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Avaliação em fisioterapia respiratória Situação problema: Quais são as etapas envolvidas na avaliação do paciente na prática da fisioterapia respiratória? Caso clínico: paciente pneumopata VLM, sexo masculino, 69 anos, ceramista, negro, tabagista há 38 anos (2 maços/dia), relata história de tosse crônica, geralmente seca, e comparece á consulta com dispneia aos moderados esforços que começou á 8 meses, e que nas últimas 2 semanas vem piorando, o impedindo de realizar suas atividades diárias e laborais. Hipertenso em uso de Losartana 50mg, nega outras comorbidades, alergia medicamentosa ou alimentar e cirurgias prévias. Além do tabagismo, relata estilismo social, sedentarismo e apresenta alimentação rica em carboidratos e gorduras. Avaliação respiratória · Etapa que permite uma investigação dos principais comprometimentos do paciente causados pela doença pulmonar. · Importante para definir objetivos de tratamento a curto e longo prazo, assim como a conduta inicial · É o ato de coletar dados · Objetivo: definir corretamente os problemas do paciente Anamnese + exame físico = plano terapêutico adequado Avaliação respiratória do pneumopata ETAPAS: 1. Anamnese – entrevista 2. Exame físico · Inspeção · Palpação · Percussão · Ausculta 3. Exames complementares e testes específicos Etapas da anamnese Identificação: · idade, sexo, profissão, estado civil. · Dados pessoais Queixa principal (QP): · sintomas ou preocupação que terminaram a busca pelo serviço de fisioterapia. · Motivo que levou o paciente a buscar assistência. · Foco da anamnese. História da doença atual (HDA): · Detalhamento das queixas principais, descrição da evolução dos sintomas. Pode incluir informação de medicamentos, alergias, tabagismo e uso de álcool relacionados á doença atual. · Resume as alterações atuais · Atenção aos seguintes sintomas: falta de ar (dispneia), tosse, sibilos, dor torácica, secreção pulmonar e hemoptise História patológica pregressa (HPP): · Listar doenças do paciente da infância e de adulto (clínica, cirúrgica, obstétrica, psiquiátrica). · Doenças que ocorrem mais comumente. · Tratamentos não muito comuns. · Imunização/cirurgias. História sobre o uso de medicamentos História familiar: · Informar sobre estado de saúde ou idade e causa óbitos de irmãos, pais e avós · Doenças com padrões hereditários (doença de Alzheimer, câncer e diabetes) · Outras patologias História pessoal e social: · Informar nível educacional, domicílio atual (apoio em casa e tarefas domésticas), interesses pessoais, ocupação, hobbies e estilo de vida. Aspectos psicologicos Anamnese 1. Secreção pulmonar · Serosa: frequente nos pacientes com quadro de edema pulmonar. · Neste caso, assume cor rósea e aspecto espumoso. · Secreção mucoide: frequente nos pacientes com asma. · Secreção purulenta: coloração amarela ou esverdeada. · Hemoptise: presença de sangue na secreção pulmonar 2. Dispneia · Ortopneia: piora da dispneia em posição horizontal. Comum em pacientes com insuficiência cardíaca esquerda, na asma e na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) · Platipneia: agrava a dispneia em posição ortostática. Sintoma comum relatado pelos pacientes com pericardite e síndrome hepatopulmonar · Trepopneia: piora da dispneia em posição de decúbito lateral. Comum nos pacientes com doença pulmonar que afeta mais gravemente um pulmão em relação ao outro. · Dispneia paroxística noturna Avaliação da dor - Múltiplos problemas de saúde - Localização e distribuição - Dor aguda x dor crônica · Exames complementares Exames físicos 1. Inspeção Estática Verifica alterações no formato da caixa torácica. - Postura corporal, expressão facial, tecidos moles - Estado e coloração da pele e unha Cianose central e periférica - Nível de suporte ventilatório - Nível de consciência (escala de Glasgow e Ramsay) - Nível de suporte ventilatório - Nível de consciência (escala de Glasgow e escala de Ramsay) - Forma do tórax: abaulamentos ou depressões - Presença de drenos torácicos, sondas e cateteres 2. Inspeção dinâmica Avalia tipo, frequência e ritmo respiratório, expansibilidade pulmonar e presença de tiragem intercostal. · Tipo/ padrão de respiração - Costodiafragmático - Costal - Abdominal - Paradoxal · Amplitude · Frequência respiratória - 12 a 20 rpm - Bradipnéia - Taquipnéia · Ritmo Respiratório - Tosse eficaz e produtiva Sinais de desconforto respiratório – dispneia · Batimento de asa de nariz · Cianose (central ou periférica) · Taquipneia e sudorese · Tiragens (fúrcula, intercostal, xifoideana, supraclavicular, sub-diafragmática · Utilização da musculatura acessória Sinal de Hoover (paradoxal) Sinais vitais · Pressão arterial Ótima: 120x80mmHg Normal: 130x85mmHg Limítrofe: 140x90mmHg - Verificada em ambos os braços - Hipotensão ortostática · Frequência cardíaca (FC) - 50 a 100 bpm: > 12 anos - 90 a 180 bpm: RN a termo a 6 meses - 90 a 170 bpm: 6m a 3 anos - 65 a 150 bpm: 3-8 anos - 60 a 130 bpm: 8-12 anos · Frequência respiratória (FR) - 12 a 20 rpm - > 20 rpm – Taquipneia - < 12 rpm – Bradipneia · Temperatura - Boca: 36°C -37,8°C - Reto: > 0,6°C boca - Axilar: 36,6°C – 37,2°C · Palpação - Tipo de tórax - Expansibilidade torácica - Elasticidade: movimento de alça de balde - Presença de vibrações: frêmito tóraco-vocal - Presença de enfisema subcutâneo · Percussão - Som normal. - Som timpânico: pneumotórax. - Som submaciço: derrame pleural, pneumonia, atelectasia. - Som hipersonoro: DPOC, asma. Ausculta pulmonar – Sons pulmonares Amplitude de movimento (ADM) · Ativa e passiva. · Presença de padrões capsulares x não capsulares. · Sensação terminal e movimentos compensatórios. Força muscular · Graduação em 5 níveis: - Grau 5: Força normal - Grau 4: Força boa - Grau 3: Força regular - Grau 2: Força mínima - Grau 1: Traço de força - Grau 0: Força zero · Escalas: Oxford e Medical Research Concil (MRC) Exame do sistema neurológico · Tônus muscular · Nervos cranianos · 12 pares · Nervos periféricos · Teste dos reflexos · Função sensorial · Sensibilidade tátil, térmica, dolorosa e vibratória · Coordenação Inspeção estática Deformidades e alterações torácicas · Tórax chato: Perda da convexidade na parede do tórax. Redução do diâmetro anteroposterior do tórax. · Tórax em tonel: Há aumento do diâmetro anteroposterior do tórax associado á horizontalização das costelas e aumento dos espaços intercostais. · Tórax infundibuliforme (tórax de sapateiro, pectus excavatum): Depressão do terço inferior do esterno. Se a deformidade for muito acentuada, pode gerar efeito restritivo pulmonar. · Tórax carinforme (tórax carinatum, pectus carinatum): O externo é proeminente. Não dificulta a ventilação. · Tórax em sino: Há alargamento da região inferior do tórax. Frequente nos pacientes com ascite volumosa. · Tórax cifótico: Aumento da curvatura torácica. · Tórax escoliótico: Há desvio lateral da coluna torácica. · Tórax cifoescoliótico: Há combinação de desvio cifólico e escoliose.
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