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DICAS ODONTO RESUMOS Patologia perriradicular · O processo de inflamação, necrose e infecção pulpar, muitas vezes iniciado por uma lesão cariosa não tratada, progride por compartimentos em direção apical até que os tecidos periapicais sejam afetados. · A ocorrência da patologia perirradicular está associada às respostas inflamatórias e imunológicas do hospedeiro com o objetivo de conter o avanço da infecção. Necrose pulpar Periodontite apical aguda (Sintomática) Abcesso periapical Periodontite apical crônica (assintomática) Granuloma Cisto Periodontite apical aguda · A evolução inflamatória da periodontite apical aguda, a intensa infiltração de polimorfonucleares neutrófilos insinua-se para o ligamento periodontal, ficando circunscrita ao periápice sem envolver o osso alveolar. · O principal foco inflamatório, que antes estava restrito ao âmbito da polpa, agora está desviado para o ligamento periapical e circunscrito a ele. PERIODONTITE APICAL AGUDA Natureza traumática (ausência de bactérias)- POLPA VIVA Natureza infeciosa- POLPA MORTA Periodontite de natureza traumática · Ocorre em dentes com problemas oclusais, que acarretam sobrecarga oclusal e repercussão no periodonto apical. · Sensação de Dente “Crescido” · DENTE VITAL · Teste de percussão e de sensibilidade pulpar POSITIVOS · Checar oclusão (alívio da oclusão) · Remoção de contatos prematuros · Prescrição de análgésico Periodontite de natureza infecciosa · Dor localizada, de pequena intensidade, exacerbada ao toque; · Sensação de dente crescido = Dor à mastigação; · Teste de percussão e palpação positivas; · Dente muito sensível (cuidado ao fazer o teste percussão); · Teste de sensibilidade pulpar NEGATIVO (necrose) · Na radiografia, o espaço do ligamento periodontal normal, raramente há visualização de espessamento · Tratamento endodôntico. Pericementite de natureza infecciosa Necrose pulpar Exsudato inlamatório Abcesso apical agudo • Abscessos são cavidades circundadas por paredes de tecidos fibróticos ou de granulação, contendo secreção purulenta em seu interior. · Podem ocorrer na região apical, como consequência da morte das células de defesa no combate à infecção perirradicular preexistente. · Por definição, o abscesso apical agudo (AAA) é caracterizado pela formação de pus, que afeta os tecidos que envolvem a região apical. · Tem evolução rápida e causa dor violenta. · O abscesso apical agudo pode ser causado por agentes físicos, químicos e microbianos, que são responsáveis por alterações inflamatórias irreversíveis do órgão pulpar, com posterior infecção. · Os microrganismos que causam a infecção pulpar podem passar do interior do canal radicular para o periápice e causar o AAA. · Dor => intensa, espontânea e pulsátil; · A dor pode ser agrava pelo decúbito; · Mobilidade Dental; · Pode ou não ter envolvimento sistêmico (febre); · Tumefação de tecidos moles é visível em casos evoluídos; •Palpação e percussão : POSITIVA = aumento da dor. · Os dentes vizinhos podem, também, apresentar-se sensíveis à percussão, porém com vitalidade pulpar; · Teste de Sensibilidade pulpar: NEGATIVO · O dente pode apresentar resposta positiva ao calor, pois este agente físico pode provocar expansão de gases. · Casos de exteriorização do abscesso agudo pela superfície cutânea, pode ocorrer fístula cutânea. Algumas vezes pode ocorrer drenagem via seio do maxilar (empiema) , quando o processo patológico envolve os dentes superiores posteriores. · Também pode-se verificar drenagem do abscesso na cavidade nasal, quando oriundos de dentes superiores anteriores. · Exteriorizando o abscesso, a dor severa fica bem atenuada e pode mesmo desaparecer, em virtude do alívio da pressão. · O aspecto radiográfico depende do tempo de evolução, apresentando desde um aumento do espaço periodontal, perda da continuidade da lâmina dura e até a presença de radiolucidez difusa no periápice. · Pode apresentar imagem apical de “esfumaçamento” Tratamento · Como em todo abscesso, o tratamento do Abscesso Apical Agudo, consiste em se estabelecer uma drenagem oportuna e eliminar a causa. · A drenagem deve ser procurada para que se possa resolver o processo mais rapidamente possível. Esta drenagem pode ser feita via canal, via ligamento periodontal, trepanação apical e incisão. · Na fase inicial do abscesso, o acesso à cavidade pulpar e ou trepanação periapical para permitir a saída do exsudato será suficiente para aliviar a dor do paciente, na maioria dos casos. Procedimentos: 1 - Cirurgia de acesso à câmara pulpar para a drenagem do pus. 2 - Deixar o pus drenar livremente por alguns minutos. 3 - Isolar o dente (colocar o grampo em outro dente) 4 - Irrigar abundantemente o canal radicular com uma solução halogenada. (desinfecção do canal) · - Certificar-se que o canal radicular e o forame apical estão livres de detritos. 6 - Realizar, quando não mais houver exsudato, a MIC 7 - Atender o paciente 24 horas mais tarde. A fim de auxiliar no alívio da dor, coloca-se o dente que apresenta o abscesso apical agudo em infraoclusão e institui-se medicação geral (analgésico e antibiótico). · Após o desaparecimento dos sintomas, realiza-se o tratamento endodôntico de rotina. · Para estabelecer drenagem por incisão, o paciente deve estar sob ação de antibiótico antes da intervenção. O antibiótico deve ser administrado pelo menos uma hora antes da operação • Dose de Ataque: Amoxicilina 1g + Metronidazol 400mg Adultos; Amoxicilina 500mg 8/8hs + Metronidazol 250mg 8/8hs Alérgicos; Clindamicina 300mg 8/8hs ou Azitromicina 500mg 1X ao dia Crianças; Amoxicilina suspensão 250mg 8/8hs 20mg/kg + Metronidazol suspensão 200mg 8/8hs 7,5mg/Kg Alérgicos; Clindamicina suspensão250mg 12/12hs 7,5mg/Kg ou Azitromicina suspensão 250mg 1X ao dia 10mg/kg Duração do Tratamento: “Deve ser estabelecida em função de evidências clínicas que indicam que as defesas do hospedeiro assumiram o controle da infecção” Abcesso de fênix · Abscesso Perirradicular Agudo pode desenvolver- se como agudização da Periodontite Apical Crônica, Abscesso Perirradicular Crônico e Granuloma de dentes mortificados, sem ou com tratamento endodôntico prévio, infecção primária ou secundária, recebendo a nomenclatura de Abscesso Fenix (o que ressurgiu). • Radiograficamente apresenta rarefação óssea periapical difusa ou circunscrita, clinicamente apresenta como sinal a presença de edema intra ou extraoral e com sintomas dolorosos característicos do Abscesso Perirradicular Agudo. Periodontite apical crônica Granuloma periapical · O granuloma apical é uma massa de reação de granulação (tecido conjuntivo neoformado com inflamação crônica), localizado ao redor do ápice radicular. · Surge em resposta a estímulo nocivo de baixa intensidade, proveniente do canal radicular. · Constitui-se morfologicamente de fibroblastos, macrófagos, capilares, fibras colágenas e substância fundamental. · Possui excelente capacidade de regeneração e rapidamente se converte em tecido periapical normal, quando o irritante é removido, ou seja, o canal radicular é tratado. · Os granulomas apresentam-se em maior incidência do que os cistos. Segundo Freitas et al (1998), o granuloma se origina da transformação dos tecidos periapicais em tecido de granulação frente à processos inflamatórios crônicos. · O desenvolvimento dessa patologia representa a primeira tentativa do organismo no sentido da cicatrização e cura da lesão. Radiograficamente o granuloma é uma rarefação apical cir · A polpa se encontra necrosada. · Os testes de sensibilidade pulpar são negativos. · Teste de percussão negativo. · Teste de palpação pode ser positivo. · Ausência de sintomatologia dolorosa. · Pode ocorrer escurecimento da coroa dentária. · A radiografia exibirá uma radiolucidez periapical, geralmente ao redor do terço apical da raiz. · Tratamento endodôntico. · Freitas et al. menciona que normalmente os granulomas periapicais possuemradiograficamente diâmetro aproximado de 5mm. Cisto radicular · A polpa se encontra necrosada · Os testes de sensibilidade pulpar são negativos. · Teste de percussão negativo. · Teste de palpação pode ser positivo. · Ausência de sintomatologia dolorosa. · Pode ocorrer escurecimento da coroa dentária. · A radiografia exibirá uma radiolucidez periapical, geralmente ao redor do terço apical da raiz. · Tratamento endodôntico. · Freitas et al. menciona que normalmente os cistos periapicais possuem radiograficamente diâmetro superior a 10mm. · De acordo com Leonardo et al e Freitas et al, o deslocamento dos dentes vizinhos eventualmente constitui a primeira manifestação clínica do cisto radicular, o qual apresenta um crescimento lento, porém agressivo. Granuloma ou cisto · Clínica e radiograficamente é praticamente impossível diferenciar o granuloma periapical do cisto radicular. · Ainda não foi possível realizar diagnóstico radiográfico diferencial entre cisto e granuloma · Só o exame histopatológico é capaz de dar um diagnóstico com segurança. Abcesso crônico •A polpa se encontra necrosada. · Os testes de sensibilidade pulpar são negativos. · Teste de percussão negativo. · Teste de palpação pode ser positivo. · Ausência de sintomatologia dolorosa. · Pode ocorrer escurecimento da coroa dentária. · A radiografia exibirá uma radiolucidez periapical, geralmente ao redor do terço apical da raiz. · Tratamento endodôntico. · O que diferencia das demais lesões crônicas seria a presença de fístula.
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