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REVISÃO PSICOLOGIA ESCOLAR e EDUCACIONAL

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1. Do que se trata a lei n⁰13.935 de dezembro de 2019 sobre a atuação dos/as
psicólogos nas escolas?
A Lei nº 13.935, de 11 de dezembro de 2019, prevê que as redes públicas de Educação
Básica contarão com serviços da Psicologia e do Serviço Social para atender às
necessidades e prioridades definidas pelas políticas de educação.
2. A que se refere o plano nacional de educação? Quando e porque foi desenvolvido?
O primeiro Plano Nacional de Educação surgiu em 1962, elaborado já na vigência da
primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Este Plano visa melhorar a
educação no país com base em 10 diretrizes e 20 metas a serem cumpridas no período de
vigência, que devem ser atingidas em 10 anos (de 10 em 10 anos).
3. Barbosa, 2012, destaca sobre a periodização histórica da psicologia educacional
escolar ao longo do tempo, desde a colonização brasileira, identifique e comente.
A periodização da constituição histórica da psicologia compreende as seguintes etapas:
(1500-1906) — inicia-se com a chegada dos portugueses no Brasil e a missão
Jesuíta. Os Jesuítas construíram, pela primeira vez em terras brasileiras, um sistema
educativo para catequização dos índios, foram criados colégios para ensinar a ler e a
escrever. Na época o propósito da educação era o comportamento, de modo a moldar e
domar as crianças, com a utilização de prêmios e de castigos para educar “educação dos
meninos rudes”.
(1906-1930) — Nessa fase, a psicologia educacional (que ainda não tinha esse
nome) é inserida em currículos das escolas normais. É um momento que surge a exigência
da cientificação da educação, e uma das ciências que dá respaldo à educação é a
pedagogia (ciência psicológica). Nesse período, crescem os estudos sobre aprendizagem,
desenvolvimento, processos cognitivos e testes psicológicos (psicometria), assim como
sobre as relações entre os conhecimentos psicológicos e seu papel no processo de ensino.
(1930 A 1962) — Essa fase foi extremamente proveitosa para a psicologia
educacional e escolar. O termo desenvolvimentismo marca o crescimento econômico e
industrial, acrescido ao crescimento da psicologia em vários campos teóricos e práticos.
É o momento da separação das crianças ditas normais, daquelas com problemas de
aprendizagem, também camadas de anormais, deficientes, crianças-problema. Foi com
enfoque nessas crianças com dificuldades de aprendizagem que se deu o início do
desenvolvimento da psicologia educacional no Brasil.
(1962 A 1981) — Foi iniciado a produção de laudos de crianças em idade escolar
para encaminhamento às chamadas escolas especiais e depois às classes especiais.
Cresceu a chamada teoria da carência cultural como explicação para o não aprender das
crianças na escola. Essa teoria passa a ser a principal explicação para o não aprender na
escola, e principiam programas educacionais de educação compensatória.
(1981 A 1990) — Quando se muda o conceito de educação, de escola e de
psicologia, o olhar quanto a essas questões também muda e na proposta de mudança
desse olhar da psicologia educacional e escolar surge o PERÍODO DA CRÍTICA. A crítica
foi quanto a forma como os psicólogos atuavam, baseados em pressupostos como o da
teoria da carência cultural ou em explicações como déficit linguístico e problemas de
aprendizagem que, especialmente, se dirigiam a crianças pobres.
(1990 A 2000) — é a fase da ressignificação da psicologia educacional e escolar.
Nessa fase há crescimento de produções científicas relacionadas a vários temas da
psicologia educacional e escolar. Marcos da época: criação ABRAPEE, inicia a organização
dos psicólogos CONPE (congresso).
Segundo a historiografia citada por Barbosa (2012) a periodização trata inicialmente do
momento colonial, com a educação catequista jesuíta, que castigava visando moldar e
domesticar. Posteriormente, no início do século XX, com o advento da pedagogia como
ciência que respalda a educação, nomeada também psicologia pedagógica, traz
contribuições de estudos psicométricos, cognitivos e do desenvolvimento, auxiliando na
relação da psicologia e educação. Já a partir da década de 1930 ocorreu a chamada
Educação Nova, em que os moldes da educação se estruturaram como são hoje, foi criado
o Ministério da Educação, houve a possibilidade da criação de universidades e
regulamentação de escolas técnicas, o mais importante para a psicologia educacional é que
foi nesse momento que foram separados os indivíduos normais dos com problemas de
aprendizagem, e foi essa separação, assim como a educação especial, que deu abertura
para o desenvolvimento da psicologia educacional no Brasil. A partir da década de 1960
muitos profissionais sofreram perseguições e cursos foram fechados devido à ditadura
militar. Nos anos de 1980 iniciou-se uma crítica a psicologia tradicional, vista a partir daí
com uma lógica de ajustamento, principalmente das classes pobres, então os profissionais
da psicologia educacional passaram a questionar seu papel e suas funções. Após a fase de
crítica veio uma fase de reconstrução nos inícios dos anos 1990, em que os profissionais
passaram perceber problemas de forma macroestrutural, dando maior importância para
formação docente e os poucos investimentos em políticas públicas, por exemplo. Barbosa
também coloca um apontamento para uma fase do presente no qual diz que devido a esse
desenvolvimento hoje há grande produção acadêmica em psicologia escolar e um aumento
nos serviços do setor público, mas ainda é cedo para traçar novos rumos.
COLONIAL — INÍCIO DO SÉC XX - ERA VARGAS (ANOS 30) — DITADURA MILITAR -
PÓS DITADURA — ANOS 90 — ÉPOCA ATUAL
4. Comente sobre o papel da psicologia escolar e educacional na escola.
A Psicologia Escolar e Educacional visa auxiliar o aumento da qualidade e da eficiência do
processo de ensino-aprendizagem, através da aplicação dos conhecimentos psicológicos.
Respeita a subjetividade de cada indivíduo, mas também as regras que precisam ser
seguidas e que geram cobrança, sendo a ponte de intervenções para impulsionar as
relações no ambiente escolar.
O trabalho da psicologia escolar e educacional engloba não somente a escola ou o
indivíduo, mas toda uma comunidade. É importante, pois vai além de notas ou frequência
escolar, está ligado a estruturação dos indivíduos, das famílias e da escola inserida na
comunidade e das correlações existentes entre esses.
5. Qual a importância de políticas públicas para a educação? Á necessidade de incluir
a formação dos psicólogos/as nessas politicas públicas?
As políticas educacionais ajudam a administrar conflitos e a superar os inúmeros desafios
existentes na educação brasileira, quando eficientes, conseguem garantir a qualidade do
ensino, recuperar alunos em situação de evasão ou atraso e melhorar o atendimento às
necessidades dos estudantes. Há necessidade de incluir a formação dos psicólogos nas
políticas públicas, como feito na lei n⁰13.935 de dezembro de 2019 que compreende a
importância dos profissionais psicólogos no processo de ensino-aprendizagem e na
comunidade escolar.
6. SOUZA, 2010, trata em seu texto sobre a patologização e medicalização sobre o
compromisso do profissional de psicologia com o processo de aprendizagem.
Comente sobre as políticas públicas de medicalização e o papel do profissional de
psicologia nesse processo.
A partir dos anos 2000, as políticas públicas na área da educação voltaram-se para
aspectos biológicos como sendo a base da causa dos problemas de aprendizagem. As
crianças devem ser diagnosticadas fora dos muros da escola, e com o diagnóstico são
medicadas e seguem a vida com acompanhamento medicamentoso e psicológico. Ao
psicólogo cabe analisar com cautela considerando os aspectos sociais, culturais, familiares,
testes psicológicos para entender a dificuldade de aprendizagem do paciente e concluir se é
um problema psicológico, até possível transtorno ou se é um problema da própria escola
dentro de seu contexto complexo.
As políticas públicas de medicalização diagnosticam o causador de pequenas dificuldades
de aprendizagemsendo algum tipo de transtorno, ignorando os fatores socio
psicoemocionais, tendo um impacto negativo no aumento de diagnósticos de TDAH,
hiperatividade ou Déficit, e justificando a medicação errônea ou desnecessária de crianças,
jovens e adultos, que poderiam resolver o problema por meios não farmacêuticos. Ao
psicólogo cabe analisar com cautela considerando os aspectos sociais, culturais, familiares,
testes psicológicos para entender a dificuldade de aprendizagem do paciente e concluir se é
um problema psicológico, até possível transtorno ou se é um problema da própria escola
dentro de seu complexo contexto.
7. Explique os conceitos de medicalização e patologização.
MEDICALIZAÇÃO: o processo que transforma, artificialmente, questões médicas em
problemas médicos.
PATOLOGILIZAÇÃO: transformar em doença ou anomalia, ou seja, o efeito de considerar
patológico/doentio, ainda que não seja.
Define esse conceito como o processo pelo qual problemas não médicos tornam-se
definidos e tratados como problemas médicos, geralmente em termos de doenças e
transtornos, fenômenos comuns da vida humana, como nascimento, menstruação,
obesidade, ansiedade e envelhecimento foram medicalizados. Comportamentos desviantes,
considerados imorais, pecaminosos ou criminosos, a depender do contexto sócio-histórico,
têm sido cada vez mais tratados como doenças de indivíduos.
O conceito de patologização remete a um processo semelhante ao da medicalização,
focando na atribuição de status de doença a problemas da vida cotidiana. Calcado no
binômio saúde-doença, termina por excluir a influência de aspectos históricos, sociais,
econômicos e políticos sobre o desenvolvimento humano, além de individualizar questões
que se constroem na relação das pessoas entre si. Representa, assim, a biologização de
conflitos sociais, naturalizando os fenômenos socialmente constituídos e retirando da
análise da existência humana a historicidade, a cultura e as desigualdades sociais,
característicos da vida em sociedade.
8. Qual a diferença entre educação bancaria e educação libertadora segundo Paulo
Freire.
EDUCAÇÃO BANCÁRIA: Para Freire, o termo "bancário" significa que o professor vê o
aluno como um banco, no qual deposita o conhecimento. Na prática, quer dizer que o aluno
é como um cofre vazio em que o professor acrescenta fórmulas, letras e conhecimento
científico até "enriquecer" o aluno. A educação bancária não é libertadora, mas, sim,
opressora, pois não busca a conscientização de seus educandos. Quer, na verdade, que
corpos de alunos e alunas sejam inconscientes e sujeitados às suas regras. Perpetua e
reforça, assim, sua relação vertical e autoritária.
EDUCAÇÃO LIBERTADORA: A educação libertadora vê o educando como sujeito da
História. Vê na comunicação "educador-educando-educador” uma relação horizontal. O
diálogo é um traço essencial da educação libertadora. Todo esforço de conscientização
baseia-se no diálogo, na troca, nas discussões. Educandos e educadores, na perspectiva
da educação libertadora, vão buscar juntos as chaves para transformar o mundo.
Na educação bancária, o educador despeja conhecimento perante o educando, somente
com sua narração, conduzindo os alunos à memorização mecânica do conteúdo. O saber é
uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber.
Na educação libertadora tem como foco o conhecimento como processo de busca, na qual
proporciona diálogo, questionamentos e reflexões sem verdades absolutas e em constante
transformação entre professor e aluno.
O nome “Educação Bancária” é uma crítica ao tipo de educação que em como em um
banco há o depósito, a transferência de valores e conhecimento, no caso do professor ao
aluno, e o recebimento silencioso e sem questionamentos, no caso do aluno para com o
professor, é o reflexo de uma sociedade opressora. Já a educação libertadora é um tipo de
educação onde é valorizada a participação e a meta é construir um pensamento crítico que
possibilite a percepção das relações entre oprimido e opressor que permeiam a sociedade,
para que tal consciência faça com que se atinja a liberdade.

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