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ATIVIDADE REFLEXIVA Disciplina: Histologia e Embriologia Profa. Suellen Laís Vicentino Vieira Temática: Distúrbios do Desenvolvimento 1. Objetivos: ● Compreender alterações que podem ocorrer no desenvolvimento humano levando a malformações congênitas. 2. Contextualização/Problematização As malformações congênitas nos primórdios da história eram vistas como acontecimentos maus ou bons, dependo da cultura/crença. De acordo com que os avanços da ciência evoluíram, os conhecimentos das fases de desenvolvimento humano puderam ser melhor compreendidos, bem como, possíveis causas envolvidas com distúrbios no desenvolvimento. Na atualidade se conhece muitos fatores hoje que podem influenciar no desenvolvimento do feto, desde medicamentos, drogas, álcool, doenças, infecções, entre outras condições. Um grande marco da história da teratogenicidade ocorreu na década de 60 conhecido como “tragédia da talidomida”, provocando o nascimento de mais de 12.000 crianças com malformações. A talidomida é um fármaco sedativo, que passou a ser prescrito na época para gestantes, para melhorar quadros de enjoos matinais. Porém, o nascimento em massa de crianças com “defeitos” (focomegalia - membros de foca; amelia - membros inteiramente ausentes; Figura 1), fez-se levantar a preocupação que fatores ambientais e certas substâncias podem influenciar no desenvolvimento de um novo feto. Enfrentando, as causas das maiorias das malformações congênitas ainda permanecem obscuras. Estima-se que cerca de 2% a 3% de todos os recém-nascidos vivos, apresentem pelo menos uma malformação congênita reconhecível. Os defeitos congênitos podem ser desde de deficiências enzimáticas que levam a uma única substituição na molécula do DNA até condições complexas desencadeando anormalidades anatômicas de grande proporção. “A gênese dos defeitos congênitos pode ser vista como uma interação entre a herança genética do embrião e o ambiente no qual ele se desenvolve” (CALSON, 2014). 3. Apresentação da atividade/ Exercício É observado que em certos períodos ocorrem mais criticidade durante a gravidez, pois os embriões são mais suscetíveis a agentes ou a fatores que proporcionam desenvolvimento anormal. Avalie as questões a seguir e responda-as. Observações importantes: ● Lembre-se de apresentar as referências das foram utilizadas para a respostas das questões dissertativas. ● Copia e cola de um conteúdo deve ser realizado na citação direta, caso contrário é plágio, então procure ler o texto e reescrevê-lo com suas palavras realizando a citação indireta. ● Imagens que forem incluídas também devem ser demonstrada a fonte. QUESTÕES 1- Descreva quais os períodos de maior criticidade para o desenvolvimento humano, sendo o embrião mais susceptíveis a alterações. R: A maioria dos órgãos começa a se formar por volta de 3 semanas após a fecundação (equivalente a 5 semanas de gestação). Até a 12ª semana de gestação quase todos os órgãos estão formados, com exceção do cérebro e da medula espinhal. A maioria das malformações ocorre durante o período de formação dos órgãos (5ª até 12ª semanas). É nesse período que o embrião fica mais vulnerável a efeitos de medicamentos, radiação e vírus. 2- Há malformações congênitas que estão associadas a pesquisas estatísticas, sendo estas classificadas em (1) - idade dos pais; (2) - estação do ano; (3) - país de residência; (4) - raça; (5) - tendências familiares. Pesquise sobre como estes temas podem influenciar no desenvolvimento de malformações congênitas. R: Sobre a idade dos pais: um estudo publicado na revista Nature, mostra que a idade do pai tem maior influência nas questões de malformações do que a idade da mãe. Enquanto um homem de 20 anos transmite em média 25 mutações, em um homem de 40 anos essa média passa para 65 mutações. Um dos motivos é que as mulheres já nascem com todos os óvulos que irão carregar ao longo da vida. Já nos homens, na puberdade o espermatozoide se divide a cada duas semanas, assim por volta dos 50 anos de idade terão ocorrido cerca de 800 divisões celulares. No processo de divisão pode ocorrer erros na cópia do DNA aumentando os riscos de mutações. 3- Pesquise e complete a tabela abaixo sobre o que ocorre de acordo com a variação nos números dos cromossomos sexuais: 4- Pesquise e descreva sobre a síndrome alcoólica fetal, suas causas, e quais as principais anormalidades observadas. R: Quando a gestante ingere uma bebida alcoólica as concentrações de álcool no sangue fetal são equivalentes aos níveis maternos uma a duas horas depois da ingestão pela gestante. O tempo de exposição do feto ao álcool ingerido pela gestante acha-se prolongado quer pela reduzida capacidade metabólica fetal ou pelo fato de que sua eliminação para o líquido amniótico o torna em verdadeiro reservatório de etanol. Durante o período embrionário (da nidação até a 8ª semana de idade gestacional), o álcool atua provocando alteração na divisão, proliferação, migração e diferenciação celular que se traduzem pelo aparecimento de malformações grosseiras. Durante o período fetal (da 9ª até a 14ª semana de idade gestacional) sua ação provoca alterações principalmente no sistema nervoso central. Sendo o cérebro um órgão bastante complexo, com vários tipos de células, como células do córtex, do lobo frontal, do cerebelo e ponte, seu comprometimento pode se apresentar de diversas maneiras. Do mesmo modo, são vários os possíveis mecanismos de ação do álcool no sistema nervoso central, incluindo alteração da expressão genética, toxicidade celular através das espécies reativas de oxigênio, apoptose neuronal, danos à glia e astrócitos tróficos e ativação inapropriada da microglia. Mas talvez o mais importante seja a morte neuronal. Os principais locais onde ocorrem as lesões são: cerebelo (hipoplasia), corpo caloso (alteração da forma, tamanho ou até agenesia), diminuição do volume dos gânglios da base, Complemento do Cromossomo Sexual Incidência Fenótipo Síndrome desenvolvida e/ ou alterações observadas XO 1:3.000 Feminino Síndrome de Turner XX --------------------- Feminino Normal XY --------------------- Masculino Normal XXY 1:1.000 Masculino Síndrome de Klinefelter XYY 1:1.000 Masculino Síndrome do Super-Macho XXX 1:1.000 Feminino Síndrome do Triplo-X córtex, hipotálamo, tálamo, hipocampo e área septal, sendo que as primeiras cinco semanas constituem o período de maior risco. Essas alterações se traduzem clinicamente como microencefalia e microcefalia. Por outro lado, o tipo e gravidade dos defeitos congênitos induzidos pela exposição (SEGRE, C. A.M, 2010). 5- A focomelia é mais provável que seja vista depois da exposição materna a qual agente teratogênico durante o primeiro trimestre da gravidez? A. Álcool B. Aminopterina C. Andrógenos D. Radiação ionizante E. Talidomida 6- Qual destas anomalias pode ser atribuída a um distúrbio na reabsorção tecidual? A. Rim pélvico B. Lábio leporino C. Atresia anal D. Agenesia renal E. Dígito amputado in utero 7. Qual das seguintes alternativas é responsável por uma maior porcentagem de malformações congênitas? A. Infecções maternas B. Teratógenos químicos C. Condições baseadas geneticamente D. Radiações ionizantes E. Fatores desconhecidos 8. Sabe-se que a deficiência de ácido fólico seja a causa principal de qual classe de malformações? A. Trissomias B. Defeitos do tubo neural C. Genitália ambígua D. Poliploidia E. Duplicações 9. A fenda palatina é o resultado de um defeito em qual mecanismo de desenvolvimento? A. Falha na fusão B. Falha para mesclar C. Falha na interação tecidual indutiva D. Distúrbio na reabsorção tecidual E. Ausência de morte celular normal 10. Um aumento na incidência de qual condição está fortemente associado ao aumento da idade materna? A. Trissomia do 18 B. Trissomia do 21 C. Trissomia do 13 D. Anencefalia E. Genitália externa ambígua 11. Uma mulher que estavaem um acidente de carro e sofreu uma contusão abdominal durante o quarto mês de gravidez deu à luz uma criança com fenda palatina. Ela processou o motorista do outro carro para as despesas relacionadas ao tratamento do defeito de nascimento e alegou que o problema foi causado pelo acidente. Você foi convidado a ser uma testemunha de defesa. Como interpretaria o caso? R: Levando em conta que estudos apontam que 25 a 30% dos casos são causados por fatores hereditários e que 70 a 80% são causas multifatoriais envolvendo questões como: hábitos de vida na gestação, dieta, álcool e drogas. Interpretaria que o motorista se estivesse errado, deveria arcar com os custos materiais e hospitalares, além de uma possível indenização, porém não deveria arcar com o tratamento relacionado ao defeito de nascimento do bebê, pois o acidente provavelmente não foi a causa do problema. 12. Uma mulher que tomou um novo sedativo durante o segundo mês de gravidez sentiu-se enjoada após a ingestão do fármaco e depois de duas semanas deixou de tomá-la. Ela deu à luz uma criança que apresentava um defeito septal do coração e processa o fabricante da droga. Ela alegou que o defeito foi causado pela droga que a fazia sentir-se nauseada. Você foi convidado a ser testemunha do fabricante. Como apresentaria o caso? R: Diria que ela está errada. Primeiro porque não deveria tomar nenhum tipo de medicamento sem a prescrição do seu médico. Segundo porque ela tomou por que quis, o fabricante não obrigou ela a tomar nada. 4. Fonte de Pesquisa CARLSON, B.N. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 1181 p. CESTARO, D.C. Embriologia e Histologia Humana: Uma abordagem facilitadora. Curitiba: Intersaberes, 2020. (Biblioteca Virtual). GARCIA, S.M.L., FERNÁNDEZ, C.G. Embriologia. Porto Alegre: Artmed. 2012. (Biblioteca Virtual Grupo A). GRINFELD, H. Consumo nocivo do álcool durante a gravidez. 2009. Disponível em: https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1333063336alcoolesuasconsequencias- pt-cap9.pdf . MAIA, G.D. Embriologia Humana. São Paulo: Atheneu, 2007. MEZZOMO, L.C. et al. Embriologia Clínica. Porto Alegre: SAGAH. 2019. RODRIGUES, D.A., CAMPOS, A.C.G., ROMERO, P.C. Perfil genético clínico dos distúrbios da diferenciação sexual: estudo retrospectivo dos pacientes atendidos no ambulatório de genética do hospital regional de Sorocaba no período de 2002-2012. Genética. Disponível: http://www.sbpcnet.org.br/livro/67ra/resumos/resumos/ 3838_133e4438a5a719d25b60b5b9caadbacb0.pdf . SEGRE, C. A.M. Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido. Sociedade de Pediatria de São Paulo. 2010. Disponível: https://www.sbp.com.br/ f i l e a d m i n / u s e r _ u p l o a d / EFEITOS_DO_ALCOOL_NA_GESTANTE_NO_FETO_E_NO_RECEM- NASCIDO__Conceicao_Segre_-convertido.pdf . 5. Referências Bibliográficas CARLSON, B.N. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 1181p. CESTARO, D.C. Embriologia e Histologia Humana: Uma abordagem facilitadora. Curitiba: Intersaberes, 2020. (Biblioteca Virtual). GARCIA, S.M.L., FERNÁNDEZ, C.G. Embriologia. Porto Alegre: Artmed. 2012. (Biblioteca Virtual Grupo A). MAIA, G.D. Embriologia Humana. São Paulo: Atheneu, 2007. MEZZOMO, L.C. et al. Embriologia Clínica. Porto Alegre: SAGAH. 2019. SEGRE, C. A.M. Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido. Sociedade de Pediatria de São Paulo. 2010. Disponível: https://www.sbp.com.br/ f i l e a d m i n / u s e r _ u p l o a d / EFEITOS_DO_ALCOOL_NA_GESTANTE_NO_FETO_E_NO_RECEM- NASCIDO__Conceicao_Segre_-convertido.pdf . https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1333063336alcoolesuasconsequencias-pt-cap9.pdf https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1333063336alcoolesuasconsequencias-pt-cap9.pdf http://www.sbpcnet.org.br/livro/67ra/resumos/resumos/3838_133e4438a5a719d25b60b5b9caadbacb0.pdf http://www.sbpcnet.org.br/livro/67ra/resumos/resumos/3838_133e4438a5a719d25b60b5b9caadbacb0.pdf http://www.sbpcnet.org.br/livro/67ra/resumos/resumos/3838_133e4438a5a719d25b60b5b9caadbacb0.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/EFEITOS_DO_ALCOOL_NA_GESTANTE_NO_FETO_E_NO_RECEM-NASCIDO__Conceicao_Segre_-convertido.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/EFEITOS_DO_ALCOOL_NA_GESTANTE_NO_FETO_E_NO_RECEM-NASCIDO__Conceicao_Segre_-convertido.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/EFEITOS_DO_ALCOOL_NA_GESTANTE_NO_FETO_E_NO_RECEM-NASCIDO__Conceicao_Segre_-convertido.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/EFEITOS_DO_ALCOOL_NA_GESTANTE_NO_FETO_E_NO_RECEM-NASCIDO__Conceicao_Segre_-convertido.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/EFEITOS_DO_ALCOOL_NA_GESTANTE_NO_FETO_E_NO_RECEM-NASCIDO__Conceicao_Segre_-convertido.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/EFEITOS_DO_ALCOOL_NA_GESTANTE_NO_FETO_E_NO_RECEM-NASCIDO__Conceicao_Segre_-convertido.pdf 6. Referencias respostas https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde- feminina/gesta%C3%A7%C3%A3o-normal/fases-do-desenvolvimento-do-feto h t t p s : / / w w w . e m . c o m . b r / a p p / n o t i c i a / t e c n o l o g i a / 2 0 1 2 / 0 8 / 2 3 / interna_tecnologia,313423/idade-do-pai-e-mais-determinante-que-a-da-mae-na- geracaode-filhos-com-problemas.shtml https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%25C3%25BAde-feminina/gesta%25C3%25A7%25C3%25A3o-normal/fases-do-desenvolvimento-do-feto https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%25C3%25BAde-feminina/gesta%25C3%25A7%25C3%25A3o-normal/fases-do-desenvolvimento-do-feto https://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/08/23/interna_tecnologia,313423/idade-do-pai-e-mais-determinante-que-a-da-mae-na-geracaode-filhos-com-problemas.shtml https://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/08/23/interna_tecnologia,313423/idade-do-pai-e-mais-determinante-que-a-da-mae-na-geracaode-filhos-com-problemas.shtml
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