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SONDAGEM VESICAL E CISTOTOMIA

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1 Habilidades Médicas 
SONDAGEM VESICAL E CISTOSTOMIA 
 RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA 
 Emergência urológica dolorosa 
 Incapacidade repentina de eliminar urina, 
com distensão abdominal ou dor. 
 Maioria são homens com mais de 60 anos 
de idade com hiperplasia prostática 
benigna, sendo a condição rara em 
mulheres. (1/13) 
 A incidência e o risco aumentam com a 
idade 
ETIOLOGIAS 
Qualquer causa que interfira no controle 
neurológico do processo de micção com 
envolvimento da inervação sensorial ou motora do 
músculo detrusor, com dissinergia local e 
incompleto relaxamento da musculatura pode 
resultar em disfunção miccional. 
 A obstrução do fluxo de saída da bexiga é a 
maior etiologia da retenção urinária; 
 Fixa: estreitamento da uretra 
 Dinâmica, pela perda do tônus 
muscular. 
Nesses casos, o fluxo de urina 
diminui em força e tamanho, 
apesar da contração forte e 
prolongada do músculo detrusor. 
A maior causa, entretanto, é a obstrução devido à 
hiperplasia benigna da próstata ou, 
eventualmente, condições malignas. 
Redução da contratilidade da musculatura 
detrusora: 
 Podem ocorrer pelo uso de múltiplas 
medicações como opioides ou 
anticolinérgicos 
Em pacientes já com obstrução urinária parcial, o 
desenvolvimento de infecções urinárias como 
prostatites pode desencadear quadro agudo de 
retenção urinária. 
As causas da retenção urinária são categorizadas 
em vários grupos: 
1. Obstrutivas, 
2. Neurogênicas, 
3. Traumáticas, 
4. Infecciosas, 
5. Operatórias, 
6. Psicogênicas 
7. Farmacológicas. 
QUADRO CLÍNICO 
 Dor abdominal 
 Desconforto suprapúbico 
 Distensão abdominal. 
Pode ocorrer com a obstrução urinária edema 
periférico. Quando a retenção urinária é 
crônica, esses sinais ou sintomas costumam 
ser não dolorosos. 
Deve-se buscar: 
 Antecedentes urológicos 
 Hematúria macroscópica 
 Novos medicamentos, 
 Sintomas como febre, taquicardia, 
taquipneia e hipotensão sugerem infecção 
ou sepse. 
No exame abdominal, é feita a palpitação ou 
percussão da área epigástrica até o abdome 
inferior para identificar uma massa dolorosa 
(distensão). 
 
2 Habilidades Médicas 
 
 
DIAGNÓSTICO E EXAMES COMPLEMENTARES 
 Urinálise e urocultura, 
 Ultrassonografia (USG): quando, na USG, 
se verifica a presença de >300mL de líquido 
na bexiga em paciente incapaz de urinar, o 
diagnóstico de retenção urinária pode ser 
confirmado. 
A necessidade de outros testes diagnósticos 
depende da apresentação clínica, dos fatores 
precipitantes e das comorbidades associadas do 
paciente. 
 Hemograma: p/suspeita de infecção grave, 
 Função renal e eletrólitos séricos do 
paciente. 
TRATAMENTO 
DESCOMPRESSÃO DA BEXIGA, QUE DEVE SER 
REALIZADA POR CATETERISMO URETRAL OU 
SUPRAPÚBICO. 
A maioria dos cateteres vesicais é feita de látex, 
mas os cateteres de silicone estão disponíveis para 
indivíduos com alergia ao látex. Comumente, usa-
se para o procedimento uma sonda de Foley de 
número 14 a 18. 
 Em pacientes com retenção urinária aguda, 
a cateterização vesical deve ser apenas de 
alívio, mantendo a sonda vesical somente 
em casos em que se mantém o quadro 
obstrutivo; essa abordagem diminui o risco 
de infecções urinárias. 
O cateterismo suprapúbico pode ser realizado em 
pacientes após falha de tentativas de cateterismo 
uretral, e desde que não haja trauma pélvico 
óbvio ou anatomia anormal na parte inferior do 
abdome. 
A retenção urinária em mulheres é incomum. 
 Relacionadas a problemas ginecológicos, 
 Causas neurogênicas, como nos homens. 
O manejo da retenção urinária em mulheres 
envolve cateterização e abordagem da causa. Os 
bloqueadores a-adrenérgicos não são úteis em 
mulheres com retenção urinária. Se não há uma 
causa aparente, a paciente deve ser encaminhada 
para um urologista ou ginecologista. 
INDICAÇÕES 
 
Cateterismo vesical de alívio ou intermitente: 
realizado com a sonda uretral (cateter de 
Nélaton): 
 Alívio para retenção urinária aguda; 
 
3 Habilidades Médicas 
 Determinação do resíduo urinário; 
 Obtenção de uma amostra de urina para 
exame laboratorial; 
 Instilação intravesical de medicamentos; 
 Exploração da uretra. 
Cateterismo vesical de demora: realizado com o 
cateter de Foley (cateter flexível com duplo ou 
triplo lúmen): 
 Drenagem vesical por obstrução aguda ou 
crônica; 
 Disfunção vesical (bexiga neurogênica); 
 Irrigação vesical; 
 Drenagem vesical após cirurgias urológicas 
e pélvicas; 
 Monitoramento do volume urinário em 
pacientes graves. Incontinência urinária. 
Assegurar a higiene e a integridade da pele 
em região perineal. 
CONTRAINDICAÇÕES: 
Estonose uretral, ITU em curso, trauma uretral, 
cirurgia de reconstrução uretral ou cirurgia vesical. 
CATETERISMO VESICAL DE DEMORA: 
 Identificação do paciente 
 Ambiente iluminado e privativo 
 Material disponível e organizado 
 Higienização 
 Calçar as luvas de procedimento; 
Colocar o paciente sobre a comadre e higienizar a 
área perineal e genital do paciente com água 
morna, sabão líquido neutro e secar com gazes; 
Retirar as luvas e higienizar as mãos; 
Paramentar-se com os EPI: máscara cirúrgica, 
óculos e avental de procedimento; 
Posicionar o paciente: – masculino: decúbito 
dorsal horizontal com os membros inferiores 
afastados; – feminino: posição em decúbito 
dorsal, com as pernas afastadas, os joelhos 
fletidos e os pés apoiados sobre a cama e coberta 
com um lençol; 
Abrir o kit de cateterismo vesical com técnica 
asséptica; 
Retirar a seringa e a agulha dos seus invólucros e 
depositá-las no interior do kit de cateterismo, com 
cuidado para não os contaminar; 
Colocar a solução antisséptica na cuba redonda; 
Colocar lubrificante/anestésico: – para 
cateterismo feminino: na gaze estéril; – para 
cateterismo masculino: na seringa luer slip de 20 
mL; 
Abrir o invólucro do cateter de Foley e colocá-lo na 
cuba-rim; 
Realizar a higiene das mãos com solução 
antisséptica e calçar as luvas estéreis segundo 
técnica preconizada; 
Conectar a seringa à agulha, solicitando auxílio 
para aspirar a água destilada contida na ampola; 
Testar o balão e a válvula do cateter de Foley, 
introduzindo a quantidade de água destilada 
estéril recomendada pelo fabricante no lúmen do 
balão e esvaziar o balão; 
Conectar o cateter de Foley (lúmen de drenagem) 
ao coletor em sistema fechado. Lubrificar a sonda 
por cerca de 10 cm. Utilizar lubrificante estéril e de 
uso único para cada paciente; 
Realizar antissepsia do meato uretral. 
CATETERISMO VESICAL FEMININO: 
 Utilizar os dedos indicador e polegar da 
mão não dominante para separar os 
pequenos lábios e visualizar o meato 
uretral; 
 Realizar antissepsia com a pinça e as gazes 
embebidas em solução antisséptica 
degermante, no sentido púbis-ânus e, na 
sequência, grandes lábios, pequenos 
lábios, meato uretral até o períneo; 
 Usar a gaze uma vez e descartá-la; 
 Remover o antisséptico degermante da 
região com soro fisiológico, obedecendo 
 
4 Habilidades Médicas 
aos mesmos princípios de assepsia 
descritos; 
 Retirar as luvas de procedimento e 
higienizar as mãos; 
 Abrir o campo estéril e calçar as luvas 
estéreis; 
 Realizar antissepsia com as gazes 
embebidas em solução antisséptica 
aquosa, no sentido púbis-ânus e, na 
sequência, grandes lábios, pequenos 
lábios, meato uretral até o períneo; 
 Usar a gaze uma vez e descartá-la, 
mantendo os grandes e pequenos lábios 
afastados; 
 Inserir o cateter lubrificado através do 
orifício uretral; 
 Introduzir o cateter mais 3 a 4 cm, após a 
urina começar a fluir, a fim de assegurar 
que o balão não se encontra na uretra. 
CATETERISMO VESICAL MASCULINO: 
 Afastar o prepúcio e segurar o pênis com 
uma gaze com a mão não dominante, 
mantendo-o perpendicular ao abdome; 
 Realizar antissepsia com a pinça e as gazesembebidas em solução antisséptica 
degermante, do meato uretral para a 
periferia; 
 Remover o antisséptico degermante da 
região com soro fisiológico, obedecendo 
aos mesmos princípios de assepsia 
descritos anteriormente; 
 Retirar as luvas de procedimento, 
higienizar as mãos, abrir o campo estéril e 
calçar as luvas estéreis; 
 Realizar antissepsia com as gazes 
embebidas em solução antisséptica 
aquosa, do meato uretral para a periferia; 
 Manter o pênis perpendicular ao corpo, 
retraindo o prepúcio e aplicar o 
lubrificante/anestésico, lentamente, 
através do meato uretral com auxílio da 
seringa de 20 mL; 
 Aguardar alguns segundos para o início da 
ação do lubrificante/anestésico e 
introduzir o cateter vesical até encontrar 
resistência; 
 Inclinar o pênis em um ângulo de 45 o em 
direção ao abdome e continuar 
introduzindo o cateter, o que facilita a 
passagem na uretra bulbar. Introduzir o 
cateter até a bifurcação em ‘Y’, 15 a 20 cm, 
e até o refluxo de urina. 
Ambos os sexos: 
Deve-se insuflar o balão com a quantidade de água 
destilada estéril recomendada. Tracionar o cateter 
delicadamente até encontrar resistência, 
indicando ancoragem do balão no trígono vesical. 
Retirar o campo estéril. Fixar o cateter na face 
interna da coxa do paciente (cerca de 2 cm da linha 
inguinal), saindo por cima desta. Ter cuidado para 
não tracionar o cateter. Fixar a bolsa de drenagem 
na lateral da cama, abaixo do nível da bexiga. 
Posicionar o paciente confortavelmente. 
Registrar o procedimento no prontuário: 
 Data e hora do cateterismo 
 Tipo e calibre do cateter 
 Volume de água do balão 
 Quantidade, coloração e características da 
urina 
 Reações do paciente decorrentes do 
procedimento. 
CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO: 
Higienização íntima do paciente, antissepsia e uso 
de EPI, como descrito no procedimento anterior; 
Utilizar cateter uretral sem balão de fixação, que 
pode ser de nylon, silicone, teflon ou poliuretano. 
A numeração mais utilizada é de 10 a 14 Fr; 
Introduzir o cateter no meato urinário até a 
drenagem da urina e manter o cateter somente 
enquanto houver drenagem de urina e quantificar 
o débito; 
 
 
5 Habilidades Médicas 
COMPLICAÇÕES 
 Infecção urinária 
 Trauma uretral ou vesical (deve ser 
minimizado com adequação do cateter); 
 Obstrução do lúmen; 
 Formação de falso trajeto (principalmente 
em homens) 
 Estenose uretral, podendo ocorrer no local 
do esfíncter externo, imediatamente distal 
à próstata; 
 Perfuração vesical. 
CISTOSTOMIA A CÉU ABERTO 
Neste tipo de derivação vesical o cateter é 
colocado no interior da cavidade vesical sob visão 
direta havendo necessidade da exposição da 
parede anterior da bexiga. 
INDICAÇÕES 
1. Obstrução do colo vesical 
2. Estenose de uretra 
3. Trauma vesical 
4. Trauma uretral 
5. Pós uretroplastia 
6. Pós cistoplastias 
O uso da cistostomia, como derivação vesical por 
longo tempo, nos casos de bexiga neurogênica, 
está atualmente suplantada por medidas 
farmacológicas e ou pelo auto cateterismo. 
Contraindicações 
 Tumores malignos da bexiga (possibilidade 
de disseminar células tumorais ou 
formação de fístulas vésico-cutâneas). 
 Pacientes com acentuada redução da 
capacidade vesical. 
Passos técnicos 
 Anestesia 
 Assepsia e colocação dos campos cirúrgicos 
feitos de maneira usual 
 Incisão na pele. 
 Pode ser feita incisão mediana vertical 
supra púbica com 4 cm de extensão, 
 Incisão de Pfannenstiel (Figura 1). 
 
 Abertura da aponeurose do músculo reto 
anterior (linha alba) com afastamento lateral 
dos mesmos. Se necessário pode se deslocar os 
músculos piramidais (Figura 2). 
 
 Descolamento da gordura perivesical e 
peritônio (manobra de Guyon). Com auxílio de 
uma gaze dobrada montada em uma pinça 
Collin oval (boneca), faz-se o descolamento 
delicado em direção cranial do peritônio e da 
gordura que recobre a bexiga. Este 
procedimento é facilitado se o globo vesical for 
mantido repleto, além de se expor maior área 
da parede vesical anterior (Figura 3). 
 
6 Habilidades Médicas 
 
2.3.8 Abertura da bexiga: Traciona-se levemente os 
dois fios de categute e procede-se a abertura da parede 
vesical (incisão de 1 cm ou o suficiente para passagem 
do cateter). 
2.3.9 Colocação do cateter: Coloca-se duas pinças Allis 
nas bordas da incisão vesical mantendo-se uma leve 
tração, introduzindo-se a seguir o cateter (tipo e calibre 
desejados) (Figura 5). 
2.3.11 Fixação da bexiga: Se permanecer por longo 
tempo, para facilitar as trocas do cateter, pode-se fixar 
a parede anterior da bexiga à parede anterior do 
abdômen, passando-se os fios de tração (2.3.7) através 
da bainha do músculo reto anterior. Estes fios serão 
amarrados somente após o fechamento desta última 
estrutura. Este passo em muitos casos pode ser 
omitido (figura 7). 
 
 
Complicações 
A- Infecção da ferida operatória. 
B- Extravasamentos de urina no tecido perivesical e 
ou no subcutâneo. 
C- Perda de urina ao redor do cateter. 
D- Obstrução do cateter e ou deslocamento do 
mesmo. 
E- Infecção urinária. 
F- incrustações calcáreas ao redor do cateter. 
CISTOSTOMIA POR PUNÇÃO SUPRAPÚBICA (TROCAR) 
Neste caso o cateter é colocado no interior da bexiga 
através de punção supra púbica com o trocar. Existem 
outras técnicas percutâneas para a introdução de 
cateteres na bexiga. 
3.1 Indicações 
É de execução mais simples, rápida, podendo ser 
realizada com anestesia local no próprio leito do 
paciente. 
3.2 Contraindicações 
 Pacientes submetidos à radioterapia 
 Cirurgias pélvicas. 
Nestas duas eventualidades o peritônio parietal, 
ou mesmo alças intestinais podem se aderir a 
 
7 Habilidades Médicas 
sínfise púbica podendo ser lesadas durante a 
punção. 
3.3 Passos técnicos 
 Assepsia e colocação de campo cirúrgico 
fenestrado. 
 Anestesia Infiltração no local da punção com 
xilocaína 2% sem vasoconstrictor, plano por 
plano desde a pele até a parede vesical. 
 Incisão na pele Com auxílio do bisturi realiza-
se uma incisão de 0,5 cm a 1,0 cm, na linha 
mediana, 4 cm acima da sínfise púbica 
 
 
3.3.5 Retirada da porção central do trocar (ponteira) 
mantendo-se a bainha do mesmo posicionada no 
interior da bexiga (Figura 11). 
 
 
Complicações 
 Infecção no local da punção. 
 Extravasamento de urina no tecido peri 
vesical e ou subcutâneo. 
 Perda de urina ao redor do cateter. 
 Obstrução do cateter ou deslocamento 
 Infecção urinária. 
 Incrustações calcáreas ao redor do cateter. 
 Perfuração do peritôneo e ou alça 
intestinal. e parede posterior da bexiga e 
ou do reto (força excessiva durante a 
punção).

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