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SISTEMAS-DE-GESTÃO-DE-SEGURANÇA-PELA-NORMA-ISO-45001-5

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SISTEMAS DE GESTÃO DE SEGURANÇA 
PELA NORMA ISO 45001 
2 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 3 
1. INTRODUÇÃO 4 
2. NORMAS DE REFERÊNCIA PARA OS SGSSTS ................................ 6 
2.1 Organização Internacional para Normalização – ISO ............................ 9 
2.2 Onde tudo começou: OHSAS 18001 ................................................... 10 
2.3 A nova ISO 45001:2016....................................................................... 13 
3. PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DA ISO 45001 X OHSAS 18001 ............. 18 
4. REQUISITOS DA NORMA ISO 45001 QUE SE REQUER PARA 
INFORMAÇÃO DOCUMENTADA ....................................................... 24 
5. ETAPAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 45001........................... 26 
6. SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL ......................................... 28 
6.1 Segurança no Trabalho, Riscos, Acidente de trabalho e Saúde 
ocupacional 29 
6.2 Dados estatísticos sobre acidentes de trabalho no Brasil .................... 31 
6.3 Normas Regulamentadoras no Brasil .................................................. 33 
7. ESOCIAL 35 
8. REFERÊNCIAS ................................................................................... 43 
 
3 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- 
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
4 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre os acidentes 
de trabalho no mundo são alarmantes. Segundo Laís Abramo, Diretora do Escritório 
da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil: 
“No mundo todo, ocorrem anualmente 337 milhões de acidentes de trabalho 
não fatais, que resultam, no mínimo, em três dias de afastamento do 
trabalho. Além disso, a cada ano, surgem 160 milhões de casos novos de 
doenças relacionadas ao trabalho. E ocorrem 2,31 milhões de mortes 
relacionadas por acidentes e doenças, das quais 1,95 milhão por doenças e 
358 mil por acidentes. ” 
Esses dados emergem a necessidade urgente de mudanças na condução dos 
Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho (SGSST) não só das suas 
práticas, mas de seu gerenciamento. É conhecido que os SGSST visam a 
antecipação, a identificação, a avaliação e o controle de riscos com origem no local 
de trabalho e isso têm sido feito continuamente, entretanto os dados dizem que algo 
não está funcionando bem. No intuito de compreender este tema de suma importância 
buscou-se através da literatura conhecida, em livros, sites, artigos, periódicos e 
entrevistas um arcabouço sobre a nova ISO 45001:2016 e suas contribuições, com 
vistas às mudanças potenciais sobre os SGSST. 
A Organização Internacional de Normalização (ISO) que trata dos sistemas de 
gestão de saúde e segurança do trabalho atualmente. O objetivo é desenvolver uma 
norma ISO compatível com as demais já existentes numa estrutura que permita a 
integração da gestão e dos resultados em saúde e segurança do trabalho. Sendo 
assim, este estudo traz em seu referencial os aspectos históricos e de evolução das 
normas que permitiram a gestão de sistemas importantes das organizações. Muitas 
organizações internacionais desenvolveram normas padronizadas com o intuito de 
auxiliar as organizações no desenvolvimento de práticas sustentáveis de gestão dos 
sistemas. Assim a OHSAS 18001 e a nova ISO 45001, em fase de desenvolvimento, 
contribuíram significativamente para uma gestão eficiente. Entretanto, num ambiente 
global de exaustivas mudanças, para as normas não seria diferente, logo, atualmente 
5 
 
 
 
a organização ISO está em pleno desenvolvimento de uma nova norma ISO 45001, 
que atue sinergicamente com as demais normas da organização. As contribuições 
efetivas desta norma estão em seu caráter mais abrangente que inclui a saúde e 
segurança do trabalho em nível de importância dos demais sistemas, e por sua 
compatibilidade, a facilidade no gerenciamento. 
De certa maneira as empresas estão cada vez mais dispostas a aumentar a sua 
participação no mercado e conseguir um maior número de clientes. Para isso é 
necessário estar atento as mudanças de mercado, com a finalidade de moldar-se a 
elas e poder lutar pela sua sobrevivência. A missão da organização deve representar 
para o consumidor, as vantagens que ele terá na aquisição de seus produtos ou 
serviços, assim como, a visão procura evidenciar o foco no relacionamento, tendo em 
vista que, proporciona o entendimento da relação com o cliente, pois dessa relação, 
se gera valor para ambos. Já a identificação dos valores de uma organização, são 
decorrentes do modelo de cultura adotado pela organização e se estes valores estão 
incorporados na cultura e nas práticas diárias de gestão. 
Segundo Lima e Heineck (1995 apud Araújo 2002) o trabalhador em geral 
recebe pouca atenção dos administradores e empresários que subestimam a 
necessidade de preparação para executar as atividades, resultando em baixa 
produtividade, altos índices de absenteísmo e acidentes de trabalho. Percebe-se das 
empresas que possuem produtos certificados e normalizados, prospecção de 
oportunidades e destaque no mercado competitivo, cada vez mais exigente, além de 
proporcionar junto a instituições financeiras, melhores condições e taxas para 
financiamento de projetos. Dentro das organizações, surgem necessidades de 
criarem formas de melhor realizar sua gestão, neste caso a segurança e saúde no 
trabalho, como melhoria da qualidade de vida no trabalho adequados aos valores 
sociais emergentes, pois segundo Miranda Junior (1995 apud Araújo 2002) é 
improvável que uma organização alcance a sua excelência em seus 
produtos/serviços, negligenciando a qualidade de vida daqueles que os produzem. 
6 
 
 
 
Nos últimos anos, a adoção de um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança 
do Trabalho (SGSST) tornou-se gradualmente importante para as empresas e 
organizações que almejam realizar uma gestão de riscos eficaz e integrada aos seus 
processos de Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança (QSMS) reduzindo o 
número e o impacto de acidentes, incidentes, danos de imagem, reputação, entre 
outros, no ambiente de negócios. Utilizando como referência outros documentos da 
área de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) e as Diretrizes Internacionais da 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a SST, a ISO 45001:2018 - 
Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional (SGSSO), foi projetada para 
se integrar com outros padrões de gerenciamento ISO, garantindo um nível elevado 
de compatibilidade com as novas versões da ISO 9001:2015, Gerenciamento de 
Qualidade e ISO 14001:2015 Gerenciamento Ambiental. 
Para as empresas que já implementam um padrão ISO e decidiremtrabalhar em 
direção a ISO 45001, as dificuldades de interpretação serão menores devido a esta 
similaridade entre as normas de gestão. Razões pelas quais a ISO 45001 é 
considerada uma melhoria significativa em referência a BS OHSAS 18001:2007 - 
Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho, que será substituída pela 
nova norma ISO em um intervalo de três anos a partir de sua publicação. 
 
2. NORMAS DE REFERÊNCIA PARA OS SGSSTS 
A finalidade de um SGSST é fornecer uma estrutura para gerenciar os riscos de 
SST, e com a crescente demanda por modelos que permitissem às empresas 
estabelecerem seus SGSSTs, diversas instituições privadas e públicas de vários 
países desenvolveram normas e guias para o assunto. Dentro desse processo pode 
ser citado, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a Organização 
Internacional de Normalização (ISO), órgão de padronização internacional 
responsável pelo desenvolvimento de padrões e normas técnicas, com destaque para 
a participação da Grã-Bretanha, que, por intermédio de seu organismo normalizador 
British Standards (BS), sempre foi considerada o berço das normas de gestão. Em 
1998, a OIT com a cooperação da Associação Internacional de Higiene no Trabalho 
7 
 
 
 
(AITH), iniciou um trabalho de elaboração de um guia internacional, recomendando 
uma série de requisitos que deveria compor um SGSST. 
 
 
Apesar do guia apresentar características extremamente positivas, o seu 
processo de desenvolvimento foi lento em relação às necessidades das empresas, 
sendo concluído e aprovado somente em abril de 2001 e denominado Guia ILO-OSH. 
Em razão do referido fato, em 1999 foi formado um grupo liderado pelo British 
Standards Institution (BSI), com a participação de entidades normalizadoras e de 
vários organismos certificadores internacionais, que desenvolveu e aprovou a norma 
BSI-OHSAS-18001 Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho. Essa 
norma foi elaborada em apenas nove meses e considerou como base a norma BS- 
8800, visto que já se encontrava disseminada e implementada em um grande número 
de empresas no mundo. 
É bastante comum e utilizado o termo “sistema”, todas as vezes que é referido 
ao conjunto de partes que estejam interligadas de alguma maneira de aplicar esta 
palavra, é assim com sistema circulatório, sistemas de informação, sistemas 
integrados, entre outros. Um sistema é um conjunto de partes coordenadas para 
realizar um conjunto de finalidades. Ele surge para atender uma ou mais finalidades 
8 
 
 
 
e para tal necessita ter seu ambiente, componentes ou subsistemas e recursos 
administrados, segundo Carvalho (2005, pag 156): “A administração de um sistema 
é a parte do sistema que faz o planejamento e a gestão do sistema, considerando os 
objetivos globais, o ambiente, os recursos e os componentes”. 
Portanto, isto requer um planejamento, que por ser muitas vezes complexo, 
exige um conjunto mais abrangente de controles. Mas quanto maior a organização, 
maior a probabilidade de que os procedimentos precisem ser registrados para garantir 
que está claro para todos sobre quem faz o quê. Este processo de sistematização, ou 
o “como” as coisas são feitas, é conhecido como um sistema de gestão. Para fins 
deste trabalho convém definir um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no 
Trabalho - SGSST que se baseia em critérios relevantes de Saúde e Segurança do 
Trabalho, em normas e em comportamentos (OIT, 2011). Dada a complexidade cada 
vez maior dos sistemas de gestão surge a necessidade do uso dos documentos 
normativos, que é um termo genérico que denomina documentos tais como 
regulamentos, especificações, relatórios e normas técnicas. Ou nas palavras da 
ABNT: “Documento que estabelece regras, diretrizes ou características para 
atividades ou seus resultados. 
“Documento Normativo” é um termo genérico que engloba documentos como 
normas, especificações técnicas, códigos de prática e regulamentos. Os 
termos para diferentes tipos de documentos normativos são definidos 
considerando o documento e seu conteúdo como uma entidade única. ” 
Então, uma norma surge neste contexto de adequação e do estabelecimento de 
regras que conduzem ao planejamento, organização, controle e melhoria de um 
determinado sistema de gestão. Uma norma é um documento estabelecido por 
consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum 
e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, 
visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Elas 
podem ser internacionais (normas ISO), regionais (por exemplo, MERCOSUL), 
nacionais (ABNT, DIN) etc. Uma norma é estabelecida com base na experiência de 
uma determinada sociedade, sendo nacional, reflete aquilo que é consenso para 
9 
 
 
 
aquele país. Porém, o que é bom para uma nação pode não ser para outra. Assim, 
uma norma internacional reflete o consenso de um número maior de pessoas e 
organismos. Neste contexto, em 1947 estabeleceu-se um fórum internacional de 
normalização, que intencionava influenciar as normas nacionais com suas 
recomendações. 
2.1 Organização Internacional para Normalização – ISO 
 
O International Organization for Standardization ou Organização Internacional 
para Normalização, ou simplesmente ISO, é uma organização de membros não- 
governamental independente, que conta com 165 países-membros, com sede em 
Genebra, na Suíça. A ISO começou em 1946, quando delegados de 25 países se 
reuniram no Instituto de Engenheiros Civis em Londres e decidiram criar uma nova 
organização internacional “para facilitar a coordenação internacional e unificação dos 
padrões industriais”. Em fevereiro de 1947, a nova organização, ISO, iniciou 
oficialmente suas operações. O Brasil participa da ISO como país-membro desde a 
sua criação, através da entidade Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. 
A ISO possui uma estrutura de governo que determina sua forma de 
funcionamento e a participação de seus membros. Anualmente os membros se 
reúnem para deliberar sobre suas próprias necessidades. Na figura temos a estrutura 
de governo da ISO, com destaque para a Assembleia Geral que é a autoridade 
máxima, e para fins deste trabalho a Comissão Técnica, esta é responsável pelo 
desenvolvimento dos padrões e outros conselhos consultivos estratégicos em matéria 
técnica. A Assembleia Geral e o Conselho são responsáveis por mapear a direção 
estratégica da ISO. As comissões técnicas realizam suas reuniões e deliberações, e 
submetem-nas ao Conselho de Administração Técnica, e em seguida ao Conselho 
onde serão analisadas, tendo a Comissão Presidente e o Conselho permanente das 
10 
 
 
 
Comissões como órgãos consultivos, até que os pareceres sejam enviados para a 
Assembleia Geral. 
 
 
 
Então, uma Norma de sistema de gestão ISO surge de um consenso entre os 
especialistas, que atuam em diversas Comissões Técnicas no seu desenvolvimento. 
2.2 Onde tudo começou: OHSAS 18001 
 
No início de 2013, a ISO iniciou o desenvolvimento de uma nova Norma de 
Sistema de Gestão, com foco em Saúde e Segurança Ocupacional. A futura Norma 
será publicada como ISO 45001 e será uma alternativa à OHSAS 18001 (ATGS, 
2013). A Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) ou Série de 
Avaliação da Segurança e Saúde Ocupacional fornece os requisitos para um Sistema 
de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO), permitindo a uma 
organização controlar seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e melhorar 
seu desempenho (OHSAS 18001:1999). A British Standards Institution (BSI) publicou 
em 1996 o primeiro documento de aplicação internacional de sistemas de gestão de 
Serviço de Segurança do Trabalho. 
11 
 
 
 
Apesar de ter desenvolvido a sua própria norma, a BSI tomou a iniciativa e 
convidou outras organizações de normalização e certificação para desenvolvimento 
do modelo.Desta forma, em 1999 publicou a especificação OHSAS 18001:1999. A 
especificação OHSAS 18001 não é um documento da ISO, porém a adoção ao menos 
25.00 instalações, em mais de 80 países, colocam-na em destaque como um dos 
documentos normativos mais adotados em todo o mundo. Tanto foi assim que em 
2006 foi realizado um inquérito mundial liderado pela BSI, o qual deixou clara a 
necessidade da revisão deste documento normativo. As principais melhorias 
potenciais identificadas foram: ”Uma melhor compatibilidade com a ISO 14001:2004 
e com a ISO 9001:2000”. 
Sendo assim nasceu a OHSAS 18001:2007, que foi desenvolvida para ser 
compatível com as normas para sistemas de gestão ISO 9001:2000 (Qualidade) e 
ISO 14001:2004 (Meio Ambiente), a fim de facilitar a integração dos sistemas de 
gestão da Qualidade, Ambiental e da Segurança e Saúde no Trabalho, se assim as 
organizações desejassem. A OHSAS 18001:2007 chega carregada de inovações em 
relação à versão de 1999, como: 
• Maior ênfase na importância da “saúde” em equilíbrio com a “segurança”. 
 
• Foco na segurança ocupacional, sem a distorção da segurança patrimonial e 
bens etc. 
• Uso do termo “incidente” como referência em vez de “acidente”. 
 
• A inclusão de comportamento, capacidades e outros fatores humanos como 
elementos a serem considerados na identificação de perigos, análise de riscos e 
determinação de pontos de controle e finalmente em competência, treinamento e 
conscientização. 
• Inclusão de novo requisito para delegação de “controle” como parte do 
planejamento de OHS. 
• Melhor explicitação da forma de endereçamento das Mudanças de Gestão. 
12 
 
 
 
• Novo requisito de “avaliação de conformidade” alinhado com a ISO 14001 foi 
introduzido. 
• Introdução de novos requisitos para participação e consulta. 
 
• Introdução de novos requisitos para investigação de incidentes. 
 
Ela chega então com status de norma internacional, dada a sua aceitação e 
credibilidade, sua estrutura compatível com as ISO 9001 e 14001 a aproximou mais 
do organismo ISO, até que em agosto de 2013, este anunciou a formação do Comitê 
Técnico (TC) 283 ISO PC que ficaria encarregado das questões de Segurança e 
Saúde Ocupacional, e, assim, criando a norma ISO 45001:2016, que substituirá a 
OHSAS 18001: 2007. A Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) 
ou Série de Avaliação da Saúde e Segurança no Trabalho, tem sua origem na Grã- 
Bretanha, e mesmo não sendo um documento da ISO, foi aceita por cerca de 90.000 
organizações, em mais de 127 países, este número, a coloca em destaque como um 
dos documentos normativos mais adotados em todo o mundo. Apesar do êxito global 
da OHSAS 18001, em 2006 foi realizado um inquérito mundial conduzido pelo BSI, 
deixando clara a necessidade da revisão deste documento normativo. 
Após um intenso trabalho de revisão e de consenso, em julho de 2007 o BSI 
publicou a nova OHSAS 18001:2007, que foi desenvolvida para ser compatível com 
as normas para sistemas de gestão ISO 9001:2000 e ISO 14001:2004, a fim de 
facilitar a integração dos sistemas de gestão da Qualidade, Ambiental e da Segurança 
e Saúde no Trabalho, se assim as organizações desejassem. Dada a sua aceitação 
e credibilidade, sua estrutura compatível com as ISO 9001 e 14001 a aproximou mais 
do organismo ISO, até que em junho de 2013, o BSI propôs a ISO que a OHSAS 
18001 fosse considerada como base no desenvolvimento de um novo padrão ISO. 
Este aprovou a solicitação e estabeleceu a formação do Comitê Técnico (ISO PC 
283), que ficaria encarregado das questões de SSO, no qual o BSI assumiu o papel 
de Secretariado com o objetivo de desenvolver a ISO 45001. 
13 
 
 
 
2.3 A nova ISO 45001:2016 
 
No final do mês de outubro de 2013, após uma reunião do ISO Project 
Committee (PC) 283 realizada em Londres, foram iniciados os trabalhos para o 
desenvolvimento da futura ISO 45001. Foi confirmado que a estrutura básica da 
Norma ISO de SGSSO será a mesma das futuras ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015. 
13 O desenvolvimento da norma conta atualmente com 53 países-membros 
participantes e outros 16 países observadores, dentre esses últimos está o Brasil. 
Segundo o padrão utilizado pela ISO para os seus sistemas podemos esperar que a 
ISO 45001:2016 tenha a seguinte estrutura abaixo, conforme o ciclo de PDCA: 
 
 
 
A metodologia conhecida como ciclo de PDCA ou "Plan-Do-Check-Act" pode ser 
aplicada para todos os processos e para Sistemas de Gestão. Segundo OLIVEIRA 
(2014) o ciclo é composto pelos itens Plan (planejar), Do (fazer/realizar), Check 
(verificar) e Act (agir). Isto posto, conforme o cronograma provisório de 
14 
 
 
 
desenvolvimento da ISO 45001, divulgado pelo PC 283, em maio de 2014 foi liberado 
o primeiro rascunho (Committee Draft) da nova norma com a seguinte estrutura: 
 
1. Prefácio 
 
Introdução 
 
1. Escopo 
 
2. Referências normativas 
 
3. Termos e definições 
 
4. Contexto da organização 
 
1.1 Entendendo a organização e seu contexto 
 
1.2 Entendendo as necessidades e expectativas das partes interessadas 
 
1.3 Determinação do escopo do sistema de gestão da SST 
 
1.4 Sistema de gestão da SST 
 
2. Liderança 
 
2.1 Liderança e comprometimento 
 
2.2 Política 
 
2.3 Funções, responsabilidades, accountabilities e autoridades organizacionais. 
 
3. Planejamento 
 
3.1 Ações para tratar riscos e oportunidades 
 
3.1.1 Generalidades 
 
3.1.2 Identificação de perigos 
 
3.1.3 Determinação de requisitos legais e outros requisitos 
 
3.1.4 Avaliação de riscos de SST 
15 
 
 
 
3.1.5 Planejamento de mudanças 
 
3.1.6 Planejamento para tomar ações 
 
3.1.7 Objetivos de SST e planejamento de como alcançá-los 
 
3.1.8 Objetivos de SST 
 
3.1.9 Planejamento para alcançar os objetivos de SST 
 
4. Suporte 
 
4.1 Recursos 
 
4.2 Competência 
 
4.3 Conscientização 
 
4.4 Informação, comunicação, participação e consulta 
 
4.4.1 Informação e comunicação 
 
4.4.2 Participação, consulta e representação 
 
4.5 Informação documentada 
 
4.5.1 Generalidades 
 
4.5.2 Criação e atualização 
 
4.5.3 Controle da informação documentada 
 
5. Operação 
 
5.1 Planejamento e controle operacional 
 
5.1.1 Generalidades 
 
5.1.2 Hierarquia de controle 
 
5.2 Gestão de mudanças 
 
5.3 Terceirização 
16 
 
 
 
5.4 Aquisição 
 
5.5 Contratados 
 
5.6 Preparação e resposta a emergências 
 
6. Avaliação do desempenho 
 
6.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação 
 
6.1.1 Generalidades 
 
6.1.2 Avaliação de compliance 
 
6.2 Auditoria interna 
 
6.2.1 Objetivos da auditoria interna 
 
6.2.2 Processo da auditoria interna 
 
6.3 Análise crítica pela direção 
 
7. Melhoria 
 
7.1 Incidente, não-conformidade e ação corretiva 
 
7.2 Melhoria contínua Anexo A (informativo) Orientações para uso desta Norma. 
 
É possível observar que a estrutura segue o padrão da estrutura de alto nível, que já 
vem sendo usada pelo organismo ISO como forma de facilitar a memorização, 
comunicação interna, auditoria, bem como implementação dos sistemas de gestão, 
uma vez que os requisitos serão similares entre as normas ISO 9001, ISO 14001 e a 
nova ISO 45001, esta integração é demonstrada na figura abaixo. 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta integração permite uma melhor adequação, pois as normas seguem as 
mesmas diretrizes facilitando a implantação de sistemas de gestão. Para Ribeiro Neto 
apud Oliveira (2014) são muitos os benefícios desta integração, na medida em que 
as empresas obtêm múltiplas certificações cresce a necessidade de se desenvolver 
um sistema único, que coordene todos os requisitos e reduza as redundâncias. Assim 
Sistemas de Gestão Integrados (SGI) têm permitido integrar os processos de 
qualidade com os de saúde e segurança, gestão ambiental e responsabilidade social. 
A nova ISO 45001 vem atender essa necessidade de integração com uma estrutura 
compatível às demaisnormas ISO existentes, o que confere eficácia e eficiência do 
sistema de gestão como todo, visando atender prioritariamente as necessidades do 
negócio. Nas palavras de Corrie, Secretário de OHSAS Group, podemos esperar 
ainda outros avanços na nova ISO 45001: 
• A renegociação da definição de risco, uma vez que existem várias definições 
hoje. Por exemplo, ISO 9001: 2015 e ISO 31000 trazem conceitos de risco; 
• O conceito de "local de trabalho", será que o local de trabalho é apenas a 
organização na qual você trabalha? Qual seria a sua responsabilidade, sobre a 
questão da segurança no trabalho em uma organização em que você fornecer um 
serviço? Além disso, rever o conceito de "trabalhador" por causa de algumas 
18 
 
 
 
dificuldades que a definição atual, em alguns países, e as responsabilidades da 
organização em um contratante ou de terceiros (outsourcing). 
• O conceito de "identificação do perigo" está intimamente associado com a 
indústria de manufatura e hoje temos visto surgir muitas empresas de serviço. É 
por isso que a próxima norma estará falando sobre identificação e controle de 
riscos, em vez de perigos. 
• Finalmente o comitê tem como objetivo mudar a mentalidade de que é uma 
norma de certificação para de ser uma norma de negócios. As empresas precisam 
entender que acidentes podem danificar sua imagem e reputação. A nova ISO 
45001, portanto, traz uma série de expectativas, lacunas que precisam ser 
preenchidas a fim de conferir compromisso com a gestão da saúde e segurança 
do trabalho, além de competitividade aos negócios. 
Nas palavras de Smith (2014) há um destaque para o papel da gestão e da liderança: 
 
“Bem, ISO 45001 insiste em que estes aspectos de saúde e segurança no 
trabalho agora devem ser incorporados ao sistema de gestão global da 
organização, exigindo um buy-in20 muito mais forte de sua gestão e 
liderança. Esta será uma grande mudança para os usuários que atualmente 
podem delegar as suas responsabilidades para um gestor de segurança, em 
vez de integrar está inteiramente em operações da organização. ISO 45001 
requer aspectos de saúde e segurança para fazer parte de um sistema global 
de gestão, e não mais apenas um adicional extra. ” 
Em outras palavras, a ISO 45001 deve reforçar aquilo que as outras normas já 
tratam quanto ao comprometimento da alta direção, o que torna o sistema de gestão 
mais suscetível ao sucesso em sua implantação e manutenção. 
 
3. PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DA ISO 45001 X OHSAS 18001 
 
Com base na análise comparativa da estrutura e requisitos abordados pelas duas 
normas, foi possível sintetizar as principais exigências que a ISO 45001 dispõe em 
relação a OHSAS 18001. As Cláusulas abordadas foram: 
• Contexto da organização; 
19 
 
 
 
• Liderança e participação do trabalhador; 
 
• Planejamento; 
 
• Suporte; 
 
• Operação; 
 
• Avaliação de desempenho; 
 
• Melhoria. Para auxiliar na interpretação dessas cláusulas e seus requisitos é 
necessário o entendimento de alguns termos usados no texto da norma conforme 
definições da própria ISO 45001. “Deve” indica um requisito; “É conveniente que” 
indica uma recomendação; “Pode” indica permissão / possibilidade ou capacidade. 
Cláusula 1: Escopo 
 
Esta cláusula detalha o escopo da norma internacional, a qual especifica os requisitos 
para um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional (SSO), com 
orientações para a sua utilização. Ela permite às organizações fornecer condições de 
trabalho seguras e saudáveis para a prevenção de lesões e problemas de saúde 
relacionados com o trabalho e proativamente melhorar o desempenho SSO. 
Cláusula 2: Referências normativas 
 
Não existem referências normativas dentro da norma. A cláusula é mantida, a fim de 
manter o mesmo esquema de numeração, como todas as outras normas ISO para 
sistema de gestão. 
Cláusula 3: Termos e definições 
 
À primeira vista, a lista de termos e definições parece confusa, pois eles não estão 
listados em ordem alfabética. Pelo contrário, os termos são listados em relação à sua 
importância conceitual (e, portanto, onde eles ocorrem na norma). Termos e 
definições foram ampliados de 23 na OHSAS 18001 para 37 na ISO / DIS 45001 e 
fornecem mais orientação e clareza para evitar mal-entendidos. Uma série de novas 
definições foi adicionada e algumas definições existentes foram revisadas incluindo 
20 
 
 
 
aquelas relativas à participação dos trabalhadores, a consulta, risco de SSO, 
oportunidade de SSO, desempenho de SSO, lesões e problemas de saúde, entre 
outros 
Cláusula 4 - Contexto da organização 
 
Novidade na nova norma, esta cláusula determina porque a organização está aqui, 
como parte da resposta a esta pergunta, a organização deve identificar o cenário e 
estabelecer os limites e aplicabilidade do SGSSO dentro do escopo da organização. 
Deve ser considerado as questões internas e externas que podem afetar a 
capacidade da organização de atingir os resultados pretendidos para o SGSSO. 
Também devem ser avaliados os fatores que coloquem em risco a segurança e saúde 
dos trabalhadores e suas expectativas, assim como, a de outras partes interessadas, 
priorizando melhorar continuamente o ambiente de trabalho e o SGSSO. 
Cláusula 5 - Liderança e participação do trabalhador 
 
A ISO 45001 dá uma ênfase especial à liderança. A nova norma amplia a 
responsabilidade e o envolvimento da alta direção no processo de implantação do 
SGSSO da organização, bem como por proporcionar locais de trabalho mais seguros 
e saudáveis. As responsabilidades devem ser atribuídas de acordo com os aspectos 
do SGSSO e assumidas por trabalhadores que possuam controle sobre tais aspectos, 
de forma a assegurar o atendimento aos requisitos e garantir o pleno conhecimento 
em todos os níveis da organização. Esse compromisso deve ser estabelecido e 
documentado na política de SSO, que foi aprimorada de maneira significativa a partir 
da OHSAS 18001, incorporando o compromisso com a consulta e participação dos 
trabalhadores. Na ISO 45001, as consultas compreendem uma comunicação clara na 
busca por entendimentos prévios a tomada de uma decisão, enquanto a participação 
está relacionada ao envolvimento na tomada de decisão. Esta cláusula é o pilar para 
que a organização alcance os resultados esperados do SGSSO. 
 
 
Cláusula 6 - Planejamento 
21 
 
 
 
A nova norma, mantem os elementos já conhecidos da OHSAS 18001, como 
identificação, avaliação, controle de perigos, exigências legais e definição de 
objetivos, mas a fim de integrar a estrutura de alto nível, o planejamento destaca a 
identificação de riscos e oportunidades e como estes serão tratados à medida que 
eles representam um impacto sobre o escopo do SGSSO. Riscos e oportunidades 
foram divididos em dois princípios: 
a) Avaliação dos riscos de SSO e de outros riscos para o SGSSO 
 
• Os riscos de SSO podem ser elencados pela já conhecida probabilidade x 
gravidade; 
• Os riscos para o SGSSO são associados ao efeito de incerteza para os 
negócios. b) Avaliação das oportunidades de SSO e outras oportunidades para o 
SGSSO 
• As oportunidades de SSO são as possibilidades da organização de aperfeiçoar 
o seu desempenho em SSO, isso compreende eliminar os perigos e reduzir os 
riscos, adaptar o ambiente e o trabalho aos trabalhadores e outras oportunidades 
de melhorar o SGSSO. 
A metodologia para identificação e avaliação dos riscos e oportunidades deve ser 
proativa, e ter seu início no estágio conceitual do projeto, de forma a garantir ações 
para eliminar perigos e reduzir os riscos antes da mudança planejada, e se expandir 
ao longo do ciclo de vida contínuo do ambiente de trabalho. As ações devem ser 
planejadas considerando as melhores práticas, novos conhecimentos e informações, 
esta abordagem proativa sobrepõe a ação preventiva minimizando a adoção de ações 
corretivas posteriormente. Com poucas alterações, mas a mesma importância dentrode um SGSSO, o tema Requisitos Legais e Outros Requisitos, determina que a 
organização deve estabelecer, implementar e manter processos, além de reter 
informação documentada de seus requisitos legais e outros requisitos, garantindo que 
sejam atualizados e que reflitam qualquer mudança, inclusive as que possam resultar 
em riscos e oportunidades para a organização. 
22 
 
 
 
Cláusula 7 - Suporte 
 
Depois de abordar o contexto, responsabilidades e planejamento, as organizações 
devem analisar o suporte necessário para atingir os resultados esperados. Isso 
compreende todos os recursos, comunicação interna e externa, bem como 
informações documentadas, necessários para o SGSSO. Muito semelhante a OHSAS 
18001, a subcláusula Competência na nova norma, dá maior relevância àquelas 
pessoas que afetem ou possam afetar o desempenho de SSO. Também dá maior 
ênfase à Comunicação, este elemento foi desmembrado em conscientização, 
comunicação, comunicação interna e externa. A organização deve assegurar que a 
informação de SSO seja comunicada de forma coerente e confiável, refletindo os 
modelos de gestão atuais. A ISO 45001 inova ao adotar o termo Informação 
Documentada, compreendendo tipos modernos de uso de informação baseadas em 
nuvem, multimídia, etc. (ISO 45001, 2018; BS OHSAS 18001, 2007; BSI, 2018). 
Cláusula 8 - Operação 
 
A ISO 45001 incorpora novas subcláusulas sobre Gestão de Mudanças e Aquisições, 
e torna a Hierarquia de Controles uma exigência específica. Esses temas foram 
aprimorados consideravelmente a partir da OHSAS 18001, e exige que a organização 
estabeleça, mantenha e implemente processos necessários para atender aos 
requisitos do SGSSO. A ISO 45001 reconhece que as mudanças (temporárias e 
permanentes) apresentam riscos e oportunidades reais para a organização e trata o 
tema em uma subcláusula específica sobre o Gerenciamento de Mudanças, 
estabelecendo que a organização deve planejar como implementar as mudanças e 
os resultados que possam afetar o desempenho da gestão de SSO. Sobre Aquisição, 
a nova subclaúsula determina que a organização considere na primeira etapa do 
processo, referente à cadeia de suprimentos, o reconhecimento dos riscos de SSO 
de forma a gerencia-los efetivamente. O processo de aquisição, deve incluir também 
a definição e critérios de SSO para a seleção de empresas contratadas e assegurar 
o seu pleno atendimento. Nesta cláusula, a ISO 45001 apresenta também o elemento 
Terceirização, requisito novo que enfatiza a responsabilidade da organização em 
23 
 
 
 
estabelecer formas de controle das funções e processos terceirizados, assegurando 
que os requisitos contratuais sejam consistentes com os requisitos legais e resultados 
pretendidos de seu SGSSO. 
Cláusula 9 - Avaliação de desempenho 
 
De acordo com Krause (1995), só é possível gerenciar aquilo que se pode medir. 
Muito semelhante a OHSAS 18001, a ISO 45001 determina que a organização deve 
identificar os elementos chave para o desempenho do seu SGSSO. Para isso, a 
organização precisa estabelecer, implementar e manter processos para monitorar, 
medir, analisar e avaliar o seu desempenho em SSO. Como forma de medição e 
monitoramento, a ISO 45001 dispõe o uso de indicadores de desempenho para 
acompanhar os resultados e assegurar que a melhoria contínua seja parte central da 
organização. Neste processo, a organização deve garantir a confiabilidade das 
medições realizadas. Para assegurar que o SGSSO esteja em conformidade, a 
organização deve implementar e manter um programa de auditoria interna bem 
estruturado e seus resultados analisados criticamente pela alta direção para 
assegurar a contínua adequação, suficiência e eficácia do seu SGSSO (ISO 45001, 
2018; BS OHSAS 18001, 2007; BSI, 2018). 
Cláusula 10 - Melhoria 
 
O objetivo da ISO 45001 é agir como instrumento de prevenção, portanto a exigência 
referente a ação preventiva encontrada na OHSAS 18001 não é abordada na nova 
norma. O conceito de prevenção é tratado nas cláusulas 4 – Contexto da Organização 
e 6 – Planejamento, avaliando riscos e oportunidades de forma abrangente ao escopo 
da organização e não pontual. Logo, a organização deve gerenciar o seu SGSSO de 
forma proativa, determinando as oportunidades para melhoria e implementando as 
ações necessárias para eliminar a causa (ou causas) raiz de incidentes e não - 
conformidades e alcançar os resultados pretendidos para o seu SGSSO, refletindo o 
objetivo da nova norma de prevenir lesões e doenças e oferecer locais de trabalho 
seguros e saudáveis aos trabalhadores. 
24 
 
 
 
4. REQUISITOS DA NORMA ISO 45001 QUE SE REQUER 
PARA INFORMAÇÃO DOCUMENTADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A necessidade de informação documentada é fundamentada pela ISO 45001 em 
dois requisitos principais: informação documentada requerida por esta norma, e 
informação documentada determinada pela organização como sendo necessária 
para a eficácia de seu SGSSO. Podemos observar também que a ISO 45001 adota 
duas expressões para definir o conceito de informação documentada, manter e reter. 
Neste contexto podemos distinguir estes termos da seguinte forma: 
a) Manter informação documentada, se refere a documentos, incluindo 
procedimentos; 
b) Reter informação documentada como evidência, se refere a registros e 
se destina a estabelecer os tipos que precisam ser retidos. 
25 
 
 
 
Os requisitos para informação documentada estão disseminados por toda norma. No 
Quadro, apresentamos em resumo as informações documentadas que devem ser 
retidas e/ou mantidas pela organização. 
 
 
26 
 
 
 
Como forma de gerenciar a informação documentada requerida pela ISO 45001 
e determinada como necessária ao SGSSO, a organização deve criar e manter 
atualizados controles, de forma a garantir: a identificação e descrição, formato e meio, 
disponibilidade e confidencialidade, distribuição e acesso, armazenamento e 
preservação, alterações e tempo de retenção. Todo esse processo deve ser analisado 
criticamente e aprovado pela alta direção quanto à adequação, suficiência e eficácia 
do seu SGSSO. 
 
5. ETAPAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 45001 
 
 
A implementação de um SGSSO demonstra um compromisso sólido das 
organizações no alcance das boas práticas de SSO em todos os níveis e que estes 
estejam em equilíbrio com a sua própria cultura e complexidade do negócio. Para as 
organizações que queiram implementar e certificar-se pela ISO 45001, recomenda- 
se desenvolver um diagnóstico dos processos adotados, identificando as possíveis 
lacunas no SGSSO. Os passos necessários para que uma organização adeque o seu 
SGSSO, depende do nível de maturidade em que ela se encontra em relação as 
práticas de SSO. No entanto, é possível relacionar uma sequência de etapas que 
27 
 
 
 
ajudará as organizações em qualquer estágio, seja no processo para certificação ou 
migração para a ISO 45001, seja para organizações que queiram implementar um 
SGSSO, mas não objetivam a certificação. Veja o passo a passo a seguir: 
a) Adquirir e interpretar a nova norma, avaliando as principais mudanças e quais são 
as adequações necessárias para que seja implementada; 
b) Avaliar os Gaps (Lacunas) no SGSSO frente à nova norma com profissionais 
qualificados; 
c) Treinar a alta direção, liderança e trabalhadores quanto aos requisitos da nova 
norma e requalificar auditores internos para conhecimento e interpretação das novas 
exigências; 
d) Elaborar um plano de ação com base nas constatações da Gap Analysis (Análise 
de Lacunas) e compatível com as necessidades da organização, definindo prazos, 
custos e responsáveis para cada etapa do processo; 
e) Adequar os processos e atualizar os documentos existentes, conforme o plano de 
ação, para atender aos novos requisitos e mudanças; 
f) Estabelecer de forma efetiva um processo de comunicação sobre a nova norma, 
mostrando seus benefícios e sua importânciapara a segurança e saúde de todos na 
organização; 
g) Realizar a auditoria interna considerando a nova norma como critério, com 
auditores qualificados para avaliação da eficácia do SGSSO implementado; 
h) Realizar a análise crítica pela alta direção conforme os novos requisitos; 
 
i) Tratar eventuais não conformidades, observações ou oportunidades de melhoria, 
resultantes do processo de auditoria e análise crítica; 
j) Estabelecer com o órgão certificador o processo de certificação e migração para a 
nova norma, determinando o período que será realizada e método da auditoria. 
28 
 
 
 
As organizações certificadas pela OHSAS 18001, precisam estar atentas ao 
prazo para adequação e migração de seu SGSSO, que foi fixado em 3 anos a partir 
da publicação da ISO 45001 (março/18), mas a data que irá determinar quando a 
auditoria de migração para a ISO 45001 deve ser realizada é a data de vigência de 
seu certificado atual. Especial atenção deve ser dada as mudanças mais significativas 
que a nova norma incorpora, como: contexto da organização, questões internas e 
externas, riscos e oportunidades, comprometimento da liderança, participação e 
consulta dos trabalhadores. Cumpridas estas etapas, a organização está apta a 
passar pelo processo de auditoria de certificação e migração da ISO 45001. 
 
6. SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL 
 
 
Demonstrar o uso de normas regulamentadoras como, ferramenta para gestão 
de segurança e saúde ocupacional, estabelecendo critérios de pré-seleção de riscos 
e medidas de controle e prevenção mais adequadas a realidade das organizações. 
Pode-se dizer que essa normalização possibilita o acompanhamento periódico do 
ambiente de risco, promovendo um melhor controle e prevenção destes riscos nos 
ambientes de trabalho. Inicialmente, quanto ao surgimento da norma 
29 
 
 
 
regulamentadora. Segundo Kausek a norma OHSAS 18001 foi desenvolvida com 
base no ciclo PDCA, sendo que seus requisitos podem ser relacionados a cada uma 
das etapas deste ciclo, e cita-se como referência a definição dada pela BSI - BRITISH 
STANDARDS INSTITUTION, a OHSAS 18001 apresenta requisitos para o 
gerenciamento da segurança e saúde ocupacional na organização e foi desenvolvida 
por uma seleção dos principais organismos de comércio, normas internacionais e 
organismos de certificação para preencher uma lacuna da falta de uma norma 
internacional de segurança e saúde ocupacional. 
De acordo com a ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (2018), a norma OHSAS 18001 foi substituída pela norma ISO 45001 em 
2018, “Essa norma especifica os requisitos para um sistema de gestão de saúde e 
segurança ocupacional (SSO) e fornece orientação para o seu uso, permitindo que 
as organizações proporcionem locais de trabalho seguros e saudáveis, prevenindo 
lesões e problemas de saúde relacionados ao trabalho, bem como melhorando pró- 
ativamente o seu desempenho de SSO”. Para as organizações que possuem a norma 
anterior OHSAS 18001, e desejem migrar para a atual norma ISO 45001, poderá ser 
realizado em um prazo de 3 anos da data de publicação da nova norma, ocorrida em 
março de 2018. A atual norma em vigor, permite a integração com outras normas do 
sistema de gestão como, ISO 9001/2015 e ISO 14001/2015. 
6.1 Segurança no Trabalho, Riscos, Acidente de trabalho e Saúde 
ocupacional 
 
Pode-se dizer que, a segurança no trabalho surge das necessidades de 
regulamentar as condições de trabalho e prevenir a ocorrência de acidentes e 
doenças ocupacionais. Segundo Másculo e Mattos (2019) tem-se como um conjunto 
de técnicas preventivas, de forma a evitar, isolada ou simultaneamente, perdas 
pessoais, materiais ou de tempo. Segundo Stefano “o tema prevenção e proteção 
contra os riscos derivados dos ambientes do trabalho e aspectos relacionados à 
saúde do trabalhador felizmente ganha a cada dia maior visibilidade no cenário 
30 
 
 
 
mundial. ”. Em acordo com Marras (2000 apud Stefano et al 2013 p.141), “a prevenção 
de acidentes no trabalho é um programa de longo prazo que tem como finalidade, 
antes de qualquer coisa, conscientizar o trabalhador a proteger sua própria vida e a 
dos companheiros por meio de ações seguras e de uma reflexão sobre as condições 
inseguras de trabalho que poderiam levá-lo a eventuais acidentes. “ 
De maneira geral, Neto (2019), cita o Artigo 19 da Lei 8.213/91, conceituando 
acidente do trabalho como, ocorrido pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou 
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Sendo assim, 
muitas organizações elaboram o chamado Mapa de Riscos, onde procura-se 
demonstrar em figuras, os riscos de cada ambiente laboral, como pode-se observar 
no quadro seguinte. 
 
 
Portanto, como descrevem Másculo e Mattos (2019) os fatores de riscos no 
trabalho são circunstâncias causadoras de acidentes, adoecimento e morte e 
necessitam ser permanente e insistentemente estudados, rastreados e analisados, 
para que sejam minimizados, tendo em vista que os riscos na forma de produção 
nunca serão anulados. Por muito tempo no meio organizacional, houve a 
preocupação apenas com a produção, no que diz respeito ao aumento da 
31 
 
 
 
produtividade, sem muito se preocupar com a qualidade de vida do trabalhador no 
ambiente de trabalho. Pode-se dizer que: “... os empregados precisam ser felizes. 
Para que sejam produtivos, devem saber que o trabalho que executam é adequado à 
suas habilidades e que vão ser tratados como pessoas...”; “... parte significativa da 
vida é dedicada ao trabalho...”; ... é natural que almejem identificar-se com o trabalho. 
”; “... as empresas são desafiadas a investir no ambiente, tanto para atrair novos 
talentos quanto para melhorar a produtividade do trabalho. Mais do que isso, são 
desafiadas a implementar programas de qualidade de vida no trabalho. ” 
Segundo Campos e Mendes (2004 p.218) “a norma SA 8000 especifica 
requisitos para possibilitar uma empresa a desenvolver, manter e executar políticas e 
procedimentos com o objetivo de gerenciar temas de responsabilidade social aos 
quais ela possa controlar ou influenciar...” “... é clara na visão ampliada do conceito 
de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho, incluindo, de forma inseparável e 
obrigatória, o controle dos fornecedores e, quando apropriado, dos subfornecedores. 
”, prática denominada como Responsabilidade estendida ao produtor. Amplamente 
observa-se que o processo de gestão integrada é de monitoramento total da cadeia 
produtiva, assim como sugere a ISO 45001/2018, mencionado pela SGSGROUP 
(2019) “quando o fornecimento de produtos e/ou serviços terceirizados está sob o 
controle da organização, o risco do fornecedor e do terceirizado deve ser gerenciado 
com eficácia. ” 
6.2 Dados estatísticos sobre acidentes de trabalho no Brasil 
 
Segundo a OIT – ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (2019), 
estima-se que 2,3 milhões de pessoas morrem anualmente de doenças e acidentes 
de trabalho. Afirma-se que os custos de acidentes de trabalho no Brasil no período 
entre 2012 a 2017, representaram um valor de R$ 26 bilhões, cerca de 315 milhões 
de dias parados. Somente em 2018 foram R$ 800 milhões, com mais de 100.00 
notificações de acidentes de trabalho, contabilizados até março de 2018. As 
atividades registradas com maior ocorrência de acidentes de trabalho, no período de 
2012 a 2017, foram: 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Atendimento hospitalar com 10%; 
 
b) Comércio varejista com 3,5%; 
 
c) Administração pública com 2,6%; 
 
d) Correios com 2,5% e 
 
e) Construção e Transportes rodoviários de cargas com 2,4% cada, dentre outras. 
 
Ainda segundo a Secretaria da Previdência os acidentes considerados mais graves, 
ocorrem com: 
a) Máquinas e equipamentos com 15%; 
 
b) Agentes químicos com 14% e 
 
c) Quedas com13%, sendo as maiores vítimas com lesões incapacitantes, os 
trabalhadores de menor remuneração. 
As principais características do registro de acidentes de trabalho registrado pela 
Secretária da Previdência, são: 
a) Acidentes com CAT registrada no INSS; 
 
b) Acidentes sem CAT registrada no INSS, por meio de Nexos; 
 
c) Acidentes Típicos; 
 
d) Acidentes de Trajeto e 
 
e) Doença do Trabalho. 
33 
 
 
 
De acordo com a Secretaria da Previdência (2017) “os dados de acidentes sem 
CAT – COMUNICADO DE ACIDENTE DE TRABALHO registrada são obtidos pelo 
levantamento da diferença entre o conjunto de benefícios acidentários concedidos 
pelo INSS com data de acidente no ano civil e o conjunto de benefícios acidentários 
concedidos com CAT vinculada, referente ao mesmo ano. Os dados de 
caracterização do acidentado são obtidos do Sistema Único de Benefícios – SUB. 
Cabe ressaltar que os dados relativos ao ano de 2017 são preliminares, ou seja, 
tabulações posteriores podem gerar números diferentes, uma vez que algumas CAT 
poderão ser registradas posteriormente à data da leitura inicial. ” 
6.3 Normas Regulamentadoras no Brasil 
 
As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do 
trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos 
órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos 
Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. E seguindo a definição da Secretaria de 
Inspeção do Trabalho, (2019), “As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições 
complementares ao capítulo V da CLT, consistindo em obrigações, direitos e deveres 
a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir 
trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. 
A elaboração/revisão das NR é realizada pelo Ministério do Trabalho adotando 
o sistema tripartite paritário por meio de grupos e comissões compostas por 
representantes do governo, de empregadores e de empregados. ” De maneira geral, 
percebe-se que são inúmeras as práticas que podem ser adotadas pelas 
organizações, para melhoria da gestão organizacional. Define-se na própria norma, 
que uma organização é responsável pela saúde e segurança ocupacional dos 
trabalhadores e outros que podem ser afetados por suas atividades. Esta 
responsabilidade inclui promover e proteger sua saúde física e mental. Para Marcella 
Villas Boas (2019), engenheira ambiental pela Unicamp e auditora líder em sistemas 
34 
 
 
 
de gestão integrada pela Loyd´s Register Brazil, “A estrutura do sistema 
de gestão integrada da ISO 45001, baseia-se em: 
a) Escopo; 
 
b) Referência normativa; 
 
c) Termos e definições; 
 
d) Contexto de organização; 
 
e) Liderança; 
 
f) Planejamento; 
 
g) Apoio; 
 
h) Operação; 
 
i) Avalição de desempenho e 
 
j) Melhoria. 
 
Além de “fatores-chaves, como: 
 
a) Liderança e comprometimento da alta direção; 
 
b) Participação e dedicação dos trabalhadores; 
 
c) Integração do sistema de saúde e segurança no trabalho e 
 
d) Contínua avaliação e monitoramento do sistema de saúde 
ocupacional, para melhorar seu desempenho. 
Para a obtenção de certificação, é necessário a busca por uma 
empresa certificadora, registrada e autorizada pelo INMETRO, 
representante do IAF – INTERNATIONAL ACCREDITATION FORUM, 
órgão internacional de certificação, e como mencionado anteriormente, a 
migração de organizações que possuem a norma anterior OHSAS 18001, 
deve ocorrer em no máximo 3 anos a partir de março de 2018. 
 
 
 
 
 
35 
 
 
7. ESOCIAL 
 
O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e 
Trabalhistas (eSocial) é um novo sistema de prestação de informações ao 
Governo Federal que tem como objetivo de tornar os processos dentro das 
empresas mais transparentes e menos complexos. 
Apesar de ser confundindo com um novo regime tributário, a realidade é que trata-se 
apenas de uma unificação das informações trabalhistas. Ou seja, trabalhadores 
celetistas, estatutários, autônomos, avulsos, cooperados, estagiários e sem vínculo 
empregatício terá suas informações registradas no eSocial, ambiente Nacional 
Virtual. 
 
Os princípios do e-Social são: 
• Dar maior efetividade à fruição dos direitos fundamentais trabalhistas e 
previdenciários dos trabalhadores; 
• Racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações previstas na legislação 
pátria, relativa a cada matéria; 
• Eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas física e jurídica 
obrigadas; 
• Aprimorar a qualidade das informações referentes a relações de trabalho, 
previdenciárias e fiscais; 
• Conferir tratamento diferenciado a ME/EPP 
 
O eSocial foi criado para transmitir informações agrupadas por meio de eventos, que 
devem ser encaminhados em uma sequência lógica. 
Essa sequência pode ser contemplada como um conceito de “empilhamento”, sendo 
que tais eventos relatam toda a dinâmica das contratações dos trabalhadores, desde 
o seu início até o término. 
Por isso, as informações transmitidas nos eventos iniciais são usadas nos eventos 
seguintes e para alterar um dado de evento antigo, há de se verificar as 
consequências/repercussões nos eventos posteriores. 
 
Quem está obrigado ao eSocial? 
 
Segundo o Manual de Orientação do eSocial, os declarantes (empregador, órgão 
36 
 
 
público, órgão gestor de mão de obra) que possuem a obrigatoriedade da entrega 
das informações, são: 
• Todo aquele que contratar prestador de serviço pessoa física e possua alguma 
obrigação trabalhista, previdenciária ou tributária, em função dessa relação jurídica 
de trabalho, inclusive se tiver natureza administrativa, conforme a legislação 
pertinente; 
• O obrigado pode figurar nessa relação como empregador, nos termos definidos pelo 
art. 2º da CLT ou como contribuinte, conforme delineado pela Lei nº 5.172, de 1966 
(CTN), na qualidade de empresa, inclusive órgão público, ou de pessoa física 
equiparada à empresa, conforme prevê o art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991; 
• Os contribuintes que comercializam produção rural nas situações descritas no 
Capítulo III do Manual; 
• Também devem enviar informações ao Ambiente Nacional do eSocial os 
contribuintes na situação “Sem Movimento”, detalhada no item 12 do Capítulo I do 
Manual. Excetuam-se dessa obrigação: 
 
a) A pessoa física que, no início da obrigatoriedade do eSocial, encontra-se na 
situação “Sem Movimento”, enquanto essa situação perdurar; 
b) O MEI sem empregado, que não possua obrigação trabalhista, previdenciária ou 
tributária; 
c) Os Fundos de Investimento, os quais não são revestidos de personalidade jurídica 
e, portanto, não podem contratar. As informações devem ser prestadas pela 
instituição financeira administradora do fundo. 
 
“Faseamento” da entrega 
Para garantir a segurança e eficiência da entrada em operação do eSocial, definiu-se 
uma implementação progressiva por grupos para envio das obrigações. Este 
“faseamento” é dividido por grupos de obrigados e, dentro de cada grupo, por tipo de 
evento: 
• na primeira fase, devem ser enviados os eventos de tabela; 
• na segunda, os não periódicos; 
• na terceira, os eventos periódicos; 
• na quarta fase, os eventos de Segurança e Saúde no Trabalho. 
 
37 
 
 
Cada período de obrigatoriedade de eventos, dividido por grupo de obrigados, é 
definido em legislação específica. 
Definição dos grupos: 
Grupo 01 - Empresas com faturamento superior a R$78 milhões 
Grupo 02 - Empresas com faturamento inferior a R$78 milhões, exceto as optantes 
pelo SIMPLES 
Grupo 03 - ME e EPP optantes pelo SIMPLES, MEI, empregadores pessoas físicas 
(exceto domésticos), entidades sem fins lucrativos 
Grupo 04 - ME e EPP optantes pelo SIMPLES, MEI, empregadores pessoas físicas 
(exceto domésticos), entidades sem fins lucrativos.Apesar de ter o objetivo de desburocratizar o sistema de obrigações fiscais, 
trabalhistas e previdenciárias, o eSocial exigiu das empresas brasileiras um esforço 
significativo para adequar todas as suas informações. 
 
Eventos do eSocial 
Com a substituição de uma quantidade enorme de documentos, é de se esperar que 
o eSocial contemple muitas informações, de diferentes tipos, periodicidades e 
frequência de reutilização. Estas informações são organizadas em eventos, cada um 
contendo seu layout próprio e os campos com informações pertinentes à ele. 
Os 48 eventos do eSocial são classificados em 4 tipos: Eventos Iniciais, Eventos de 
Tabelas, Eventos Não-periódicos e Eventos Periódicos. Esses eventos possuem 
uma sequência lógica de envio. 
Eventos Iniciais 
Esses eventos contém informações sobre o empregador, como classificação fiscal e 
estrutura administrativa. Os dados enviados nestes eventos são aproveitados em 
eventos periódicos e não-periódicos. No momento da implantação do eSocial na 
empresa, deve-se enviar eventos deste tipo para cadastramento inicial dos vínculos 
dos empregados ativos. 
Na versão 2.2 do eSocial, existia o evento “S-2100: Cadastramento Inicial do 
Vínculo”. Com a versão 2.3 do layout, as informações contidas neste evento foram 
absorvidas pelo evento “ S-2200: Admissão do Trabalhador”. Assim sendo, o S-2100 
foi removido e restou somente um Evento Inicial: 
• S-1000 – Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740513-S-1000-Informa%C3%A7%C3%B5es-do-Empregador-Contribuinte-%C3%93rg%C3%A3o-P%C3%BAblico
38 
 
 
 
Eventos de Tabela 
Complementando os eventos iniciais, os Eventos de Tabelas incluem informações 
importantes, que se repetem em diversos eventos periódicos e não-periódicos, 
aparecendo várias vezes no layout. 
Devem ser transmitidos imediatamente após os Eventos Iniciais, pois as informações 
aqui contidas são imprescindíveis para a composição do restante dos eventos do 
eSocial. 
Uma vez enviadas as informações para preenchimento destas tabelas, é necessário 
mantê-la perfeitamente atualizada, enviando eventos de retificação conforme 
ocorram alterações. 
Os Eventos de Tabelas possuem um campo chamado “data de início de validade” e 
“data de fim de validade” que estabelecem a validade das informações. Sempre que 
necessário enviar um evento de alteração das tabelas, deve-se alterar a data de 
validade. 
Os Eventos de Tabelas são: 
• S-1005 – Tabela de Estabelecimentos, Obras ou Unidades de Órgãos Públicos 
• S-1010 – Tabela de Rubricas 
• S-1020 – Tabela de Lotações Tributárias 
• S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos 
• S-1035 – Tabela de Carreiras Públicas 
• S-1040 – Tabela de Funções/Cargos em Comissão 
• S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho 
• S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho 
• S-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais 
• S-1080 – Tabela de Operadores Portuários 
 
Eventos Não-Periódicos 
Como o nome sugere, são eventos que acobertam acontecimentos que não tem uma 
data pré-fixada para acontecer, relacionados à direitos e deveres trabalhistas, 
previdenciários e fiscais. 
Por exemplo, a admissão de um novo empregado, alteração salarial, acidente de 
trabalho, demissão, entre outros eventos sem periodicidades fixas para ocorrer. 
Os Eventos Não-Periódicos são: 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614734-S-1005-Tabela-de-Estabelecimentos-Obras-ou-Unidades-de-%C3%93rg%C3%A3os-P%C3%BAblicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740613-S-1010-Tabela-de-Rubricas
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740533-S-1020-Tabela-de-Lota%C3%A7%C3%B5es-Tribut%C3%A1rias
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740393-S-1030-Tabela-de-Cargos-Empregos-P%C3%BAblicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614614-S-1035-Tabela-de-Carreiras-P%C3%BAblicas
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614674-S-1040-Tabela-de-Fun%C3%A7%C3%B5es-Cargos-em-Comiss%C3%A3o
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614694-S-1050-Tabela-de-Hor%C3%A1rios-Turnos-de-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614754-S-1060-Tabela-de-Ambientes-de-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740453-S-1070-Tabela-de-Processos-Administrativos-Judiciais
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740353-S-1080-Tabela-de-Operadores-Portu%C3%A1rios
39 
 
 
• S-2190 – Admissão de Trabalhador – Registro Preliminar 
• S-2200 – Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de Trabalhador 
• S-2205 – Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador 
• S-2206 – Alteração de Contrato de Trabalho 
• S-2210 – Comunicação de Acidente de Trabalho 
• S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador 
• S-2221 – Exame Toxicológico do Motorista Profissional 
• S-2230 – Afastamento Temporário 
• S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco 
• S-2245 – Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras Anotações 
• S-2250 – Aviso Prévio 
• S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente 
• S-2298 – Reintegração 
• S-2299 – Desligamento 
• S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Início 
• S-2306 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Alteração Contratual 
• S-2399 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Término 
• S-2400 – Cadastro de Benefícios Previdenciários – RPPS 
• S-3000 – Exclusão de eventos 
• S-5001 – Informações das contribuições sociais por trabalhador 
• S-5002 – Imposto de Renda Retido na Fonte 
• S-5003 – Informações do FGTS por Trabalhador 
• S-5011 – Informações das contribuições sociais consolidadas por contribuinte 
• S-5012 – Informações do IRRF consolidadas por contribuinte 
• S-5013 – Informações do FGTS consolidadas por contribuinte 
 
Eventos Periódicos 
Eventos Periódicos são eventos relacionados à acontecimentos com datas fixas para 
acontecer, como por exemplo, a folha de pagamentos. 
Os Eventos Periódicos são: 
S-1200 – Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previd. Social 
S-1202 – Remuneração de servidor vinculado a Regime Próprio de Previd. Social 
S-1207 – Benefícios previdenciários – RPPS 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740373-S-2190-Admiss%C3%A3o-de-Trabalhador-Registro-Preliminar
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614834-S-2200-Cadastramento-Inicial-do-V%C3%ADnculo-e-Admiss%C3%A3o-Ingresso-de-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740793-S-2205-Altera%C3%A7%C3%A3o-de-Dados-Cadastrais-do-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740773-S-2206-Altera%C3%A7%C3%A3o-de-Contrato-de-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012615114-S-2210-Comunica%C3%A7%C3%A3o-de-Acidente-de-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614934-S-2220-Monitoramento-da-Sa%C3%BAde-do-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012755334-S-2221-Exame-Toxicol%C3%B3gico-do-Motorista-Profissional
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740733-S-2230-Afastamento-Tempor%C3%A1rio
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740853-S-2240-Condi%C3%A7%C3%B5es-Ambientais-do-Trabalho-Fatores-de-Risco
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012887053-S-2245-Treinamentos-Capacita%C3%A7%C3%B5es-Exerc%C3%ADcios-Simulados-e-Outras-Anota%C3%A7%C3%B5es
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614894-S-2250-Aviso-Pr%C3%A9vio
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614954-S-2260-Convoca%C3%A7%C3%A3o-para-Trabalho-Intermitente
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614914-S-2298-Reintegra%C3%A7%C3%A3ohttps://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740833-S-2299-Desligamento
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740813-S-2300-Trabalhador-Sem-V%C3%ADnculo-de-Emprego-Estatut%C3%A1rio-In%C3%ADcio
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740713-S-2306-Trabalhador-Sem-V%C3%ADnculo-de-Emprego-Estatut%C3%A1rio-Altera%C3%A7%C3%A3o-Contratual
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614994-S-2399-Trabalhador-Sem-V%C3%ADnculo-de-Emprego-Estatut%C3%A1rio-T%C3%A9rmino
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740753-S-2400-Cadastro-de-Benef%C3%ADcios-Previdenci%C3%A1rios-RPPS
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740693-S-3000-Exclus%C3%A3o-de-eventos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012615054-S-5001-Informa%C3%A7%C3%B5es-das-contribui%C3%A7%C3%B5es-sociais-por-trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614974-S-5002-Imposto-de-Renda-Retido-na-Fonte
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012678794-S-5003-Informa%C3%A7%C3%B5es-do-FGTS-por-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012615034-S-5011-Informa%C3%A7%C3%B5es-das-contribui%C3%A7%C3%B5es-sociais-consolidadas-por-contribuinte
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740673-S-5012-Informa%C3%A7%C3%B5es-do-IRRF-consolidadas-por-contribuinte
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012845793-S-5013-Informa%C3%A7%C3%B5es-do-FGTS-consolidadas-por-contribuinte
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740553-S-1200-Remunera%C3%A7%C3%A3o-de-trabalhador-vinculado-ao-Regime-Geral-de-Previd-Social
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614854-S-1202-Remunera%C3%A7%C3%A3o-de-servidor-vinculado-a-Regime-Pr%C3%B3prio-de-Previd-Social
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614714-S-1207-Benef%C3%ADcios-previdenci%C3%A1rios-RPPS
40 
 
 
S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Trabalho 
S-1250 – Aquisição de Produção Rural 
S-1260 – Comercialização da Produção Rural Pessoa Física 
S-1270 – Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Portuários 
S-1280 – Informações Complementares aos Eventos Periódicos 
S-1295 – Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência 
S-1298 – Reabertura dos Eventos Periódicos 
S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos 
S-1300 – Contribuição Sindical Patronal 
 
Eventos removidos 
S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos; 
S-1035 – Tabela de Carreiras Públicas; 
S-1040 – Tabela de Funções/Cargos em Comissão; 
S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho; 
S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho; 
S-1080 – Tabela de Operadores Portuários; 
S-1250 – Aquisição de Produção Rural; 
S-1295 – Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência; 
S-1300 – Contribuição Sindical Patronal; 
S-2221 – Exame Toxicológico do Motorista Profissional; 
S-2245 – Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras Anotações; 
S-2250 – Aviso Prévio; 
S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente. 
 
Eventos incluídos 
S-2231 – Cessão/Exercício em Outro Órgão; 
S-2405 – Cadastro de Beneficiário – Entes Públicos – Alteração; 
S-2410 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Início; 
S-2416 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Alteração; 
S-2418 – Reativação de Benefício – Entes Públicos; 
S-2420 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Término; 
S-8299 – Baixa Judicial do Vínculo. 
 
eSocial Simplificado (S-10) 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614794-S-1210-Pagamentos-de-Rendimentos-do-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740473-S-1250-Aquisi%C3%A7%C3%A3o-de-Produ%C3%A7%C3%A3o-Rural
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740633-S-1260-Comercializa%C3%A7%C3%A3o-da-Produ%C3%A7%C3%A3o-Rural-Pessoa-F%C3%ADsica
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740593-S-1270-Contrata%C3%A7%C3%A3o-de-Trabalhadores-Avulsos-N%C3%A3o-Portu%C3%A1rios
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614774-S-1280-Informa%C3%A7%C3%B5es-Complementares-aos-Eventos-Peri%C3%B3dicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740413-S-1295-Solicita%C3%A7%C3%A3o-de-Totaliza%C3%A7%C3%A3o-para-Pagamento-em-Conting%C3%AAncia
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614634-S-1298-Reabertura-dos-Eventos-Peri%C3%B3dicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740573-S-1299-Fechamento-dos-Eventos-Peri%C3%B3dicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614814-S-1300-Contribui%C3%A7%C3%A3o-Sindical-Patronal
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008573441-S-2231-Cess%C3%A3o-Exerc%C3%ADcio-em-Outro-%C3%93rg%C3%A3o
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008546802-S-2405-Cadastro-de-Benefici%C3%A1rio-Entes-P%C3%BAblicos-Altera%C3%A7%C3%A3o
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008546822-S-2410-Cadastro-de-Benef%C3%ADcio-Entes-P%C3%BAblicos-In%C3%ADcio
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008573601-S-2416-Cadastro-de-Benef%C3%ADcio-Entes-P%C3%BAblicos-Altera%C3%A7%C3%A3o
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008546842-S-2418-Reativa%C3%A7%C3%A3o-de-Benef%C3%ADcio-Entes-P%C3%BAblicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008546862-S-2420-Cadastro-de-Benef%C3%ADcio-Entes-P%C3%BAblicos-T%C3%A9rmino
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008547002-S-8299-Baixa-Judicial-do-V%C3%ADnculo
41 
 
 
O eSocial Simplificado é uma nova versão do eSocial, que visa facilitar as etapas 
para o envio das informações. Foi apresentado pelo Governo Federal no final de 
2020. 
O novo sistema busca deixar o sistema mais intuitivo e de fácil utilização nos seus 
eventos. Ele foi desenvolvido por diversos órgãos e empresas como, por 
exemplo, as Confederações patronais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), 
a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação 
(Brasscom), o Sebrae, a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e 
das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), 
visando que a nova versão possibilite a integração com outros sistemas. Algumas 
das diretrizes essenciais que o diferenciam do eSocial 2.5 vigente: 
• Foco na desburocratização: substituição das obrigações acessórias; 
• Não solicitação de dados já conhecidos; 
• Eliminação de pontos de complexidade; 
• Modernização e simplificação do sistema; 
• Integridade e continuidade da informação; 
• Respeito pelo investimento feito por empresas e profissionais. 
 
SST no eSocial 
SST significa Saúde e Segurança do Trabalho. As normas e procedimentos 
legalmente estabelecidos para Saúde e Segurança do Trabalho (SST) devem ser 
informados corretamente no eSocial, com objetivo de tornar o ambiente de trabalho 
mais saudável e seguro para os trabalhadores. Entre os principais eventos de SST 
no eSocial estão: 
• S-2210 - Comunicação de Acidente do Trabalho- Evento utilizado para prestação de 
informações a comunicação do acidente de trabalho pelo 
empregador/contribuinte/órgão público, ainda que não haja afastamento do 
trabalhador de suas atividades laborais. 
• S-2220 - Monitoramento de Saúde do Trabalhador- Evento utilizado para prestação 
de informações relativas ao monitoramento da saúde do trabalhador (avaliações 
clínicas), durante todo o vínculo laboral com o empregador/contribuinte/órgão 
público, por trabalhador, no curso do vínculo ou do estágio, bem como os exames 
complementares aos quais foi submetido, com respectivas datas e conclusões. 
42 
 
 
• S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Agentes Nocivos- Evento utilizado 
para prestação de informações relativas as condições ambientaisde trabalho, bem 
como da exposição aos fatores de risco aos quais o colaborador está exposto e das 
condições de insalubridade ou periculosidade, aposentadoria especial. 
 
Agora, por meio de apenas uma declaração no eSocial, todas as entidades do 
governo recebem os dados de uma só vez ao invés de inúmeras obrigações 
diferentes com as mesmas informações. São eles: CEF, Receita Federal, Ministério 
da Economia/Secretária Especial de Previdência e Trabalho. Aliás, cada um desses 
órgãos possuem um representante que juntos, formam o Comitê Gestor do eSocial, 
responsável pela implantação e transmissão do eSocial. 
 
Para maior entendimento sobre o eSocial, veja os vídeos: 
 
O que é eSocial?: 
https://www.youtube.com/watch?v=PAPjIDAFl6o&t=271s 
 
ENIT Escola Nacional da Inspeção do Trabalho: (veja os vídeos eSocial ponto a 
ponto) 
https://www.youtube.com/channel/UCII0hpg3zsILGJSFQJTxy7A/playlists 
 
Material complementar, disponibilizado pelo Governo Federal: 
(Curso - eSocial Aprenda Ponto a Ponto) 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-
br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/escola/e-social-aprenda-ponto-a-ponto 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=PAPjIDAFl6o&t=271s
https://www.youtube.com/channel/UCII0hpg3zsILGJSFQJTxy7A/playlists
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola/e-social-aprenda-ponto-a-ponto
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola/e-social-aprenda-ponto-a-ponto
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola/e-social-aprenda-ponto-a-ponto
43 
 
 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
ABNT, Associação de Normas Técnicas. Publicada a ISO 45001, 2018. 
 
ARAÚJO, N. M. C. de. Proposta de sistema de gestão da segurança e saúde no 
trabalho, baseado na OHSAS 18001, para empresas construtoras de edificações 
verticais. João Pessoa: UFPB, 2002. 
BENITE, Anderson Glauco. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho 
para Empresas Construtoras. 2004. 236 f. Dissertação (Área de concentração 
Engenharia de Construção Civil e Urbana) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 
2004. 
BSI, British Standards Institution. Apresentando o Anexo SL, A nova estrutura de 
alto nível para todas as normas de sistema de gestão do futuro. São Paulo, 2015. 
4 p. 
BS OHSAS 18001:2007. Série de Avaliação da Saúde e Segurança no Trabalho. 
Sistemas de gestão da saúde e segurança no trabalho – Requisitos. BSI, Ago. 2007. 
Target Engenharia e Consultoria Ltda. 32 p. 
DAS NEVES. MAURÍCIO. O eSocial e os Eventos de SST – Um Novo Panorama 
a Partir de 2022. Contabilizar Web. Disponível em: < 
https://contabilizarweb.com.br/blog/esocial-eventos-sst-novo-
panorama/?utm_source=GoogleAds&utm_medium=cpc&utm_campaign=eSocialSS
T&gclid=CjwKCAiAvaGRBhBlEiwAiY-
yMNDTqf9VfxXQkZryUKwTGy2c2d2hzKQd2n2jC8H5KMqPL2OBB1s4LRoCJVgQAv
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