Buscar

E3_SACO

Prévia do material em texto

Alexandra Bulgarelli do Nascimento
ATUAÇÃO DO EDUCADOR 
FÍSICO NO SISTEMA 
ÚNICO DE SAÚDE
Sumário
INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)����������������� 5
Contextualização Histórica �������������������������������������������������� 5
Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) ������������������� 12
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO 
BÁSICA ���������������������������������������������������������30
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) ������ 33
NÚCLEO AMPLIADO DE SAÚDE DA 
FAMÍLIA (NASF) �������������������������������������������38
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & 
CONSULTADAS ��������������������������������������������42
2
INTRODUÇÃO
Neste material, O Sistema Único de Saúde (SUS) 
será apresentado como o sistema de saúde, atu-
almente, vigente no Brasil, destacando a trajetória 
da sua construção, considerando a sua concepção 
como direito de cidadania ao acesso à saúde�
Para tanto, as regulamentações pertinentes para 
a sua operacionalização serão enunciadas, con-
juntamente aos princípios doutrinários e organi-
zativos do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim 
de possibilitar a compreensão sobre as premissas 
que subsidiarão a atuação do Educador Físico ao 
atuar na área da Saúde�
Em seguida, a Política Nacional de Atenção Básica, 
conjuntamente à Estratégia Saúde da Família e o 
Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) serão 
contextualizados historicamente e caracterizados, 
buscando demonstrar a potencialidade desses 
cenários de prática profissional, em destaque à 
atuação do Educador Físico, considerando a sua 
inserção nas equipes interprofissionais de saúde.
Neste material, o futuro Educador Físico poderá 
vislumbrar uma área de atuação promissora, que 
abarca a sua absorção pelo setor público de saúde, 
em especial nos Núcleos Ampliados de Saúde da 
Família (NASF), com o objetivo de contribuir para 
3
a melhoria da qualidade de vida e bem-estar das 
pessoas�
Portanto, demonstrando a versatilidade e as pos-
sibilidades ampliadas para a atuação do Educador 
Físico na área da Saúde�
4
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
(SUS)
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o sistema de 
saúde que o Brasil dispõe para atender toda a sua 
população, desde 1990, quando ele teve a sua 
origem�
Ele é composto por princípios doutrinários e orga-
nizativos, e se constitui como o desdobramento 
de um contexto histórico que o compreende como 
um direito de cidadania do povo brasileiro�
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o sistema de 
saúde atualmente vigente no Brasil, sendo produto 
do movimento da Reforma Sanitária, que teve a sua 
origem na década de 1970, quando o acesso aos 
serviços de saúde era destinado apenas àqueles 
que contribuíam para o Instituto Nacional de As-
sistência Médica e Previdência Social (INAMPS), 
que se configurava como o sistema de saúde 
vigente da época�
O movimento da Reforma Sanitária era composto 
por profissionais da área da Saúde e pela sociedade 
civil, que buscava ampliar o acesso à saúde para 
toda a população brasileira, já que a contribuição 
para o Instituto Nacional de Assistência Médica e 
5
Previdência Social (INAMPS) era feito somente por 
aqueles que tinham trabalho formal com registro na 
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), 
o que permitia que eles e seus dependentes utili-
zassem a rede de atendimento oferecida�
É importante situar que o Instituto Nacional de 
Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS) 
existiu durante o governo militar, que era amplamente 
pressionado pela população tanto para ampliação 
do acesso à saúde, bem como para melhorar a 
qualidade da assistência oferecida aqueles que 
usufruíam desse acesso�
É nesse contexto que a Reforma Sanitária eclode 
como movimento questionador das desigualdades 
sociais e de como elas impactavam a condição e 
o acesso aos serviços de saúde pela população 
brasileira�
Os sistemas de saúde têm o objetivo de organizar 
as ações em saúde que são oferecidas às pessoas, 
que se constituem em ações de promoção à saúde, 
prevenção de doenças, recuperação, reabilitação 
e cuidados paliativos�
Nesse sentido, o Sistema Único de Saúde (SUS) 
nasce com a prerrogativa de buscar garantir que 
esse sistema de saúde garanta à população a 
articulação dessas ações em saúde�
6
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi inspirado no 
Sistema Nacional de Saúde Inglês, que foi criado 
em 1948, Pós 2º Guerra Mundial, quando a Europa 
e o Reino Unido estavam devastados e precisaram 
ser reconstruídos, instituindo a Política de Bem-
-Estar Social�
Diante do caos deixado pela 2º Guerra Mundial, a 
população do Reino Unido tomou o Sistema Nacio-
nal de Saúde Inglês como um direito de cidadania, 
sendo defendido ao longo de toda a sua existência 
pela população�
O artigo de Amadeo et al, publicado em 2021 e intitulado: 
Sistema Nacional de Saúde britânico: trajetória de reformas, 
1990-2002, apresenta o contexto histórico e a sequência 
de reformas que o Sistema Nacional de Saúde Inglês tem 
vivenciado, o que se configura numa oportunidade para 
aprofundamento dos estudos neste tema� Esse mate-
rial está disponível em: https://www�scielo�br/j/csp/a/
gqH8SngyqqkRjDCD6r3Dj5p/?format=html&lang=pt�
No Brasil, a intenção foi de conceber o Sistema 
Único de Saúde (SUS) também como direito de 
cidadania, já que na oitava Conferência Nacional 
de Saúde – ocorrida em São Paulo, em 1986 –, em 
uma das plenárias de debate, o médico sanitarista 
SAIBA MAIS
7
Sérgio Arouca, importante ícone da Reforma Sani-
tária, em uma de suas argumentações disse que “A 
saúde é direito de todos e dever do Estado” – frase 
que dois anos mais tarde, em 1988, foi incorpora-
da à Constituição Federal de 1988, no Artigo 196 
(BRASIL, 1988)�
Esse é o marco que posiciona a saúde no Brasil 
como direito de cidadania, ou seja, o acesso à saú-
de é direito de todo brasileiro e deve ser garantido 
pelo Estado�
Os artigos 197 e 198 da Constituição Federal 
de 1988 caracterizam o sistema de saúde a ser 
constituído, bem como o artigo 199 que enuncia 
que a “saúde no Brasil é livre à iniciativa privada” 
(BRASIL, 1988)�
Isso significa que os serviços ofertados, pelo Estado, 
à população não precisam ser obrigatoriamente 
públicos, portanto, garantindo a participação da 
iniciativa privada no setor de saúde brasileiro�
Para operacionalizar o que foi determinado na 
Constituição Federal de 1988, no que tange à 
criação de um novo sistema de saúde de natureza 
universal, ou seja, com acesso indiscriminado a 
todos em território brasileiro, em 1990, durante o 
governo do Presidente Fernando Collor de Mello, 
foi sancionada, inicialmente, a Lei nº 8080/1990 e, 
8
em seguida, a Lei nº 8142/1990, as quais se cons-
tituíram como as Leis Orgânicas da Saúde (LOS)�
Durante a análise da Lei nº 8080/1990, o Presidente 
Fernando Collor de Mello precedeu com o veto de 
alguns artigos que se referiam à participação da 
sociedade na gestão do Sistema Único de Saúde 
(SUS), diante desse fato, houve nova pressão para 
que Lei nº 8142/1990 fosse sancionada garantindo 
a participação social no Sistema Único de Saúde 
(SUS), bem como enunciando alguns aspectos 
referentes à organização do financiamento público 
do setor�
Para iniciar a operacionalização do Sistema Único 
da Saúde (SUS), durante a década de 1990 e iní-
cio dos anos 2000, foram publicadas as Normas 
Operacionais Básicas (NOB): NOB-SUS nº 01/1991, 
NOB-SUS nº 01/1992, NOB-SUS nº 01/1993 e NO-
B-SUS nº 01/1996, e as Normas Operacionais de 
Assistência à Saúde (NOAS): NOAS-SUS nº 01/2001 
e NOAS-SUS nº 01/2002�
Em linhas gerais, as Normas Operacionais Básicas 
(NOB) e as Normas Operacionais de Assistência 
à Saúde (NOAS) buscaram organizar aspectos 
necessários para que o Sistema Único de Saúde 
(SUS) fosse operacionalizado, como no que se re-
fere à organização das Redes de Atenção à Saúde, 
responsabilização dos municípios em relação à 
9
implementação dasações em saúde e oferta de 
serviços à população, formas de pagamento das 
empresas privadas contratadas pelo setor público, 
desenvolvimento e implementação de programas 
de saúde, entre outros�
Outros instrumentos normativos foram promulga-
dos, como aqueles relacionados ao financiamento 
do Sistema Único de Saúde (SUS), como Emenda 
Constitucional (EC) nº 29, de 2000, a qual foi re-
conduzida até 2012, quando foi sancionada a Lei 
Complementar nº 141, e que estabelece os per-
centuais mínimos de investimento dos governos 
federal, estadual e municipal em saúde (BRASIL, 
2012)�
Além do Decreto nº 7508, de 28 de junho de 2011, 
sancionado pela presidente Dilma Rousseff, rei-
terando o Sistema Único de Saúde (SUS) como 
sistema de saúde universal do tipo seguridade 
social, e vigente no Brasil (BRASIL, 2011)�
A Tabela 1 apresenta a trajetória histórica de con-
solidação do Sistema Único de Saúde (SUS)�
Tabela 1: Trajetória histórica de consolidação do Sistema 
Único de Saúde (SUS)
Ano Década
Instituto Nacional de Assis-
tência Médica e Previdência 
Social (INAMPS)
--------- 1970
Reforma Sanitária ---------- 1970
10
Oitava Conferência Nacional 
de Saúde
1986 1980
Constituição Federal de 1988 1988 1980
Sistema Único de Saúde 
(SUS)
---------- 1990
Lei nº8080/90 e Lei nº 
8142/90
1990
NOB-SUS nº 01/1991 1991
NOB-SUS nº 01/1992 1992
NOB-SUS nº 01/1993 1993
NOB-SUS nº 01/1996 1996
Emenda Constitucional (EC) 
nº 29/2000
2000 2000
NOAS-SUS nº 01/2001 2001
NOAS-SUS nº 01/2002 2002
Decreto nº 7508/2011 ---------- 2010
Lei Complementar nº 
141/2012
2012
Fonte: Elaborado pela autora�
Diante do apresentado, denota-se o caminho trilhado 
para a construção e consolidação do Sistema Único 
de Saúde (SUS) como sistema de saúde vigente 
no Brasil e comprometido com o acesso à saúde 
de forma universal garantido pela Constituição 
Federal de 1988�
11
PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE 
SAÚDE (SUS)
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um exemplo de 
sistema de saúde classificado como Seguridade 
Social� 
Os sistemas do tipo Seguridade Social são aque-
les conhecidos por serem universais, ou seja, 
oferecidos para a população de forma indiscrimi-
nada, independentemente de classe social, poder 
aquisitivo, sexo, idade, credo etc., e financiados 
de forma indireta, por meio das arrecadações por 
carga tributária�
O Artigo nº 196 da Constituição Federal de 1988 
estabelece que o acesso à saúde é direito de todos 
e dever do Estado e para trazer diretrizes que pos-
sibilitem que esse artigo seja praticado, o Artigo 
nº 197 enuncia que o poder público deve dispor de 
meios para regulamentar, controlar e fiscalizar a 
oferta de serviços de saúde, fazendo uso tanto de 
serviços públicos como de privados – ideias que 
convergem com o que dispõe o Artigo nº 199, que 
posiciona o setor de saúde brasileiro como livre à 
iniciativa privada (BRASIL, 1988)�
Já o Artigo nº 198 aborda algumas características 
para a operacionalização do Sistema Único de 
Saúde (SUS), como as ideias de descentralização, 
integralidade e participação social – que dialogam 
12
com alguns dos princípios do sistema (BRASIL, 
1988)�
Por fim, o Artigo nº 200 elenca as atribuições do 
Sistema Único de Saúde (SUS), as quais abarcam:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e 
substâncias de interesse para a saúde e participar 
da produção de medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epide-
miológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na 
área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da exe-
cução das ações de saneamento básico;
V - incrementar, em sua área de atuação, o desen-
volvimento científico e tecnológico e a inovação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, 
de 2015)
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreen-
dido o controle de seu teor nutricional, bem como 
bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produ-
ção, transporte, guarda e utilização de substâncias 
e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele 
compreendido o do trabalho� (BRASIL, 1988)�
13
Portanto, na Constituição Federal de 1988 o direito 
à saúde está contemplado entre os Artigos nº 196 
e nº 200, cuja compreensão é necessária para 
entender as Leis Orgânicas da Saúde nº 8080 e 
nº 8142, ambas sancionadas em 1990�
Nessas leis são estabelecidos os elementos cen-
trais que direcionam as atribuições e a atuação 
do Sistema Único de Saúde (SUS) na oferta de 
serviços à população�
Para tanto, nelas são elencados os princípios que 
norteiam todas as ações e atividades organiza-
das pelo sistema, os quais são classificados em 
princípios doutrinários e princípios organizativos�
Os princípios doutrinários abarcam a essência do 
funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), 
enquanto que os princípios organizativos são 
aqueles que buscam dar direcionamento para a 
materialização do Sistema Único de Saúde (SUS) 
no cotidiano dos serviços�
A Figura 1 apresenta um esquema da construção 
dos princípios do Sistema Único de Saúde�
14
Figura 1: Construção dos princípios do Sistema Único de 
Saúde (SUS)
Leis Orgânicas da Saúde, 1990: 
Lei nº 8080/1990 e Lei nº 8142/1990
Princípios Doutrinários:
Universalidade
Equidade
Integralidade
Princípios Organizativos:
Hierarquização
Descentralização
Regionalização
Participação Social
Fonte: Elaboração própria�
Os princípios doutrinários traduzem a essência do 
Sistema Único de Saúde e são constituídos pelo 
princípio da universalidade, equidade e integralidade�
O princípio da universalidade refere-se à oferta 
de acesso à saúde a todos aqueles presentes em 
território brasileiro, independentemente de etnia, 
classe social, poder aquisitivo, sexo, idade, credo�
No Brasil, esse princípio é aplicado para qualquer 
pessoa, nativa, naturalizada ou mesmo clandestina 
em território nacional. Isso significa, por exemplo, 
que se uma gestante venezuelana buscar um serviço 
brasileiro de fronteira para dar à luz ao seu filho, o 
serviço brasileiro a assistirá, independentemente 
se ela está legalizada ou não no país�
15
O artigo intitulado Novas perspectivas na gestão do 
sistema de saúde da Espanha, publicado em 2010, por 
Sacardo et al, aborda um descritivo da consolidação do 
sistema de saúde espanhol, reconhecido como um dos 
melhores sistemas de saúde do mundo e de natureza 
universal� Esse material está disponível em: https://
scielosp�org/pdf/sausoc/2010�v19n1/170-179/pt�
O princípio da equidade refere-se à disponibilidade 
de recursos em saúde de acordo com as necessi-
dades apresentadas pelo usuário/paciente�
A prática desse princípio implica no desenvolvimento 
de competências dos profissionais da Saúde para 
identificarem precisamente essas necessidades, 
buscando a alocação justa de recursos�
É importante dizer que o conceito de equidade não é 
equivalente ao conceito de igualdade� Na igualdade 
dispõem-se de recursos de forma desarticulada 
da identificação de necessidades, enquanto que 
na equidade a identificação das necessidades é 
condição obrigatória�
Para exemplificar, considere as duas situações a 
seguir:
Situação A: O secretário de saúde de um município 
tomou a decisão de instituir práticas de atividade 
SAIBA MAIS
16
física três vezes por semana para idosos em todas 
as Unidades Básicas de Saúde (UBS)� Ao adotar 
essa medida, percebeu-se no primeiro mês que 
algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ade-
riram mais e outras, menos�
A análise da diferença entre essas Unidades Bási-
cas de Saúde (UBS) demonstrou que aquelas que 
aderiram menos são justamente as que estão em 
localidades com menor número de idosos, sendo 
que parte deles se encontram acamados e sem 
condições físicas de participarem da atividade 
proposta� 
Esse desfecho demonstra que o secretário de 
saúde municipal atuou embasado na igualdade, 
ouseja, ao garantir a atividade física a todas as 
Unidades Básicas de Saúde (UBS), ele não consi-
derou as necessidades específicas atreladas ao 
perfil demográfico de cada uma.
Situação B: O secretário de saúde de um município 
tomou a decisão de instituir práticas de atividade 
física três vezes por semana para idosos perten-
centes às Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 
localidades em que eles representam, no mínimo, 
10% da população total e possuam boas condições 
físicas para participarem da atividade proposta, 
refletindo em melhoria da qualidade de vida e 
bem-estar�
17
Para os demais idosos pertencentes a outras 
localidades e que tenham condições físicas de 
participarem será direcionado um comunicado 
convidando-os à integrarem o grupo de atividade 
física junto à Unidade Básica de Saúde (UBS) que 
oferece o serviço� 
Nesse caso, o secretário de saúde municipal agiu 
pautado na equidade, ou seja, alocando os recur-
sos para a oferta de atividade física para aqueles 
que efetivamente se beneficiarão, de forma justa 
e atendendo às necessidades identificadas e sem 
desperdício de recursos em saúde�
O princípio da integralidade parte de duas premis-
sas: de que a integralidade se refere à garantia 
do sistema de saúde oferecer a continuidade dos 
cuidados pertinentes frente às necessidades em 
saúde identificadas e, a segunda, de que a integra-
lidade contempla a compreensão de que a existên-
cia humana é composta por diversas dimensões: 
biológica, psicológica, social etc� e que, portanto, o 
sistema de saúde deve considerá-las para garantir 
o atendimento integral ao usuário/paciente�
Por exemplo, suponha a situação de uma mulher 
de 65 anos assistida numa Unidade Básica de 
Saúde (UBS), hipertensa e com queixa de dores 
articulares participa regularmente de um grupo de 
18
alongamento e caminhada oferecido pela equipe 
da Estratégia Saúde da Família (ESF)�
Numa das reuniões de equipe em que estava pre-
sente o Educador Físico do Núcleo Ampliado de 
Saúde da Família (NASF), uma das enfermeiras 
relatou que essa paciente tem se mostrado com 
sintomas de agravamento cardiovascular, em es-
pecial, durante as caminhadas�
Ao considerar o princípio da integralidade, espe-
ra-se que esse indício de agravamento da Hiper-
tensão Arterial Sistêmica (HAS) seja investigado, 
considerando aspectos biológicos, mas também 
psicológicos e sociais que possam ter alguma 
influência na descompensação clínica. Também 
sendo pertinente, outros serviços de saúde da 
Rede de Atenção à Saúde (RAS) deverão ser 
acessados, por exemplo, o Ambulatório Médico 
de Especialidades (AME) para uma consulta com 
cardiologista, realização de um ecocardiograma 
e de exames de análises clínicas, entre outros, 
ou ainda, o agendamento de uma consulta com 
Psicólogo do Núcleo de Ampliado de Saúde da 
Família (NASF), se o caso exigir�
Portanto, os princípios doutrinários do Sistema 
Único de Saúde (SUS) são suportados pelos 
princípios da universalidade, equidade e integra-
lidade, que devem direcionar todas as ações em 
19
saúde oferecidas pelo sistema, o que implica na 
pertinência de se contar com profissionais que 
efetivamente tenham as suas práticas pautadas 
nos seus princípios�
Além dos princípios doutrinários, o Sistema Único 
de Saúde (SUS) tem quatro princípios organizativos: 
descentralização, hierarquização, regionalização e 
participação social�
O princípio da descentralização refere-se à ideia 
de que o direcionamento das ações em saúde no 
Sistema Único de Saúde (SUS) deve possuir uma 
linha de direção única, partindo do Ministério da 
Saúde – que representa o governo federal –, para as 
Secretarias de Saúde Estaduais – que representam 
os governos estaduais –, e por fim para as Secre-
tarias de Saúde Municipais – que representam os 
governos municipais�
Anteriormente ao Sistema Único de Saúde (SUS), 
a tomada de decisão em saúde era totalmente 
centralizada no Ministério da Saúde, portanto, no 
governo federal, o que significa que muitas das 
ações propostas não atendiam ou atendiam par-
cialmente as necessidades em saúde da população, 
as quais são específicas e diferentes a depender 
da localidade em que as pessoas vivem�
Por exemplo, imunizar sistematicamente a popu-
lação da região metropolitana de São Paulo contra 
20
a Febre Amarela não faz sentido, diferentemente 
da população da região Amazônica, que tem essa 
doença endemicamente no seu território�
O princípio da descentralização fortalece a prática 
da equidade e trouxe consigo o desafio de respon-
sabilizar estados e municípios na condução da 
gestão em saúde�
Essa responsabilização descentralizada que o 
Sistema Único de Saúde (SUS) propõe implicou 
no fenômeno da municipalização, que se cons-
titui em situar os municípios como os principais 
gestores em saúde, uma vez que eles são os que 
estão mais próximos das necessidades em saúde 
locais, abarcando maior precisão na identificação 
dessas necessidades e, consequentemente, maior 
eficiência na alocação dos recursos em saúde.
Por esse motivo que a oferta de Educadores Físicos 
para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS) 
não é linear ao se comparar diferentes localidades, 
uma vez que os benefícios que esses profissionais 
trazem para a população depende do perfil epide-
miológico existente no território�
O princípio da hierarquização refere-se à organiza-
ção dos serviços de saúde, visando garantir que 
esse ordenamento garante a prática do princípio 
da integralidade�
21
Esse ordenamento dos serviços de saúde se dá 
nos seguintes níveis de atenção à saúde: atenção 
primária, atenção secundária e atenção terciária, 
apresentados na figura 2 a seguir:
Figura 2: Níveis de Atenção à Saúde
Nível de Atenção Terciária
(hospitais especializados
Nível de Atenção Secundária
(hospitais gerais, unidades
de pronto atendimento,
ambulatórios médicos
de especialidades)
Nível de Atenção Primária
(unidades básicas
de saúde, centros de
Apoio Psicossocial)
Fonte: Elaboração própria�
O nível de atenção terciária é composto pelos 
hospitais especializados e, portanto, agregam 
22
maior aparato tecnológico, sendo responsável pela 
assistência de alta complexidade�
O nível de atenção secundária é composto pelos 
hospitais gerais, que minimamente oferecem as-
sistência derivada das especialidades médicas 
de clínica médica, cirurgia geral, ginecologia/
obstetrícia e pediatria, além dos serviços que es-
tabelecem um elo de comunicação direta com a 
assistência hospitalar, como as unidades de pronto 
atendimento (UPA) e os ambulatórios médicos de 
especialidades (AME)�
O nível de atenção primária tem capacidade para 
responder até 80% das necessidades em saúde 
da população e tem nas Unidades Básicas de 
Saúde (UBS) os serviços que buscam realizar a 
coordenação do cuidado da Rede Atenção à Saúde 
(RAS), conformada pela integração dos três níveis 
de atenção� 
Além das Unidades Básicas de Saúde (UBS), no 
nível de atenção primária também estão os cen-
tros de apoio psicossocial (CAPS), que oferecem 
assistência às pessoas com transtornos mentais 
e dependência química�
Portanto, o princípio da hierarquização tem o 
propósito de organizar a oferta dos serviços em 
saúde em níveis de atenção à saúde, os quais 
são acessados pelo usuário/paciente conforme 
23
a identificação das suas necessidades, a fim de 
garantir o cuidado integral�
Para exemplificar, suponha que um usuário/paciente 
assistido na Unidade Básica de Saúde (UBS) próxi-
ma de sua residência apresentou a agudização de 
um quadro crônico de lombalgia� Em detrimento 
de todas as ações em saúde para manejo da dor 
e manutenção da mobilidade, ele apresentou uma 
piora significativa. 
Numa das consultas de acolhimento na Unidade 
Básica de Saúde (UBS) após constatada essa situa-
ção, o médico fez um encaminhamento do paciente 
para atendimento eletivo com um ortopedista no 
Ambulatório Médico de Especialidades (AME) – a 
essa ação de referenciar um usuário/paciente de 
um serviço de um menor nível de atençãoà saú-
de para um de maior nível de atenção à saúde é 
denominada de mecanismo de referência�
No dia agendado com o ortopedista, o usuário/
paciente foi avaliado, sendo indicada a realização 
de uma Ressonância Magnética, em que acusou 
a existência de uma hérnia de disco� Diante disso, 
indicou-se tratamento conservador, com medica-
mentos e atividades físicas de alongamento, sendo 
ele contrarreferenciado para a Unidade Básica de 
Saúde (UBS) para continuidade dos cuidados�
24
O mecanismo de contrarreferência é quando o 
usuário/paciente é direcionado de um serviço 
de maior nível de atenção à saúde para um outro 
serviço de menor nível de atenção à saúde, como 
no exemplo do usuário/paciente com quadro crô-
nico e lombalgia, que foi do Ambulatório Médico 
de Especialidades (AME), que pertence ao nível 
de atenção secundária, para a Unidade Básica de 
Saúde (UBS), que pertence ao nível de atenção 
primária�
Portanto, vale reiterar que os mecanismos de 
referência e contrarreferência têm a intenção de 
garantir que a assistência integral seja oportuni-
zada à população�
O princípio da regionalização tem o objetivo de or-
ganizar a Rede de Atenção à Saúde (RAS) para além 
dos níveis de atenção à saúde, como preconiza o 
princípio da hierarquização, também considerando 
o território e a interação entre territórios diferentes�
Como o Sistema Único de Saúde (SUS) atua pau-
tado no princípio da equidade, deve-se compreen-
der que a oferta dos serviços não se dá de forma 
igualitária, mas considerando as especificidades 
dos territórios�
Por exemplo, ao se pensar no serviço hospitalar é 
fundamental ter clareza que a grande maioria dos 
municípios brasileiros não dispõe de um hospital 
25
exclusivo para a população da cidade, haja vista 
o grande investimento para a sua manutenção, 
além da baixa eficiência que hospitais de pequeno 
porte, até 50 leitos, possuem em comparação com 
hospitais de grande porte, com 150 leitos ou mais�
Isso significa que o Sistema Único de Saúde (SUS) 
precisa dispor de uma Rede de Atenção à Saúde 
(RAS) organizada para que as pessoas sejam as-
sistidas em suas necessidades�
Portanto, cidades pequenas, com até 50 mil habi-
tantes, compartilham um serviço hospitalar lotado 
numa cidade específica de determinada localidade 
porque o esperado é que um quantitativo reduzido 
de pessoas venha a utilizar de serviços dos níveis 
da atenção secundária e terciária, já que a aten-
ção primária tem potência para assistir a grande 
maioria das demandas em saúde�
O princípio da regionalização está fortemente 
direcionado pelos princípios da equidade e inte-
gralidade, desta forma, comprometendo-se com 
a garantia do acesso à saúde à população�
O princípio da participação social se relaciona à 
participação da sociedade civil na gestão do Sis-
tema Único de Saúde (SUS)�
Para garantir a prática desse princípio, as Unidades 
Básicas de Saúde (UBS), em sua maioria, dispõem 
26
de reuniões mensais do Conselho Gestor, o qual 
conta com a representação do gestor da Unidade 
Básica de Saúde (UBS), de um funcionário da Uni-
dade Básica de Saúde (UBS) e de um representante 
da comunidade�
As reuniões são abertas ao público e o objetivo é 
debater sobre pontos de melhoria no atendimento às 
necessidades das pessoas� A partir das demandas 
identificadas, aquelas que são de governabilidade 
da Unidade Básica de Saúde (UBS) são encaminha-
das pela sua gestão, porém aquelas que precisam 
de um debate em nível municipal são levadas ao 
Conselho Municipal de Saúde (CMS), que conta 
com a representação de cada Unidade Básica de 
Saúde, sendo as reuniões também públicas�
O artigo de Oliveira & Krüger (2018), intitulado Trinta anos 
da Constituição e a participação popular no SUS, traz 
um descritivo da construção legal e da participação da 
sociedade civil no Sistema Único de Saúde (SUS), possi-
bilitando compreender o contexto político e econômico 
como influenciadores no mecanismo de controle social. 
Esse material está disponível em: https://periodicos�ufes�
br/ argumentum/article/view/18621/13181�
SAIBA MAIS
27
Um exemplo desse tipo de interlocução no Conse-
lho Municipal de Saúde (CMS) é quando diferentes 
Unidades Básicas de Saúde (UBS) apontam a 
pertinência da construção de uma Unidade Pron-
to Atendimento (UPA), o que demanda ação da 
Secretaria de Saúde Municipal�
Entretanto, ainda há situações que o Conselho 
Estadual de Saúde (CSE), composto por represen-
tação dos Conselhos Municipais de Saúde (CMS), 
precisa ser acionado, como, por exemplo, para 
debater a reorganização da Rede de Atenção à 
Saúde (RAS) estadual�
Já o Conselho Nacional de Saúde (CNS) é constitu-
ído por representação dos Conselhos Estaduais de 
Saúde (CES) e tem o propósito de debater temas 
de relevância nacional, como, por exemplo, as 
medidas de enfrentamento frente às epidemias, 
disponibilidade de recursos em saúde em massa 
para a população, entre outros�
Diante do apresentado, o Sistema Único de Saúde 
(SUS) se apresenta como um sistema de saúde que 
tem as suas ações organizadas a partir dos seus 
princípios doutrinários e organizativos�
Esse aspecto é fundamental e, portanto, deve ser 
reforçado recorrentemente, haja vista que o Sis-
tema Único de Saúde tem o objetivo de assistir 
exclusivamente 2/3 da população brasileira – que 
28
totaliza mais de 200 milhões de habitantes, bem 
como pontualmente ¼ da população brasileira que 
detém plano privado de saúde, a qual também tem 
direito de acesso ao setor público de saúde�
Na ausência da prática dos seus princípios, o Sis-
tema Único de Saúde (SUS) pode apresentar maior 
dificuldade para ter as suas ações organizadas para 
assistir a esse quantitativo de pessoas, porque 
estão inseridas em contextos sociais, culturais e 
econômicos díspares, trazendo maiores desafios 
para a sua operacionalização num país, como o 
Brasil, de dimensão continental�
Portanto, é condição mandatória que os profissio-
nais da área da Saúde, entre eles o Educador Físico, 
possuam consciência sobre a grandiosidade que 
o Sistema Único de Saúde (SUS) representa para 
a organização e oferta de serviços de saúde para 
a população brasileira�
29
POLÍTICA NACIONAL DE 
ATENÇÃO BÁSICA
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) teve 
a sua origem em 2006 como produto do amadure-
cimento da implementação de iniciativas anteriores 
que colocaram o nível de atenção primária à saúde 
como elemento articulador do Sistema Único de 
Saúde (SUS)�
Essa Política propõe a reorganização do modelo 
assistencial do sistema de saúde pautando as 
suas ações no acompanhamento da condição de 
saúde das famílias, a partir da compreensão do 
modo de vida em que elas estão inseridas�
Neste sentido, o nível de atenção primária à saúde 
se coloca como a principal porta de entrada para 
acessar o Sistema Único de Saúde (SUS), oportu-
nizando atendimento longitudinal e próximo das 
pessoas, o que possibilita o estabelecimento de 
vínculos e, portanto, de cuidados efetivos� 
A Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), de 
2006, estabeleceu as responsabilidades em âmbito 
federal, estadual e municipal, além da infraestrutura 
necessária, o processo de trabalho das equipes 
envolvidas, bem como a forma de financiamento do 
nível da atenção primária à saúde (BRASIL, 2006)�
30
Entretanto, com o avanço da implementação desta 
Política, percebeu-se a necessidade de organizar 
também as Redes de Atenção à Saúde (RAS)�
Desta forma, em 2011, a Política Nacional de Aten-
ção Básica (PNAB) foi revisada, sendo publicada 
por meio da Portaria do Ministério da Saúde nº 
2488/2011 (BRASIL, 2011)�
Nesta versão atualizada da Política Nacional de 
Atenção Básica (PNAB) é importante destacar que 
a Atenção Primária à Saúde (APS) foi posicionada 
como elemento coordenador e articulador dos 
cuidados em saúde�
Outros aspectos foram contemplados nesta edição 
da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), 
como a estruturação da atuação profissional em 
Saúde Bucal, o fortalecimento do trabalhodos 
Agentes Comunitários em Saúde (ACS) e a orga-
nização da assistência direcionada às populações 
específicas, como as ribeirinhas, bem como as em 
situação de rua�
Além disso, a edição de 2011 da Política Nacional 
de Atenção Básica (PNAB) criou os Núcleos de 
Apoio à Saúde da Família (NASF), os quais abar-
caram a integração de diferentes profissionais da 
área da Saúde para atuarem na integralidade do 
cuidado, como: fisioterapeutas, fonoaudiólogos, 
terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas 
e educadores físicos (BRASIL, 2011)�
31
Em 2017, essa Política sofreu nova atualização, 
em especial no que se referiu à mudança na me-
todologia de financiamento da Atenção Básica, 
atrelando o repasse de recursos do âmbito federal 
para estados e municípios à adesão aos sistemas 
de informação do Ministério da Saúde, em relação 
ao registro dos estabelecimentos e das equipes 
atuantes na Atenção Primária e ao cumprimento 
das metas estabelecidas para indicadores de 
produção das equipes de saúde (BRASIL, 2017)�
Para você conhecer a diferença ideológica entre os 
termos “atenção primária à saúde” e “atenção básica”, 
faça a leitura do artigo da Profa� Dra� Lígia Giovanella, 
publicado em 2018 e intitulado Atenção básica ou atenção 
primária à saúde?, em que ela aborda uma contextuali-
zação histórica e problematiza a adoção de ambos os 
termos� Esse material está disponível em: https://www�
scielo�br/j/csp/a/rxLJRM8CWzfDPqz438z8JNr/?lang=pt�
Portanto, a atuação do Educador Físico no Sistema 
Único de Saúde (SUS) está diretamente relacionada 
ao nível da atenção primária à saúde, o que justifica 
a necessidade desses profissionais conhecerem 
a trajetória de implementação e atualizações da 
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)�
SAIBA MAIS
32
ESTRATÉGIA SAÚDE DA 
FAMÍLIA (ESF)
A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi instituída 
por meio da Política Nacional de Atenção Básica 
(PNAB), publicada em 2006, como vista a reorientar 
o modelo assistencial no Sistema Único de Saúde 
(SUS)�
Anteriormente a esse momento, o Brasil vivenciou 
durante a década de 1990 a implementação de dois 
programas: Programa de Agentes Comunitários de 
Saúde (PACS) e o Programa Saúde da Família (PSF)�
Esses dois programas foram instituídos a partir 
de experiências vivenciadas por outros países que 
adotaram um modelo de atenção centrado no pa-
ciente/família, buscando potencializar a proximidade 
das pessoas aos serviços de saúde por meio do 
estabelecimento de vínculo e da proposta de um 
acompanhamento longitudinal que favorecesse a 
equidade e integralidade do cuidado�
Tanto o Programa de Agentes Comunitários de 
Saúde (PACS), como o Programa Saúde da Família 
(PSF) foram iniciados em regiões brasileiras com 
maior vulnerabilidade e dificuldade de acesso aos 
serviços de saúde, portanto, concentrando-se nas 
regiões Norte e Nordeste e depois expandindo para 
33
as demais regiões brasileiras e naquelas com maior 
desenvolvimento em suas localidades periféricas�
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
(PACS) tinha em sua equipe mínima a presença 
de uma enfermeira e de agentes comunitários de 
saúde (ACS), enquanto que no Programa Saúde 
da Família (PSF), além desses profissionais, ha-
via a presença de um médico e de um técnico de 
Enfermagem�
Os resultados trazidos por esses programas em 
relação à redução da taxa de mortalidade infantil, 
que é calculada pela ocorrência de morte em me-
nores de um ano para cada 1000 crianças nascidas 
vivas, bem como a redução da taxa de desnutrição 
etc� fez com que o Ministério da Saúde buscasse 
ampliar a atuação dessas equipes no território 
nacional� 
A Figura 3 mais adiante demostra essa implemen-
tação, tendo como marco inicial o ano de 2006, 
quando a Política Nacional de Atenção Básica 
(PNAB) foi instituída, cuja Estratégia Saúde da 
Família (ESF), como produto das experiências com 
o Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
(PACS) e o Programa Saúde da Família (PSF), foi 
posicionada como elemento central dessa Política�
A análise dessa tabela permite identificar os es-
tados que tinham alguma elevada cobertura pela 
34
Estratégia Saúde da Família (ESF), como resultado 
dos programas anteriores como, por exemplo, 
os estados do Acre, Amapá, Roraima, Tocantins, 
Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande 
do Norte e Sergipe, bem como aqueles estados 
em que a cobertura foi expandindo ao longo dos 
anos, alguns de forma mais abrangente e outros 
de forma mais restrita, como ocorreu no Distrito 
Federal e no estado de São Paulo�
Numa análise geral, permite-se observar que em 
2006 a cobertura por equipes da Estratégia Saúde 
da Família era de 45,3% do território brasileiro e 
que esse percentual ao longo dos anos progrediu 
até chegar à cobertura de 64% do território�
35
Figura 3: Cobertura percentual da Estratégia Saúde da 
Família, grandes regiões, unidades da federação e Brasil, 
2006-2016
4 Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 27(3):e2017170, 2018
Tendência da cobertura da Estratégia Saúde da Família 
Tabela 1 – Coberturaa (%) da Estratégia Saúde da Família, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Brasil, 2006-2016
Regiões e
Unidades da Federação 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Variação anualb
% (IC
95%
)c Valor-p
d Tendência
Norte 40,7 42,0 45,7 49,2 51,4 51,6 51,1 52,0 57,3 61,9 63,4 10,3 (7,5;13,1) <0,001 Crescente
Acre 59,9 58,0 59,4 63,6 61,1 60,6 66,3 69,8 73,8 77,2 79,7 7,4 (4,4;10,3) <0,001 Crescente
Amapá 54,4 57,0 61,7 68,9 73,8 69,8 58,2 56,9 68,1 70,8 73,4 5,5 (-1,5;13,0) 0,116 Estável
Amazonas 43,2 45,5 48,5 49,9 51,1 48,6 47,7 48,7 54,6 59,4 58,4 6,5 (2,8;10,5) 0,004 Crescente
Pará 28,8 30,4 34,6 38,1 40,5 41,7 42,3 43,3 47,0 52,3 54,5 15,3 (11,9;18,8) <0,001 Crescente
Rondônia 36,4 38,8 45,7 50,3 55,5 58,5 58,8 60,9 66,5 73,2 76,6 18,3 (14,1;22,6) <0,001 Crescente
Roraima 72,5 67,7 69,3 72,1 69,1 67,2 64,8 56,1 72,4 72,7 76,2 0,3 (-4,4;5,3) 0,828 Estável
Tocantins 77,0 76,0 76,5 85,2 88,4 88,4 82,8 84,8 91,7 92,9 93,1 4,7 (2,3;7,2) 0,002 Crescente
Nordeste 65,8 66,7 69,7 69,7 70,0 72,0 72,5 73,8 78,1 79,3 80,0 4,6 (3,8;5,5) <0,001 Crescente
Alagoas 68,7 69,2 70,1 70,6 72,1 71,8 72,4 73,2 75,2 75,7 76,5 2,5 (2,2;2,9) <0,001 Crescente
Bahia 49,8 50,1 53,6 53,8 57,7 60,4 62,0 63,7 68,6 70,4 72,4 9,7 (9,2;10,2) <0,001 Crescente
Ceará 58,6 65,0 66,5 66,6 69,0 70,1 69,4 70,8 78,1 80,7 81,0 6,8 (4,9;8,7) <0,001 Crescente
Maranhão 73,5 72,7 77,4 79,0 80,7 79,1 76,6 77,4 81,9 83,2 80,2 2,2 (0,5;4,0) 0,018 Crescente
Paraíba 91,1 91,9 94,5 94,7 95,3 93,2 92,5 92,9 93,8 91,9 94,2 0,3 (-0,6;1,2) 0,497 Estável
Pernambuco 62,4 62,0 66,5 67,1 68,0 68,3 68,3 70,0 74,1 75,8 76,9 4,9 (3,7;6,0) <0,001 Crescente
Piauí 95,2 94,8 96,0 96,9 97,4 96,7 94,2 96,1 96,9 97,0 98,7 0,6 (-0,1;1,3) 0,085 Estável
Rio Grande do Norte 79,1 76,4 79,4 77,9 77,4 76,2 74,9 78,6 82,1 82,1 82,0 1,1 (-0,8;2,9) 0,218 Estável
Sergipe 82,3 82,7 83,2 85,2 86,2 85,1 84,0 83,4 89,1 87,8 87,8 1,5 (0,6;2,4) 0,005 Crescente
Sudeste 33,3 33,9 36,0 37,3 39,1 41,0 43,6 44,5 48,3 51,3 53,1 11,8 (11,0;12,6) <0,001 Crescente
Espírito Santo 45,4 44,5 47,5 48,9 51,0 52,1 52,3 53,5 58,4 60,7 60,3 7,6 (6,4;8,8) <0,001 Crescente
Minas Gerais 57,4 58,6 61,6 63,8 66,7 68,8 70,6 70,9 75,4 78,2 79,1 7,9 (7,2;8,6) <0,001 Crescente
Rio de Janeiro 27,9 28,0 30,0 30,3 32,3 37,1 42,9 44,8 47,1 48,9 52,0 16,7 (12,9; 20,7) <0,001 Crescente
São Paulo 22,8 23,5 25,1 26,1 27,3 28,3 30,4 31,0 35,0 38,7 40,7 14,2 (11,6;16,9) <0,001 Crescente
Sul 44,1 44,4 46,5 48,2 49,8 51,0 52,9 55,3 60,1 64,6 66,5 10,1 (8,0;12,2) <0,001 Crescente
Paraná 48,2 48,1 50,0 51,6 53,5 55,0 56,5 58,5 63,5 66,8 67,4 8,6 (7,1; 10,1) <0,001 Crescente
Rio Grande do Sul 29,5 30,3 32,4 33,9 35,5 36,3 38,8 41,3 47,0 53,5 57,2 16,4 (12,1;20,8) <0,001 Crescente
Santa Catarina 64,1 64,1 66,3 68,1 69,2 69,9 71,0 73,6 76,8 79,8 80,4 5,6 (4,6;6,6) <0,001 Crescente
Centro-Oeste 44,8 44,8 47,4 49,0 51,9 52,9 53,7 55,5 58,6 60,2 60,9 7,9 (7,2;8,7) <0,001 CrescenteDistrito Federal 6,9 5,8 6,0 10,1 13,6 15,4 16,4 23,7 28,8 31,1 31,1 53,8 (40,6;68,2) <0,001 Crescente
Goiás 55,1 54,6 56,8 56,9 59,7 61,2 62,6 63,0 65,4 66,6 67,1 5,4 (4,9;5,8) <0,001 Crescente
Mato Grosso 53,0 52,3 56,3 60,2 63,3 62,7 61,2 61,0 63,8 65,3 66,7 5,3 (2,6;8,1) 0,001 Crescente
Mato Grosso do Sul 47,6 50,6 54,8 57,5 59,8 60,3 62,1 63,9 66,8 68,7 69,7 8,9 (6,9;11,0) <0,001 Crescente
Brasil 45,3 46,0 48,5 49,8 51,8 53,0 54,3 55,6 59,8 62,5 64,0 8,4 (7,4;9,3) <0,001 Crescente
a) Os valores das coberturas de cada ano foram obtidos do cálculo da média de cobertura entre os meses de janeiro e dezembro. 
b) Variação anual em % e seus IC
95%
 foram calculados pela seguinte fórmula: TIA= (-1+[10 ])*100, em que é o logaritmo de base natural resultante da regressão de Prais-Winsten.
c) IC
95%
: intervalo de confiança de 95%.
d) Valor-p da regressão de Prais-Winsten.
Saúde,21 Programas de Valorização da Atenção Básica22 
e Programa Mais Médicos.23 
Todas as UFs apresentaram cobertura maior em 
2016, na comparação com 2006. Contudo, nem todas 
apresentaram uma tendência de crescimento dessa 
cobertura. Roraima, Amapá, Piauí, Rio Grande do 
Norte e Paraíba mostraram estabilidade, possivelmente 
devida às oscilações nas coberturas ano a ano, não 
apresentando uma progressão de aumento no decorrer 
do tempo. É mister destacar que nenhuma das UFs, re-
giões e o Brasil como um todo apresentaram tendência 
decrescente na cobertura da Saúde da Família. O Piauí 
e a Paraíba, por exemplo, apresentaram coberturas 
em torno de 90% desde 2006, tornando-se mais difícil 
ampliar a cobertura da ESF nesses estados. Eis um 
importante achado do presente estudo: os esforços 
despendidos desde a implantação da estratégia garanti-
ram, ao menos, que houvesse melhoria nas coberturas 
Fonte: Neves et al, 2018� p� 4� Disponível em: https://www�
scielo�br Acesso em: 25 de fevereiro de 2022�
Esse avanço no número de equipes da Estratégia 
Saúde da Família (ESF) no Brasil reitera os pres-
supostos da Política Nacional de Atenção Básica 
(PNAB)�
36
A composição mínima da equipe da Estratégia Saúde da 
Família (ESF) é: um médico, um enfermeiro, um técnico 
de Enfermagem e o número de Agentes Comunitários 
de Saúde (ACS) é variável a depender do número de 
famílias assistidas – o que é determinado na Política 
Nacional da Atenção Básica (PNAB)�
Para aprofundar os seus estudos, realize a leitura da 
Política Nacional da Atenção (PNAB), dos anos de 2006, 
2012 e 2017�
Política Nacional da Atenção (PNAB), 2006� Disponível 
em: https://bvsms�saude�gov�br/bvs/publicacoes/poli-
tica_nacional_atencao_basica_2006�pdf�
Política Nacional da Atenção (PNAB), 2012� Disponível 
em: http://189�28�128�100/dab/docs/publicacoes/
geral/pnab�pdf�
Política Nacional da Atenção (PNAB), 2017� Disponível em: 
https://bvsms�saude�gov�br/bvs/saudelegis/gm/2017/
prt2436_22_09_2017�html�
FIQUE ATENTO
37
NÚCLEO AMPLIADO DE 
SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
Após a implantação da Política Nacional de Aten-
ção Básica (PNAB), em 2006, frente à potência 
que essa política trouxe para possibilitar a maior 
resolubilidade das condições de saúde no nível 
da atenção primária, observou-se a necessidade 
de integração de outros profissionais da área da 
Saúde para apoiarem as demandas emergentes 
nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)�
Nesse sentido, a atualização da Política Nacional 
de Atenção Básica, de 2011, formalizou a criação 
dos então denominados Núcleos de Apoio à Saúde 
da Família (NASF), que podem ser constituídos por 
médico acupunturista, assistente social, educador 
físico, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, 
médico ginecologista/obstetra, médico homeopata, 
nutricionista, médico pediatra, psicólogo, médico 
psiquiatra, terapeuta ocupacional, médico geriatra, 
médico internista (clínica médica), médico do traba-
lho, médico veterinário, profissional com formação 
em arte e educação (arte educador) e profissional 
de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado 
na área de saúde com pós-graduação em saúde 
pública ou coletiva ou graduado diretamente em 
uma dessas áreas�
38
A constituição das equipes era de responsabilidade 
dos municípios que tinham a responsabilidade de 
planejar os recursos necessários considerando a 
classificação das equipes em NASF 1, NASF 2 e 
NASF 3. A diferença entre essas três classificações 
ocorre em relação à carga horária de dedicação 
dos profissionais da equipe no apoio às ações da 
Estratégia Saúde da Família (ESF), uma vez que a 
forma de financiamento até 2016 era proveniente 
do governo federal e pautado no número de equi-
pes atuantes�
Para aprofundar os seus estudos na classificação das 
equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NAS-
F-AB), faça a leitura da Portaria de Consolidação nº 02 
do Ministério da Saúde, Secção II, Artigos nº 13, 14 e 15� 
Esse material está disponível em: https://bvsms�saude�
gov�br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/
Matriz-2-Politicas�html�
Com a atualização, em 2017, da Política Nacional 
de Atenção Básica (PNAB), a forma de financia-
mento sofreu mudança e o repasse de verba do 
governo federal para os municípios manterem as 
agora chamadas equipes do Núcleo Ampliado de 
Estratégia Saúde da Família da Atenção Básica 
(NASF-AB) foi extinto, sendo a partir desse mo-
SAIBA MAIS
39
mento o financiamento pautado no número de 
atendimentos feitos e no investimento da dispo-
nibilidade das equipes que não obrigatoriamente 
realizam o atendimento ao usuário/paciente, mas o 
assistem conjuntamente às equipes da Estratégia 
Saúde da Família (ESF) ou apoiando a condução 
dos casos dessas equipes�
Para aprofundar os seus estudos em relação às ca-
racterísticas e implementação das equipes do Núcleo 
Ampliado de Saúde da Família (NASF-AB), recomenda-se 
o acesso à página do Ministério da Saúde que aborda 
uma contextualização histórica de criação do Núcleo 
Ampliado de Saúde da Família (NASF-AB), bem como 
as normas para a implementação dessas equipes junto 
à Estratégia Saúde da Família (ESF)� Para tanto, acesse 
o link: https://aps�saude�gov�br/ape/nasf�
SAIBA MAIS
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atuação do Educador Físico nos Núcleos Am-
pliados de Saúde da Família (NASF-AB) exige 
desse profissional conhecimento sólido sobre a 
construção histórica do Sistema Único de Saúde 
(SUS), o seu marco regulatório – representado pela 
Constituição Federal de 1988 e as Leis Orgânicas 
da Saúde nº 8080/1990 e nº 8142/1990, bem 
como dos princípios que direcionam as práticas 
em saúde�
Nesse sentido, é fundamental compreender a 
robustez dos Sistema Único de Saúde (SUS) e 
os desafios na oferta de serviços de saúde que 
possibilitem garantir cuidados à saúde integral e 
comprometidos com a equidade e a universalidade�
41
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
AMADEO, J�; ANDREAZZA, R�; REIS, A� A� 
C� Sistema Nacional de Saúde britânico: 
trajetória de reformas, 1990-2002� Caderno 
de Saúde Pública, 37(5), 2021� Disponível 
em: https://www�scielo�br/j/csp/a/
gqH8SngyqqkRjDCD6r3Dj5p/?format=html&lang=pt� 
Acesso em: 25 de fevereiro de 2022�
BARROS, S�; CAMPOS, P� F� S�; FERNANDES, J� J� 
S� Atenção à Saúde de Populações Vulneráveis� 
1� ed� São Paulo: Manole, 2014� [Minha 
Biblioteca]� 
BOCCOLINI, C� S� Morbidade por doenças 
crônicas no Brasil: situação atual e futura� 
Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 
2016� Disponível em: https://saudeamanha�
fiocruz.br/wp-content/uploads/2017/11/
PJSSaudeAmanha_Texto0022_2016_v05�pdf� 
Acesso em: 25 de fevereiro de 2022�
BRASIL, Casa Civil� Constituição Federal de 
1988� Disponível em: http://www�planalto�gov�
br/ccivil_03/constituicao/constituicao�htm� 
Acesso em: 25 de fevereiro de 2022�
BRASIL, Casa Civil� Decreto nº 7508, de 2011� 
Disponível em: http://www�planalto�gov�br/
ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7508�
htm�
BRASIL, Casa Civil� Lei Complementar nº 141, 
de 2012� Disponível em: http://www�planalto�
gov�br/ccivil_03/leis/lcp/lcp141�htm�
BRASIL, Casa Civil� Lei nº 8080,de 1990� 
Disponível em: http://www�planalto�gov�br/
ccivil_03/leis/l8080�htm� Acesso em: 25 de 
fevereiro de 2022�
BRASIL, Casa Civil� Lei nº 8142, de 1990� 
Disponível em: http://www�planalto�gov�br/
ccivil_03/leis/l8142�htm� Acesso em: 25 de 
fevereiro de 2022�
BRASIL� Conselho Nacional de Secretários 
de Saúde – (CONASS)� Sistema Único de 
Saúde� Brasília: CONASS� 2011� Disponível em: 
https://www�conass�org�br/bibliotecav3/pdfs/
colecao2011/livro_1�pdf� Acesso em: 25 de 
fevereiro de 2022�
BRASIL� Ministério da Saúde� ABC do SUS: 
Doutrina e princípios� Brasília: Ministério da 
saúde� 1990� Disponível em: http://www�pbh�gov�
br/smsa/bibliografia/abc_do_sus_doutrinas_e_
principios�pdf� Acesso em: 25 de fevereiro de 
2022�
BRASIL� Ministério da Saúde� Conselho Nacional 
de Saúde� O desenvolvimento do Sistema único 
de Saúde: avanços, desafios e reafirmação 
dos seus princípios e diretrizes� 2� ed� Brasília: 
Ministério da Saúde� 2003� Disponível em: 
https://bvsms�saude�gov�br/bvs/publicacoes/
desenvolvimento_sus�pdf� Acesso em: 25 de 
fevereiro de 2022�
BRASIL� Ministério da Saúde� Política Nacional 
de Atenção Básica� Brasília: Ministério da Saúde, 
2006� Disponível em: https://bvsms�saude�gov�
br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_
basica_2006�pdf� Acesso em: 25 de fevereiro de 
2022�
BRASIL� Ministério da Saúde� Portaria de 
Consolidação nº 02, [s� d]� Disponível em: 
https://bvsms�saude�gov�br/bvs/saudelegis/
gm/2017/MatrizesConsolidacao/Matriz-2-
Politicas�html� Acesso em: 25 de fevereiro de 
2022�
BRASIL� Ministério da Saúde� Portaria nº 2436, 
de 2017� Política Nacional de Atenção Básica� 
Disponível em: https://bvsms�saude�gov�br/bvs/
saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017�html� 
Acesso em: 25 de fevereiro de 2022�
BRASIL� Ministério da Saúde� Portaria nº 2488, 
de 2011� Política Nacional de Atenção Básica� 
Disponível em: https://bvsms�saude�gov�br/bvs/
saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011�html� 
Acesso em: 25 de fevereiro de 2022�
BUSATO, I� M� S� Epidemiologia e processo 
saúde-doença� 1� ed� Curitiba: Intersaberes� 
2016� [Biblioteca Virtual]� 
CAMPOS, K� F� C�; MARQUES, R� C�; CECCIM, R� 
B�; SILVA, K� L� Educação permanente em saúde 
e modelo assistencial: correlações no cotidiano 
de serviço na Atenção Primária à Saúde� Revista 
da Rede APS, 1(2): 132-140, 2019� Disponível 
em: https://apsemrevista�org/aps/article/
view/28/26� Acesso em: 25 de fevereiro de 
2022�
GIOVANELLA, L� Atenção básica ou 
atenção primária à saúde? Caderno de 
Saúde Pública, 34(8), 2018� Disponível 
em: https://www�scielo�br/j/csp/a/
rxLJRM8CWzfDPqz438z8JNr/?lang=pt Acesso 
em: 25 de fevereiro de 2022�
HELMAN, C� G� Cultura, saúde e doença� Porto 
Alegre: Artmed� 2009� [Minha Biblioteca]�
NASCIMENTO, A� B� (Org�)� Política de Saúde� 
São Paulo: Pearson� 2018� [Minha Biblioteca]�
NEVES, R� G�; FLORES, T� R�; DURO, S� M� 
S�; NUNES, B� P�; TOMASI, E� Tendência 
temporal da cobertura da Estratégia Saúde 
da Família no Brasil, regiões e Unidades 
da Federação, 2006-2016� Epidemiologia 
Serviços de Saúde, 27(3):1-8, 2018� 
Disponível� em: :https://www�scielo�br/j/ress/a/
N7hnfZBdZH7NQ6mmBCrWxvK/?lang=pt&format=pdf� 
Acesso em: 25 de fevereiro de 2022�
OLIVEIRA, A�; KRÜGER, T� R� Trinta anos da 
Constituição Federal e a participação popular 
no SUS� Argumentum, 10(1): 57-71, 2018� 
Disponível em: https://periodicos�ufes�br/
argumentum/article/view/18621/13181� Acesso 
em: 25 de fevereiro de 2022�
OLIVEIRA, S� A�; BORGES, L� M�; CAMARGO, F� N�; 
GALINDO, C� Saúde da família e da comunidade� 
1� ed� Barueri: Manole, 2017� [Minha Biblioteca]� 
PAIM, J� S�; ALMEIDA-FILHO, N� Saúde coletiva: 
teoria e prática� Rio de Janeiro: Medbook� 2014� 
[Minha Biblioteca]�
ROCHA, J� S� Y� Manual de saúde pública e 
saúde coletiva no Brasil� 2� ed� São Paulo: 
Atheneu� 2017� [Biblioteca Virtual]�
SACARDO, D� P�; FORTES; P� A� C�; TANAKA, O� Y� 
Novas Perspectivas na Gestão do Sistema de 
Saúde da Espanha� Saúde e Sociedade, 19(1): 
170-179, 2010� Disponível em: https://scielosp�
org/pdf/sausoc/2010�v19n1/170-179/pt� 
Acesso em: 25 de fevereiro de 2022�
SANTOS, M� I�; SILVA, D� S�; BORGES, K� C� S� 
Percepções da educação física no campo 
da saúde coletiva: limites e possibilidades� 
Efdeportes, 14(136), 2009� Disponível em: 
https://www�efdeportes�com/efd136/educacao-
fisica-no-campo-da-saude-coletiva.htm� Acesso 
em: 25 de fevereiro de 2022�
SILVA, N� C� O� V�; ANDRADE, E� A�; ALFIERI, F� 
M� Cenários contemporâneos da promoção 
da saúde� 1� ed� São Paulo: Hucitec� 2020� 
[Biblioteca Virtual]�
SOLHA, R� K� T� Saúde coletiva para iniciantes: 
políticas e práticas profissionais. 2. ed. São 
Paulo: Érica� 2014� [Minha Biblioteca]�
SOLHA, R� K� T� Sistema Único de Saúde: 
componentes, diretrizes e políticas públicas� São 
Paulo: Érica� 2014� [Minha Biblioteca]�
VAISBERG, M� MELLO, M�T� Exercícios na saúde 
e na doença� 1� ed� Barueri: Manole, 2010� 
[Minha Biblioteca]�

Continue navegando