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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL MECÂNICA DOS SOLOS I PROCEDIMENTO OPERACIONAL 12– PERMEABILIDADE A NÍVEL VARIÁVEL JOÃO PESSOA 2021 1. INTRODUÇÃO O coeficiente de permeabilidade K é uma constante de proporcionalidade relacionada com a facilidade pela qual o fluxo passa através de um meio poroso. A sua determinação é obtida por meio da lei de Darcy. 𝑣 = 𝑘 ∙ 𝑖 ou 𝑄 = 𝑘 ∙ 𝑖 ∙ 𝐴 Onde v é a velocidade de fluxo (cm/s); k o coeficiente de permeabilidade, e i é o gradiente hidráulico medido por h/L; e q a quantidade de fluído por unidade de tempo (cm/s). Usando do Coeficiente de permeabilidade pode-se classificar o solo, por meio dos intervalos de variação de K. Sendo que, o valor de K é comumente expresso como um produto de um número por uma potência negativa de 10. Figura 1: Classificação dos Solos pelo K Fonte: Caputo. O ensaio de carga-nível variável é aplicado a solos bem finos, ou seja, solos com baixa permeabilidade. Quando a permeabilidade é muito baixa, a determinação pelo permeâmetro de carga constante é pouco precisa. Figura 2: Esquematização do Permeâmetro de nível variável Fonte: Caputo. Os ensaios de Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante e o de determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga variável são regulamentados, respectivamente, pelas normas ABNT NBR-13292:1995 (solos granulares à carga constante) e ABNT NBR 14545:2000. 2. MATERIAIS E MÉTODO 2.1. MATERIAL NECESSÁRIO • Permeâmetro. • Conjunto de compactação. • Peneira Nº 4. • Régua. • Estufa. • Balança com capacidade de 10 kg, sensível a 1g. • Balança com capacidade de 211 g, sensível a 0,01g. • Cronômetro. • Proveta graduada. • Termômetro. 2.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para a realização do ensaio é utilizada uma amostra de solo seco ao ar livre, de 3 kg, misturada com água na umidade ótima e compactada com o peso específico máximo correspondente. A amostra deve ser colocada para a saturação, procedimento que pode levar alguns dias, de acordo com o tipo de solo. O permeâmetro é conectado no tubo de carga com diâmetro escolhido e a torneira correspondente ao mesmo é aberta para que haja a percolação de água. Para a determinação da permeabilidade a nível variável é utilizada a equação 17. 𝐾𝑇 = 𝑎∙𝐿 𝐴∙∆𝑇 ∙ ln ℎ0 ℎ1 (Eq.1) Sendo o KT o coeficiente de permeabilidade (cm/s); e a: a área do tubo capilar (cm²); L a altura do corpo de prova (cm); A a área da base do corpo de prova (cm²), ΔT tempo de ensaio correspondente ao volume de água percolado (s); ℎ0 e ℎ1 a altura piezométrica inicial e final respectivamente (cm). 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Das medições obtidas, pode-se primeiramente obtiveram-se os seguintes parâmetros para 3 leituras para três amostras, dispostos na tabela a seguir. Tabela 1: Parâmetros das amostras 1,2 e 3. A m o st ra 1 Nº 1 2 3 L (cm) 6,5 6,5 6,5 A (cm²) 12,56 12,56 12,56 a (cm²) 0,0314 0,0314 0,0314 h0 (cm) 90 85 80 h1 (cm) 85 80 75 T (seg) 30 40 50 t (°C) 25 25 25 A m o st ra 2 Nº 1 2 3 L (cm) 6,5 6,5 6,5 A (cm²) 12,56 12,56 12,56 a (cm²) 0,0314 0,0314 0,0314 h0 (cm) 90 85 80 h1 (cm) 85 80 75 T (seg) 29 30 33 t (°C) 25 25 25 A m o st ra 3 Nº 1 2 3 L (cm) 6,5 6,5 6,5 A (cm²) 12,56 12,56 12,56 a (cm²) 0,0314 0,0314 0,0314 h0 (cm) 90 85 80 h1 (cm) 85 80 75 T (seg) 29 30 33 t (°C) 25 25 25 Aplicando as fórmulas mostradas na seção anterior obtemos os seguintes valores para o calculo do Coeficiente de permeabilidade, correção do coeficiente de permeabilidade a temperatura de 20°C, relação entre as viscosidades do líquido na temperatura do ensaio, Coeficiente de permeabilidade média dos três procedimentos efetuados cm/s. Tabela 2: Cv, Kt, K20 e K das três amostras. A m o st ra : 1 Nº 1 2 3 Cv 0,8905473 0,8905473 0,8905473 Kt (cm/seg) 0,0000310 0,0000246 0,0000210 K20 = KT x CV 0,0000276 0,0000219 0,0000187 K (cm/seg) 0,0000227 A m o st ra 2 Nº 1 2 3 Cv 0,8905473 0,8905473 0,8905473 Kt (cm/seg) 0,0000320 0,0000328 0,0000318 K20 = KT x CV 0,0000285 0,0000292 0,0000283 K (cm/seg) 0,0000287 A m o st ra 3 Nº 1 2 3 Cv 0,8905473 0,8905473 0,8905473 Kt (cm/seg) 0,0000320 0,0000328 0,0000318 K20 = KT x CV 0,0000285 0,0000292 0,0000283 K (cm/seg) 0,0000287 Com isso, tem-se o valor médio do coeficiente de permeabilidade médio (k), que para a primeira amostra é igual a 2,27·10−5 cm/s; apara a segunda amostra de 2,87·10−5; e para a amostra três igual a 2,87·10−5, todas na temperatura de execução de 25°C. Desse modo, pode-se considerar as três amostras de argila, ou uma areia argilosa, ou até mesmo um silte. 4. CONCLUSÃO Sendo assim, foi possível a determinação do coeficiente de permeabilidade de três diferentes amostras de solo, onde se baseando na figura 1, podemos ter a certeza do tipo de solo que o coeficiente K pode classificar. Contudo as condições de contorno do solo em campo não são as mesmas em laboratório. Uma vez que, o fluxo da água se eleva quando as paredes lisas do molde facilitam os caminhos do fluxo em uma direção. Desse modo, mesmo sendo considerado um experimento mais preciso que o de permeabilidade a nível variável, o experimento contem muitos erros. . 5. REFERÊNCIAS Caputo, H. P. (2015). Mecânica dos Solos e suas Aplicações. Volume I - 7a. Edição. Livros Técnicos e Científicos Editora. Rio de Janeiro. Massad, F. Mecânica dos solos experimental (2016). Oficina de Textos. São Paulo. NBR 13292/95 – Solo – Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro. Pinto, C. S. (2006). Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas/3ª Edição. Oficina de Textos. São Paulo.
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