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HIV

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VÍRUS DA IMUNODEFICIENCIA HUMANA: 
Agente etiológico: HIV-1/HIV-2 (1 
predominante no mundo e no brasil o HIV-2 
mais comum na áfrica). 
 Seu envoltório é lipoproteico (envelope) e 
tem a mesma composição da membrana 
plasmática celular 
 AIDS caracteriza-se quando o paciente 
apresenta infecções que não ocorreriam sem a 
presença do HIV 
HISTÓRICO: 
 Em 1982 14 países relataram a doença 
(presente em homossexuais, heterossexuais, 
mulheres, crianças, usuários de drogas 
injetáveis, etc) e então foi criado o Centro de 
Controle e Prevenção de Doenças (CDC). 
 Em 1983, o vírus HIV-1 foi isolado pela equipe 
do Prof. Luc Montaigner. 
 Em 1985 ocorreu a introdução do teste 
sorológico imunoenzimático (ELISA) 
 Fato interessante é que apesar dos primeiros 
relatos da doença terem acontecido em 1981-
82, soros armazenados de 1959 já 
apresentavam o vírus. 
 A epidemia brasileira está estabilizada nos 
últimos anos, concentrada em alguns grupos 
populacionais de risco (HSH jovens), porém 
ainda temos cerca de 30 a 40 mil casos novos 
por ano. 
POPULAÇÕES CHAVES(de risco): trabalhadores 
do sexo, pessoas privadas de liberdade, 
usuários de álcool e outras drogas, pessoas 
trans, gays e HSH. 
 
TRANSMISSÃO: 
Inicialmente o vírus só infectava macacos, 
mas acabou infectando humanos. 
A transmissão inter -humana pode ser de 
duas formas: Transmissão horizontal e 
transmissão vertical. 
 
 
RISCO DE INFECÇÃO PELO HIV: 
• Compartilhar agulhas e seringas: 0,6%; 
• acidente perfurocortantes: 0,33% 
FATORES DE MAIOR RISCO: 
• Sexo anal receptivo (18x mais que o 
vaginal receptivo), 
• sexo vaginal receptivo, 
• úlceras genitais (aumenta risco em 5x), 
• sexo anal insertivo (2x maior que 
vaginal insertivo). 
FATORES QUE REDUZEM O RISCO: Circuncisão, 
terapia antirretroviral, uso de camisinha e 
imunidade natural. 
PATOGENIA: 
 Primeiro o HIV entra em contato com as 
células da linhagem de monócitos → princ. 
Células dendríticas. 
 O HIV infecta células que tenham marcador 
CD4+, principalmente linfócitos T auxiliares 
(mas também macrófagos teciduais, células da 
micróglia do SNC, resulta em doença crônica e 
progressiva) 
CICLO REPLICATIVO: fase precoce + fase tardia 
FASE PRECOCE: Reconhecimento da célula alvo 
+ processo de integração do cDNA gnômico no 
cromossomo da célula hospedeira 
FASE TARDIA: Exposição do genoma proviral 
+ processos que incluem a formação e 
maturação de novas partículas virais. 
 Na fase precoce: 
1. o vírus se liga às células CD4+ através 
da proteína de superfície gp120 
2. a ligação do receptor CD4 permite que a 
gp120 se ligue a correceptores (CCR5 ou 
CXR4), sobre a superfície da célula 
hospedeira 
3. após a ligação da gp120, a glicoproteína 
gp41 é incorporada na membrana 
celular = fusão do revestimento viral + 
a membrana da célula alvo – 
produzindo um poro 
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS: HIV - AIDS 
4. através desse poro o núcleo viral 
penetra no citoplasma da célula 
5. após a fusão inicia-se a transcrição 
reversa 
6. RNA genômico → transcriptase reversa 
→ cDNA de cadeia dupla 
7. O cDNA será transportado para dentro 
do núcleo onde será integrado 
(incorporado ao genoma da célula 
hospedeira) pela enzima integrase 
resultando no DNA proviral 
Por fim 
8. Segue-se para a fase tardia com a 
expressão regulada do genoma proviral 
9. + Processamento das proteínas virais 
10. Montagem do novo vírion 
11. Liberação dele através da membrana 
celular do hospedeiro por meio de 
brotamento 
PERIL IMUNOPATOGÊNICO DOS PORTADORES 
DO VIRUS: 
 Assintomáticos 
 Geneticamente imunes (ex: pessoa sem 
o receptor de ligação do HIV) 
 Supercontroladores (anticorpos anti-
HIV reagentes no soro, mas RNA viral 
indetectável no plasma) 
 Sintomáticos. 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: 
 Após 3 a 6 semana da infecção primaria 
ocrre a síndrome aguda devido a alta viremia 
plasmática (reprodução do vírus) e recaimento 
dos linfócitos, depois de 1-3 meses da fase 
aguda ocorre resposta imune ao HIV gerando 
redução da sua veremia plasmática e 
sequestro do vírus para os tecidos linfoides, 
dessa forma 1 a 2 semanas após a resposta 
imune se instala a fase de latência clínica. 
Analisar o gráfico que demonstra o 
surgimento de sintomas constitucionais e 
doenças a oportunistas quando a contagem 
linfocitária está abaixo de 200 cels/MicroLitro 
 
 
Fase aguda: mononucleose-like → febre, rash 
cutâneo e adenomegalias 
 ↑ carga viral / ↓ CD4 
 Indivíduo altamente infectante 
 Exame: carga viral 
Sinais e sintomas associadas à infecção a 
guda: febre, linfoadenopatia, dor na garganta, 
rash cutâneo, artralgia, diarreia, anorexia, 
mialgia, pessoa se sente mal para trabalhar, 
vômitos, etc (pode durar 14 dias – 
autolimitado) – pode ser assintomático. 
Fase de latência clínica: 
 exame físico normal + linfadenopatia. 
 Pode haver alterações laboratoriais: 
plaquetopenia, anemia normocromica 
e normocítica e leucopenia LEVES 
 A contagem de CD4 cai em 50 cel/ano 
 Set-point viral: valor de carga viral que 
resulta do balanço entre infecção e a 
resposta do hospedeiro, é o principal 
marcador prognóstico da infecção.(se 
set-point baixo aquele individuo terá 
pior prognóstico) 
Fase sintomática: caracterizadas por doenças 
definidoras de AIDS, contagem de leucócitos 
abaixando (imunodeficiência moderada → 
evoluindo para grave) 
 
 
 
 
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA: 
 
AVALIAÇÃO DO GRAU DE 
IMUNODEFICIÊNCIA: 
A tipagem linfocitária é o exame mais 
importante para avaliar o grau de 
imunodeficiência na doença ativa. 
Quanto mais baixo o número de linfócitos 
(especialmente abaixo de 200) mais 
susceptível à ocorrência de doenças. 
SINAIS DE IMUNODEFICIENCIA MODERADA: 
Os principais sinais incluem: 
1. perda de peso inexplicada (>10%), 
2. diarreia crônica por mais de 1 mês, 
3. febre persistente inexplicada por mais 
de 1 mês (>37,6º C, intermitente ou 
constante) 
4. candidíase oral persistente, 
5. candidíase vulvovaginal persistente, 
frequente ou não responsiva à terapia 
6. leucoplasia pilosa oral, 
7. tuberculose pulmonar, (doença oportunista 
mais comum e principal causa de óbito por 
doença infectocontagiosa) 
8. infecções bacterianas graves, (pneumonia, 
empiema, meningite, piomiosite, infecções 
osteoarticulares, bacteremia, DIP grave...) 
9. estomatite, gengivite ou periodontite aguda 
necrosante 
10. anemia inexplicada (<8g/dl), neutropenia 
(<500 cels/ul) e ou trombocitopenia 
crônica (<50.000 cél/ul) 
11. angiomatose bacilar 
12. displasia cervical (moderada/grave) / 
carcinoma cervical in situ. 
13. Herpes zoster (> 2 episódios ou > 2 
dermátomos) 
14. Listeriose 
15. Neuropatia periférica 
16. Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) 
 
→ No exame é obrigatório pedir para o 
paciente abrir a boca para avaliação. 
 
 
SINAIS DE IMUNODEFICIENCIA GRAVE: 
1. Candidíase de esôfago, 
2. Candidíase de traqueia, brônquios ou 
pulmão, 
3. Pneumonia por Pneumocystis jiroveci 
4. Citomegalovirose em qualquer outro 
local que não seja fígado, baço ou 
linfonodos em maiores de 1 mês, 
5. Criptococose extrapulmonar, 
6. Criptosporidiose com diarreia 
persistindo por mais de 1 mês, 
7. Tuberculose pulmonar atípica ou 
extrapulmonar 
8. herpes simples em brônquios, pulmões 
ou trato gastrointestinal, 
9. herpes simples mucocutâneo por mais 
de 1 mês, 
10. Sarcoma de Kaposi 
11. Neurotoxoplasmose 
12. Encefalopatia pelo HIV 
13. Infecção disseminada por 
micobactérias não M. tuberculosis 
14. Leucoencefalopatia multifocal 
progressiva (LEMP) 
15. Isosporíase intestinal crônica (duração 
> 1 mês) 
16. Micoses disseminadas (histoplasmose, 
coccidioidomicose) 
17. Septicemia recorrente por Satmonella 
não typhi 
18. Linfoma não hodgkin de células B ou 
primário do sistema nervoso central 
19. Carcinoma cervical invasivo 
20. Reativação de doença de Chagas(meningoencefalite e/ou miocardite) 
21. Leishmaniose atípica disseminada 
22. Nefropatia ou cardiomiopatia 
sintomática associada ao HIV 
Manifestações Pulmonares: 
 Ex: paciente pode estar hipoxêmico e com 
infiltrado intersticial na radiografia. 
Manifestações Neurológicas: 
 Ex: Pode apresentar toxoplasmose cerebral 
(doença oportunista) – imagem na Tc é um 
círculo com material inflamatório ao redor. 
 Suspeita de meningite em paciente com 
imunodeficiência adquirida devemos pedir 
TC. 
 O vírus pode agredir diretamente o sistema 
nervoso central, podendo ter também 
encefalopatia pela ação do vírus, tendo a 
tríade clássica: déficit cognitivo, 
depressão e incapacidade motora 
progressiva (nunca esperar os 3 juntos, 
pois pode dar um e não dar outro), 
acrescentar confusão mental, mudança 
repentina de humor, etc. 
Manifestações Cutâneas: 
 Pele ressecada, 
 herpes genital extenso, 
 sarcoma de Kaposi, etc 
Manifestações atribuídas ao próprio vírus: 
 neurológicas, 
 nefropatia, 
 cardiomiopatia. 
Neoplasias mais comuns: sarcoma de kaposi, 
linfoma não hodkin e câncer de colo uterino 
(mulheres jovens) – linfócitos < 200 céls/mm3 
DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO PELO VÍRUS HIV: 
Triagem: exame em pessoas assintomáticas - 
aleatórias (Ex: na doação de sangue é feita a 
triagem). 
Diagnóstico: testes de laboratório para 
pesquisa do vírus (RNA), anticorpos, linfócitos 
CD4+. 
Monitoramento 
MARCADORES DE INFECÇÃO: 
Fase de eclipse é a fase onde não conseguimos 
visualizar vírus nem anticorpos. 
 ELISA de 4º geração → permite fazer 
tanto diagnóstico pela glicoproteínas do 
vírus e por anticorpos. 
 ELISA de 1ª e 2ª geração → consegue 
identificar os anticorpos IgG. 
 ELISA de 3ª geração → consegue identificar 
IgG e IgM. 
 Teste rápido reagentes para HIV 
 Teste confirmatório: Western Blot. 
 O ELISA de 4ºgeração consegue fazer 
diagnóstico em 15-20 dias e Western Blot 45-
60 dias de infecção 
 Se fez triagem (teste rápido), sendo 
assintomático e 2 deram positivos → fazer o 
Western Blot. 
 Se fez teste rápido + e for sintomático → 
considerar o diagnóstico feito sem precisar do 
Western Blot 
DIAGNÓSTICO -> TIPAGEM -> CARGA VIRAL 
CARGA VIRAL: Ex: reação em cadeia de 
polimerase (PCR), método b.DNA e o NASBA 
Quando solicitar a carga viral? 
 Suspeita de exposição recente ou 
síndrome retroviral aguda.(teste rápido 
ou sorologia drão negativos) 
 Diagnóstico de AIDS confirmado, 
 antes de começar a terapia 
antirretroviral, 
 monitorização de resposta terapêutica 
 mudança no status clínico ou 
imunológico. 
 Fora da fase aguda, pedir pesquisa de vírus é 
para fazer tratamento (saber quantidade de 
vírus para saber quantidade de medicação) e 
não diagnóstico. 
TERAPIA ANTIRETROVIRAL: 
 O vírus pode ser combatido desde o 
início até a chegada ao nível nuclear. 
 Os dois principais grupos de medicamentos 
são os inibidores de transcriptase reversa 
(Lamivudina, Tenofovir, Abacavir, etc) e os 
inibidores de integrase viral, usa-se também 
(não é primeira linha) os inibidores de 
protease (Saquinavir, Nelfinavir, etc), entre 
outros. 
Tenovir: não pode ser usado em pacientes 
renais 
Abacavir: menos tóxico 
FALHA VIROLÓGICA: 
 É quando mesmo com tratamento 
adequado, não reduz a carga viral do 
paciente. 
 Caracterizada quando vírus é detectado 
após 6 meses do início ou modificação 
do tratamento ou quando o vírus sumiu 
após tratamento mas depois voltou. 
 Pode ser por resistência do vírus, uso 
inadequado, adesão. 
 Para pesquisa de resistência viral: 
genotipagem (só faz na falha virológica) 
 Entrar com esquema secundário. 
TOXICIDADE AOS MEDICAMENTOS: 
 Pode gerar acidose lática, síndromes de 
hipersensibilidade, hepatites, pancreatite, IAM, 
etc 
 
SÍNDROME INFLAMATÓRIA DE 
RECONSTITUIÇÃO IMUNE: 
 Resulta da melhora da reposta imune a 
pós tratamento, mas com a alta de 
linfócitos, esses linfócitos acabam 
reagindo com microrganismos gerando 
resposta inflamatória. 
 Medica com corticoide em doses anti-
inflamatórias. 
 Profilaxia primária é quando você já 
medica a fim de evitar essa reação (Ex: 
Pneumocystis, toxoplasma, 
mycobacterium, etc) 
	ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA:
	DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO PELO VÍRUS HIV:
	TERAPIA ANTIRETROVIRAL:
	FALHA VIROLÓGICA:
	TOXICIDADE AOS MEDICAMENTOS:

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