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Universidade Politécnica A POLITÉCNICA Escola Superior Aberta GUIA DE ESTUDO Análise e Gestão de Projectos Curso de Gestão de Empresas (7º Semestre) Moçambique FICHA TÉCNICA Maputo, Abril de 2013 © Série de Guias de Estudo para o Curso de Gestão de Empresas (Ensino a Distância). Todos os direitos reservados à Universidade Politécnica Título: Guia de Estudo de Análise e Gestão de Projectos Edição: 1ª Organização e Edição Escola Superior Aberta (ESA) Elaboração Vitorino Manuel Sitoe (Conteúdo) Vitorino Manuel Sitoe (Revisão Textual) UNIDADES TEMÁTICAS Tema Pag. Projecto: conceito e técnicas matemáticas Financeira ............................................ 2 Viabilidade Económico- Financeira de projectos sem risco .................................. 20 Viabilidade económico-financeira de projectos com risco .................................... 43 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 1 APRESENTAÇÃO Caro(a) estudante Está nas suas mãos o Guia de Estudo da disciplina de Analise e Gestão de Projectos que integra a grelha curricular do Curso de Licenciatura em Gestão de Empresas oferecido pela Universidade Politécnica na modalidade de Educação a Distância. Este guia tem por finalidade orientar os seus estudos individuais neste semestre do curso. Ao estudar a disciplina de Elaboração e Analise de projectos você estará capacitado para decidir sobre o avanço ou não de um projecto de investimento no que tange a viabilidade financeira do mesmo O Guia de Estudo contempla textos introdutórios para situar o assunto que será estudado os objectivos específicos a serem alcançados ao término de cada unidade temática, a indicação de textos como leituras obrigatórias que você deve realizar; as diversas actividades que favorecem a compreensão dos textos lidos e a chave de correcção das actividades que lhe permite verificar se você está a compreender o que está a estudar. Vai também encontrar no guia a indicação de leituras complementares, isto é, indicações de outros textos, livros e materiais relacionados ao tema em estudo, para ampliar as suas possibilidades de reflectir, investigar e dialogar sobre aspectos do seu interesse. Esta é a nossa proposta para o estudo de cada disciplina deste curso. Ao recebê-la, sinta-se como um actor que se apropria de um texto para expressar a sua inteligência, sensibilidade e emoção, pois você é também o(a) autor(a) no processo da sua formação em Gestão de Empresas. Os seus estudos individuais, a partir destes guias, nos conduzirão a muitos diálogos e a novos encontros. A equipa de professores que se dedicou à elaboração, adaptação e organização deste guia sente-se honrada em te-lo como interlocutor(a) em constantes diálogos motivados por um interesse comum a educação de pessoas e a melhoria contínua dos negócios, base para o aumento do emprego e renda no país. Seja muito bem-vindo(a) ao nosso convívio. A Equipa da ESA Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 2 PROJECTO: CONCEITO E TÉCNICAS MATEMÁTICAS APLICADAS Adaptado de: Alexandre Alvarez Objectivos Ao finalizar os estudos propostos neste roteiro, você estará apto(a) a: Explicar os conceitos introdutórios de Projectos Estabelecer relação entre a Matemática Financeira e os Projectos Explicar as formas e utilização dos financiamentos nos Projectos Elaborar parte de um Projecto, voltado para o estudo da Viabilidade Económico Financeira, relacionados com as projecções contabilísticas da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) e do BP (Balanço Patrimonial). Considerações iniciam É importante salientar que, neste roteiro, daremos ênfase para a Viabilidade Económica de um projecto, uma vez que a forma de apresentação já foi vista em roteiros anteriores. O estudo deste componente curricular compreende três roteiros nos quais serão vistos, inicialmente, os conceitos básicos de Projectos e, posteriormente, como elaborar o estudo da viabilidade do Projecto, como elaborar os cálculos e como analisá-los. Podemos dizer que este roteiro está, basicamente, relacionado com o estudo de Viabilidade Económico Financeira, voltado para uma empresa industrial. Então, vamos iniciar a nossa caminhada, desejando a todos bons estudos. Projectos – conceitos e características Primeiramente, vamos conceituar o termo “Projecto”, voltado para os nossos objectivos: UNIDADE TEMÁTICA 1 Projetos – conceitos e características Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 3 Assim, neste caso, se estamos projectando dados financeiros para um período futuro, com certeza não acertaremos em 100%. Portanto, é necessário que tenhamos todas as informações que cercam este projecto bem como, também, todas as informações Possíveis sobre o que poderá acontecer no período mencionado, como por exemplo: As tendências relacionadas com o sector no que diz respeito ao crescimento, à parte fiscal e à localização físicas Os recursos necessários para a realização/implementação do projecto em si; Os profissionais necessários para o bom desempenho do projecto, entre outras. Podemos, então, dizer que uma característica dos projectos é o grau de incerteza e complexidade que o envolve. A incerteza está relacionada com o conhecimento do resultado final do projecto, e a complexidade está relacionada com o número de variáveis envolvidas, também, com este projecto. Quanto maior for o número de variáveis envolvidas, maior será a sua complexidade. Veja o quadro, a seguir: Outras características que podemos citar em relação aos projectos são: Actividade única: um projecto não se repete ele é único. Não existem dois iguais. Mesmo que tenhamos que fazer um novo projecto, sobre o mesmo tema ou problema, será outro projecto com características individuais, diferentes do anterior. Podemos citar, por exemplo, a construção de um edifício – se formos fazer outro edifício, teremos que elaborar outro projecto Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 4 Como toda actividade, o projecto tem início, meio e fim Normalmente, tem um tempo de execução maior e requer uma administração específica Tem um objectivo principal que é o motivo da elaboração do projecto e diversos outros objectivos secundários, ligados ao projecto em questão. Podemos citar, como exemplo, a elaboração de uma rodovias o objectivo principal do projecto é a execução (realização) da rodovia e como objectivos secundários podemos citar: melhoria no deslocamento da população na região crescimento económico da região por meio dos transportes de mercadorias (aumento das negociações comerciais) etc. Implica em um relacionamento entre o fornecedor e o cliente ou o fornecedor e o usuário. Há necessidade de se identificar as entidades envolvidas no projecto para melhor entendê-lo e atingir com maior eficiência os objectivos traçados. Estas entidades podem ser classificadas em: O clientes que pagam e usam: como exemplo, podemos citar um projecto de construção de uma residência, no qual o cliente que contrata vai residir no imóvel O clientes que pagam e não usam: podemos citar, como exemplo, um projecto público referente à criação de uma praça, no qual o governo contrata, mas quem vai usufruir é a população daquela cidade. Estas são algumas das características que identificam uma actividade como sendo um Projecto, e que a diferencia de uma Actividade Funcional.E, por falar em Actividade Funcional, vamos conhecer um pouco as características dela, até porque, teremos que saber diferenciar uma da outra. Para estas actividades, não devemos desenvolver um projecto, uma vez que são rotineiras e um tempo considerado pequeno de execução. Outras características relacionadas às Actividades Funcionais, além das citadas, são baixo grau de incerteza e de complexidade, ou seja, o resultado final é conhecido e tem poucas variáveis relacionadas a actividades. Normalmente estas variáveis são internas e controláveis. Além disso, para estas actividades, as empresas devem: Fazer um descritivo (passo a passo); Indicar um responsável por aquele processo Treinar as pessoas e departamentos envolvidos com a tarefa em questão Quando necessário, fazer as devidas revisões/alterações e reiniciar o ciclo. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 5 Desta forma, as empresas garantem a qualidade dos serviços/tarefas a serem desenvolvidas. Seria como, por exemplo, a empresa tivesse uma descrição da seguinte tarefa: “ Elaboração de café”, em que teria: As medidas usadas Os utensílios necessários para a realização, inclusive os que seriam usados para a medição das quantidades de água, açúcar, pó de café etc. Os horários em que seria feito o café. Enfim, todos os passos necessários para que se pudesse garantir o padrão de qualidade do café feito pela empresa, que seria servido aos seus colaboradores, clientes, fornecedores, etc. Com este procedimento, uma pessoa que fosse fazer o café, seguindo as orientações do procedimento, no mesmo padrão de qualquer outra pessoa que porventura fosse, também, fazê-lo, em uma eventualidade de falta da pessoa designada a fazer o café, diariamente, na empresa. A seguir, mostraremos, através de um quadro, as diferenças e semelhanças entre os Projectos e as Actividades Funcionais. Baseado no que foi exposto, podemos afirmar que existem empresas que, praticamente, só trabalham com projectos. É o caso das empresas da construção civil (edificações), estaleiros (navios) e aviação. Estas empresas, para desempenhar as suas actividades, necessitam de elaborar um projecto para cada cliente e, consequentemente, para cada actividade que for realizar. Da mesma maneira, há empresas que não necessitam de elaborar um projecto para desenvolverem suas actividades, como por exemplo: escritórios de contabilidade, comércio a retalho em geral, indústrias manufactureiras, entre outras. Isto não quer dizer que as empresas que só trabalham com projectos não tenham actividades funcionais, nem que as empresas que não necessitam de projectos para desenvolver suas actividades não possam ter, em um determinado momento, um projecto. O que podemos afirmar é que em um projecto teremos, com certeza, actividades funcionais. Porém, o mesmo, não ocorre com as actividades funcionais, que podem não ter um projecto inserido nelas. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 6 Outra característica que pode ser considerada em um projecto relaciona-se com o seu tamanho. Projectos, normalmente, são grandes e podem, em função disto, serem subdivididos, criando-se, então os subprojectos. Como, exemplo pode citar o estudo de Viabilidade Económico Financeira de um projecto que pode ser tratado como um subprojecto. E este é o foco do nosso trabalho. Todo projecto tem um ciclo subdividido em quatro fases: preparação, estruturação, desenvolvimento e encerramento. Diz respeito à definição do objectivo principal e secundário, bem como, também, ao esclarecimento das expectativas das entidades envolvidas – clientes ou usuários. Nesta fase, devemos usar algumas técnicas como perguntas ao cliente e/ou usuário para melhor esclarecer os objectivos e o resultado final esperado. Deve-se, também, caso seja necessário e dependendo do projecto, visitar o local onde será a implantação, verificando-se: As formas de acessos O tempo de acessos Se existe nas proximidades meios e fornecedores que poderão dar subsídios à execução do projecto. Se será necessário permanecer no local do projecto desde o seu início até o seu final em função da dificuldade de locomoção – que pode ser pelas condições de acesso ou pelo tempo. Enfim, tudo que será necessário para a realização do projecto, sem que haja imprevistos como falta de materiais, equipamentos e outros recursos que poderão atrasá-lo ou inviabilizá-lo. É bom lembrar que, dependendo do tipo de projecto, há que se prever a possível utilização de recursos que não os directamente ligados a ele, como, por exemplo, refeições no local, medicamentos para o pessoal, alojamento, segurança, profissionais de outras áreas não ligadas directamente ao projecto, entre outras. Diz respeito à definição dos recursos pessoais e materiais que deverão ser utilizados na execução do projecto. Fase muito importante, uma vez que devemos prever tudo que será necessário para a sua realização ou implementação. Fases do projecto Preparação Estruturação Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 7 É bom salientar que, dependendo do projecto, a falta de um recurso, não previsto, pode inviabilizá-lo. A estruturação vem logo após a preparação, haja vista que em função do conhecimento detalhado do projecto, levantado na fase de preparação, é que vamos poder prever todos os recursos necessários com relação: Aos profissionais ligados directa e indirectamente ao projectos Os recursos materiais Equipamentos; Medicamentos; Equipamentos de protecção individual e colectivos Alimentos Enfim, tudo que deverá ser utilizado na execução do projecto. Nesta fase também deveremos elaborar os cronogramas das actividades funcionais do projecto, com suas prioridades e tempos para um melhor fluxo dos recursos necessários. Os cronogramas são de fundamental importância no sentido de optimizar tempo e recursos a serem utilizados no desenvolvimento do projecto, fazendo com que seu custo seja, impreterivelmente, o necessário, evitando-se perda de tempo e desperdícios. Em se tratando de um projecto de investimento, voltado para uma empresa industrial, comercial ou de serviços, objecto do nosso estudo, é nesta fase que deveremos realizar o estudo de viabilidade económico financeira do projecto, antes da fase de desenvolvimento, que apontará se ele será ou não viável. Caso o projecto apresente resultado económico-financeiro negativo, poderá ser encerrado nesta fase. Para este estudo, é que utilizaremos as técnicas da Matemática Financeira e da Contabilidade, na preparação dos dados a serem projectados por meio dos Balanços e Demonstrações de Resultados, e, por fim, avaliados por meio de técnicas específicas para obtermos o resultado final. Os profissionais requisitados para este estudo deverão: Ter conhecimento dos negócios Entender o cenário actual Prever o futuro. Isto, para que possam diminuir os riscos existentes que poderão ocorrer. Nunca é demais lembrar que, a partir da fase seguinte do projecto, o cliente que estiver bancando, já terá desembolsos e qualquer inconveniente trará um prejuízo efectivo, sem condições de ser revertido. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 8 Por exemplo, em se tratando de um projecto de abertura de uma empresa, deveremos: Estudar o ramo de negócios Como o sector vem se comportando nos últimos anos As perspectivas para o futuro desses negócios O melhor enquadramento fiscal para a empresa em questão A melhor forma de tratar os impostos, tanto nasaquisições como nas vendas Se o projecto vai ser feito, no seu total Se vai ser feito com capital próprio ou se terá parte financiado com capital de terceiros Os valores de aquisições dos equipamentos que a empresa deverá ter para operar. É a fase em que se começa a execução do projecto, por meio da utilização de todos os recursos previstos na fase anterior, de acordo com os cronogramas traçados. Entendemos que o projecto já foi analisado em termos económico-financeiro, já foram firmados alguns contratos de execução e fornecimento dos recursos, entre outros. Mobilizam-se se todos os esforços no sentido de iniciar, efectivamente, o projecto, de acordo com os cronogramas traçados. Os recursos já deverão estar disponíveis e nos locais certos para serem utilizados. Refere-se à conclusão do projecto. Término do desenvolvimento do projecto em que os beneficiários poderão utilizá-lo para o fim a que foi programado. A administração do projecto deverá estar presente em todas as fases do projecto citadas anteriormente, para que se possa obter os resultados com maior eficiência, bem como também, paralelamente, ir ajustando as variações que ocorrerão. Esta administração tem quatro fases distintas, a saber: Planeamento, Organização, Execução e Controlo. Preparação de todas as fases do ciclo de vida do projecto. Tomar decisões, esclarecer pontos importantes e relevantes para o perfeito andamento do projecto. Preparar os cronogramas das actividades bem detalhados. Fase de Desenvolvimento Fase de Encerramento Planeamento: Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 9 O planeamento estará presente em todas as fases do ciclo de vida dos projectos. Deve-se: Usar muitas ferramentas, como por exemplo, o Brainstorming Fazer o levantamento de dados necessários Ter conhecimento do local onde será implantado o projectos Relacionar as variáveis internas e externas envolvidas com o projecto, que poderão actuar de forma favorável, ou não, no mesmo. Enfim, tudo que for possível para que o restante do projecto possa ser feito com maior segurança e menor risco. Delegar as responsabilidades e distribuir as actividades (tarefas). Preparar as equipe e os materiais necessários para a execução de cada tarefa do projecto. Disponibilizar nos locais, e, em tempo, todos os recursos necessários para a execução do projecto. Colocar em prática o que foi planeado e organizado nas duas fases anteriores, de acordo com os planos e cronogramas traçados. Acompanhamento do planeado com o realizado, de forma a garantir que os resultados traçados sejam alcançados. Em caso de desvios, reorganizar os dados e os cronogramas, para que os mesmos voltem para o padrão estabelecido e alcancem os resultados esperados. Após termos visto a parte conceitual do tema “Projectos”, vamos focar nossos estudos para a parte da Viabilidade Económica Financeira, que é o nosso maior objectivo. Sabemos que, normalmente, os projectos de investimentos, objecto do nosso estudo, requerem financiamentos para serem realizados. Em função disto, vamos relembrar as técnicas da Matemática Financeira ou Cálculo Financeiro, uma vez que é muito utilizada na análise económico-financeira dos Projectos. Grandes partes dos projectos são, total ou parcialmente financiados junto a entidades financeiras (bancos). Estes financiamentos, às vezes, viabilizam o projecto no que se Organização Execução: Controle: Viabilidade Económica Financeira Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 10 refere à parte financeira, quando não se tem recursos próprios (Capital Próprio) suficientes para iniciar. A modalidade mais utilizada é o Sistema Price ou sistema de amortização Francês, que já foi visto em períodos anteriores, em que é liberada parte do dinheiro para o projecto, cobrando-se IOF- “Imposto sobre Operações Financeiras” (por dentro ou por fora), prestações mensais, e, muitas vezes, com diferimento. Este financiamento age directa e indirectamente no resultado financeiro do projecto (Fluxo de Caixa). Então, vamos relembrar estes conceitos e suas formas de actuação e reflexos nas demonstrações financeiras (DMR e Bal. Patrim) das empresas. Outras técnicas, como a elaboração do fluxo de caixa, a composição e cálculo do resultado serão vistos nas unidades números 2 e 3, desta disciplina. Cabe aqui salientar a importância dos conhecimentos relacionados à disciplina de Contabilidade, no que se refere ao Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, uma vez que estaremos projectando os resultados para um período futuro – normalmente 5 ou 10 anos – e sem estes fundamentos não conseguiremos atingir os objectivos. A projecção do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado é fundamental para a conclusão das análises de viabilidade económico financeira, principalmente no auxílio da elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa pelo método indirecto, e na recuperação de Prejuízos Acumulados. Para relembrarmos estes conceitos, tanto contabilísticos como da matemática financeira, vamos pegar, como exemplo, o seguinte exercício: Sua empresa realiza um financiamento, modalidade price ou sistema de amortização francês, em 31/12/X0, nas seguintes condições, a saber: Valor à vista do bem a ser financiado: $ 100.000,00; Valor do financiamento: 85% do valor à vista do bem IOF de 2% sobre o valor financiado (VF), cobrado no acto; Prazo total do financiamento: 5 anos; Diferimento: 6 meses Taxa efectiva: 15% ao ano; Número de parcelas: 18 trimestrais. De acordo com os dados passados, pede-se: 1. Considerando que o IOF fará parte do valor financiado (VF): a) Calcular e demonstrar, através da planilha price ou sistema de amortização francês ou progressivo, o valor anual da transacção Exercício resolvido Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 11 b) Projectar, através do Balanço Patrimonial (BP), a transacção referente ao financiamento em questão, para os anos de X0, X1, X2, X3, X4 e X5. 2. Considerando que o IOF não fará parte do valor financiado (VF): a) Calcular e demonstrar, através do sistema de amortização francês, a Planilha price o valor anual, da transacção b) Projetar, através do Balanço Patrimonial (BP), a transacção referente ao financiamento em questão, para os anos de X0, X1, X2, X3, X4 e X5. Obs. usar 6 casas decimais, após a vírgula, para os cálculos financeiros. Resolução: Considerando o IOF como parte do Valor Financiado (por dentro). 1 o passo: Cálculo da taxa equivalente trimestral: Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 12 Capitalizar o Valor Financeiro, pelo regime composto. Amortização pelo sistema francês ou progressivo. Note que esta resolução, é directa, mas também podemos usar a fórmula de rendas pelo sistema de amortização francês para calcular o valor de prestação trimestral Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 13 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 14 O preenchimento desta tabela, requer conhecimento profundo de contabilidade financeira e matemática financeira, relembre estes capítulos das unidades anteriores. Obs. A diferença de $0,01 entre o total do Activo e o total do Passivo e do Património Líquido refere-se ao arredondamento queem uma situação contabilística deverá ser ajustado nos valores dos juros. Para efeito académico, vamos manter os valores arredondados das planilhas, uma vez que não temos o objectivo de elaborar a parte contabilística. Resolução: considerando que o Iof não fará parte do Valor Financiado: Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 15 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 16 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 17 Leituras Complementares Texto 1 MAXIMIANO, António Cesar Amaru Administração de Projectos: como transformar ideias em resultados. São Paulo. Atlas. 1997 Leia os capítulos indicados, a seguir: Capítulo 1“Apresentando os Projectos”; Capítulo 2 “O Essencial da Administração de Projectos”; Capítulo 3 “Definição dos Objectivos”; Capítulo 4 “Definição dos Meios”. A leitura dos capítulos indicados é importante para que você complete os conceitos e compreenda melhor o assunto aqui tratado, e para a realização das actividades propostas, além de dar uma sustentação para o restante dos conteúdos a serem tratados nos próximos roteiros, bem como também nas próximas etapas. Texto 2 ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2003. Leia os itens indicados, a seguir, do capítulo 12, “Sistemas de Amortização de Empréstimos e Financiamentos”: 12.3 – “Sistema de Amortização Francês”; 12.4 – “Tabela Price”. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 18 A seguir, desenvolva as actividades propostas para aperfeiçoar o seu conhecimento, que muito contribuirão para o seu desenvolvimento. Para tal, não deixe de estudar os capítulos enumerados nas obras citadas. Para realizar as actividades 1 a 4, use a seguinte informação: Sua empresa realiza um financiamento, modalidade price ou sistema francês, em 31/12/X0, nas seguintes condições, a saber: Valor à vista do bem a ser financiado: $ 125.000,00; Valor do financiamento: 80% do valor à vista do bem; IOF de 1,2%, cobrado no ato; Prazo total do financiamento: 5 anos; Carência ou diferimento: 6 meses; Taxa efectiva: 7,5% ao ano; Parcelas mensais ou prestações mensais. Actividade 1 De acordo com os dados anteriores ou passados. Pretende-se: Elaborar os cálculos e a planilha price anual da transacção, considerando que o IOF faça parte do Valor Financiado. Actividade 2 De acordo com o resultado da actividade 1, elabore o Balanço Patrimonial anual, para os períodos de X0, X1, X2, X3, X4 e X5. Actividade 3 Refaça o exercício inicial, considerando que o IOF não faça parte do Valor Financiado, e elabore a planilha price, anual, da transacção. Actividade 4 De acordo com o resultado da actividade 3, elabore o Balanço Patrimonial, anual, para os períodos de X0, X1, X2, X3, X4 e X5. Actividade 5 O Governo de Moçambique deseja construir da ponte Maputo-Katembe No entendimento dos políticos, o projecto irá promover o crescimento económico e financeiro, bem como também vários outros benefícios para a região, e consequentemente, para o país. Para tanto, você, um profissional bastante conceituado para a elaboração do novo projecto, foi contratado para gerir o mesmo. Sua função é de preparar o projecto em todas as suas fases, até o encerramento do mesmo. Actividades Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 19 Em função disto, você deve responder às questões, a seguir, justificando-as, à medida do possível, e detalhando alguns passos, na forma de tópicos, conforme se segue: 1. Explique, justificando sua resposta, por que você deve tratar este evento como um projectos 2. Indique quem é(são) o(s) cliente(s) envolvido(s) neste evento. Justifique 3. Classifique o evento com relação à incerteza e à complexidade. Justifique 4. Determine se poderia haver subprojectos relacionados a este evento, justificando sua resposta 5. Determine se pode existir, dentro deste evento, actividades funcionais. Justifique 6. Caso a resposta da pergunta de nº. “5” for “sim”, relacione, no mínimo, duas actividades funcionais que você julga que ocorrerá. Explique-as 7. Cite alguns profissionais – conhecimento e habilidade – que você julga ser necessário para fazer parte da equipe do evento. Justifique 8. Relacione alguns recursos físicos que você julga necessários e básicos para o desenvolvimento do evento. Justifique 9. Identifique o objectivo geral deste evento. Explique-o. 10. Identifique, no mínimo, dois objectivos específicos que o evento terá. Justifique-os 11. Cite, pelo menos, uma Especificação Funcional e uma Técnica que o evento terá. Explique-os ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MAXIMIANO, António César Amaru Administração de Projectos: como transformar ideias em resultados. São Paulo. Atlas. 1997 WIKIPEDIA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index. CADILHE, MIGUEL. Matemática Financeira Aplicada, Edições ASA. 4ª Edição, Porto, 1995; SAMANEZ, CARLOS. Matemática Financeira – Aplicações à Análise de Investimentos. Makron Books REFERÊNCIAS Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 20 VIABILIDADE ECONÓMICO FINANCEIRA DE PROJECTOS SEM RISCO Objectivos Esperamos que você, ao terminar a leitura desta unidade e do Texto obrigatório, seja capaz de: Explicar investimentos; Classificar as modalidades de investimentos; Definir os princípios básicos de análise de investimentos e utiliza-los para escolher a melhor alternativa; Aplicar os métodos de análise de investimentos para decidir sobre a melhor opção; Primeiras considerações Caro estudante, nesta unidade, você irá aprender a utilizar ferramentas que favorecem a análise de investimentos e contribuem para a tomada de decisão com vistas a identificar aquele que apresente melhor performance dentro dos objectivos estabelecidos pela empresa. Você sabe o que leva uma empresa a realizar análise de investimentos? O capital e um recurso limitado, tanto de terceiros quanto na forma de recursos próprios. O sistema bancário impõe limitações de acesso ao crédito, muitas vezes designadas pelo governo. Dessa forma, antes de uma empresa investir seu capital em um projecto qualquer, um estudo de viabilidade deve ser realizado pela administração desta empresa. Investimento Investimento é a aplicação de algum tipo de recurso com a expectativa de receber algum retorno futuro em determinado prazo. Devem apresentar, pelo menos, as seguintes características: Perspectiva de longo prazo; Expectativa de retorno; Consideração do risco e do retorno e Responsabilidade social. UNIDADE TEMÁTICA 2 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 21 A decisão de investimento de capital refere-se aos activos permanentes da organização que tem peculiaridades como: montante elevado, longo prazo de maturação e baixa reversibilidade. Nesta unidade, vamos analisar investimentos em bens industriais: como por exemplo, aquisição de um novo equipamento. 1) Não há o que ser decidido se houver somente uma proposta de investimento Para tomar uma decisão, devem-se analisar todas as alternativas passíveis de execução. Exemplo: comprar um novo camião ou continuarutilizando o ja existente. 2) Só podemos comparar alternativas homogéneas, deste modo o resultado das análises também poderá ser comparado Por exemplo, um investimento específico para a abertura de uma churrascaria. Todas as alternativas giram em torno da abertura de uma churrascaria; diferem quanto ao local, público-alvo, investimento inicial e outros. 3) Apenas as diferenças entre os projectos a serem analisados São relevantes (incremental) E necessário analisar em quais aspectos uma proposta de investimento difere da outra. As semelhanças são irrelevantes. Exemplo: você resolveu reformar seu escritório e esta analisando dois projectos distintos. O projecto A necessita de um Investimento de $ 25.000,00, enquanto o projecto B precisa de um aporte de recursos no montante de $ 50.000,00. O que você deve estar se perguntando: vale a pena investir $ 25.000,00 a mais na reforma do escritório? Independente do projecto escolhido, o investimento mínimo e da ordem de $ 25.000,00. 4) Custos incorridos Estes custos estão situados em tempo já decorrido e não devem afectar a decisão de aceitar ou não determinado projecto. Assim, todos os fluxos de caixa anteriores a decisão de investimento são irrelevantes para a análise da proposta. Exemplo: você pretende lançar um novo produto no mercado. Como parte desta decisão você contratou e pagou, há um ano, uma empresa que realiza pesquisa de mercado para verificar a aceitação deste novo produto. Este custo e importante para a decisão de lançar este produto? A reposta e não, pois lançando ou não o novo produto, a consultoria ja foi paga. 5) Valor do dinheiro no tempo Este e o principio básico da matemática financeira, que também é aplicado em analise de projectos. Todas as alternativas devem ser comparadas utilizando a mesma taxa de juros ou de desconto. Por este motivo, quando comparamos investimentos que apresentam vidas úteis diferentes, temos que procurar um horizonte de tempo comum. Esta especificidade será analisada mais adiante. 6) Racionamento de Capital De nada adianta analisar um projecto de investimento fenomenal, se a empresa não consegue atingir o valor inicial de aporte do mesmo, considerando tanto o capital próprio quanto o capital de terceiros. Princípios básicos da análise de investimentos: Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 22 7) Decisões separáveis devem ser tomadas separadamente Toda decisão possui vários aspectos. Aspectos financeiros, ambientais, políticos e outros. Devemos dividir a análise em cada um de seus aspectos e ponderar cada um deles. Exemplo: a decisão de adquirir uma nova maquina devido a mudanças tecnológicas não deve determinar qual modalidade de financiamento deve ser realizada (decisão financeira). 8) Atribuir pesos para os graus relativos de incerteza associada com as várias previsões Em todos os projectos de investimentos, há valores estimados e previsões de ocorrências. Essas incertezas não invalidam as análises dos investimentos, mas devem ser levadas em consideração. Por este motivo, atribuímos pesos das ocorrências. Exemplo: oscilações na demanda, incertezas em relação ao preço da matéria-prima etc. 9) As decisões de investimento devem considerar as ocorrências qualitativas não quantificáveis em termos monetários Sempre que possível, a selecção de alternativas deve tentar quantificar (em unidades monetárias) as diferenças entre alternativas. Os fatos não quantificáveis devem ser explicitados e especificados, para que não faltem subsídios aos tomadores de decisão. 10) O sucesso dos procedimentos de orçamento de capital depende de sua implantação e aceitação dentro dos vários níveis da organização De nada adianta o projecto ser seleccionado na alta administração, se o mesmo não for divulgado e explicado a todas as áreas envolvidas em sua execução. 11) Dados económicos/gerências Para realizar uma análise de investimento, devemos utilizar dados gerências e não contabilísticos. Os dados contabilísticos tornam se importantes na avaliação após o Imposto de Renda. 12) Custo de oportunidade Ao realizar determinado projecto, a empresa renuncia a outras oportunidades de utilização deste mesmo activo. Exemplo: você possui um imóvel e esta pensando em aluga-lo. Caso você mude de ideia acabe abrindo uma loja neste imóvel, na analise, as receitas que voce teria com o recebimento de aluguer devem ser vistas como custos. Ou seja, para ser interessante, a sua loja deve lhe proporcionar, no mínimo, o mesmo retorno que o aluguer proporcionaria. 13) Realimentação de dados A qualidade das decisões deve ser reavaliada por meio de comparações entre as previsões e o efectivamente ocorrido. Desta forma, pode-se realizar o reajuste de estimativas, alem de possibilitar o aumento do grau de sensibilidade e a previsão de erros em decisões futuras. Aprendemos com os erros e aprimoramos o que esta dando Certo. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 23 Os projectos de investimentos podem ser classificados conforme suas finalidades: Alem da classificação anterior, podemos também classificar os investimentos de acordo com o critério de escolha a ser realizado pela organização em: Investimentos ou projectos exclusivos: são projectos que visam atenderem a um mesmo propósito. A escolha de um projecto implica automaticamente na rejeição dos demais. Se considerarmos que os projectos J e M são mutuamente exclusivos seriam possível aceitar o projecto J ou o projeto M, ou ainda recusar os dois; mas não seria possível acatar os dois projectos de investimentos; Investimentos ou projectos independentes: os projectos podem ser analisados separadamente, de acordo com as respectivas viabilidades. A aceitação ou recusa de um projecto independente da aceitação ou recusa do outro projecto. Se considerarmos que J e M são projectos independentes, podemos: aceitar J e M, aceitar J ou M, recusar J e M ou recusar J ou M; Investimentos ou projectos complementares: São projectos que apresentam alto grau de interdependência. Por exemplo: as condições de acesso sao de fundamental importância para a instalação de um novo complexo hoteleiro. Pode-se entender que esta infra-estrutura deve ser providenciada pelo sector publico ou que este investimento em condições de acesso e parte de um projecto maior com o objectivo de complementa-lo. E nesse segundo sentido, que devemos entender investimentos complementares. De que adianta construir um novo complexo hoteleiro, se ninguém consegue chegar ate o local escolhido? Modalidades de investimento Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 24 Payback e o período de recuperação do capital investido, e o tempo que os fluxos de caixa provenientes de um projecto de investimento levam para se igualarem ao montante do investimento inicial. Expresso em unidade de tempo. Muitas empresas estabelecem um prazo máximo para recuperação do capital investido. Desta maneira, os investimentos que apresentarem um payback igual ou menor que o período de corte estabelecido são aceitos e os projectos com períodos de recuperação do capital superiores ao período de corte sao descartados. Vale ressaltar que os projectos aceitos pelo método do pataco devem sofrer outra forma de analise quanto ao retorno proporcionado por este investimento. Pois, como dito anteriormente, o pataco e apenas um indicativo. Há três modalidades de payback: o médio, o efectivo e o actualizado ou descontado. Vamos iniciar nosso estudo sobre o payback analisando os fluxos dos projectos de investimento mutuamente excludentes, a seguir, utilizando payback médio. A taxa de mercado e de 5% a.a.A empresa que esta analisando os projectos pretende recuperar seu investimento em até três anos. Métodos de análises de investimentos Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 25 Pelo método do Playback médio, ambos possuem o mesmo período de recuperação e estão dentro do prazo estabelecidos pela empresa. Mas, vamos analisar os dois projectos pelo método do VPL (valor presente liquido), que você ja conhece. Payback médio Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 26 Pelo critério do Playback, os dois projectos poderiam ser aceites, mas o VAL foi decisivo. Agora, vamos analisar dois projectos pelo médio e pelo payback efetivo; são projectos mutuamente excludentes. A taxa de mercado e de 5% a.a. e a empresa pretende recuperar o capital investido em ate três anos. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 27 ???? = Quanto falta para atingir o investimento inicial 100-90=10 As entradas do Ano 3 totalizam 50, mas faltam apenas 10 para Atingir os 100 Neste caso, o investimento se paga em, exactamente, 3 anos Pelo critério do Payback, quanto mais rápido a empresa recuperar o capital investido, melhor; desta maneira, e melhor o projecto 1. Mas, como o Payback e apenas um indicativo, vamos calcular o VPL de cada um dos projectos. Valor Actual Líquido – VAL é a comparação do valor presente de todas as entradas e saídas de caixa relacionadas ao investimento. Se o valor presente das entradas de caixa for maior ou igual ao valor presente das saídas de caixa, o investimento é aceitável caso contrário, o investimento não é aceitável, pois apresenta um retorno menor que a taxa mínima exigida pela empresa. O VAL é determinado recorrendo a fórmulas matemáticas, nas seguintes circunstâncias: VAL = n t t t c CF 1 1 ou VAL = n n c CF c CF c CF c CF 1 .... 111 2 2 1 1 0 0 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 28 Agora substitua os fluxos de caixa presentes na formula do VAL e concluir a decisão sobre a aceitação do projecto 1. Melhor opção: Projecto 1 - além de recuperar o capital investido mais rapidamente, possui maior VAL. Agora, vamos analisar os dois projectos imediatamente acima utilizando o payback descontado ou actualizado. Lembrando que os mesmos sao mutuamente excludentes. A taxa de mercado permanece em 5%a.a. e o prazo de corte da empresa, para recuperar seu investimento, e de três anos. Para determinar o prazo em unidades de tempo, o coeficiente (resultado) da divisão acima deve ser multiplicado pela vida útil do projecto. Se quiser realizar uma análise somente pelo coeficiente, a empresa deve considerar: Payback descontado Projecto 1 Payback Descontado ou Actualizado Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 29 Payback descontado Projecto 2 Melhor opção: Projeto 1, pois possui menor payback e maior VPL, como calculado anteriormente. Ponto de vista de gestão com relação ao payback Utilizado para projetos de pequenos valores; Com o VPL, pode-se necessitar de um longo período de tempo para se avaliar um projeto, enquanto, com o Payback descontado, pode-se saber com maior agilidade se as previsões de geração de fluxos de caixa estão correctas; Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 30 Taxa Interna de Retorno (TIR) Empresas sem capital próprio para alocar em um projecto, tem vantagem em utilizar o método do payback, pois quanto mais rápida a recuperação do montante investido, mais rápido o mesmo poderá ser reinvestido; Pode ser utilizado para optar entre projectos que apresentam VPL muito parecidos; quando isto ocorre, a recuperação mais rápida do capital investido e relevante. É o rendimento actual ou retorno obtido por um investimento, ou seja, ela determina o rendimento potencial do investimento. Para Gitman (1997), a TIR pode ser definida como a taxa de desconto que iguala o valor actual (VAL) das entradas de caixa ao investimento inicial referente ao projecto. A TIR pode ser calculada por meio da calculadora financeira ou Excel ou através de ensaios de taxas, matéria já estudada na disciplina de matemática Financeira A fórmula matemática, é a seguinte: VAL = n n TIR CF TIR CF TIR CF TIR CF 1 .... 111 2 2 1 1 0 0 =0 Onde: CFt – representa o Cash-flow do t-ésimo período; TIR – Taxa Interna de Retorno. Note que actualmente, a TIR é calculada com auxílio de máquina calculadora financeira e através do Excel. Por outro lado, o cálculo é possível através de ensaio de taxas e da interpolação linear (matéria estudada na disciplina de Matemática Financeira ou Calculo Financeiro). Assim, a interpolação linear, através de ensaio de taxas procurará encontrar duas taxas próximas, uma das quais corresponderá a um VAL positivo e outra de VAL negativo. Neste caso, a TIR da qual resulta um VAL nulo, será compreendida pelo intervalo limitado pelas duas taxas contíguas que correspondem a VAL´s de sinais contrários. Exemplo 2 Vejamos o ensaio da TIR do exemplo hipotético anterior Ensaio VAL Sinal 15% 12.730 Positivo 30% 3.795 Positivo 35% 1.641 Positivo Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 31 Ensaio VAL Sinal 38% 493 Positivo 40% -221 Negativo VAL = 43210 1 000.15 1 000.15 1 000.12 1 000.6 1 000.20 TIRTIRTIRTIRTIR Repare na tabela que a alteração do sinal acontece entre as taxas 38% e 40%, sendo necessário realizar uma interpolação linear dada por regra de três simples, designadamente: 38% = 493,00 TIR = 0 40% = -221,00 Isto é, (38% - 40%) = (493 – (-221)) (38% - TIR) = (493 - 0) O que dá o seguinte: (-2%) x493 = 714 x (38 – TIR), donde se conclui uma taxa aproximada da TIR de 39%, No exemplo em análise, o projecto deveria ser aceite porque a TIR é maior que a taxa de desconto ou taxa de juro (39 -10%) Vantagens e Desvantagem da TIR Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 32 Você já deve ter percebido que o critério decisivo e mais confiável, em relação a analise de investimentos, e o VPL. Superioridade do VAL: 1) Usa fluxos de caixa e não lucro contabilístico; 2) Utiliza todos os fluxos gerados pelo projecto; 3) Desconta os fluxos de caixa pela taxa de mercado; 4) Premissa: o fluxo de caixa gerado pelo projecto sao reinvestido a taxa utilizada para desconta-lo. Critérios de aceitação do VAL: VPL> 0, deve-se aceitar o projecto; VPL = 0, e indiferente a aceitação ou não do projecto; VPL < 0, deve-se recusar o projecto. O que significa que um projecto possui VAL positivo? Na data 0, o valor presente de todos os fluxos de caixa descontados a taxa de atractividade escolhida supera todo o capital investido; O capital investido foi plenamente recuperado; Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 33 Retorno proporcionado pelo capital e maior que a taxa de atractividade utilizada para descontar o fluxo de caixa; O projecto gera um aumento de riqueza, que no momento zero, e explicitado pelo VPL. Vamos, agora, aplicar o método do VPLnos exemplos a seguir, sendo que cada um nos apresenta uma situação diferente: Exemplo 1 Uma rede de chocolates que trabalha com franquias oferece ao Sr. Marcello a oportunidade de abrir uma nova unidade desta loja (franquia). Mesmo apreciando muito os produtos oferecidos por esta empresa, o Sr. Marcello optou por contratar uma consultoria para auxilia-lo em sua decisão. Para abrir esta franquia, o investimento inicial e de R$ 350.000,00 e esperam-se os seguintes fluxos de caixa líquidos durante os próximos nove anos: O custo de oportunidade do capital do investidor e de 15% a.a. O que recomendaria ao Sr. Marcello, assumindo que você e o responsável pela consultoria contratada? Resolução pela formula: VAL =59.815,78 Resposta: Recomendo que o Sr. Marcello realize o investimento nesta franquia, pois o VAL de $ 59.815,78 representa que esta proposta supera em $ 59.815,78 a melhor alternativa de investimento disponível para o investidor (custo de oportunidade). Exemplo 2 A Industria Patativa esta estudando uma oportunidade de ampliar sua capacidade de produção mediante a construção de uma nova unidade fabril. O custo de implantação deste projecto e de R$3.000.000,00. Esse empreendimento será depreciado linearmente em 6 anos, apresentando, ao final deste prazo, um valor residual de $300.000,00. A previsão de vendas anual para os próximos seis anos e de $850.000,00. Custo variável anual e de 20% das vendas. Os custos fixos anuais são de $130.000,00. A ali quota do IRPC e de 35% e o custo de oportunidade do capital industrial e de 20% a.a. Ao final de seis anos, o negócio será encerrado e as Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 34 instalações vendidas por $400.000,00. A Industria Patativa deve construir essa nova unidade? 1) Calcular a depreciação anual 2) Calcular o IRPC da Venda do Negocio (400.000 - 300.000) x 0,35 = 35.000 3) Calcular o custo variável 850.000 x 0,2 = 170.000 4) Elaborar a DRE e o fl uxo de caixa O preenchimento da tabela exige a atenção dos dados projectados e são iguais em todos anos. 5) Calcular o VAL com base no fluxo de caixa : VAL = $1.165.124,53. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 35 Resposta: O VAL negativo mostra que o projecto não PE viável a taxa de 20%a.a. Caso a empresa insista em realiza-lo, devera ter uma perda de riqueza a valor presente de $1.165.124,53. Exemplo 3 Seu director quer ampliar área de cobertura das actividades da empresa. Para isto, estuda a criação de um e-commerce. Ele apresenta o fluxo do projecto e pede que você o analise. Sendo o custo médio ponderado de capital (WACC) de sua empresa de 15% a.a., faca um estudo sobre a viabilidade deste projecto. Exemplo 4 Os fluxos gerados no exemplo anterior serão reinvestidos em um fundo que proporciona 10%a.a. de retorno liquido. Calcule o novo VPL. Levando os fluxos de 70.000,00 para a data 6: O residual ja esta na data 6: 70.000,00 Calculando o novo VPL: Resposta: Percebemos que, quando os fluxos do projectos foram reinvestidos a uma taxa inferior a taxa de desconto, o projecto deixou de ser interessante. Exemplo 5 Você esta analisando dois projectos imobiliários mutuamente excludentes, com vidas úteis diferentes. Sabe-se que a taxa de juros de mercado e de 10% a.a. As tabelas, a seguir, mostram os fluxos de caixa de cada projecto: Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 36 Calculando o VPL do Projecto A: Agora o VPL passa a ser o PV para calcular o PMT: Pelo método do mínimo múltiplo comum: O mínimo múltiplo comum entre 2anos e 3anos e 6anos. Logo, vamos trabalhar com um horizonte de 6 anos. Observe que, no ano 3, termina a vida útil e reinicia o projecto. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 37 Resposta: A melhor opção e o projecto A que apresenta maior VPL. Medida relativa entre o valor presente dos fluxos de caixa do investimento e o valor inicial aplicado para a realização deste projecto. Obs.: O investimento sempre entra positivo na formula anterior. Critério de decisão: IL>1 à aceita o projecto. O investimento será recuperado e ainda haverá um aumento de riqueza; quer dizer que o VPL deste projecto e maior que zero. IL=1 à pode-se aceitar ou não o projecto; quer dizer que o VPL deste projecto e igual a 0. IL<1 à rejeita-se o projecto. O investimento não será recuperado e ainda haverá uma perda de riqueza, ou seja, o VPL deste projecto e menor que zero. O Índice de Rentabilidade e utilizado principalmente em projectos dependentes ou complementares com restrição de capital. Neste caso, os projectos devem ser classifi cados em ordem decrescente pelo Índice de Lucratividade/ Rendibilidade . Exemplo: Uma empresa esta estudando a viabilidade de três projectos. Entretanto, a mesma possui apenas R$400 milhões para alocar nestes investimentos. Os dados dos 3 projectos são : Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 38 Fluxo de caixa em milhões: O custo de capital da empresa e de 12% a.a. Projecto A Calcular também o VAL do projecto A Faca os mesmos cálculos para os projectos B e C. Desta forma, teremos os resultados, a seguir: Como a empresa possui apenas $ 400 milhões para investir, ela devera optar entre o projecto A ou os projectos B e C em conjunto. O projecto A apresenta maior VAL e seria a escolha obvia se estivéssemos utilizando o critério do VAL. Mas, percebemos que a soma do VAL dos projectos B e C supera o VAL do projecto A. Pelo método do indice de lucratividade, os projectos B e C seriam seleccionados primeiramente, pois apresentam maiores índices de lucratividade. Encerramos aqui a exposição sobre a análise de projectos sem risco. Agora, vamos fazer alguns exercícios para fixar o que acabamos de aprender. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 39 ACTIVIDADES Leituras Complementares ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira. Corporate Finance 2. ed. Sao Paulo: Atlas, 2002. Desta obra, leia o capítulo 6: Alguns critérios alternativos de investimento. Este capítulo aborda as tecnicas de análise de investimentos. Omar Milha, Analise de Projectos de Investimento, impressa universitária, Maputo, 2004 (Capitulo 4 – pág. 41-61) Actividade 1 O Sr. António possui um terreno localizado a 200 metros da praia no balneário de Sossego Manso. Há alguns anos, pensou em construir uma casa de praia e mandou asfaltar o caminho do vilarejo de Sossego Manso até sua propriedade. Entretanto, por Razoes de doença em sua família, não concretizou a construção da casa de praia. Actualmente, com o aumento do movimento de turistas no balneário, António esta analisando a construção de uma pousada no local. Decida e escreva se os gastos realizados com a pavimentação devem entrar no valor do investimento inicial para a construção da pousada. Justifique sua resposta. Atividade 2 A empresa XPTO esta analisando a possibilidade de construir uma nova unidade. Mas, seus accionistas determinaram que o capital investido deve ser recuperado em ate 3 anos. O fluxo de caixa para a construção desta nova empresa esta demonstrado, a seguir. Sabe- se que o único critério de avaliação de investimento a ser utilizado e o payback. A taxa actual de juros do mercado e de 10% a.a.a) Calcule o payback médio. b) Calcule o payback efectivo. c) Calcule o payback descontado. Em seguida, analise para cada uma das situações, se o projecto deve ou não ser aceito pela empresa. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 40 Actividade 3 A empresa Agua Fácil deseja adquirir mais um equipamento de perfuração de poco artesiano. Após ampla pesquisa de mercado, encontrou dois modelos de equipamento que atendem as suas necessidades. O equipamento Deep e mais dificil de ser transportado do que o equipamento Water. Entretanto, a vida útil do equipamento Water e inferior a do Deep. Seguem alguns dados que a empresa esta analisando para tomar a melhor decisão sobre qual equipamento comprar: O equipamento Water devera sofrer uma reforma geral de $ 10.000,00 após dois anos de uso, e o equipamento Deep terá um reparo geral no valor de $ 7.200,00 ao fi m do terceiro ano de utilização. a) Monte o fluxo de caixa para os dois equipamentos para um período de 12 anos. b) Compare os custos presentes líquidos para cada um dos equipamentos a uma taxa de 15% a.a.(Como estamos falando de custos, vamos optar pelo menor VPL). c) Calcule os custos anuais (PMT) de cada equipamento e faca uma opção entre eles. Actividade 4 A Locavan, empresa de locação de vans, realiza transporte de passageiros na regiao dos Lagos no Rio de Janeiro. O dono da Locavan, Sr. Jorge, esta estudando a possibilidade de trocar uma de suas vans. A van que o Sr. Jorge deseja trocar foi comprada ha cinco anos por $160.000,00 e ainda possui 5 anos de vida util. Ela esta sendo depreciada linearmente e pode ser vendida, hoje para uma garagem, por $40.000,00. A ali quota de IR que a Locavan utiliza e de 40%. As receitas e despesas (inclusive a depreciação) da van que o Sr.Jorge deseja trocar estão no quadro abaixo: Esta van tem uma ocupação máxima de 16 passageiros e realiza, em media, 60 viagens por mes. O preço da passagem acabou de sofrer reajuste e esta em $100,00 por passageiro, devendo-se manter inalterado por prazo indeterminado. A taxa de Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 41 ocupação do veiculo e de 80% para os próximos dois anos, devendo sofrer uma redução para 70% para os próximos anos, devido a concorrência estar investindo em veículos novos com ar condicionado. O Sr. Jorge esta analisando duas alternativas de substituição para a van: troca-la por uma van nova ou substitui-la por um minibus. Substituição pela van nova: Compra da nova van: $ 270.000,00 Licenciamento: $ 4.000,00 Valor residual ao fi m de 5 anos : $ 80.000,00 Vida util: 10 anos Economia no capital circulante liquido: $ 2.000,00 As receitas e despesas (inclusive a depreciação) da van nova estao no quadro abaixo: Substituição pelo minibus: Compra do minibus: $ 430.000,00 Licenciamento: $ 7.000,00 Valor residual ao fi m de 5 anos : $ 120.000,00 Vida útil: 10 anos Economia no capital circulante liquido: $ 6.000,00 As receitas e despesas (inclusive a depreciação) do minibus estão no quadro abaixo: Com base nos dados fornecidos, calcule: Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 42 a) VAL e TIR de cada alternativa de substituição, considerando uma taxa de juros de 18% a.a. b) Indique e justifique a melhor alternativa. Dica: Monte o fluxo de caixa da van a ser trocada, da van nova e do minibus. Actividade 5 A prefeitura de Uberaba esta analisando a montagem de uma estrutura permanente para shows. Foram apresentadas duas propostas, conforme quadro abaixo: a) Calcule os custos presentes líquidos de cada estrutura, utilizando um horizonte de 24 anos de operação das estruturas, usando uma taxa de 6%a.a. b) Calcule os custos anuais equivalentes de cada estrutura, utilizando uma taxa de 6%a.a. c) Escolha uma das alternativas e justifique. Dica: Todos os fluxos são saídas de caixa e se aparecerem com sinal negativo serão receitas, pois estamos analisando custos e, neste caso, devemos optar sempre pelo menor. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 43 UNIDADE TEMÁTICA 3 Incerteza e risco TEXTO INTRODUTÓRIO VIABILIDADE ECONÓMICO-FINANCEIRA DE PROJECTOS COM RISCO Objectivos No fim desta unidade voce deverá ser capaz de: Definir incerteza e riscos Conceituar os tipos de risco; Aplicar as técnicas de avaliação do risco isolado: equivalente à certeza, análise de sensibilidade, análise de cenários, valor esperado e independência dos fl fluxos de caixa e fluxos de caixa dependentes no tempo. Quando realizamos análise de projectos, tema este abordado no roteiro anterior, sempre surgem dúvidas em relação à certeza absoluta dos resultados. As decisões de investimentos das empresas são tomadas em ambientes dinâmicos, que causam incertezas referentes aos resultados previstos. Por isso, a partir de agora, vamos analisar projectos que envolvam, também, incertezas. Para tanto, focaremos, Nesse estudo, técnicas que minimizem o efeito das incertezas no cenário das decisões organizacionais. Inicialmente é importante que você saiba que o termo incerteza é automaticamente relacionado à dispersão de valores, logo conhecimentos de probabilidade e de estatística são necessários para entender análise de risco. Incerteza: Acontece quando determinado fato não pode ser medido em termos de probabilidade. São situações pouco comuns e que não apresentam um padrão de ocorrência. Risco: ocorre quando todas as situações possíveis de um evento podem ser quantificadas através da atribuição de probabilidades aos resultados previstos. Esses resultados e suas probabilidades são conhecidos por meio de experiências passadas ou que podem ser calculados com algum grau de precisão. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 44 Métodos de ajuste ou técnicas de avaliação do risco isolado Equivalente à certeza Tipos de risco Segundo Brigham, Gapenski e Ehrhardt (2001) podemos encontrar três tipos de risco: Risco de um projecto isolado: refere-se exclusivamente ao risco do projecto. Não leva em consideração o peso do investimento dentro da carteira de activos da empresa. Está relacionado às incertezas que afectam os fluxos de caixa futuros, sendo o mesmo Medido pelas alterações dos retornos esperados. Risco da empresa: diz respeito ao risco da empresa em relação ao projecto. Como a carteira de activos da empresa é afectada pelo novo projecto, mostra de que maneira o projecto afecta a variabilidade dos fluxos de caixa da empresa. Não leva em consideração o impacto que este projecto pode provocar na carteira individual dos accionistas. Risco de mercado: é o impacto que o projecto ocasiona sobre a variação dos retornos de um accionista com uma carteira bem diversificada. Esse risco afecta mais aqueles investidores que apresentam uma carteira de acções pouco diversificada. Geralmente, as três modalidades de risco são relacionadas entre si e há maior facilidade em auferir o risco isolado de um projecto. Passaremos, agora, a analisar os métodos de ajuste ou técnicas de avaliação do risco isolado. 1) Transforma os fluxos de caixa esperados em fluxos de caixa certos e descontados à taxa de mercado, ou seja, calcula-se o VAL dos fluxos de caixa certos. Veja o passo a passo, a seguir: 1º Monte os fluxos de caixa previstos do projecto 2º Estabeleça os factores equivalentes à certeza, ou seja, quaisos percentuais dos fluxos de caixa previstos são tidos como certos 3º Elabore os fluxos de caixa certos multiplicando os fluxos de caixa previstos pelos respectivos factores equivalentes à certeza 4º Calcule o VAL dos fluxos de caixa certos 5º VAL dos fluxos de caixa certos> 0, deve-se aceitar o projecto. Exemplo: a empresa de comércio retalhistas “Vende Tudo” está analisando dois projectos mutuamente excludentes para a construção de uma nova filial na cidade de Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 45 Uberaba. O projecto A prevê um desembolso inicial de $ 225.000 e estima-se que os fluxos de caixa dos próximos 3 anos serão de $ 145.000, $125.000 e $50.000, respectivamente. Os factores equivalentes à certeza para os mesmos períodos são estimados em 100%, 90%, e 80%. O projecto B terá um desembolso inicial de $ 250.000 e os fluxos de caixa previstos para os próximos 3 anos serão de $165.000, $195.000 e $30.000. Os equivalentes à certeza do projecto B para os mesmos períodos são 90%, 80% e 60%. Sabe-se que a taxa livre de risco é de 7% a.a.. Utilizando a técnica do equivalente à Certeza, decida qual o melhor projecto. Para você perceber melhor o impacto deste método de análise, vamos calcular o VAL de cada projecto sem utilizar os factores equivalentes à certeza, e, posteriormente, utilizando os factores equivalentes à certeza. Cálculo dos VALs sem utilizar os factores equivalentes à certeza: Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 46 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 47 2- Análise de Sensibilidade Percebemos que o projecto mais recomendado, utilizando o factor equivalente à certeza, é o Projecto A, pois apresenta maior VPL. A análise de sensibilidade mede as alterações no VAL na TIR e em outras variáveis como taxa de desconto, vendas, etc..O objectivo é determinar o grau de sensibilidade do VAL ou do TIR às alterações ocorridas em uma dada variável. Quanto mais sensível um projecto for à mudança maior o risco do mesmo. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 48 1º Calcula-se o VAL e/ou a TIR utilizando o fl uxo de caixa original. 2º Calcula-se o VAL e/ou a TIR utilizando o fluxo de caixa com as alterações, ou alterações na taxa de desconto. 3º Calcula-se a variação percentual sofrida pelo VPL e/ou pela TIR. 4º Quanto maior a variação percentual maior o risco do projeto frente a alterações em uma determinada variável. Exemplo: Sr. Elias contratou uma consultoria para analisar duas propostas de investimentos para o montante de $3.200,00. Os fluxos de caixa de projecto são apresentados no quadro, a seguir: O Sr. Elias tem grande aversão ao risco e deseja realizar o projecto mais seguro. A taxa de juros actual é de 10% a.a., mas tudo indica que a mesma deve brevemente subir para 12% a.a.. Qual o projecto mais adequado para o Sr. Elias? Cálculo de VPL a 10% a.a. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 49 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 50 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 51 2- Análise de Cenários Percebemos que o projecto A é mais sensível a variações na taxa de juros, pois seu VPL variou mais do que o VPL do projecto B, logo o projecto B é menos arriscado do que o projecto A. Analisa a sensibilidade do VAL a oscilações em suas principais variáveis de decisão, bem como disponibiliza os valores das variáveis conforme sua distribuição de probabilidade. Geralmente, a equipe que gerência o projecto disponibiliza dados para a construção dos cenários: pessimista, optimista e provável. Com esses dados, calculamos o VAL esperado, seu desvio-padrão e seu coeficiente de variação. Quanto mais alto o coeficiente de variação, maior o risco do activo. Pode-se comparar o coeficiente de variação de um projecto com o coeficiente de variação médio dos projectos da empresa, desta maneira teremos o risco isolado relativo do projecto. Exemplo 1: Com base na tabela, a seguir, desenvolva a análise de cenário. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 52 A grande utilidade do coeficiente de variação está na comparação de projectos que apresentam diferentes retornos esperados devendo-se optar por aquele que apresente menor coeficiente. A melhor opção é o projecto A. 4) Valor esperado e Independência dos Fluxos de Caixa No método anterior (avaliação de cenários), já tínhamos os VALs calculados, agora vamos apresentar os fluxos de caixa com suas probabilidades. Veja o passo a passo, a seguir: 1º Calcule a média ponderada das entradas para cada anos 2º Calcule o VPL do projecto adoptando como valor de entrada a média calculada para cada ano; Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 53 3°calcule o desvio-padrão para cada ano; 4ºcalcule o desvio-padrão do VPL do projecto utilizando a fórmula apropriada. Vejamos o exemplo, a seguir, que apresenta as fórmulas a serem utilizadas. A empresa USC está analisando um projecto de investimento de $ 200.000,00. A equipe de análise do projecto recebeu projecções de valores e probabilidades oriundos deste investimento, conforme tabela, a seguir: Para os demais anos, utilizando a mesma metodologia de cálculo anterior, teremos: Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 54 2º Calcule o VPL do projecto adotando como valor de entrada a média calculada para cada ano 3°Calcule o desvio-padrão para cada ano. 4º Calcule o desvio-padrão do VPL do projecto, utilizando a fórmula apropriada Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 55 5) Fluxos de Caixa Dependentes no Tempo São aqueles nos quais o desempenho passado impacta o desempenho actual. Ou seja, os fluxos de caixa estão relacionados. Quanto maior a correlação ou dependência entre os mesmos maior o risco apresentado. O risco deste tipo de investimento é determinado pela intensidade de dependência (correlação) que os fluxos possuem. Vamos analisar investimentos com fluxos de caixa perfeitamente correlacionados e investimentos com fluxos de caixa moderadamente correlacionados. 5.1) Investimentos com fluxos de caixa perfeitamente correlacionados São aqueles projectos cujos fluxos de caixa apresentam uma correlação próxima de 1 (correlação perfeita positiva). O risco destes investimentos é calculado utilizando a fórmula, a seguir: Vamos aplicar a fórmula acima no exemplo utilizado no tópico anterior (Independência dos Fluxos de Caixa). Os riscos (desvio-padrão) calculados no exemplo anterior foram: Se considerarmos uma taxa de juros de 6%a.a., teremos um risco de : Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 56 Verificamos que o risco do investimento analisado aumentou quando consideramos que osfluxos de caixa deste projecto são dependentes. 5.2) Investimentos com fluxos de caixa moderadamente correlacionados Estes projectos são dependentes uns dos outros, mas com menor intensidade, ou seja, os fluxos de caixa esperados podem variar dependendo do resultado obtido anteriormente. Nesses casos, utilizamos probabilidades condicionadas. Vejamos o exemplo, a seguir, o de probabilidades condicionadas: Investimento Inicial: $ 140.000,00 Taxa de juros: 12% a.a. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 57 Para calcularmos o risco deste tipo de projeto, utilizamos a fórmula, a seguir: Combinações. Antes de aplicarmos a fórmula do desvio padrão acima devemos realizar as acções a seguir: Calcular o VPL para cada uma das combinações Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 58 Para facilitar a aplicação da mesma, vamos transcrevê-la na forma da tabela abaixo: Relembrando: 1º Passo: montar as combinações possíveis 2º Passo: calcular as probabilidades combinadas 3º Passo: calcular o VPL individual de cada combinação 4º Passo: calcular o VPL esperado do projeto 5º Passo: calcular o desvio padrão do projeto Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 59 Leituras Complementares Texto 1 ASSAF NETO, Alexandre. Decisões de investimento em condições de risco. In: _____. Finanças corporativas e valor. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005. Cap. 17. p.339349. Este capítulo aborda as técnicas de análise de investimentos levando em consideração a variável risco. Texto 2 MATIAS, Alberto Borges;Centro de Pesquisas em fi nanças, Equipe de professores do INEPAD – Finanças Corporativas de Longo Prazo, Criação de Valor com Sustentabilidade Financeira Volume 2. São Paulo: Atlas, 2007 – Cap. 6 : Análise de Investimentos de Capital de Longo Prazo. Texto 3 ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Decisões de investimento em condições de risco. In: _____. Curso de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2009. Cap. 17:. Actividade 1 Com relação ao risco, é errado afi rmar: a) Evidencia uma possível perda. b) É medido pelo desvio-padrão. c) Está relacionado com decisões futuras. d) É a mensuração da incerteza. e) Investimentos com correlação positiva reduzem seus riscos. Actividade 2 A empresa NOEL S.A. espera que os fluxos de caixa, provenientes da expansão de sua linha de produção, dos próximos cinco anos serão de $14.000, $12.000, $10.000, $8.000, e $6.000, respectivamente. Os factores equivalentes à certeza para os respectivos são 95%, 80%, 70%, 60% e 40%. O investimento inicial para a expansão da linha de produção está orçado em $22.000. A taxa livre de riso é de 10%a.a. Utilizando o método do equivalente à certeza, decida se o projecto é viável. Actividades Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 60 Actividade 3 Você está analisando dois projectos de investimentos com prazos de dois anos cada. Esse recurso será utilizado depois do término do investimento na compra de sua futura residência, logo, o projecto deve ser o menos arriscado possível. O projecto A tem fluxos de caixa de $4.000 e de $5.000 para o primeiro e segundo ano respectivamente. O projecto B proporciona fluxos de caixa de $6.000 para o ano 1 e de $3.000,00 para o ano 2. O investimento inicial para cada projecto é de $4.400. Utilizando a técnica de Análise de sensibilidade indique a melhor opção, ou seja, o projeto mais conservador se a taxa de mercado sofrer uma alteração de 12% a.a. para 14%a.a. Actividade 4 A empresa EBUINU elaborou simulações para as 3 propostas de projectos de modernização de seu sistema de pedidos. Os resultados são apresentados na tabela abaixo. Utilizando a técnica de análise de cenários, qual projecto que a empresa EBUINU deve realizar? Dica: como neste exercício não foi fornecido nenhuma probabilidade, o VPL esperado de cada projecto é a média aritmética dos VPLs de cada simulação. O desvio padrão de cada simulação também já foi fornecido e não há probabilidades logo, o desvio de cada projecto é a média aritmética dos desvios de cada simulação. Actividade 5 A Sra. Marcela, diretora financeira da Expand S.A. acabou de receber os prováveis fluxos de caixa de um projeto de $ 6.000.000,00 para a construção de uma nova unidade. Ela tem que fazer uma apresentação do projeto na próxima reunião de directoria da empresa, com o intuito de explicar a decisão por ela tomada. Para fi car uma apresentação mais objetiva, Marcela optou por apresentar o retorno esperado deste projecto e o risco do mesmo. Sabendo que os fluxos de caixa são independentes e que a taxa de juros do mercado é de 6%a.a. Qual a decisão de Marcela? Justifique mostrando quais os valores apresentados por ela. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 61 REFERÊNCIAS BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 2001. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 62 Actividade 1 CHAVE DE CORRECÇÃO DAS ACTIVIDADES Unidade 1 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 63 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 64 Actividade 2 Actividade 3 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 65 Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 66 Actividade 4 Actividade 5 1. Por se tratar de uma actividade singular, não rotineira e não repetitiva. 2. O Governo de Moçambique vai financiar o projecto com apoio dos parceiros internacionais, o povo moçambicano vai se beneficiar do projecto. 3. Grau de Incerteza baixa apesar de se tratar de um projecto que pode apresentar algumas dificuldades de realização, mas o resultado final é de fácil conhecimento Grau de Complexidade alto em função das condições de realização por se tratar de uma ponte que precisa de engenharia de ponta e com equipamento a altura do projecto. Gestão de Empresas – Elaboração e Analise de Projectos – Semestre 8 Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância 67 4. Sim; como exemplo, podemos citar o subprojecto voltado para a logística da manutenção e deslocamento do acampamento do pessoal envolvido na construção do projeto – Subprojeto Ambiental associado ao projecto. 5. Sim diversas actividades funcionais deverão ser executadas na implementação do projecto como, por exemplo, refeições, manutenções etc.. 6. Refeições do pessoal envolvido na construção da ponte manutenções dos equipamentos envolvidos na construção da rodovia. 7. Engenheiros (gestão do projecto), mecânicos de máquinas e equipamentos (manutenção dos equipamentos), enfermeiros (tratamento preventivo e correctivo do pessoal envolvido, cozinheiros (alimentação do pessoal), pessoal da segurança (especialistas diversos das diversas áreas do saber) etc.. 8. Máquinas e Equipamentos alimentos (para as
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