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@pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Farmacologia da obesidade A obesidade é uma enfermidade crônica na qual há um acúmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo, em uma extensão tal que leva a um comprometimento da saúde Classificação internacional das doenças CID-10, código E66 É um doença e um fator de risco para outras doenças O IMC não distingue massa gordurosa de massa magra, podendo ser menos preciso em indivíduos mais idosos, em decorrência da perda de massa magra e diminuição do peso, e superestimado em indivíduos musculosos A medida da distribuição de gordura é importante na avaliação de sobrepeso e obesidade porque a gordura visceral é um fator de risco potencial para a doença, independentemente da gordura corporal total Regulação do apetite Hipotálamo é o centro do apetite Núcleos laterais: centro da fome Núcleos ventromediais: centro da saciedade Núcleos arqueados: onde múltiplos hormônios do TGI convergem para regular a ingestão de alimentos Leptina: hormônio da saciedade @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Regulação do balanço energético Fatores associados Ganho de peso gestacional Casamento, viuvez, separação Medicamentos, cirurgia Alterações psicológicas Sociais (viagens, condição econômica, trabalho, festas) Suspensão do hábito de fumar Alterações genéticas Tratamento farmacológico IMC maior ou igual a 30 kg/m2 IMC maior ou igual a 25 ou 27 kg/m2 associado a outros fatores de risco, como a HAS, DM2, hiperlipidemia, apneia do sono, osteoartrose, gota, entre outras Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico Considera-se sucesso no tratamento da obesidade a habilidade de atingir e manter @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina uma perda de peso clinicamente útil, que resulte em efeitos benéficos sobre doenças associadas como DM2, hipertensão e dislipidemia Meta inicial de perda de 5% a 10% do peso inicial em 6 meses é factível Medicamentos contra a obesidade O excesso de norepinefrina ativa o sistema nervoso simpático Os medicamentos atuais para o tratamento da obesidade são: Orlistate, Sibutramina, Liraglutida, Semaglutida Sibutramina Age inibindo a recaptação de noradrenalina e serotonina Aumenta a oferta desses neurotransmissores na fenda sináptica Aumenta a taxa metabólica (efeito periférico) via receptores beta 3 adrenérgico Quando o tratamento é interrompido o peso volta, fazendo com que o medicamento tenha que ser utilizado a vida inteira (causa dependência) Reações adversas Eventos cardiovasculares Náuseas Delírios Dor de cabeça Boca seca Insônia Ansiedade e depressão @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Orlistate É um inibidor das lipases gástrica e pancreática A enzima inativada é incapaz de hidrolisar a gordura proveniente dos alimentos na forma de triglicerídeos em ácidos graxos livres e monoglicerídeos absorvíveis Produz um aumento da gordura fecal A perda de peso e os benefícios iniciam-se normalmente dentro das primeiras duas semanas de tratamento Quando o tratamento é interrompido o peso volta, fazendo com que o medicamento tenha que ser utilizado a vida inteira (não causa dependência) A dose de orlistate é 1 cápsula de 120mg, administrada três vezes por dia junto das principais refeições (dose total diária de 360mg) Reações adversas Cólicas abdominais, flatulência Urgência para evacuar e aumento das evacuações Pode ser necessária uma terapia suplementar com vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) Contra-indicado a pacientes com má absorção e colelitíase Liraglutida e Semaglutida Imitam a ação do hormônio GLP-1 produzido e secretado pelas células L do intestino, que está relacionado com a sensação de saciedade e com a produção de insulina Victoza®: 0.6, 1.2 e 1.8 mg Saxenda®: 2.4 e 3 mg Ozempic®: 1.34 mg/mL (aplicação semanal) Reações adversas Gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia) Possível aumento do risco de pancreatite @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Possível aumento no risco de pancreatite Possível aumento no risco de neoplasia de pâncreas Possível aumento no risco de neoplasia de tireoide Fluoxetina Reduz o peso no início mas depois o indivíduo mesmo usando o medicamento tem ganho de peso Não é indicado para obesidade Ribonabanto Anandamida é um receptor endógeno que se liga ao receptor CB-1, que induz a fome, assim há um bloqueio desse receptor O receptor CB-1 está presente no sistema límbico que controla as emoções, como há esse bloqueio, dessa forma, ansiedade e depressão são reações adversas desse medicamento Transmissão feita do pós para o pré- sináptico Locarserina Atua sobre o receptor de serotonina T2C Relacionado a ocorrência de neoplasias @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Associação bupropiona e naltrexona Bupropiona atua sobre os receptores adrenérgicos e dopaminérgicos no hipotálamo Naltrexona é antagonista do receptor opióide Os dois medicamentos, isoladamente, apresentam efeito mínimo na perda de peso, mas a combinação de liberação lenta de bupropiona e naltrexona leva a sinergismo por ação do neurônio da POMC Reações adversas Náusea Vômitos Dor de cabeça Topiramato Age sobre os diversos neurotransmissores, tendo efeitos inibitórios sobre receptores de glutamato sobre alguns tipos de canais dependentes de voltagem de cálcio e sódio Inibidor fraco da anidrase carbônica É aprovado para tratamento de epilepsia e enxaqueca Estudos com obesos comprovaram sua eficácia em reduzir o peso com continuação da perda de peso por até mais de um ano de tratamento Possui muitos efeitos adversos como parestesias, alterações de memória, dificuldade de concentração, etc
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