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Direito Civíl e Imobiliário UniRitter 1

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23/06/2022 16:51 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=puzDBThAXd7FHzpgQSGp1Q%3d%3d&l=2z49RQVH6sEj3laCnqRGeg%3d%3d&cd=aeL72… 1/27
i ntrodução
Introdução
DIREITO CIVIL E DIREITO CIVIL E 
IMOBILIÁRIOIMOBILIÁRIO
Me. Andrea Uemura Sotopietra
INICIAR
23/06/2022 16:51 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=puzDBThAXd7FHzpgQSGp1Q%3d%3d&l=2z49RQVH6sEj3laCnqRGeg%3d%3d&cd=aeL72… 2/27
Nesta unidade será abordada a personalidade jurídica, desde o momento em que ela nasce
até o momento em que se extingue, com a morte. Existem algumas teorias que explicam
sobre o início da personalidade, as quais serão apresentadas, com o destaque das que são
adotadas pelo ordenamento jurídico brasileiro, bem como seus efeitos práticos.
Também será analisada a capacidade, que pode ser de fato e de direito, com o destaque
para a sua importância, inclusive para identi�car a possibilidade de contrair obrigações e
celebrar contratos.
Dando continuidade, na segunda unidade, o ponto central é a incapacidade civil, que pode
ser absoluta ou relativa, e possui efeitos nos atos e nos negócios jurídicos.
Na sequência, serão apresentadas as noções introdutórias sobre o direito das obrigações,
com a indicação dos elementos constitutivos das obrigações, suas características e a
relação com outros ramos do Direito Civil.
Por �m, a última unidade será desenvolvida com a apresentação das fontes obrigacionais
do Direito Civil. Será abordado, ainda, o contrato como negócio jurídico, explicitando os
requisitos de existência e validade imprescindíveis em uma relação contratual.
Boa leitura!
23/06/2022 16:51 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=puzDBThAXd7FHzpgQSGp1Q%3d%3d&l=2z49RQVH6sEj3laCnqRGeg%3d%3d&cd=aeL72… 3/27
De início, convém trazer o artigo 1º do Código Civil, o qual dispõe que todo indivíduo possui
direitos e deveres no ordenamento civil (BRASIL, 2002a). Trata-se, portanto, da capacidade
de direito ou de gozo, a qual, nas palavras de Flávio Tartuce, “[...] é aquela para ser sujeito
de direitos e deveres na ordem privada, e que todas as pessoas têm sem distinção”
(TARTUCE, 2019, p. 62). Isso signi�ca dizer que toda e qualquer pessoa possui a capacidade
de direito ou de gozo.
Além da capacidade de direito ou de gozo, há também a capacidade de fato ou de exercício,
que é aquela que permite o exercício de direitos e que não é inerente a todos, tendo em
vista que existem hipóteses de incapacidade, como será abordado a seguir, na Unidade 2.
A soma da capacidade de direito com a capacidade de fato acarreta na capacidade civil
plena.
Início da Personalidade
Preceitua o artigo 2º do Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”
(BRASIL, 2002a, on-line ).
Por nascituro, entende-se aquele que já foi concebido, porém ainda não nasceu. Acerca do
assunto, existe divergência doutrinária sobre a abrangência do termo nascituro para incluir
o embrião ainda não introduzido no útero materno, chamado de embrião “pré-implantatório
in vitro ” ou “crioconservado”, sendo que ainda não há entendimento paci�cado. Sobre o
Personalidade JurídicaPersonalidade Jurídica
23/06/2022 16:51 Ead.br
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assunto, entende-se pela exclusão do embrião na abrangência do termo nascituro, tendo
em vista que sua vida é extrauterina, e não intrauterina (DINIZ, 2010).
Em relação aos direitos do nascituro, é possível citar três correntes doutrinárias: a natalista,
a da personalidade condicional e a concepcionista.
Considerando que o artigo 2º do Código Civil dispõe que a personalidade se inicia com o
nascimento com vida, a teoria natalista prega que o nascituro não pode ser visto como
pessoa, de modo que não possui direitos, e sim mera expectativa de direitos.
Em relação à teoria natalista, pode-se destacar a seguinte crítica:
[...] a teoria natalista está totalmente distante do surgimento das novas técnicas
de reprodução assistida e da proteção dos direitos do embrião. Também está
distante de uma proteção ampla de direitos da personalidade, tendência do
Direito Civil pós-moderno.
Do ponto de vista prático, a teoria natalista nega ao nascituro até mesmo os seus direitos
fundamentais, relacionados com a sua personalidade, caso do direito à vida, à investigação
de paternidade, aos alimentos, ao nome e até à imagem. Com essa negativa, a teoria
natalista esbarra em dispositivos do Código Civil que consagram direitos àquele que foi
concebido e não nasceu (TARTUCE, 2019, p. 64).
Já a segunda teoria, denominada teoria da personalidade condicional, também entende que
a personalidade civil se inicia com o nascimento. Contudo, a�rma que, enquanto não nasce,
os direitos do nascituro �cam sujeitos a uma condição suspensiva, caracterizando-se,
portanto, como direitos eventuais.
A crítica com relação a essa segunda teoria é similar à primeira. Considerar o direito como
eventual, sob condição suspensiva, caracteriza a mera expectativa de direito, negando os
direitos fundamentais ao nascituro, tal como na primeira teoria.
Por �m, a teoria concepcionista sustenta que o nascituro é ser humano e, por isso, possui
direitos já resguardados em lei desde a sua concepção. Essa é a teoria prevalente dentre os
doutrinadores contemporâneos.
23/06/2022 16:51 Ead.br
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Capacidade de Fato e Capacidade de Direito
Figura 1.1 - Nascituro 
Fonte: Gustavo Andrade / 123RF.
A teoria concepcionista acerca dos direitos do
nascituro já foi manifestada pelo Superior Tribunal de
Justiça, quando se reconheceu dano moral ao
nascituro em decorrência do falecimento de seu pai
antes do seu nascimento, nos autos do Recurso
Especial nº 399.028/SP, conforme a seguinte ementa:
Direito civil. Danos morais. Morte. Atropelamento.
Composição férrea. Ação ajuizada 23 anos após o evento.
Prescrição inexistente. In�uência na quanti�cação do
quantum. Precedentes da turma. Nascituro. Direito aos
danos morais. Doutrina. Atenuação. Fixação nesta
instância. Possibilidade. Recurso parcialmente provido.
I - Nos termos da orientação da Turma, o direito à
indenização por dano moral não desaparece com o decurso
do tempo (desde que não transcorrido o lapso
prescricional), mas é fato a ser considerado a ser
considerado na �xação do quantum.
II - O nascituro também tem direito aos danos morais pela
morte do pai, mas a circunstância de não tê-lo conhecido
em vida tem in�uência na �xação do quantum.
III - Recomenda-se que o valor do dano moral seja �xado
desde logo, inclusive nesta instância, buscando dar solução
de�nitiva ao caso e evitando inconvenientes e retardamento
da solução jurisdicional (BRASIL, 2002b, on-line).
A C ESSA R
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=IMG&sequencial=18388&num_registro=200101473190&data=20020415&formato=PDF
23/06/2022 16:51 Ead.br
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Como dito anteriormente, a capacidade pode ser tanto de direito ou de gozo como de fato
ou exercício.
A capacidade de direito é aquela relacionada à personalidade jurídica, caracterizada pela
aptidão para a aquisição de direitos e deveres. Trata-se da capacidade inerente a todos,
inclusive ao nascituro, conforme teoria concepcionista.
Assim sendo, a capacidade de direito consiste na possibilidade da pessoa de ser sujeito de
direito e é conferida a todos, sem qualquer distinção. Já a capacidade de fato consiste na
aptidão para exercer, por si só, atos da vida civil, como, casar, contratar etc.
Isso signi�ca que o ordenamento civil classi�ca as pessoas físicas em duas categorias:
capazes, que são aquelas permitidas a praticaratos e negócios jurídicos; e, incapazes, que
demandam ajuda ou interferência de uma outra pessoa, por meio de assistência ou de
representação.
Diante disso, pode-se concluir que, com relação à capacidade, as pessoas podem ser
consideradas plenamente capazes ou incapazes.
23/06/2022 16:51 Ead.br
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ativ idade
atividade
A capacidade de fato está relacionada ao exercício por si só dos atos da vida civil. É aquela que
permite o exercício de direitos pela própria pessoa, sendo que nem todos são considerados
capazes para exercer direitos por si só, de modo que, consideradas incapazes para o exercício da
capacidade de fato, algumas pessoas deverão ser assistidas ou representadas.
1) Dispõe oartigo 1º do Código Civil que toda pessoa é capaz de direitos e deveres naordem civil.
Por outro lado, o artigo 2º assevera que a personalidade civil dapessoa começa com o nascimento
com vida. Com relação aos conceitos decapacidade e personalidade, assinale, a seguir, a
alternativa correta.
a) A partir do nascimento com vida, o ente passa a ser sujeito de direito e de deveres,
incluindo-se o nascituro.
b) Apenas a partir do nascimento com vida é que o ente passa a ser sujeito de direito e
deveres; por esse motivo, exclui-se o nascituro.
c) Por nascituro entende-se aquele que ainda será gerado.
d) A capacidade prevista no artigo 1º do Código Civil refere-se à capacidade técnica
postulatória, conferida aos advogados regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
e) A personalidade jurídica se inicia a partir dos 16 anos de idade.
23/06/2022 16:51 Ead.br
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A incapacidade civil se divide em incapacidade relativa e incapacidade absoluta, conforme
se depreende da leitura dos artigos 3º e 4º do Código Civil (BRASIL, 2002a).
Absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil é o menor de 16
(dezesseis) anos. Nesse caso, ele necessariamente deverá ser representado. A
representação poderá decorrer do exercício do poder familiar, ou seja, resultar do
parentesco, quando os pais são os representantes dos �lhos, por exemplo. Poderá também
decorrer de um ato judicial que legitime a representação, como a propositura de ação
judicial para de�nir-se a tutela.
O relativamente incapaz é aquele considerado incapaz, relativamente, a exercer certos atos
ou à maneira de os exercer. São os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, os
ébrios habituais e os viciados em tóxicos, os pródigos, bem como aqueles que, por causa
transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. Nesses casos, os
relativamente incapazes não poderão atuar livremente, porém poderão fazê-lo assistidos
pelos pais ou tutores.
A diferença entre representação e assistência está na forma de atuação, sendo que no caso
de representação o absolutamente incapaz tem sua vida gerida pelo representante, que
poderá celebrar negócios em seu nome e manifestar sua vontade em juízo. Já na
assistência, o relativamente incapaz é apenas assistido, devendo o assistente assegurar-se
da regularidade dos atos praticados ou dos negócios celebrados pelo assistido, de modo
que o incapaz poderá �rmar instrumento, porém dele deverá constar também a assinatura
do assistente.
Incapacidade CivilIncapacidade Civil
23/06/2022 16:51 Ead.br
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De preferência, a representação e a assistência dos �lhos menores deverá ser feita pelos
genitores, conforme disposto no artigo 1.690 do Código Civil (BRASIL, 2002a).
Rol das Incapacidades
O rol das incapacidades é aquele previsto nos artigos 3º e 4º do Código Civil, os quais
sofreram signi�cativas alterações em 2015. Isso porque, antes do advento da Lei nº
13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com De�ciência), o Código Civil estabelecia que a
de�ciência mental era caso de incapacidade, o que foi superado.
O artigo 4º, § 1º do Estatuto da Pessoa com De�ciência estabeleceu que toda pessoa com
de�ciência “[...] tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não
sofrerá nenhuma espécie de discriminação” (BRASIL, 2015, on-line ).
Assim sendo:
Art. 4º, § 1º. Considera-se discriminação em razão da de�ciência toda forma de
distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou
efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com de�ciência,incluindo a
recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas
(BRASIL, 2015, on-line ).
Portanto,percebe-se que a motivação é a inclusão social da pessoa com
de�ciência,conferindo igualdade de direitos.
O Artigo 6º do estatuto ainda dispõe que a plena capacidade civil não é afetada pela
de�ciência.
Art. 6º. A de�ciência não afeta a plena capacidade civil da pessoa,inclusive para: 
I - casar-se e constituir união estável; 
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos; 
III - exercer o direito de decidir sobre o número de �lhos e de ter acesso a
informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; 
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; 
V - exercer direito à família e à convivência familiar e comunitária; e 
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou
adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
Diante do texto legal, o estatuto determina que a pessoa com de�ciência possui capacidade
civil, inclusive de casar, sera dotante e de exercer até mesmo a curatela
23/06/2022 16:51 Ead.br
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O quadro a seguir demonstra a alteração trazida pelo Estatuto da Pessoa com De�ciência
com relação às hipóteses de incapacidades, sendo que a redação da segunda coluna é a
atualmente vigente. 
INCAPACIDADE ABSOLUTA
Antes do Estatuto da Pessoa com
De�ciência
Depois do Estatuto da Pessoa com
De�ciência
Art. 3º. São absolutamente incapazes de
exercer pessoalmente os atos da vida
civil: I - os menores de dezesseis anos; II
- os que, por enfermidade ou
de�ciência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a prática
desses atos; III - os que, mesmo por
causa transitória, não puderem
exprimir sua vontade.
Art. 3º. São absolutamente incapazes de
exercer pessoalmente os atos da vida
civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
INCAPACIDADE RELATIVA
Antes do Estatuto da Pessoa com
De�ciência
Depois do Estatuto da Pessoa com
De�ciência
Art. 4º. São incapazes, relativamente a
certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores
de dezoito anos; II - os ébrios habituais,
os viciados em tóxicos, e os que, por
de�ciência mental, tenham o
discernimento reduzido; III - os
excepcionais, sem desenvolvimento
mental completo; IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos
índios será regulada por legislação
especial.
Art. 4º.  São incapazes, relativamente a
certos atos ou à maneira de os
exercer:      I - os maiores de dezesseis e
menores de dezoito anos; II - os ébrios
habituais e os viciados em tóxico;          
III - aqueles que, por causa transitória
ou permanente, não puderem exprimir
sua vontade;        IV - os pródigos.
Parágrafo único.  A capacidade dos
indígenas será regulada por legislação
especial.
Quadro 1.1 - Incapacidade e advento do Estatuto da Pessoa com De�ciência 
Fonte: Adaptado de Brasil (2015).
A incapacidade absoluta é muito simples é temporária. A pessoa menor de dezesseis anos é
considerada absolutamente incapaz e deverá ser representada em todos os seus atos. Tal
23/06/2022 16:51 Ead.br
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incapacidade cessará, portanto, após os dezesseis anos.
O rol de incapacidade relativa contempla algumas hipóteses, sendo que a primeira delas
também é temporária, aplicando-se aos maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
Após os dezoito anos, a pessoa torna-se, então, plenamente capaz para todos os atos da
vida civil, não necessitando mais de assistência ou de representação.
A segunda hipótese de incapacidade relativa é com relação aos ébrios habituais e viciados
em tóxico. Por ébrio habitual entende-se aquela pessoa que consome bebida alcoólica de
forma imoderada. Nesses casos, a incapacidade será declarada judicialmente, apontando-
se o alcance da incapacidade, se para todos os atos da vida civil ou se só para alguns, de
modo que haverá a necessidade de assistência.
Com relação à terceira hipótese de incapacidade relativa, eventualmente a pessoa poderá
ser acometida por uma causa transitória ou permanente que a impeça de exprimir sua
vontade. Um exemplo seria a pessoa que sofreu um acidente e, nesse momento, está
acamada e sem a possibilidade de exprimir sua vontade.
Por �m, os pródigos também são considerados absolutamente incapazes, porém, assim
como na segunda e na terceira hipóteses, é necessário que a incapacidade seja declarada
pelo juiz, após processo judicial. Pródigos são aqueles que dilapidam seus bens de forma
compulsiva, sem capacidade para gerir seus bens, comprometendo seu patrimônio.
Por �m, com relação aos indígenas, sua capacidade é regulada pela Lei nº 6.001/73,
conhecida como o Estatuto do Índio (BRASIL, 1973), e seus direitos são garantidos pela
Constituição Federal (BRASIL, 1988).
O Estatuto do Índio prevê um regime de tutela, sendo que qualquer índio poderá requerer
ao juiz competente a sua liberação do regime tutelar, investindo-se na plenitude da
capacidade civil, desde que preencha os requisitos do artigo 9º do aludido estatuto (BRASIL,
1973). 
23/06/2022 16:51 Ead.br
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Figura 1.2 - Índios 
Fonte: Filipe Frazao / 123RF.
Suprimento e Cessação da Incapacidade Civil
O suprimento da incapacidade se dá por meio da assistência ou da representação,
conforme explicado anteriormente. A representação é destinada ao absolutamente incapaz,
que poderá celebrar negócios em seu nome e manifestar sua vontade em juízo, desde que
representado por seus pais ou tutor.
A assistência destinada ao relativamente incapaz tem o intuito de assegurar-se da
regularidade dos atos praticados ou dos negócios celebrados pelo assistido, de modo que o
incapaz poderá �rmar instrumento em nome próprio; porém, deverá constar também a
assinatura do assistente.
Conforme esclarecido, a representação e a assistência dos �lhos menores será
preferencialmente realizada pelos pais, nos termos do artigo 1.690 do Código Civil (BRASIL,
2002a). Na ausência ou impossibilidade dos pais, será nomeado um tutor pelo juiz.
Como visto anteriormente, a incapacidade poderá ser temporária, motivo pelo qual cessará
em um determinado momento. O caput do artigo 5º do Código Civil dispõe acerca da
cessação da incapacidade com relação à idade (absoluta para os menores de dezesseis
anos e relativa para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos), estabelecendo
que a menoridade cessará aos dezoito anos completos, quando a pessoa �cará habilitada à
prática de todos os atos da vida civil (BRASIL, 2002a).
O parágrafo único do mesmo artigo estabelece que a incapacidade cessará, para os
menores:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
23/06/2022 16:51 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=puzDBThAXd7FHzpgQSGp1Q%3d%3d&l=2z49RQVH6sEj3laCnqRGeg%3d%3d&cd=aeL7… 13/27
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria (BRASIL, 2002a, on-line).
A primeira hipótese é o caso de emancipação voluntária pelos pais com relação aos
menores entre dezesseis e dezoito anos. Os demais casos são de emancipação legal, nos
quais a lei confere a possibilidade de emancipação. 
23/06/2022 16:51 Ead.br
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ativ idade
atividade
“[...] a capacidade de fato é a aptidão da pessoa para exercer por si mesma os atos da vida civil.
Essa aptidão requer certas qualidades, sem as quais a pessoa não terá plena capacidade de fato.
Essa incapacidade poderá ser absoluta ou relativa. A incapacidade absoluta tolhe completamente a
pessoa que exerce por si os atos da vida civil”.
VENOSA, S. de S. Direito civil : parte geral. 13. ed. v. 1. São Paulo: Atlas, 2013, p. 144.
Com base na a�rmação anterior, e de acordo com o Código Civil, é correto a�rmar que são
absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
a) os sujeitos com menos de 16 anos de idade.
b) os sujeitos com mais de 16 e menos de 18 anos de idade.
c) os sujeitos que, em razão de enfermidade ou de�ciência mental, não possuírem o
necessário discernimento para realizar tais atos; bem como aqueles que não conseguirem
expressar sua vontade, ainda que em razão de causa transitória.
d) os sujeitos considerados “ébrios habituais” e aqueles viciados em drogas.
e) os sujeitos com menos de 16 anos de idade; e aqueles que, por enfermidade ou
de�ciência mental, não possuírem o necessário discernimento para realizar tais atos.
23/06/2022 16:51 Ead.br
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Obrigação “[...] é a relação jurídica, de caráter transitória, estabelecida entre devedor e
credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa,
devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu
patrimônio” (MONTEIRO, 2007, p. 08).
As obrigações possuem grande in�uência nas relações entre as pessoas. Elas são objeto
dos contratos no Direito brasileiro e representam a origem das relações. Obrigações
possuem grande in�uência na vida econômica das pessoas e regulam as relações sociais,
de produção, de troca etc.
O Direito das Obrigações abarca relações jurídicas que ressaltam a autonomia privada no
âmbito patrimonial; eis a sua relevância. É no Direito das Obrigações que também são
percebidos os limites determinados à esfera de ação dos indivíduos, delineando, assim, a
organização econômica social.
No Direito Obrigacional devem ser observados os princípios da autonomia, da vontade, da
força dos contratos, da função social dos contratos e da boa-fé.
Características e Elementos Constitutivos
São três os elementos constitutivos das obrigações: subjetivo, objetivo e imaterial.
O elemento subjetivo é aquele relacionado ao sujeito da relação obrigacional, representado
por credor e devedor. O credor é o sujeito ativo da relação, o bene�ciário da obrigação,
aquele que tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação. Já o devedor, sujeito
Noções Introdutórias sobre oNoções Introdutórias sobre o
Direito das ObrigaçõesDireito das Obrigações
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passivo, é aquele que assume um dever, na ótica civil, de cumprir o conteúdo da obrigação,
sob pena de responder com seu patrimônio.
Tanto o sujeito ativo como o sujeito passivo da obrigação podem ser pessoas naturais ou
pessoas jurídicas.
O elemento objetivo refere-se ao conteúdo da prestação,que pode ser material (um objeto)
ou imaterial (uma marca, por exemplo). O objeto da prestação pode ser mediato ou
imediato. Imediata é a prestação constituída em uma conduta humana (dar, fazer, não
fazer); e mediata é a prestação em si (objeto da prestação).
A prestação pode ser positiva ou negativa. Se positiva, engloba o dever de entregar coisa
certa ou incerta (obrigação de dar) ou o dever de cumprir determinada tarefa (obrigação de
fazer). Se negativa, o conteúdo é uma abstenção (obrigação de não fazer).
Por �m, o elemento imaterial, também chamado de elemento virtual ou espiritual, é o
vínculo existente entre as partes. O vínculo, por sua vez, decompõe-se em dois elementos:
dívida e responsabilidade.
A dívida surge no início da obrigação. Já a responsabilidade surge quando há o
inadimplemento da obrigação, momento em que o credor poderá colocar em ação a
prerrogativa de tomar bens do devedor, de forma coativa.
No Direito brasileiro, as obrigações podem ser de dar coisa certa, dar coisa incerta, de fazer
e de não fazer. 
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ativ idade
atividade
“Obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo
objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao
segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio”.
MONTEIRO, W. de B. Curso de direito civil . V. 4. São Paulo: 
Saraiva, 2007, p. 8
Com base no conceito anterior, acerca do Direito das Obrigações, assinale, a seguir, a alternativa
correta:
a) A relação jurídica, de caráter transitório, deve ser estabelecida entre devedor e credor,
que podem ser dotados ou não de capacidade, de modo que o absolutamente incapaz
também pode contrair uma obrigação, devendo cumpri-la sob pena de responder com seu
próprio patrimônio.
b) O devedor e o credor correspondem ao elemento imaterial da obrigação, formado por
sujeitos ativo e passivo.
c) A prestação pessoal econômica corresponde ao elemento imaterial da obrigação,
formado por prestação pecuniária.
d) A prestação obrigacional pode ser negativa, correspondente à uma abstenção.
e) A obrigação de dar pode ser contraída pelo absolutamente incapaz, desde que ele tenha
mais de 15 anos de idade.
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A lei é a fonte primária ou imediata de todas as obrigações. Na lei é possível encontrar
diversos exemplos de obrigações impostas, como é o caso do dever de sustento dos �lhos
pelos pais, o dever de �delidade no casamento, dentre outros.
O contrato é a fonte principal do direito obrigacional e se trata de um negócio jurídico
resultante de um acordo de vontades. No Código Civil existem diversos contratos
tipi�cados, como o contrato de compra e venda, o contrato de locação etc. O contrato se
trata de fonte obrigacional, pois é por meio dele que as partes convencionam, de forma
consensual, determinada obrigação a ser cumprida.
Os atos ilícitos também são considerados fontes do Direito Obrigacional, tendo em vista
que geram o dever de indenizar, nos termos do artigo 927 do Código Civil (BRASIL, 2002a).
Por �m, os atos unilaterais, que são declarações unilaterais de vontade, também são fontes
do Direito Obrigacional, já que a obrigação poderá nascer da simples declaração de uma
única parte, formando-se no momento em que o sujeito manifesta a sua intenção de
assumir um dever obrigacional, como é o caso da promessa de recompensa (artigos 854 a
860 do Código Civil), da gestão de negócios (artigos 861 a 875 do Código Civil), do
pagamento indevido (artigos 876 a 883 do Código Civil) e o enriquecimento sem causa
(artigos 884 a 886 do Código Civil) (BRASIL, 2002a).
Fontes das ObrigaçõesFontes das Obrigações
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Contrato como Negócio Jurídico
Figura 1.4 - Negócio jurídico 
Fonte: Dzianis Apolka / 123RF.
O Código Civil não conceituou a palavra contrato.
De início, nota-se que o contrato é um ato jurídico bilateral, dependente de pelo
menos duas declarações de vontade, cujo objetivo é a criação, a alteração ou até
mesmo a extinção de direitos e deveres. Os contratos são, em suma, todos os
tipos de convenções ou estipulações que possam ser criadas pelo acordo de
vontades e por outros fatores acessórios. 
Dentro desse contexto, o contrato é um ato jurídico no sentido amplo, em que há
o elemento norteador da vontade humana que pretende um objetivo de cunho
patrimonial (ato jurígeno): constitui um negócio jurídico por existência. 
[...] 
Em suma, e em uma visão clássica ou moderna, o contrato pode ser conceituado
como um negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa à criação, modi�cação
Nos termos do artigo 854 do Código Civil, “aquele que, por anúncios
públicos, se comprometer a recompensar, ou grati�car, a quem preencha
certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de
cumprir o prometido” (BRASIL, 2002a, on-line ). Isso signi�ca que se você
perder seu cachorrinho e publicar diversos anúncios de que pagará uma
recompensa para quem encontrá-lo, deverá cumprir com a promessa
feita, sob pena de ser acionado(a) na justiça para cumprimento da
obrigação.
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ou extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial (TARTUCE, 2019, p.
520).
Por negócio jurídico entende-se a declaração de vontades das partes para produzir um
efeito jurídico. Nesse passo, as partes possuem liberdade para contratar o que quiserem,
desde que seja lícito. Isso em razão da autonomia conferida pela legislação brasileira, de
modo que as partes podem utilizar os contratos tipi�cados no Código Civil ou até mesmo
podem criar contratos não tipi�cados, de acordo com seus interesses.
Os contratos podem ser celebrados por escrito, o que geralmente confere maior segurança
para o seu cumprimento. Contudo, nada impede que o contrato seja verbal, como
comumente ocorre na nossa sociedade, sem formalidade. A exceção será apenas em
relação aos contratos para os quais a lei exige a solenidade e/ou a formalidade, como é o
caso do contrato de doação ou do contrato de compra e venda de imóveis.
O importante é que exista um acordo de vontades, ou seja, o chamado consensualismo.
Requisitos de Existência e Validade Contratual
Os requisitos de existência e validade contratual são: agente capaz; objeto lícito, possível,
determinado ou determinável; e a forma prescrita ou não defesa em lei.
Com relação ao primeiro requisito, para contratar há a necessidade de existência de
capacidade plena das partes. Isso porque o contrato celebrado por absolutamente incapaz é
nulo (art. 166, I, do Código Civil) e o contrato celebrado pelo relativamente incapaz é
anulável (art. 171, I, do Código Civil) (BRASIL, 2002a).
Como já explicado, os absolutamente incapazes poderão ser sujeitos de contrato, desde
que representados; e os relativamente incapazes deverão estar assistidos. Não obstante, o
objeto do contrato deve ser lícito, possível e determinado ou determinável. Lícito porque
não é permitido contratar algo ilícito, como um contrato que tenha como objeto a compra e
a venda de drogas.
Além disso, o objeto deve ser possível, tendo em vista que não se pode contratar o
impossível, mesmo porque haveria o descumprimento do contrato, por ser impossível.
Como exemplo podemos citar um contrato de compra e venda de passagens para o sol.
O objeto também precisa ser determinado (aquele identi�cado por seu gênero/espécie,
quantidade e qualidade) ou, caso não seja determinado, que ao menos seja determinável(identi�cado por seu gênero/espécie e quantidade).
É importante que o contrato tenha um valor econômico, pois, em caso de inadimplemento,
o assunto poderá se resolver em perdas e danos.
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Com relação à forma do contrato, ela é livre, podendo ser pactuado até mesmo
verbalmente, ou escrito em um papel de pão. Contudo, existem tipos de contratos que a lei
determina que devem ser formalizados por escrito, sendo que alguns exigem até mesmo
que o processo de lavramento como escritura pública. Quando há a formalização do
contrato por escrito, esta poderá ocorrer por meio de instrumento público ou particular.
Para saber mais sobre a capacidade civil das pessoas
com de�ciência, leia o artigo “É o �m da interdição?
Artigo de Pablo Stolze Gagliano”.
A C ESSA R
Diante disso, a forma do contrato será aquela determinada pela lei, ou, caso não exista
previsão legal acerca da forma, será livre, desde que não proibida pela lei.
O contrato, quando é concluído, faz lei entre as partes. Isso signi�ca que, se depois de
�rmado, uma das partes desobedece ao que foi estabelecido, esta terá que arcar com a
indenização pelas perdas e pelos danos causados à outra parte.
https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/304255875/e-o-fim-da-interdicao-artigo-de-pablo-stolze-gagliano
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ativ idade
atividade
Sobre os requisitos de existência e validade contratual, identi�que, a seguir, a alternativa correta:
a) Forma prescrita ou não, defesa em lei, o que signi�ca que a lei irá determinar qual a
forma de todos os tipos contratuais existentes no Direito brasileiro.
b) O contrato poderá ser descumprido, mesmo após assinado pelas partes. Quando isso
ocorrer, ele será extinto, como se nunca tivesse existido.
c) O objeto do contrato deverá ser existente, podendo-se pactuar livremente o que for de
interesse das partes, até mesmo convencionar acerca da obrigação de pagamento de
dívidas contraídas em jogo do bicho.
d) O contrato, uma vez concluído, faz lei entre as partes, e se uma delas posteriormente
descumprir tal contrato, esta terá que indenizar a outra parte pelos prejuízos decorrentes
do descumprimento.
e) Os absolutamente incapazes poderão ser sujeitos de contrato, independentemente de
representação.
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i ndicações
Material Complementar
L I VRO
O Mercador de Veneza
William Shakespeare
Editora: Dcl Difusão Cultural
ISBN: 9788536803883
Comentário: O livro versa sobre um determinado negócio
jurídico celebrado entre Antonio e um judeu. Entretanto, Antonio,
devedor, não mais era possuidor dos bens necessários para
efetivação do devido pagamento.
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F I LME
Uma Prova de Amor
Ano: 2009
Comentário: O �lme discute a possibilidade de uma jovem
adolescente decidir sobre sua saúde e o próprio corpo, ainda que
contra a vontade de seus pais. Assim, a moça contrata um
advogado para processar os genitores, pedindo sua emancipação
em relação ao tema.
TRAILER
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conclus ão
Conclusão
Como estudado nesta unidade, o contrato é a principal fonte do Direito Obrigacional, com a
estipulação de direitos e obrigações entre as partes, de acordo com seus próprios
interesses, considerando-se o consensualismo e a autonomia privada.
Contudo, para ser sujeito da relação obrigacional, inclusive para celebrar contratos, o
agente deverá possuir capacidade plena, ou, caso não possua, deverá ser representado ou
assistido por seus pais ou tutor.
Isso porque a capacidade de fato, que é aquela que permite que o sujeito contraia
obrigações, é diferente da capacidade de direito, que é aquela que todo o indivíduo possui
desde a sua concepção (teoria concepcionista).
Desse modo, o estudo da capacidade civil e das incapacidades demonstrou-se importante
para o Direito Obrigacional e Contratual.
re f erências
Referências
Bibliográ�cas
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Acesso em: 10 abr. 2019.
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Acesso em: 10 abr. 2019.
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IMPRIMIR
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https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/304255875/e-o-fim-da-interdicao-artigo-de-pablo-stolze-gagliano
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