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Simulação Clínica Araújo Medicina → CARACTERÍSTICAS GERAIS - Acomete SNC, podendo ocorrer já nas fases iniciais da infecção -> acometimento precoce dá-se por reação inflamatória da bainha de mielina não havendo destruição anatômica das estruturas neurais - Todas as complicações neurológicas relacionadas à sífilis podem se desenvolver em pacientes com HIV, com a particularidade de haver a aceleração do início e da progressão da doença PRECOCE TARDIA - Estágio que coexiste com a infecção primária, secundária ou latente precoce, com ou sem sintomas. - Em algumas circunstâncias, manifesta-se como meningite ou acidente vascular encefálico (sífilis meningovascular) - Afeta principalmente o parênquima do SNC e ocorre anos ou décadas após a infecção inicial - Manifestações clínicas dessa fase da doença incluem paresias, tabes dorsalis, perda de visão, perda auditiva e alterações psiquiátricas A investigação de sinais e sintomas neurológicos deve ser realizada em todas as PVHIV coinfectadas com sífilis → MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Envolvimento ocular (uveíte, paralisia de nervos cranianos) Psicose com alucinações visuais ou auditivas Paresia geral Confusão mental Deficiência cognitiva Meningite sifilítica Mudanças de comportamento Lesão meningovascular Demência Tabes dorsalis Depressão Goma sifilítica Mania Epilepsia Envolvimento Auditivo Dificuldade de memória - Sinais e sintomas neurológicos inespecíficos e comuns, como cefaleia, insônia, ansiedade, obnubilação, preocupações hipocondríacas e até mesmo alucinações, podem ocorrer não exclusivamente na fase tardia, mas, também, transitoriamente na sífilis recente, especialmente na fase secundária - Categorias do comprometimento do SNC na fase tardia 1- Neurossífilis meningovascular . Formação de aneurismas, especialmente em vasos que nutrem a cápsula interna, obrigando afastar-se o diagnóstico de sífilis nos casos de ruptura aneurismática em particular nos pacientes na faixa etária dos 50 anos . Meninges podem ainda ser agredidas diretamente pelo Treponema pallidum produzindo sinais e sintomas típicos das meningites bacterianas de lenta evolução 2- Neurossífilis parenquimatosa . Tabes dorsalis: lesões nos cordões posteriores da medula provocando um quadro de mielite transversa * Pacientes apresentam parestesias, ataxia progressiva, intensas dores e perda das funções sensoriais viscerais e periféricas, a prova de Romberg é positiva . Paralisia cerebral progressiva e demência: meningoencefalite crônica, inicialmente com alterações psíquicas, falta de memória e labilidade emocional, evoluindo para demência progressiva, alterações da fala e fraqueza generalizada com hiperreflexia motora . Sinal da pupila de Argyll-Robertson: anisocoria com pupilas midriáticas não fotorreagentes → DIAGNÓSTICO - Diagnóstico é baseado em uma combinação de achados clínicos, alterações do LCR e resultado do VDRL no LCR - Indicação de punção lombar 1- Presença de sintomas neurológicos ou oftalmológicos; 2- Em caso de evidência de sífilis terciária ativa 3- Após falha ao tratamento clínico sem reexposição sexual Obs: Para PVHIV, a punção lombar está indicada após falha ao tratamento, independentemente da história sexual - Indicação de punção lombar, em PVHIV, para pesquisa de neurossífilis . Presença de sintomas neurológicos ou oftalmológicos; . Evidência de sífilis terciária ativa; . Falha ao tratamento clínico, independentemente da história sexual - Alterações liquóricas estão relacionadas com alterações do LCR estão associadas a contagens de LT-CD4+ abaixo de 350 céls/mm³ ou quando estas se combinam com titulações de VDRL maiores ou iguais a 1:32 - VDRL é o único teste não treponêmico que pode ser utilizado em amostra de líquido cefalorraquidiano (LCR) - Achados no LCR -> podem ser encontrados em indivíduos com HIV mesmo sem neurossíflis, o que dificulta o diagnóstico . Pleocitose (6 a 200 céls/mm³) . Predomínio linfomonocitário . Normal ou elevação moderada de proteínas → TRATAMENTO - Quem deve ser tratado . Todos os casos com VDRL reagente no LCR, independentemente da presença de sinais e sintomas neurológicos e/ou oculares . Casos que apresentem VDRL não reagente no LCR, com alterações bioquímicas no LCR + presença de sinais e sintomas neurológicos e/ou oculares e/ou achados de imagem do SNC característicos da doença + desde que os achados não possam ser explicados por outra doença - Monitoramento pós-tratamento . Devem ser submetidos à punção liquórica de controle após seis meses do término do tratamento . Na persistência de alterações do LCR, recomenda-se o retratamento e punções de controle em intervalos de seis meses, até a normalização da celularidade e resultado não reagente no VDRL → REAÇÃO DE JARISCH-HERXHEIMER - Pode ocorrer durante as 24 horas após a primeira dose de penicilina, em especial nas fases primária ou secundária. - Caracteriza-se por exacerbação das lesões cutâneas, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, que regridem espontaneamente após 12 a 24 horas - Pode ser controlada com o uso de analgésicos simples, conforme a necessidade, sem ser preciso descontinuar o tratamento → MONITORAMENTO PÓS-TRATAMENTO - Para o seguimento do paciente, os testes não treponêmicos devem ser realizados mensalmente nas gestantes e, no restante Simulação Clínica Araújo Medicina da população (incluindo PVHIV), a cada três meses até o 12º mês de acompanhamento do paciente (3, 6, 9 e 12 meses) → RESPOSTA IMUNOLÓGICA ADEQUADA - Teste não treponêmico não reagente ou uma queda na titulação em duas diluições em até seis meses para sífilis recente e queda na titulação em duas diluições em até 12 meses para sífilis tardia - A persistência de resultados reagentes em testes não treponêmicos após o tratamento adequado e com queda prévia da titulação em pelo menos duas diluições, quando descartada nova exposição de risco durante o período analisado, é chamada de “cicatriz sorológica” (serofast) e não caracteriza falha terapêutica → CRITÉRIOS DE RETRATAMENTO E/OU REIINFECÇÃO 1- Ausência de redução da titulação em duas diluições no intervalo de seis meses (sífilis recente, primária e secundária) ou 12 meses (sífilis tardia) após o tratamento adequado 2- Aumento da titulação em duas diluições ou mais 3- Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos - Investigação de neurossífilis por meio de punção lombar está indicada na população geral, quando não houver exposição sexual no período que justifique uma reinfecção . Para PVHIV, a investigação é recomendada em todos os casos de retratamento, independentemente de haver ocorrido ou não nova exposição → CARACTERÍSTICAS GERAIS - Agente etiológico: Cryptococcus neoformans -> identificado no LCR através do exame direto com tinta da China + cultura positiva para o fungo - Criptococose é a causa mais frequente de meningite oportunista nas PVHIV - Pacientes podem apresentar-se com meningite ou meningoencefalite, habitualmente, de curso subagudo → MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Manifestações clínicas mais comuns são cefaleia, febre, mal- estar geral, náuseas e/ou vômitos, e rebaixamento do nível de consciência - Impacto sistêmico é frequente, podendo haver envolvimento pulmonar (consolidação lobar, infiltrados nodulares ou intersticiais) e cutâneo (pápulas umbilicadas semelhantes às lesões de molusco contagioso) - Manifesta-se como meningoencefalite insidiosa, com liquor claro, ou por sinais de tumor cerebral - Lesões se localizam principalmente na base do encéfalo, com comprometimento do tronco cerebral, cerebelo e pares cranianos - Em pacientes infectados pelo HIV, a evolução pode ser mais aguda, cerca de 1 semana, instalando-seo quadro clínico com febre baixa ou ausente, cefaleia, rigidez de nuca e outros sinais meníngeos, bem como paralisias e, paresias de pares cranianos e evolução para o coma - Complicações oculares são comuns devido à atrofia do nervo óptico, levando à perda da visão - Hipertensão Intracraniana (HIC) . HIC encontra-se maior que 200 mmH2O e contribui para o aumento da letalidade na fase inicial da doença, que se manifesta clinicamente por cefaleia intensa, vômitos e papiledema . Quando a pressão de abertura for superior a 250 mmH2O torna-se obrigatória a realização de tomografia computadorizada (TC) de crânio para detectar hidrocefalia ou criptococoma → FATORES RELACIONADOS COM PIOR PROGNÓSTICO - Contagem de leucócitos <20 céls/mm3 no LCR - Rebaixamento do nível de consciência - Hipertensão intracraniana não controlada - Elevada carga fúngica liquórica → DIAGNÓSTICO - Pacientes com meningite ou meningoencefalite criptocócica apresentam, geralmente, contagem de LT-CD4+ abaixo de 100 céls/mm3 - Punção lombar diagnóstica deve ser SEMPRE realizada na suspeita clínica de meningite criptocócica e na ausência de contraindicações ao procedimento - Análise do LCR: em geral, não apresenta características inflamatórias proeminentes, tendo, em média, 4 linfócitos/mm³, glicose normal ou baixa e proteína normal ou pouco aumentada - HIC não controlada é responsável pela maioria das mortes por meningite ou meningoencefalite criptocócica nas duas primeiras semanas após início do tratamento -> pressão de abertura liquórica deve ser sempre avaliada . Aferição da pressão de abertura liquórica deve ser sempre realizada, preferencialmente por raquimanometria - Diferencial: meningoencefalite criptocócica deve ser diferenciada principalmente com a tuberculosa, valorizando-se dados epidemiológicos, RX de tórax, TC/ressonância magnética (RMN) e pesquisa do fungo no liquor . Outros diagnósticos diferenciais são a meningite sifilítica, a brucelose, a cisticercose e outras micoses profundas → TRATAMENTO 1- Indução - Anfotericina B desoxicolato 0,7mg a 1mg/kg/dia + Flucitosina 100mg/kg/dia dividida em quatro tomadas diárias (6/6hrs) - Obs: Na ausência de flucitosina, pode ser usado fluconazol 800mg/dia dividido em duas tomadas diárias - Considerar o prolongamento do tempo de indução em pacientes comatosos ou com deterioração clínica, HIC persistentemente elevada, cultura liquórica positiva após as duas semanas de terapia e/ou achados neuroradiológicos atribuídos à criptococose 2- Consolidação (pelo menos 8 semanas) - Fluconazol 400mg a 800mg/dia 3- Manutenção (pelo menos 12 meses e duas contagens de LT- CD4+ superiores a 200 céls/mm³ com intervalo de 6 meses) - Fluconazol 200mg/dia - Uso de anfotericina desoxicolato (1mg/kg/semana) possa ser considerado como terapia de manutenção, sua utilização está associada a maior recidiva e toxicidade QUADROS MENOS GRAVES - Estado mental normal, LCR com mais de 20 céls/mm³ e título de antígeno criptocócico no LCR < 1:1024 - Dose de ataque: Fluconazol 800mg no primeiro dia - Fluconazol VO ou IV 400mg/dia durante 8 semanas - Após esse período, seguir com Fluconazol 200mg/dia por tempo indeterminado ou até a reconstituição imunológica persistente QUADROS MAIS GRAVES - Estado mental comprometido, LCR com menos de 20 céls/mm³ ou título de antígeno criptocócico no LCR > 1:1024 ou hiponatremia importante - Anfotericina B EV 0,7mg/kg/dia (máx 50mg/dia) durante no mínimo 2 semanas ou até haver desaparecimento completo da febre, cefaleia, náuseas e vômitos - Associar Flucitosina 25mg/kg de 6/6h VO nas duas primeiras semanas - Em seguida, pode ser iniciado Fluconazol 400mg/dia VO até completar 10 semanas de tratamento e depois profilaxia secundária com 200mg/dia por tempo indeterminado ou até a reconstituição imunológica persistente → PREVENÇÃO E MONITORAMENTO DA TOXICIDADE ASSOCIADA À ANFOTERECINA B - Medidas preventivas Simulação Clínica Araújo Medicina . Antes da administração de anfotericina: infusão de um litro de solução salina com uma ampola de KCl 19,1% em duas a quatro horas . Após administração da anfotericina: dieta rica em potássio e suplementação com cloreto de potássio (KCl) oral 8mEq duas vezes ao dia - Monitoramento . Dosagem de creatinina, ureia, sódio e potássio séricos pré- tratamento e duas vezes por semana durante tratamento . Hemograma pré-tratamento e uma vez por semana durante tratamento - Manejo da elevação da creatinina . Se houver hipocalemia significativa (K <3,3 mmol/L), aumentar a suplementação de potássio para duas ampolas de KCL (40 mmol) ou um a dois comprimidos de KCl (8mEq) três vezes ao dia -> monitorar diariamente potássio sérico . Se a hipocalemia não for corrigida, dobrar a suplementação oral de magnésio . Se houver aumento >2x do valor basal da Cr, avaliar descontinuação temporária da dose de anfotericina B ou aumento da pré-hidratação para um litro a cada oito horas . Quando os níveis de Cr melhorarem, reiniciar a anfotericina B na dose de 0,7mg/kg/dia (considerar anfotericina B em dias alternados) . Se a Cr permanecer elevada, interromper a anfotericina B e continuar com fluconazol 1.200mg/dia . Monitorar a Cr diariamente → MANEJO DA HIC -Se a pressão de abertura liquórica for superior a 25cmH2O e estiverem presentes sinais de HIC, realizar PL e retirar 20-30mL de líquor . Segundo evolução clínica, pode ser necessária mais de uma PL diária - A PL de alívio deve ser repetida diariamente até a estabilização da PIC - Na presença de PIC normal em duas aferições consecutivas, recomenda-se a PL semanal para monitoramento micológico da resposta terapêutica - Se a PIC se mantiver persistentemente elevada após 7-10 dias de PL diária, considerar a abordagem neurocirúrgica para derivação liquórica - Manitol, acetazolamida e corticosteroides NÃO devem ser utilizados no manejo de HIC secundária a criptococose → TRIAGEM E TRATAMENTO PREEMPTIVO DE DOENÇA CRIPTOCÓCIA EM PVHIV - É custo-efetiva para PVHIV sem uso prévio de TARV com contagem de LT-CD4+ abaixo de 100 céls/mm³ e procedentes de locais de elevada prevalência de antigenemia criptocócica - Pacientes sem manifestações clínicas de doença criptocócica e teste demonstrando antigenemia criptocócica isolada devem ser submetidos a PL, visando descartar meningite criptocócica - Uma vez excluída doença criptocócica, deve ser instituído tratamento preemptivo com fluconazol 800mg/dia, durante duas semanas, e depois fluconazol 400mg/dia, durante oito semanas - TARV pode ser iniciada após as duas primeiras semanas de tratamento antifúngico → CARACTERÍSTICAS GERAIS - Agente etiológico: doença infecciosa causada pelo Toxoplasma gondii -> parasito intracelular obrigatório e pode ser encontrado nos tecidos sob uma forma trofozoítica, característica da infecção aguda, e uma forma cística, nas infecções crônicas - Transmissão: ingestão de oocistos dispersos no meio ambiente, inalados ou situados em mãos sujas com o contato direto com os gatos, ou com terra poluída com suas fezes. - Causa mais comum de lesões expansivas cerebrais em PVHIV - Apresentação clínica é variada, de acordo com a topografia das lesões cerebrais, e, habitualmente, tem curso subagudo → MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Resultado do recrudescimento de infecção latente mantida por cistos teciduais - Mais comuns: cefaleia, sinais focais (hemiparesia, disfasia e outras alterações motoras) . Febre, convulsões e alteração do estado mental podem estar presentes - Pode ocorrer alteração do nível de consciência (letargia até coma) e incoordenação - Sugestivas de processo expansivo intracraniano: convulsões, hemiparesia, tremor cerebelar, paralisiade nervos cranianos e diplopia → DIAGNÓSTICO - Pacientes com toxoplasmose cerebral apresentam, geralmente, contagem de LT-CD4+ abaixo de 100 céls/mm³ - Diagnóstico definitivo requer confirmação histopatológica - Diagnóstico Presuntivo: manifestações clínicas e radiológicas compatíveis, associadas à adequada resposta clínico- radiológica, após 10 a 14 dias de tratamento antiparasitário - Melhora clínica precede a resposta radiológica - LCR: não traz subsídios para o diagnóstico, deve ser realizado para afastar a presença de outra infecção concomitante, principalmente criptococose . Punção lombar está contraindicada quando há sinais evidentes de HIC pelo risco de herniação e morte - Avaliação neurocirúrgica (biópsia cerebral) 1. Paciente com lesão ou lesões expansivas e ausência de melhora clínica e radiológica 10-14 dias depois de tratamento antiparasitário 2. Elevado índice de suspeita de diagnóstico alternativo (ex: paciente com lesão expansiva única na RM e sorologia IgG anti- T. gondii não reagente; paciente com lesão ou lesões expansivas, contagem elevada de LT-CD4+ e CV-HIV indetectável) - Diagnóstico Diferencial: mononucleose infecciosa, rubéola, infecção pelo citomegalovírus, infecção aguda pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana), tuberculose, sífilis e linfomas → DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - PCR: Achado de DNA de Toxoplasma gondii mediante técnicas de PCR no LCR apresenta sensibilidade moderada e especificidade elevada -> um teste positivo confirma a presença de toxoplasmose, mas um teste negativo não exclui o diagnóstico - Sorologia: sorologia IgG anti-T. gondii é reagente em mais de 90% a 95% dos casos de NTX Simulação Clínica Araújo Medicina . Quando não reagente, torna o diagnóstico menos provável, mas não o excluí, devendo ser mantido o tratamento empírico até definição diagnóstica → EXAMES DE IMAGEM - Apresentam baixa especificidade, sendo difícil diferenciar a NTX de outras doenças, como linfoma e tuberculoma - Tomografia computadorizada: uma ou mais lesões cerebrais, hipodensas, com realce anelar ou nodular após a injeção do contraste, associadas a edema perilesional, podem se localizar, preferencialmente, nos gânglios da base, mas qualquer topografia é possível . Preferencial para o diagnóstico devido à sua maior disponibilidade na rede - Ressonância magnética: mais sensível para identificar lesões pequenas ou localizadas em fossa posterior . Reservada para os casos que apresentem manifestações clínicas de lesões focais, porém com TC de crânio normal → TRATAMENTO PRIMEIRA ESCOLHA Sulfadiazina 1.000mg (peso <60kg) a 1.500mg (peso =60kg) VO, a cada seis horas + Pirimetamina 200mg VO no primeiro dia, seguida de 50mg/dia (peso <60kg) a 75mg/dia (peso =60kg) VO + Ácido folínico 10mg/dia VO, durante SEIS SEMANAS ALTERNATIVO SMX-TMP na dose de 25mg/kg de SMX, duas vezes por dia, VO ou EV, durante SEIS SEMANAS - Em casos de alergia ou intolerância à sulfa -> Clindamicina 600mg VO ou EV, a cada seis horas + Pirimetamina + Ácido folínico durante seis semanas - Indica-se o uso de corticosteroides nos casos de edema cerebral difuso e/ou intenso efeito de massa (desvio de linha média, compressão de estruturas adjacentes) - NÃO se indica o uso profilático de anticonvulsivantes - TARV pode ser iniciada nas duas primeiras semanas de tratamento antiparasitário - Profilaxia Secundária: Sulfadiazina 500mg de 6/6h + Primetamina 25-50mg/dia por prazo indefinido . Pode ser suspensa em pacientes com contagens de linfócitos CD4 que se mantenham por pelo menos 6 meses acima de 200céls/mm³ em resposta à terapia medicamentosa - Efeitos Colaterais: mielotoxicidade e exantema . Granulocitopenia, trombocitopenia e anemia megaloblástica são relacionadas com a dose e podem ser parcialmente contornadas com o uso de ácido folínico - Profilaxia Primária: indicada quando a sorologia é positiva para T. gondii e a contagem de CD4 estiver abaixo de 100céls/mm³, independente do estado clínico e para aqueles com CD4 < 200céls/mm³ que já tenham tido qualquer infecção oportunista ou neoplasia maligna . Dapsona 50-100mg/dia + Primetamina 25-50mg/dia . Pode ser suspensa quando, em decorrência da TARV, a contagem de CD4 se mantiver acima de 200 céls/mm³ durante ao menos 3 a 6 meses
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