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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto Tratamento Restaurador Atraumático: • Trata-se de uma abordagem minimamente invasiva; • Surgiu na Tansânia, por volta de 1980 – onde havia grande parte da população que não tinha acesso a serviços de saúde bucal e não possuíam estrutura nos consultórios. A partir daí, essa população decidiu trabalhar com esse tipo de tratamento; • Em 1994, a Organização Mundial de Saúde adotou esse protocolo; • Focado em restabelecer a saúde, paralizando a doença cárie; • O ART atualmente é entendido como uma abordagem minimamente invasiva que compreende medidas preventivas em relação à cárie dental e o controle dessa doença; • O objetivo do ART é reestabelecer saúde com foco na paralisação da doença cárie. • Esse procedimento não utiliza anestesia; • Lança mão apenas de instrumentos manuais (não utiliza alta rotação); • Isolamento apenas relativo (pois não se usa anestesia para colocar um grampo do isolamento absoluto); • Utiliza-se apenas cimento de ionômero de vidro (obrigatoriamente). Instrumentos cortantes manuais utilizados: escavadores, enxadas (colheres de dentina) e opener ou machado (criado especificamente para essa técnica). Utilizada em dentes com lesões cariosas envolvendo dentina cuja abertura cavitária seja de no mínimo 1,6 mm. Pois, lesões cavitadas apenas em esmalte utiliza-se os selantes e não a ART. • Se for uma cavidade mais ampla, também pode-se usar essa técnica. OBS: Em crianças, essa restauração pode ser definitiva, pois o que se busca é a saude e paralisação da cárie. Já para adultos, essa restauração pode não ser considerada definitiva, pois a sua estética não é ideal. Então pode-se buscar uma restauração mais estética. • Lesão com abertura suficiente para utilização livremente do menor escavador; • Lesões que possam ser abertas com uso do opener ou do machado para esmalte, para permitir a introdução TRA/ART – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto do escavador para escavação da dentina cariada; • Para lesões em que há ausência de envolvimento pulpar; • Lesões com ausência de sintomatologia dolorosa, abscesso, fístula ou mobilidade. • Se a lesão de cárie não for acessível com o uso dos instrumentos manuais; • História de sintomatologia dolorosa espontânea, noturna, em decúbito; • História de sintomatologia dolorosa provocada de longa duração; • Presença de fístula, abscessos ou mobilidade dental. Em estão as indicações e em as contra-indicações. Fístula presente no incisvo superior. Instrumentais: • Espelho bucal; • Sonda exploradora; • Pinça clínica; • Machado/enxada para esmalte; • Opener; • Cureta de dentina/escavador (PMG); • Espátula para manipulação do cimento; • Espátula de inserção; • Esculpidor de Hollemback; • Tesoura/lâmina de bisturi; • Placa de vidro ou bloco de papel descartável. Material – CIV: • Ter sempre bolinhas de algodão; • Rolinhos de algodão para isolamento relativo; • Verniz/esmalte incolor/veselina como proteção superficial, para proteger da sinérise e embebição. • Capacidade de se aderir à estrutura dentária e por permitir a presença da mesma; • Liberação e a capacidade de ser recarregado com flúor, prevenindo ou – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto paralisando a progressão da cárie dentária; • Cor semelhante ao dente; • Biocompatibilidade com a polpa dentária e a gengiva; • Coeficiente de expansão térmica linear semelhante ao da estrutura dentária; • Módulo de elasticidade semelhante ao da dentina; • Desvantagem: → Porosidades e as resistências mecânicas são baixas em comparação com as resistências dos amálgamas e resinas compostas; → Sofre sinérise e embebição; → Estética é inferior às resinas compostas. 1. Remoção de placa e restos de alimento das fóssulas e fissuras – sonda exploradora e limpeza da superfície com bolinha de algodão seca; 2. Isolamento relativo (com rolos de algodão); 3. Avaliar dente limpo (extensão da lesão e esmalte sem suporte dentinário); 4. Ampliação do acesso à lesão, quando necessário (machado); 5. Remoção da dentina cariada amolecida; 6. Limpeza da cavidade (bolinha de algodão molhada) e secagem; 7. Condicionamento da cavidade (fricção por 10 segundos – com ácido poliacrílico); 8. Lavagem e secagem com bolinha de algodão – após isso, trocar o algodão do isolamento relativo; 9. Cavidade – CI II (matriz/cunha); – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 10. Manipulação do CIV – 1:1 pó/líquido; 11. Inserção com espátulas; 12. Verificação da oclusão; 13. Proteção superficial da restauração com vaselina, verniz ou esmalte de unha. OBS: Normalmente o tempo de OBS: Cada fabricante possui a colher medidora ideal, não é aconselhável usar uma colher de determinada marca e o produto de uma outra marca. OBS: Durante a manipulação, dividir o ionômero em duas porções, é o suficiente. OBS: Na odontopediatria, ao utilizar o cimento de ionômero de vidro, pode-se realizar uma Isso é necessário para que o CIV possa escoar. OBS: Nos ajustes oclusais, deve-se utilizar CIV – Aplicação clínica: • O CIV pode ser inserido com seringas – são aplicadores com pontas descartáveis: “Precision”, “Centrix” – essas pontas evitam a formação de bolhas; • Existem também o RIVA que possui aplicadores específicos para CIV em cápsulas; OBS: Essas cápsulas nessecitam de um amalgamador para misturar o material dentro delas. OBS: O é quimicamente ativado e o é fotoativável. OBS: Dentro dessa cápsula há o ácido poliacrílico e o ionômero de vidro, quando a cápsula é apertada, o pó se mistura com o líquido. É colocado 10 segundos em agitação no amalgamador. Depois, a cápsula é encaixada na seringa (aplicador) e é dispensado no dente. OBS: Trata- se de uma restauração com CIV. • Antes de usar o pó do ionômero, deve-se agitar o pote, pois as partículas de vidro são mais densas e ficam no fundo; • Alguns fabricantes indicam que a primeira gota do líquido deve ser dispensada, pois ao mexer o vidro – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto cria-se uma bolha, se essa bolha cair junto com a gota, a gota será menor e assim a quantidade de líquido não será suficiente; OBS: Se esse ionômero não for o Vidrion (pois o líquido do Vidrion não é ácido poliacrílico e sim água destilada – o ácido poliacrílico está incorporado ao pó), pode- se aproveitar essa gota de ácido poliacrílico dispensada para fazer o condicionamento ácido no dente. • Na espatulação deve-se incorporar o pó ao líquido por para não quebrar as partículas de vidro. A consistência do CIV irá depender de sua apresentação comercial/indicação clínica. • Levar à cavidade utilizando a espátula de inserção – o porta Dycal também pode ser utilizado/as seringas e pontas aplicadoras; O ART seria uma restauração definitiva ou temporária? • . A única contra-indicação é apenas o fator estético, que essa restauração não possui. Mas em casos em que a estética não é a preferência do tratamento, a ART pode sim ser uma restauração definitiva. • A diferença está apenas na técnica que será realizada, se será utilizada ou não materias tecnológicos e mais sofisticados. Para uma ART, não se utiliza anestesia, isolamento absoluto, alta rotação e materias de ionômero de vidro mais sofisticados (como o em cápsulas). A partir do momento em que se utiliza algum desses artifícios,deixa de ser uma ART e passa a ser então apenas uma restauração com ionômero de vidro. 1. Remoção do tecido cariado; 2. Lavagem e secagem; 3. É realizado anestesia para colocar grampo do isolamento; 4. Isolamento absoluto (e por isso, se trata de uma restauração com CIV e não uma ART); OBS: Para cavidades profundas em um dente decíduo, não é necessário utilizar o hidróxido de cálcio. No dente permamente sim, é necessário. 5. Condicionamento ácido (ácido poliacrílico); 6. Lavagem e secagem; 7. Manipulação do CIV – 1:1 pó/líquido; 8. Aplicação do ionômero de vidro; – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 9. Verificação da oclusão; 14. Proteção superficial da restauração com vaselina, verniz ou esmalte de unha. OBS: O protocolo ocorre da mesma forma que na ART, a diferença é a utilização de alguns materias, como: anestesia, isolamento absoluto, caneta de alta rotação, etc). Criança portadora de cárie na primeira infância. Causada por aleitamento artificial associado à falta de higiene. Nesses 4 dentes superiores anteriores não poderia ser realizado uma ART. Os outros sim, poderia. Dentes após as restaurações. • Cimentação de coroas de zircônia- CIV cimentador; • CIV forrador; • CIV restaurador. – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto • Também é utilizado para cimentação de aparelhos ortodônticos, bandas ou mantenedores de espaço. Aparelho ortodôntico. Mantenedor de espaço/banda alça. Servem para evitar que os dentes se movimentem e mantém o espaço do dente permanente que está por vir. Síntese do protocolo clínico ART/TRA: 1. Profilaxia; 2. Acesso a lesão cariosa (machado/ enxada /opener); 3. Remoção seletiva do tecido cariado; 4. Isolamento relativo; 5. Condicionamento com ácido poliacrílico 10/15 segundos; 6. Lavagem e secagem; 7. Manipulação e inserção do CIV com espátula ou aplicador; 8. Pressão digital com dedo envaselinado e enluvado; 9. Remoção dos excessos (com lâmina de bisturi/Hollemback); 10. Checagem oclusal; – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 11. Proteção superficial. OBS: Para que o ionômero de vidro tenha adesão às paredes da cavidade, precisam haver trocas iônicas entre os íons carboxilícos do ácido poliacrílico com os íons de cálcio do esmalte. Para isso, o ácido fosfórico (utilizado para resina) não é compatível. O ácido fosfórico é utilizado para criar microporosidades que irão proporcionar que o adesivo penetre-as, criando um embricamento, unindo a resina ao dente. Já o ionômero não precisa do adesivo, necessita de trocas iônicas que criam uma adesão química, diferente da resina que possui uma adesão mecânica. Quiz de revisão – considerações: • – remoção do tecido cariado em vários elementos e depois fechar. Remove-se a dentina infectada e realiza selamento, é provisória e se utiliza o óxido de zinco e eugenol. Os objetivos dessa escavação são: possibilitar melhor higiene oral e mastigação, paralizar o processo carioso e minimizar a dor. • está na técnica, pois a ART utiliza obrigatoriamente o ionômero de vidro e ainda pode ser permanente. A escavação em massa utiliza óxido de zinco e eugenol e é provisória (pois o óxido de zinco e eugenol cai com o tempo). OBS: Jamais realizar a escavação em massa em dente com sinal de pulpite irreversível! • utiliza apenas instrumentos manuais (não usa brocas e alta rotação), ausência de anestesia, isolamento apenas relativo e obrigatoriamente se restaura com o ionômero de vidro. • bactericida, bacteriostático, biocompatível e analgésico. • Instrumentais utilizados no ART: escavador, enxada, opner, machado, Hollemback. • Protocolo do ART: 1. Isolamento relativo; 2. Remoção seletiva do tecido cariado; 3. Limpeza (lavar e secar); 4. Condicionamento com ácido poliacrílico – esfregando; 5. Lava e seca; 6. Manipula o ionômero; 7. Insere na cavidade; 8. Realiza pressão digital com o dedo envaselinado após inserir o CIV; 9. Ajuste oclusal com bisturi ou hollemabck 10. Remoção dos excessos; 11. Proteção superficial para evitar sinérise e embebição. • Qualquer elemento decíduo com mais de 1/3 de reabsorção (rizólise), realiza-se a exodontia. • Em um dente decíduo com mais de uma raiz, quando se observa radiolucidez na região de furca/interradicular, isso é indicativo de que não é possível realizar ART, pois há comprometimento pulpar. • Dente molar com biofilme na oclusal – aplicar selante preventivo. • Diante de lesão não cavitada em esmalte – o verniz é uma alternativa. • Objetivo do Diamino Fluoreto de Prata: paralisar a lesão de cárie (é um cariostático). • O ICON- Infiltrante Resinoso: pode ser indicado para lesões interproximais não cavitadas. • O que nunca pode deixar de repassar para a criança e a mãe/pai: – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto educação e orientação quanto à higiene bucal e dieta alimentar. • O Diamino possibilita a reeducação de criança com múltiplas lesões de cárie. • A filosofia da odontologia de mínima intervenção é: preservação do tecido saudável, diagnóstico precoce, mínima intervenção, fluorterapia (lesão ativa em esmalte) – 4 a 6 sessões no mínimo e selamento de cicatrículas e fissuras. Além disso, a fluorterapia em casa ocorre com a escovação – pasta com flúor (contendo pelo menos 1000 ppm). • Se a criança ingerir muita pasta com flúor, ela pode desenvolver fluorose, que atacaria dentes que estão se desenvolvendo (na fase de amelogênese). • Técnica de Hall: utiliza-se as coroas de aço pré-fabricadas. Mas o diferencial dessa técnica de Hall, é que é feito apenas uma limpeza da cavidade, nenhum preparo é realizado. Preenche a coroa com CIV e coloca no dente após a limpeza, não faz preparo. Referências: Aula teórica de Odontopediatria. Faculdade Maurício de Nassau, Professora Maria da Conceição Pereira Pinto Solano, Odontologia, 2022.
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