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PRISÃO PREVENTIVA 
 
Escrita entre os artigos 311 e 316 do CPP, a prisão preventiva pode ser decretada pelo 
juiz em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal de ofício ou a 
requerimento da Autoridade Policial, do Ministério Público, do querelante ou do 
assistente de acusação. 
 
O decreto prisional, como qualquer outra decisão judicial, necessitar ser fundamentada. 
Nesse caso, existem alguns requisitos essenciais para a decretação: fumus commissi 
delicti e o periculum libertatis. O primeiro seria a prova da existência do crime e indício 
suficiente de autoria, enquanto o segundo seria o iminente perigo gerado por o agente 
permanecer em sociedade. Com relação ao periculum libertatis, a decisão deve ser 
motivada para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, para a conveniência 
da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. 
 
A garantia da ordem pública é a fundamentação de interpretação mais ampla e flexível, 
uma vez que cabe ao juiz mensurar o abalo que o crime e suas consequências causam 
na sociedade, bem como se o delito pode provocar a prática de outras ações danosas. 
Nas palavras de Nucci (2014), a “garantia da ordem pública pode ser visualizada por 
vários fatores, dentre os quais: gravidade concreta da infração + repercussão social + 
periculosidade do agente. […]”. 
 
A garantia da ordem econômica seria uma espécie da garantia da ordem pública. Nessa 
hipótese, o agente poderia causar um grave dano à situação econômico financeira de 
uma instituição ou de órgão do Estado caso não seja segregado da sociedade. 
 
A conveniência da instrução criminal seria o motivo que visa proteger o correto 
andamento da ação penal. Nesse caso, tentas-se evitar que o agente busque atrapalhar 
produção de provas, ameaçando testemunhas ou destruindo documentos, por 
exemplo. 
 
Já a garantia da aplicação da lei penal seria para assegurar ao Estado o exercício do seu 
direito de punir, caso o agente seja sentenciado como culpado. Assim, busca-se, por 
exemplo, evitar que o agente fuja do distrito da culpa e não arque com as eventuais 
consequências legais de suas ações. 
 
Ademais, conforme bem apregoa o art. 312, parágrafo único, a prisão preventiva 
também poderá ser decretada em casos onde o agente descumpre alguma medida 
cautelar diversa da prisão (tirar a tornozeleira eletrônica, por exemplo). 
 
Contudo, mesmo que haja a presença comprovada do fumus commissi delicti e o 
periculum libertatis, não é possível a decretação da prisão preventiva para todos os 
crimes. De acordo com o art. 313, do CPP, temos que: 
 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão 
preventiva: 
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 
(quatro) anos; 
II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em 
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal; 
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, 
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das 
medidas protetivas de urgência; 
 
Obs: Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou 
extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo 
superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do 
livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
 
Por fim, caso o juiz verifique não subsistem mais os requisitos para a manutenção da 
prisão preventiva, esta poderá ser revogada. Nessa hipótese, também é possível uma 
nova decretação, caso sobrevierem razões que a justifiquem. 
 
 
REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teses de Defesa (STJ) 
 
1) A fuga do distrito da culpa é fundamentação idônea a justificar o decreto da custódia 
preventiva para a conveniência da instrução criminal e como garantia da aplicação da 
lei penal. 
 
2) As condições pessoais favoráveis não garantem a revogação da prisão preventiva 
quando há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção da custódia. 
 
3) A substituição da prisão preventiva pela domiciliar exige comprovação de doença 
grave, que acarrete extrema debilidade, e a impossibilidade de se prestar a devida 
assistência médica no estabelecimento penal. 
 
4) A prisão preventiva poderá ser substituída pela domiciliar quando o agente for 
comprovadamente imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 06 (seis) 
anos de idade ou com deficiência. 
 
5) As medidas cautelares diversas da prisão, ainda que mais benéficas, implicam em 
restrições de direitos individuais, sendo necessária fundamentação para sua imposição. 
 
6) A citação por edital do acusado não constitui fundamento idôneo para a decretação 
da prisão preventiva, uma vez que a sua não localização não gera presunção de fuga. 
 
7) A prisão preventiva não é legítima nos casos em que a sanção abstratamente prevista 
ou imposta na sentença condenatória recorrível não resulte em constrição pessoal, por 
força do princípio da homogeneidade. 
 
8) Os fatos que justificam a prisão preventiva devem ser contemporâneos à decisão que 
a decreta. 
 
9) A alusão genérica sobre a gravidade do delito, o clamor público ou a comoção social 
não constituem fundamentação idônea a autorizar a prisão preventiva. 
 
10) A prisão preventiva pode ser decretada em crimes que envolvam violência 
doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa 
com deficiência, para o fim de garantir a execução das medidas protetivas de urgência. 
 
11) A prisão cautelar deve ser fundamentada em elementos concretos que justifiquem, 
efetivamente, sua necessidade. 
 
12) A prisão cautelar pode ser decretada para garantia da ordem pública potencialmente 
ofendida, especialmente nos casos de: reiteração delitiva, participação em organizações 
criminosas, gravidade em concreto da conduta, periculosidade social do agente, ou 
pelas circunstâncias em que praticado o delito (modus operandi). 
 
13) Não pode o tribunal de segundo grau, em sede de habeas corpus, inovar ou suprir a 
falta de fundamentação da decisão de prisão preventiva do juízo singular. 
 
14) Inquéritos policiais e processos em andamento, embora não tenham o condão de 
exasperar a pena-base no momento da dosimetria da pena, são elementos aptos a 
demonstrar eventual reiteração delitiva, fundamento suficiente para a decretação da 
prisão preventiva. 
 
15) A segregação cautelar é medida excepcional, mesmo no tocante aos crimes de 
tráfico de entorpecente e associação para o tráfico, e o decreto de prisão processual 
exige a especificação de que a custódia atende a pelo menos um dos requisitos do art. 
312 do Código de Processo Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
CASO Prático-Profissional: 
Rafael resolve entrar no mundo do crime. Sem esperança e sem emprego, entende que 
a única solução é falsificar notas de reais e colocá-las em circulação o mais rápido 
possível. Usa toda sua experiência de gráfico, desenhista e engenheiro. Adquire 
maquinário e monta, em sua residência, num dos cômodos, uma verdadeira sala de 
falsificações. As primeiras notas são idênticas, Rafael começa a gastá-las e seu 
comportamento extravagante começa a chamar a atenção de vizinhos que não o veem 
trabalhar e mesmo assim desfilando com carros importados e roupas novas. 
O fato é noticiado à polícia e a investigação começa. O ilustre Delegado procede com 
algumas diligências sigilosas, ouve testemunhas, recebe informações da receita federal 
e as suspeitas se tornam veementes. Lojistas e vendedores são ouvidos. Em um 
determinado dia, ao sair de uma loja de uma grife masculina famosa, um dos policiais 
se identifica à atendentee pergunta como Rafael pagou as mercadorias. A atendente 
informa que a compra alta foi toda paga em dinheiro vivo. Uma das notas é trocada pelo 
policial e este a leva para perícia. O resultado sai em alguns dias e é de falsificação quase 
perfeita de notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20. 
Munido desta informação, com base no art. 311 do CPP, o Delegado requer a imediata 
prisão preventiva de Rafael com base nos indícios de autoria, de materialidade, de 
garantia da ordem econômica, da garantia da ordem pública e da conveniência da 
instrução criminal. 
A ordem é deferida e o mandado judicial é expedido pelo juízo competente, 
mencionando-se inclusive que Rafael pode ser perigoso e integrar organização 
criminosa internacional de falsificadores. Rafael é preso em casa por volta das 12h do 
dia seguinte, levado à Delegacia e confessa ao Delegado informando que irá contribuir 
com as investigações. 
Você, contratado por Rafael, interponha medida jurídica cabível específica, diversa de 
Habeas Corpus, abordando todos os fatos e fundamentos jurídicos pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
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