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(
Vitória Campos
)Sondagem Vesical
Considerações gerais
Método asséptico para passagem de sonda e comunicação da bexiga com o meio externo.
A sondagem vesical pode ter intuito diagnóstico ou terapêutico. 
A sondagem de alívio é realizada com sondas de ponta obtusa, ao passo que a sondagem vesical de demora deve ser feita com a sonda de Foley, que tem um balão inflável distal para fixação na bexiga.
 (
Via do balão
) (
Via de drenagem
)
 (
Via de irrigação
)Foley duas vias 
 (
Via de drenagem
) (
Via do balão
)
Foley três vias
Considerações anatômicas
A uretra é o último segmento das vias urinárias, e nos homens, é ducto comum à ejaculação e à micção. A uretra masculina tem aproximadamente 20 cm e divide-se em prostática, membranosa e esponjosa. A uretra feminina tem cerca de 4 cm e apresenta seu óstio externo no vestíbulo da vagina, no espaço entre os lábios menores, acima do óstio da vagina . Nos homens, a válvula de Guérin (lacuna magna), na fossa navicular, pode dificultar a passagem da sonda. A bexiga é uma bolsa situada posteriormente à sínfise púbica, que funciona como reservatório de urina. No homem, o reto situa-se posteriormente à uretra; na mulher, entre o reto e a bexiga há o útero.
Indicações
· Pacientes críticos
· Balanço hídrico rigoroso 
· Lesão de decúbito grau 4 (sexo fem.)
· Retenção urinária crônica que prejudica a função renal.
· Bexiga neurogênica.
· Estudo urológico do trato urinário inferior.
· Pós-operatório de cirurgias do trato urinário baixo.
Contraindicações
· Estenose uretral grave
· Infecção urinária em curso
· Cirurgia de reconstrução uretral
· Trauma uretal
Material
· Principal:
· Sondagem de alívio: sonda n° 14 ou 16
· Sondagem vesical de demora: sonda de Foley n° 18 ou 20. Para crianças, sonda de Foley n° 8 a 12
· Kit de sondagem
· Recipientes
· Assepsia:
· Gazes estéreis
· PVPI (Povidine®) ou clorexidina
· Luvas estéreis
· Campo fenestrado esterilizado
· Anestesia tópica:
· Seringa de 10 ml
· Lidocaína gel a 2% (10 ml)
· Infusão no balão:
· Soro fisiológico a 0,9% ou água destilada (20 ml)
· Seringa de 20 ml
· Curativo/fixação:
· Tintura de benjoim (opcional)
· Esparadrapo ou Micropore®.
Preparo do paciente
· Explicar o procedimento
· Solicitar termo de consentimento informado
· Em caso de traumatismo, deve-se antes proceder a um toque retal, para localizar a próstata e avaliar sangramentos
· Colocar o paciente em decúbito dorsal (homem)
· Posição ginecológica ou litotomia (mulher)
Técnica
· Colocar as luvas estéreis de maneira asséptica
· Verificar se o cateter de Foley está funcionando, injetando soro fisiológico ou água destilada e observando se o balão está íntegro. Verificar o volume adequado a ele, impresso na ponta da sonda.
No homem
· Limpar o pênis com a solução antisséptica. Retrair o prepúcio e limpar a glande. Colocar uma gaze aberta ao redor do sulcoccoronal, para servir de apoio e evitar a redução do prepúcio
· Colocar o campo fenestrado
· Lubrificar o cateter e a uretra, injetando lidocaína gel no meato uretral com seringa de 10 ml
· Aguardar alguns minutos para efeito da lidocaína
· Posicionar o pênis perpendicularmente ao corpo e apontando discretamente para a cicatriz umbilical. Mantê-lo tracionado, segurando a gaze ao redor do sulco coronal.
· Posicionar o cateter no meato uretral, voltando sua extremidade para o interior do orifício.
· Avançar o cateter
· Geralmente existe resistência ao se atingir o esfíncter urinário externo. Se mesmo após pressão suave não for possível transpor o obstáculo, tentar uma sonda de maior calibre (n° 24), pois, em portadores de hiperplasia prostática benigna, a entrada da bexiga encontra-se deslocada anteriormente.
· Inserir a sonda por completo. Ela estará na bexiga quando houver saída de urina, seguida de progressão de mais alguns centímetros. Pode ser necessária uma leve compressão do abdome para que haja diurese. 
· É possível infundir 50 ml de soro fisiológico e aspirar. Não havendo dificuldade, pode-se considerar que a sonda está no local apropriado.
· Injetar soro fisiológico ou água destilada para inflar o balão e fixar o cateter na bexiga, caso seja sondagem vesical de demora.
· Caso esteja saindo urina, colocar a bolsa coletora
· Reduzir o prepúcio, para evitar parafimose.
Na mulher
· Limpar toda a vulva com a solução antisséptica, principalmente o interior dos lábios e ao redor do meato uretral.
· Colocar o campo fenestrado
· Passar gel lubrificante nos 5 a 10 cm distais do cateter
· Abrir os grandes lábios com os dedos polegar e indicador da mão não dominante.
· Localizar o meato uretral e introduzir a sonda delicadamente
· Utilizar a mão dominante para passar o cateter; se necessário, utilizar uma gaze para não escorregar.
· Introduzir a sonda até metade de seu comprimento. A sonda encontra-se na bexiga quando houver saída de urina, seguida de inserção de mais alguns centímetros. Pode ser necessária uma leve compressão do abdome para tal. 
· É possível infundir 50 ml de soro fisiológico e aspirar; se não houver dificuldade, pode-se considerar que a sonda está no local apropriado.
· Injetar soro fisiológico ou água destilada para inflar o balão e fixar o cateter na bexiga, caso seja sondagem vesical de demora
· Caso esteja saindo urina, colocar a bolsa coletora.
Cuidados após o procedimento
· Fixar a sonda na face anteromedial da coxa, deixando-a folgada para permitir livre movimento do membro inferior, sem tração
· Salientar ao paciente que o procedimento foi bem-sucedido e houve boa colaboração
· Realizar cuidados assépticos na manipulação da sonda
· Retirar o cateter assim que possível, para diminuir o risco de infecção.
Complicações
· Resistência à passagem do cateter
· Desconforto
· Infecção do trato urinário
· Bacteriúria assintomática
· Hematúria
· Disúria
· Cálculo vesical
· Parafimose
· Epididimite
· Orquite
· Fístula vesical
· Retenção urinária
· Perfuração da bexiga
· Remoção traumática da sonda pelo paciente
· Falso trajeto e balão inflado no falso trajeto
· Passagem do cateter inadvertidamente na vagina, e não na uretra. Nesse caso, o cateter fica contaminado e deve ser descartado.

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