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Histologia Humana Histologia é o campo da anatomia que estuda os tecidos dos animais e das plantas. Entretanto, este resumo apresenta apenas a histologia animal, propriamente o tecido Humano. A palavra histologia representa “Anatomia microscópica”. Seu campo engloba estudo das estruturas microscópicas dos tecidos, células, órgãos e sistemas de órgãos. Biomedicina Descomplicada Preparação de Tecidos Biológicos Microscópio Óptico O microscópio óptico é constituído por um arranjo específico de lentes, que possibilitam um grande aumento com boa resolução dos tecidos em observação. Em consequência do uso de mais uma lente, este instrumento é denominado de microscópio composto. A fonte de luz é uma lâmpada elétrica com filamento de tungstênio cuja luz o condensador concentra e localiza. Existe muita física por trás de um microscópio. Cortes Histologicos Os cortes histológicos são importantes para analisar partes específicas do tecido. É necessário visualizar um corte de duas dimensões em três dimensões. Esse procedimento tem como objetivo realizar cortes super finos para serem observadas no microscópio óptico. A celula e suas organelas Importante: ➢ Os tecidos são arranjos celulares importantes; ➢ Os tecidos formam órgãos e sistemas; ➢ As células são unidades básicas funcionais. Tipos de Tecidos O corpo humano é constituído de 4 tipos de tecidos: epitelial, nervoso, muscular e conjuntivo (adiposo, sanguíneo, cartilaginoso e ósseo). Epitelial: Tecido de revestimento. A pele é um exemplo de tecido epitelial com sensibilidade e com células específicas para a secreção como as Glândulas Sebáceas. Nervoso: É formado por células nervosas denominadas de neurônios. Essas células apresentam longos prolongamentos e são responsáveis por transmitir impulso nervoso. O cérebro e medula espinhal são exemplos desse tipo de tecido. Muscular: Esse tecido é formado por células alongadas com a capacidade de se contrai. São células importante para a movimentação do corpo e dos órgãos. São divididas em: Tecido muscular liso, tecido muscular estriado esquelético e tecido muscular estriado cardíaco. Conjuntivo: São conjuntos de células importante para preencher, sustentar, nutrir e dá suporte ao corpo. O tecido conjuntivo é formado principalmente de colágeno e elastina. Os principais tecidos conjuntivos são: adiposo, frouxo, denso, reticular ou hematopoiético, cartilaginoso e ósseo. Origem dos Tecidos Epiteliais Ectoderme: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, orifício retal). Endoderme: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, do fígado e do pâncreas. Mesoderme: endotélio (vasos sanguíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento de serosas). Tecido Epitelial A denominação epitélio (do grego epi – sobre; theleo – papila) refere-se à localização desse tecido sobre o tecido conjuntivo, que comumente forma projeções chamadas papilas. O revestimento é uma das funções do epitélio. Ele cobre a superfície do corpo, protegendo-o. Reveste os tratos digestório, respiratório e urogenital, as cavidades corporais e os vasos sanguíneos e linfáticos. O epitélio realiza ainda absorção, como nos intestinos, excreção, como nos túbulos renais, e secreção, como nas glândulas. Tipos especiais de epitélios desempenham função sensorial, como o dos órgãos sensoriais, e função germinativa, como o epitélio dos testículos. Nas celulas Epiteliais podemos encontrar: Microvilos (ou microvilosidades): são evaginações da superfície apical da célula que aumentam a superfície de absorção Estereocílios: São microvilos longos que apresentam capacidade de se movimentarem. Cílios: São projeções da superfície apical da célula maiores que os microvilos. Flagelos: Possui estrutura semelhante à do cílio, mas é mais longo (cerca de 55 m) e único na célula. Ocorre no espermatozoide, sendo responsável por proporcionar mobilidade à célula. Os tecidos epiteliais são divididos em dois grandes grupos: • Tecido epitelial de revestimento • Tecido epitelial glandular Lâmina basal Formada por colágeno tipo IV, lamininas e proteoglicanas. É sintetizada pelas células epiteliais e faz a nutrição do tecido epitelial por ser vascularizada. Divide-se em: lâmina lúcida, lâmina densa e lâmina fibroreticular (formada por fibras de ancoragem de colágeno VII). TECIDO EPITELIAL GLANDULAR OU SECRETOR É constituído por células epiteliais glandulares cuja a principal função é produzir e liberar secreções para o meio intracelular e extracelular. Estas secreções podem ser viscosas (mucosas), aquosas (serosas), como também podem ser a mistura de secreções mucosas e serosas (mista). Essas células, quanto encontradas em conjunto, são chamadas de Glândulas. No interior das glândulas as células epitelias glandulares podem sintetizar, armazenar e secretar várias substâncias tais como proteínas (pâncreas), lipídios (adrenal e glândulas sebáceas) ou complexos de carboidratos e proteínas (glândulas salivares). As glândulas mamárias merecem destaque por conseguirem sintetizar todas as três substâncias (proteínas, lipídios e carboidratos). Glândulas endócrinas sua secreção é liberada diretamente na corrente sangüínea e transportada para o seu local de ação, o seu “tecido alvo”. Glândulas exócrinas mantêm a sua conexão com o epitélio do qual se originaram, possuem ductos tubulares formados por células que transportam a secreção glandular para a superfície do corpo ou para o interior (lúmen) de um órgão cavitário. Exemplos: glândulas sudoríparas, salivares e intestinais. Si st e m a En d ó cr in o CURIOSIDADE: Hormônios São moléculas que funcionam no organismo como sinais químicos. Eles são liberados pelas células especializadas chamadas células endócrinas, que se unem formando glândulas endócrinas. As células endócrinas estão sempre muito próximas de capilares sanguíneos, que recebem os hormônios secretados e os distribuem pelo organismo para tecidos e órgãos chamados tecidos-alvo ou órgão-alvo. Estes reagem aos hormônios porque suas células têm receptores que reconhecem especificamente determinados hormônios e só a eles respondem. Por causa disso os hormônios podem circular no sangue sem influenciar indiscriminadamente todas as células do corpo. Tecido conjuntivo: A maior parte do Tecido Conjuntivo origina-se da mesoderma, a camada germinativa dos tecidos embrionários. O tecido conjuntivo mantém o corpo funcionalmente integrado e é formado por células e matriz extracelular. É classificado em: • Tecido conjuntivo propriamente dito • Tecido conjuntivo especializado. Funções: Muitas funções são atribuídas, mas as principais são: • Dar sustentação estrutural • Servir de meio para trocas • Ajudar na defesa e proteção do corpo • Formar um local de armazenamento de gordura Lembre-se: • Sustentação: Os ossos, ligamentos e cartilagens mantém os ossos unidos, assim como os tendões que mantem os músculos ao osso. • Meio para troca: O tecido conjuntivo atua como meio de troca para metabólicos e hormônios, assim como nutrientes e oxigênio entre o sangue e muitas das células de defesa. • Defesa e proteção: São efetuadas por células sanguíneas, como leucócitos, os fagocitários que englobam e destrói partículas estranhas e microrganismos. Células que produzem substâncias que ajudam a controlar inflamações e muitas outras células. A Matriz Extracelular é composto por uma substâncias fundamental: Glicosaminoglicanos, Proteoglicanos e Glicoproteínas,além de fibras. O Tecido Conjuntivo é localizado logo abaixo do Tecido Epitelial. Células do Tecido Conjuntivo Fibroblasto em F, são células mais abundantes no tecido conjuntivo. Miofibroblasto corados em marrom, são um tipo de fibroblasto modificado que apresentam características semelhantes aos fibroblastos e as células musculares lisas. Tecido Adiposo Tecido Ósseo O Tecido Conjuntivo Propriamente Dito é divido em quatro tipos: o Tecido Conjuntivo Fouxo o Tecido Conjuntivo Denso o Tecido Conjuntivo Reticular o Tecido Conjuntivo Adiposo Tecido Conjuntivo Frouxo: é composto por fibras dispostas frouxamente e por uma substância gelatinosa. É composto por várias células (já apresentadas) e é encontrada abaixo da pele. Tecido Conjuntivo Denso: Contém maior abundância de fibras e menos números de células. É um tecido mais resistente. É divido em tecido conjuntivo denso não-modelado e modelado. Tecido reticular Composto pelo colágeno tipo III sintetizados pelos fibroblastos. Forma a estrutura dos sinusóides hepáticos, tecido adiposo, medula óssea, nodos linfáticos, baço, músculo liso e ilhota de Langerhans. Tecido Muscular Os seres humanos usam os mecanismos de contração das células musculares para tornar possível a locomoção, constrição, bombeamento e outros movimentos de propulsão. As células musculares são divididas em três grandes grupos: Musculo (Estriado) Esquelético, Musculo (Estriado) Cardíaco e Musculo Liso. O músculo esquelético é composto por células multinucleadas, longas e cilíndricas, que se contraem voluntariamente para facilitar os movimentos do corpo ou suas partes. O músculo cardíaco é um músculo estriado involuntário limitado ao coração e ás partes proximais das veias pulmonares. O músculo liso não possui estrias (por isso a denominação). É encontrado na parece das vísceras ocas (Ex. intestino e esôfago). Esse músculo é involuntário. São usados termos específicos para definir algumas estruturas da célula muscular: Sarcolena: membrana da célula muscular. Sarcoplasma: citoplasma Retículo Sacoplasmático: Retículo endoplasmático Sarcossomos: Mitocôndrias Como as células musculares são alongadas recebem a denominação de fibras musculares, entretanto, diferentes das fibras de colágenos, as musculares são entidades vidas. Todos os três tipos musculares são originadas do mesoderma. Regeneração dos Músculos O músculo esquelético e cardíaco não tem a capacidade de se regenerar. O músculo esquelético apresenta células satélites que apresenta a capacidade mitótica (podendo levar a hiperplasia). O músculo cardíaco, após uma lesão, os fibroblastos invadem e preenche o local lesionado com tecido fibroso. As células musculares lisas apresentam alta capacidade mitótica na qual pode-se destacar o útero. Um útero gravídico apresenta uma camada espeça de células e pequenas lesões podem resultar na formação de novas células. Tecido nervoso Constituído por (talvez) até trilhões de neurônios com um número imenso de interconexões, forma o complexo de comunicação neural do corpo. O impulso nervoso passa através dos prolongamentos das células nervosas. O sistema nervoso origina-se do ectoderma do embrião em resposta a moléculas sinalizadoras provenientes da notocorda. As células do sistema nervoso são classificadas em duas categorias: Neurônios: Responsáveis pelas funções de recepção, integração e motoras do sistema nervoso. Células da neuroglia: responsáveis pela sustentação e proteção dos neurônios. Corpo do Neurônio O corpo celular é a região contendo o núcleo, grande e de coloração clara, e o citoplasma perinuclear. dendritos Recebem estímulos de outras células nervosas. axônios Transmitem impulsos para outros neurônios ou para células efetoras, em especial para células musculares e glandulares. Bulbo terminal O Bulbo terminal é o terminal do axónio onde ocorre a liberação do impulso elétrico (neurotransmissores). Impulsos Nervosos São sinais elétricos gerados na zona de disparo dos picos de um neurônio, em consequência da despolarização da membrana e são conduzidos ao longo do axônio para as terminações do axônio. A transmissão dos impulsos das terminações de um neurônio para o outro neurônio ou célula muscular ou glândula ocorre nas sinapses. Funcionalmente, as fibras nervosas são classificadas em sensitivas (aferentes) e motoras (eferentes). neurotransmissores São moléculas sinalizadoras liberada pela membrana pré- sináptica e que ativam receptores na membrana pós- sináptica. S I S T E M A N E R V O S O Referências: Livro Tratado de Histologia – Gadner Site: https://histologiaufam.wordpress.com/ *Fotografias retiradas da internet microscopia Estômago. Intestino delgado em aumento de 40x. a seta aponta para as células caliciformes. Útero e suas camadas. Esfregaço Sanguíneo. Epiderme e suas camadas. Derme e tecido conjuntivo. Micrografia por desgaste de um ósteon. Aumento de 270x. Microscopia do pulmão Microscopia do pâncreas. Observa-se as ilhotas de Langerhans e os ácidos pancreáticos ao redor. biomedicina_descomplicada Bons Estudos! Autoras: Biomédicas Mísia Helena e Ana Karolina Autoras: Biomédicas Mísia Helena e Ana Karolina https://histologiaufam.wordpress.com/ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Bons Estudos! @biomedicina_descomplicada AUTORAS CRIADORAS DA PÁGINA BIOMEDICINA DESCOMPLICADA NO INSTAGRAM E DOS RESUMOS: DRA.ANA KAROLINA FONSECA DE PAULA Biomédica - Habilitada em patologia clínica e Estética. -Pós graduando em Estética DRA. MISIA HELENA DA SILVA FERRO Biomédica - Habilitada em Patologia Clínica. -Pós graduando em Microbiologia E-mails para contato: ➢ misiahsf@gmail.com ➢ biomedicinadescomplicada@gmail.com mailto:misiahsf@gmail.com mailto:biomedicinadescomplicada@gmail.com
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