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ATIVIDADE AVALIATIVA I

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Universidade Católica do Salvador 
Curso de Graduação em Direito 
 
Gabriela Maciel Melo 
Matricula: 200018118 
 
 
 
 
ATIVIDADE PARCIAL 
MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR-BA 
12 de março de 2022 
 
CURSO DE DIREITO 
MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM 
 
 
 
 
Discente: 
Gabriela Maciel Melo 
 
 
 
AVALIAÇÃO PARCIAL 
 
Trabalho apresentado ao curso 
Superior de Direito turno 
noturno em cumprimento parcial 
para aprovação da disciplina, 
Mediação, Conciliação e 
Arbitragem. O tema abordado 
engloba a análise crítica do filme 
“Paternidade” e os conteúdos 
abordados na disciplina, 
lecionada pela Docente: Teresa 
Cristina Ferreira de Oliveira. 
 
 
 
 
SALVADOR-BA 
12 de março de 2022 
INTRODUÇÃO 
O filme em análise, intitulado “Paternidade” é inspirado na história real de 
um pai viúvo que lida com dúvidas, medos, ao assumir a tarefa de criar 
sua filha sozinho. Ele conta com a ajuda de sua sogra, que insiste em ficar 
para ajudá-lo, e também de sua própria mãe, mas em menor grau, o que 
demonstra claramente a importância da convivência familiar. 
A Constituição Federal em seu artigo 227, bem como, o Estatuto da 
Criança e do Adolescente, além do Código Civil de 2002, no artigo 1.589, 
resguardam o direito dos avós e da criança à convivência familiar, vale 
ressaltar que, essa convivência deve privilegiar o bem-estar e o melhor 
interesse do menor sempre. 
Nas relações humanas o vínculo familiar é um dos pilares e, portanto, 
precisa ser tratado de maneira diferenciada, principalmente quando 
envolve conflito de interesses e disputa de direitos. 
No Brasil, o marco legal da mediação é instituído na Resolução 125 do 
CNJ, sendo institucionalizada na Lei 13.140/2015 e pelo NCPC/2015, 
que passou a ser o instrumento adequado para intermediar conflitos 
oriundos de uma relação preexistente e continuada, em que há interesse 
na manutenção desta relação. 
A mediação é ferramenta jurídica que poderá auxiliar nos casos que 
envolvam o direito de família, abordando mais especificamente aspectos 
que circundam conflitos que envolvem a guarda dos filhos e muitas 
vezes têm outras causas como origem, sem demandar da judicialização. 
Em que pese, as seguintes jurisprudências demonstram que a discussão 
é pacificada, vejamos: 
 
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. 
COMPARTILHAMENTO DA GUARDA DE CRIANÇA ENTRE 
O PAI E OS AVÓS MATERNOS. POSSIBILIDADE. MELHOR 
INTERESSE DA INFANTE. MUDANÇAS BRUSCAS NAS 
RELAÇÕES AFETIVAS PARENTAIS, MORADIA E ROTINA 
DA MENOR. CIRCUNSTÂNCIAS DESACONSELHÁVEIS. 
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. A doutrina 
ensina que a família natural é aquela composta pelos pais ou 
descendentes. Por outro lado, família extensa ou ampliada 
abrange os parentes próximos como tios e avós. Segundo a 
jurisprudência STJ, há uma ordem hierárquica de presunção 
de maior bem-estar para a criança e o adolescente, em relação 
ao ambiente em que deve conviver: família natural, família 
extensa e família substituta. 2. O objetivo das Leis 
11.698/2008 (...) resguardado o pleno desenvolvimento do 
infante. 4. Tendo em vista o melhor e o superior interesse da 
criança, nada impede o estabelecimento da guarda 
compartilhada entre pai ou mãe e avós materno ou paternos. 
5. Ainda que numa família natural remanesça um genitor, é 
preciso ponderar para fixação do regime de guarda a situação 
específica em que a infante tem relação estreita com os avós 
(família extensa) desde os primeiros meses de sua vida e que 
tal convívio ameniza o luto pelo falecimento recente de sua 
genitora. Situação confirmada pelo parecer técnico que 
aconselha a guarda compartilhada, pois do contrário traria 
reflexos negativos na rotina e no desenvolvimento psicológico 
da criança. 6. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 
(TJDFT, Acórdão n.1153587, 07044826720178070006, 
Relator(a): LUÍS GUSTAVO B. DE OLIVEIRA, 4ª Turma Cível, 
Julgado em: 20/02/2019, Publicado em: 26/02/2019). 
 
A mediação é instrumento viável para dirimir os conflitos durante o 
exercício da guarda compartilhada de modo a captar os benefícios desta 
de forma eficiente, instrumento este importante a ser utilizado antes de 
acionar a máquina judicial. 
A mediação se faz um instrumento útil para auxiliar na 
comunicação dos pais, no caso do filme “Paternidade”, comunicação entre 
Matt e a avó materna de Maddy, possibilitando que entrem em 
concordância quanto a um caminho saudável e eficiente para o plano de 
convivência paterno-filial, com participação ativa de ambos na vida da 
criança. 
Wagner (2002) afirma que é crescente o número de pais/homens 
que têm se mostrado disponíveis e desejosos de ficarem com a 
responsabilidade de criação de seus filhos, esforçando-se para construir 
uma paternidade com maior envolvimento, como ocorre no filme, aquela 
tradicional caracterização do genitor como uma pessoa distante de seus 
filhos, responsável apenas pelo sustento econômico da família, e 
desempenhando um papel reduzido e indireto sobre o desenvolvimento 
infantil é desmistificado. 
Com um sistema multiportas de acesso à justiça, vem-se 
desenvolvendo, no Brasil, a gestão sistêmica de conflitos, com diversos 
métodos autocompositivos e heterocompositivos, sem renunciar à 
possibilidade de judicialização. 
Sobre essa temática destaca-se no enunciado 55, aprovado na I 
Jornada “Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios”, pelo Centro de 
Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal: 
 
(…)O Poder Judiciário e a sociedade civil deverão fomentar a 
adoção da advocacia colaborativa como prática pública de 
resolução de conflitos na área do direito de família, de modo a 
que os advogados das partes busquem sempre a atuação 
conjunta voltada para encontrar um ajuste viável, criativo e que 
beneficie a todos os envolvidos. 
 
Para complementar, a Resolução 125/2010 do CNJ nos artigos, 
dispõe que: 
 
§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução 
consensual dos conflitos. 
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução 
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, 
advogados, defensores públicos e membros do Ministério 
Público, inclusive no curso do processo judicial. 
No Brasil, a legislação prevê como princípios orientadores da 
mediação: a confidencialidade; a imparcialidade; a autonomia da vontade; 
a oralidade; a informalidade; a competência; a busca do consenso e boa-
fé, previstos no art. 2° da Lei 13.140/15. 
O autor Carlos Eduardo de Vasconcelos, apresenta sete técnicas 
que auxiliam os mediadores de conflitos durante uma audiência a 
constituir uma mudança apropriada respeitando a tolerância, e 
contribuindo para a paz social. São elas: Atitude de acolhimento; Escuta 
ativa; Perguntas sem julgamentos; Reciprocidade escutar-falar; 
Prioridade a questão relacionada; Validação de sentimento e empatia; 
Reformulação de mensagem agressivas (VASCONCELOS, 2020, p.167-
190) 
Destarte, é importante que primeiro se busque este instrumento 
que é a mediação para assim prover uma dissolução pacífica, pois esta 
se mostra eficiente no direcionamento de acolher e auxiliar sobre uma 
visão diferente do litígio, objetivando evitar uma corrida judicial e acima de 
tudo não expor o menor a uma dolorosa batalha na disputa quem vai ficar 
com quem, pois isso pode desenvolver graves consequências psicológica 
para a criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
ANDRIGHI, N. Recomendação n° 25/2016 do CNJ: Regra de Guarda 
Compartilhada. Brasília, agosto.2016. Disponível 
em: https://portaldori.com.br/2016/09/16/corregedoria-nacional-de-
justica-publica-recomendacao-para-que-juizes-considerem-guarda-
compartilhada-como-regra/. Acesso em 24 de Setembro de 2021. 
 
ASSIS, Zamira de; RIBEIRO, Wesllay Carlos. A base principiológica do 
melhor interesse da criança: apontamentos para análise da 
(im)propriedade da expressão “guarda de filhos” quandodo 
rompimento da conjugalidade dos genitores. Revista IOB de Direito de 
Família, v. 71, abr./maio de 2012, p. 88. 
 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro– Direito de família. 
22. ed., cit., p. 285. 
 
SILVA, Luciana Aboim Machado Gonçalves, D. Mediação de conflitos. 
Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2013. 
 
SPENGLER, Fabiana Marion. Da jurisdição à mediação. Por uma outra 
cultura no tratamento de conflitos. Ijuí: Unijuí, 2010, p. 320. 
 
WAGNER, A. (2002). Possibilidades e potencialidades da família: a 
construção de novos arranjos a partir do recasamento. In Wagner, A. 
(coord.). Família em cena: tramas, dramas e transformações (pp. 23-38). 
Petrópolis: Vozes. 
 
VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de Conflitos e Práticas 
Restaurativas. Disponível em: Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo 
GEN, 2020. 
 
 
https://portaldori.com.br/2016/09/16/corregedoria-nacional-de-justica-publica-recomendacao-para-que-juizes-considerem-guarda-compartilhada-como-regra/
https://portaldori.com.br/2016/09/16/corregedoria-nacional-de-justica-publica-recomendacao-para-que-juizes-considerem-guarda-compartilhada-como-regra/
https://portaldori.com.br/2016/09/16/corregedoria-nacional-de-justica-publica-recomendacao-para-que-juizes-considerem-guarda-compartilhada-como-regra/
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