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FORMAÇÃO Art. 2º CPC/2015 - O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. ● A petição Inicial é o instrumento para provocar a ação, que nasce com o direito de ação ● De acordo com o Art. 312. considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, só produz efeito quanto ao réu a partir do momento que ele for validamente citado. ● Como consequência há a citação do réu pelo juiz (informa a ele que há um processo contra ele e se ele, quiser, ele pode se defender) e se essa citação for válida, o processo tem início ● Após o protocolo da petição inicial já existe uma relação jurídica processual, ainda que apenas linear, formada entre o autor e o juiz. E com isso já existe processo. Com a citação do réu, a relação processual se completa. Aí, sim, o processo estará perfeito em sua forma angular. ● Em alguns momentos pode haver necessidade de nova provocação para dar andamento ao processo (diante de atos de exclusivo interesse do autor). SUSPENSÃO ● a suspensão acarreta a paralisação da marcha do processo, sem lhe pôr fim, por período de tempo suficiente para que a causa que a determinou seja afastada ● A suspensão do processo ocorre “quando um acontecimento voluntário, ou não, provoca, temporariamente, a paralisação da marcha dos atos processuais” ● Ao contrário dos fatos extintivos, quando o efeito do evento extraordinário cessa, a movimentação do processo se restabelece normalmente ● A suspensão inibe o andamento do feito, mas não põe fim ao vínculo jurídico da relação processual. Hipótese� d� suspensã� d� process� 1. Por morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, do seu representante legal ou do seu procurador ➞ A suspensão produz efeitos a partir da ocorrência do evento, comprometendo todo e qualquer ato praticado após o falecimento ou a perda da capacidade processual das pessoas anteriormente indicadas, exceto os praticados em regime de urgência. ➞ Depende da comprovação do fato que a justifica, não podendo apoiar-se em meros indícios ou em insinuações. ➞ se o juiz só tiver conhecimento do evento posteriormente, terá efeitos ex tunc, sendo nulos os atos praticados neste ínterim. ➞ Revelia é quando o réu é comunicado oficialmente do processo e não se defende. A revelia produz três efeitos: a presunção da veracidade dos fatos alegados pelo autor, desnecessidade de intimação do réu revel e o julgamento antecipado por mérito. 2. Convenção das partes ➞ Ocorre com maior frequência diante da possibilidade de celebração de acordo judicial, paralisando-se a marcha do processo para que os detalhes da transação sejam ultimados. ➞ A suspensão não pode exceder a 6 meses (ART. 313, §4o). ➞ Decorrido o prazo da suspensão, independentemente de requerimento de qualquer das partes, os autos seguem conclusos ao magistrado para que determine a prática de atos processuais. 3. Por impedimento ou suspeição ➞ A arguição de impedimento e suspeição é a forma estabelecida em lei para afastar o juiz ou os demais sujeitos imparciais do processo da causa por lhes faltar imparcialidade ➞ A arguição do impedimento (parcialidade absoluta) ou da suspeição (parcialidade relativa) do juiz (arts. 144 e 145 CPC) acarreta a suspensão automática do processo em decorrência da incerteza gerada com o julgamento desses incidentes, não se sabendo se o processo continuará em tramitação perante o juízo originário ou se será remetido a outro. ➞ É dever do juiz declarar-se impedido ou suspeito, podendo alegar motivos de foro íntimo. O impedimento tem caráter objetivo, enquanto que a suspeição tem relação com o subjetivismo do juiz. A imparcialidade do juiz é um dos pressupostos processuais subjetivos do processo. ➞ Não haverá suspensão do processo se o impedimento ou suspeição recair sobre integrantes do MP, auxiliares da justiça ou demais sujeitos imparciais do processo (vide art. 148, parágrafo 2o, CPC). 4. Por admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) ➞ Mecanismo que promove a unificação do processo quando há demandas repetitivas (mesma questão em diversos processos) , uma vez que 2 ações parecidas ou idênticas com soluções diferentes devem ser evitadas ➞ Suspende todos os processos com a mesma questão, escolhe apenas um processo que será o representativo da controvérsia para analisar e elaborar uma tese que irá resolver todos os processos de uma vez. ➞ Não é automática com o pedido do IRDR, ela só ocorre depois que o respectivo relator analisar e admitir essa suspensão ➞ A suspensão não deve ultrapassar o prazo de 1 ano, mas ela costuma ser prorrogada 5. Por prejudicialidade ou preliminaridade de processos (subordinação entre processos) ➞ Prejudicial é uma questão relevante que interfere na solução do mérito, devendo ser resolvida primeiro para que a questão principal possa ser solucionada, ➞ Prazo de 1 ano da suspensão ➞ A prejudicial é interna (313, V CPC) quando acontece dentro do mesmo processo e é submetida à apreciação do mesmo juiz que vai julgar a causa principal. É externa (art. 315 CPC) quando objeto de outro processo pendente ➞ ex de interna: ação de investigação de paternidade com cumulação de alimentos. é necessário primeiro definir se é pai ou não, para depois estabelecer a pensão alimentícia. ➞ Ex de prejudicial externa: ação de Alimentos proposta pelo filho contra o pai e Ação negatória de paternidade proposta pelo pai contra o filho (o reconhecimento da paternidade é questão prejudicial da Ação de alimentos). ➞ Ação cível que pode ser suspensa até que se decida, no juízo criminal, acerca da autoria e da materialidade do fato, quando um ato ilícito produz efeitos nas esferas cível e criminal; ➞ O juiz do cível pode (mera faculdade) suspender o curso da ação indenizatória até que a ação penal seja definitivamente julgada. 6. Para verificação de fato ou produção de provas ➞ Quando compete a outro juízo a produção de uma prova ou a demonstração de um fato, o processo é suspenso até que a diligência seja cumprida, permitindo a conclusão da fase de instrução probatória do processo. ➞ ART. 313, V, “b” ➞ Exemplo: expedição da carta precatória para que outro juízo realize prova pericial em imóvel situado fora dos limites territoriais da comarca na qual o juízo deprecante atua. 7. Motivo de força maior ➞ São os fatos imprevistos e inevitáveis (greves, guerras, etc) que atingem ambas as partes. ➞ Ex: pandemia; ocorrência de greve dos servidores da Justiça, impedindo que as partes tenham acesso aos autos do processo, não podendo nem sequer protocolizar petições em juízo, não se registrando o funcionamento dos serviços básicos da Justiça. 8. Por férias e suspensão do processo Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se: I - os atos previstos no art. 212, § 2º ; II - a tutela de urgência. ➞ Se algum ato processual for praticado durante as férias, “nulo ele não será só por isso, visto que terá eficácia a partir do momento em que as férias ou o feriado se encerrarem”. ➞ Há tb no art. 220, um recesso parcial que acarreta não a paralisação total dos processos, mas, apenas, a suspensão do curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, ➞ Em caso de parto ou adoção realizado pela advogada (autor ou réu)o CPC permite uma suspensão do processo de 30 dias (a contar do parto ou da concessão da adoção) e pelo advogado nesses mesmo caso o prazo de 8 dias 9. Quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo; Prátic� d� at�� durant� � suspensã� Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição. ➞ Confere-se ao juiz a prerrogativa de praticar atos urgentes, como conceder tutelas provisórias a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição deimpedimento e de suspeição - (Art. 314 CPC) uma vez que nesses casos gera dúvida da imparcialidade do juiz, quem deverá tomar essa decisão será o substituto legal do juiz (ou…) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art212%C2%A72 EXTINÇÃO ● É igual a sentença ● Extinção do processo COM resolução de mérito: havendo a composição ou solução da lide, este se exaure naturalmente. ● Extinção do processo SEM resolução de mérito: dissolução do processo sem que a lide tenha sido solucionada, em decorrência de fatos extraordinários que impediram o prosseguimento da marcha processual. PERMANECE A INCERTEZA JURÍDICA COM RELAÇÃO AO DIREITO MATERIAL. ● Em ambos os casos, o ato do juiz para pôr fim à relação processual é a sentença, ou seja, a fase de conhecimento do procedimento comum no 1º grau sempre se extinguirá por sentença. Extinçã� d� process� se� resoluçã� d� mérit� (A��. 485, CPC). ● As causas previstas no art. 485 tratam de vícios/obstáculos intransponíveis que impedem o desenvolvimento válido e regular do processo e dos quais, portanto, decorre sentença terminativa que põe fim ao processo de forma anômala, visto que não soluciona o conflito. ● Entretanto, de acordo com os valores do CPC/2015 esse fim anômalo do processo deve ser evitado; é o que dispõe o art. 317 que assim determina: “Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.” ● Trata-se do princípio da primazia do julgamento de mérito, um dos pilares do Novo CPC e que deve nortear toda atividade jurisdicional processual. Busca-se, sempre que possível, aproveitar ao máximo os atos processuais realizados em respeito, também, ao princípio da instrumentalidade das formas. ● A reiteração da ação só é possível se suprida a falta que fez ela ser extinta (exceção: perempção, coisa julgada e litispendência) 1. Quando o Juiz Indeferir a Petição Inicial - decorre de vícios formais dessa peça (art. 330, CPC) que impedem a análise do mérito (decisão sobre o direito pleiteado). O indeferimento é por sentença, pondo fim ao processo sem que o mérito tenha sido analisado, antes mesmo que o réu tenha sido citado. 2. Quando o processo ficar parado durante mais de 01 (um) ano por negligência das partes - Se o processo estiver parado por mais de 1 ano por negligência das partes e o autor, intimado pessoalmente para dar andamento ao feito no prazo de 5 dias nada faz, poderá ser decretada a extinção do processo sem resolução do mérito (independente de requerimento do réu). 3. Quando, por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias - se distingue da hipótese anterior pelo fato de aqui se exigir prévio requerimento do réu, nos termos da Súmula 240 do STJ. Indispensável a prévia intimação pessoal do autor para, em 5 dias, dar andamento ao feito. 4. Quando verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo – Matérias que podem ser conhecidas de ofício pelo juiz: falta de Competência ou de Imparcialidade do juiz, falta de Capacidade Processual (extinção ou regularização), falta de Capacidade Postulatória (extinção ou regularização). SOBRE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS; 5. Quando reconhecer a existência de Perempção, de Litispendência ou de Coisa Julgada - Matérias que podem ser conhecidas de ofício pelo juiz. Sua presença gera extinção do processo. 6. Quando verificar ausência de Legitimidade ou de Interesse Processual - Legitimidade (decorre da titularidade, em abstrato da relação controvertida em juízo ou da vontade da lei); Interesse de Agir (identificado pelo binômio necessidade-adequação). SOBRE CONDIÇÕES DA AÇÃO; 7. Quando houver convenção de arbitragem ou quando o juiz arbitral reconhecer a sua competência - convenção através da qual as partes comprometem-se a submeter à arbitragem a resolução de conflitos relacionados a interesses patrimoniais (Lei 9307/96). Nesse caso, as partes estarão impedidas de buscar a resolução desses conflitos no judiciário. 8. Quando homologar a desistência da ação - é ato unilateral do autor (incondicionado: até a contestação do réu; ou condicionado: após a contestação do réu), pelo qual se abre mão do processo (não do direito material) como meio de solução do litígio. A desistência pode ser requerida e homologada até a prolação de sentença de 1º instância (entendimento do STF). 9. Quando, em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal - é o desaparecimento do direito de ação em razão do caráter personalíssimo do direito material (que não podem ser transmitidos aos sucessores da parte) ou de simples vontade da lei. Exemplo – divórcio, separação, extinção do poder familiar, etc. Extinçã� d� process� co� resoluçã� d� mérit� (a��. 487, CPC). ● Fórmula para alcançar o exame de mérito: Preenchimento das Condições da Ação + Pressupostos Processuais 1. Quando o Juiz acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção- esta é a hipótese em que verdadeiramente o juiz resolve o litígio deduzido mediante a aplicação da vontade da lei, atuando em substituição às partes. É o julgamento de procedência ou improcedência do pedido. 2. Quando o juiz pronunciar, de ofício ou a requerimento, decadência ou prescrição – Prescrição (perda do direito de ação); Decadência (perda do direito em si). AMBAS IMPOSSIBILITAM O EXERCÍCIO DO DIREITO. Podem ser reconhecidas de ofício a qualquer tempo (salvo em recurso especial e extraordinário). 3. Quando o juiz homologar: A) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção – quando o réu admite que o autor tem razão em sua ação, ou quando o autor admite que o réu têm razão em sua reconvenção. Portanto, trata de uma admissão de que o direito alegado existe e o pedido é procedente. B) a Transação - por meio do qual os interessados deliberam sobre o litígio mediante concessões mútuas - é forma de autocomposição bilateral. C) a Renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção - Renúncia é ato abdicativo, manifestado pelo autor (ação) e pelo réu reconvinte (reconvenção), que tem por objeto o direito material em que se encontra fundada a pretensão deduzida. 4. Quando o juiz julgar o pedido liminarmente improcedente: Ocorrerá nas hipóteses previstas no rol do Art. 332 do CPC
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