
Subsequente à 
pulpite irreversível 
sintomática ou 
assintomática. 
Mastromauro, R.
Necrose
Alteração patológica 
pulpar assintomática
Pulpite Ireversível
Polpa aspecto 
comprometido
Assepsia e Antissepsia
Abertura coronária
Localização da entrada dos canais 
radiculares
Preparo terço cervical
Odontometria
Preparo Biomecânico
Obturação
Restauração
Proservação
Necrose
É momentaneamente 
asséptica
Não existe suprimento 
sanguíneo e os nervos pulpares 
não estão funcionais 
Necrose tardia
Orientar o paciente quanto à 
necessidade de proservação
pelo endodontista 
Dentes escurecidos 
por trauma –
Cuidado!
Gonçalves, 2015
Respondem normalmente aos 
testes de percussão e palpação.
A radiografia revela a integridade da lâmina 
dura e do espaço do ligamento periodontal em 
torno dos ápices de todas as raízes. 
Tecidos Apicais Normais
Geralmente não apresenta sintomas 
clínicos. 
Não responde aos testes pulpares, e 
a radiografia exibirá uma 
radiolucidez apical. 
Periodontite Apical Crônica ou Assintomática
Diagnóstico: dente sem vitalidade 
pulpar (necrose), sem sintomas 
clínicos, como dor espontânea ou a 
percussão 
Microbiota predominante: 
Anaeróbios Gram-Positivos
Periodontite Apical Crônica ou Assintomática
Resposta muito dolorosa à pressão da 
mordida ou à percussão
Dor como resposta à mastigação à 
percussão, ou à palpação nível apical
Espessamento do ligamento periodontal e 
com ou sem radioluscência periapical
Periodontite Apical Aguda ou Sintomática
Periodontite Apical Assintomática
Sem lesão apical 
Assepsia e Antissepsia
Abertura coronária
Localização da entrada dos canais 
radiculares
Preparo terço cervical
Odontometria
Preparo Biomecânico
Obturação
Restauração
Proservação
Periodontite Apical Assintomática
Com lesãoapical 
Assepsia e Antissepsia
Abertura coronária
Localização dos canais radiculares
Controle infecção
Odontometria
Preparo Biomecânico
Curativo de demora
Controle de Infeccção
Obturação
Restauração
Proservação
Diagnóstico: dente sem vitalidade pulpar, não 
respondendo aos testes de sensibilidade pulpar.
Microbiota Predominante:
Anaeróbios Gram-Negativos 
Gram-Negativos
Periodontite Apical Aguda ou Sintomática
Pulpite Ireversível
Polpa aspecto 
comprometido
Assepsia e Antissepsia
Abertura coronária
Localização da entrada dos canais 
radiculares
Preparo terço cervical
Odontometria
Preparo Biomecânico
Obturação
Restauração
Proservação
Bastante sensível à 
pressão da 
mastigação, à 
percussão e à 
palpação.
Abscesso Apical Agudo
Abscesso Apical Agudo
Coleção purulenta - pus 
encontra-se próximo ao 
forame apical (sem 
edema)
Coleção purulenta avança pelo 
trabeculado, e apresenta ponto 
de flutuação
Pus invade o trabeculado ósseo 
e está próximo ao periósteo 
(edema difuso sem ponto de 
flutuação)
- Dor contínua e pulsátil, não 
tem edema, apenas rubor 
nível apical gengival
- Pode ou não ter reabsorção 
óssea apical, não apresenta 
lesão apical
- Dor contínua e pulsátil, formação 
pus e edema
- Não há drenagem via canal
- Pode ou não ter reabsorção 
óssea apical
- Dor contínua e pulsátil, formação 
pus e edema
- Necessidade de drenagem (extra 
ou intra oral)
- Pode ou não ter reabsorção 
óssea apical
Geralmente não apresenta 
sintomas clínicos. 
Não responde aos testes de 
vitalidade pulpar, imagem com 
radiolucidez apical. 
Drenagem intermitente através de 
uma fístula associada. 
Abscesso Apical Crônico
Febre (últimas 24 horas) 
Pacientes imunocomprometidos, fraqueza, tontura, 
indisposição ou outras formas de debilitação 
Drenagem cirúrgica Infecção próxima á cadeia de 
gânglios linfáticos 
Diabetes mellitus
Teste sensibilidade e Sondagem
Lesão endoperio

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