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@pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Farmacologia dos antibióticos Clínica Fatores relacionados ao microrganismo Fatores relacionados ao hospedeiro: • Mecanismo de defesa • Fatores locais • Idade • Gravidez • Alergia a fármacos • Co-morbidades Bactericida: resulta em alterações incompatíveis com a vida bacteriana Bacteriostático: inibe o crescimento e a reprodução Inibidores da síntese da parede celular Beta-lactâmicos São drogas bactericidas Inibem a síntese da parede celular bacteriana @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina As penicilinas se ligam a uma proteína presente nas bactérias (proteína de ligação a penicilinas) e inibem a síntese de parece celular (impede a montagem da camada de peptideoglicanos) resultando em lise e morte celular da bactéria Penicilinas naturais Penicilina G e V (usada na anemia falciforme) PENICILINA G OU BENZILPENICILINA É inativada no meio ácido, por isso não é usada por via oral 70% excretado de forma ativa = Probenecida é usada no tratamento de gota, vai competir com a penicilina G pelo mesmo mecanismo de transporte, aumentando o tempo de meia vida Cristalina = eliminação rápida (latência de 30min para atingir os níveis terapêuticos e estes se mantêm por 4 a 6 hs) – meningite meningocócica Procaína = depósito (latência de 1-3hs para atingir os níveis terapêuticos e estes se mantem por 12 hs) Benzatina = depósito (latênciade 8hs para atingir os níveis terapêuticos e estes se mantêm por 3 a 30 dias) – Bezentacil Penicilinas sintéticas ISOXAZOLILPENICILINAS Oxacilina, cloxacilina e dicloxacilina OXACILINA @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina AMINOPENICILINAS Usada em infecções de vias respiratórias superiores: são ativas contra S. pyogenes e contra muitas cepas de S. pneumoniae e H. influenzae Eficazes no tratamento da sinusite, otite média e faringite Amoxicilina é indicada no tratamento do H. pylori e da pneumonia (PAC) AMOXICILINA/AMPICILINA São bactericidas para microrganismos Gram + e Gram - Não são resistentes às beta-lactamases Excreção principalmente renal com pequena porcentagem por via hepática Amoxilina é mais absorvida por via oral O clavulanato as vezes é usado em associação com a amoxilina por possuir impedimento estero-espacial a molécula, então protege a amoxilina ou penicilina da ação das bactérias CARBOXIPENICILINAS Carbenicilina, Ocarcilina Destacam-se pela atividade anti- pseudomonas Espectro amplo para Gram + e Gram - Ticarcilina: 2 a 4 vezes mais ativa contra P. aeruginosa UREIDOPENICILINAS Piperacilina Derivado semi-sintético da Ampicilina Amplia o espectro da Ampicilina de forma a incluir a maioria das cepas de P. aeruginosa Em combinação com um inibidor da beta-lactamase a Piperaciclina apresenta o @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina mais amplo espectro antibacteriano dentre todas as penicilinas Reações adversas das penicilinas Convulsão: algumas penicilinas podem deslocar o GABA causando desequilíbrio entre os mecanismos de inibição e excitação Cefalosporinas Inibe a síntese da parede celular bacteriana por mecanismos semelhantes aos da penicilina CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Drogas bactericidas Beta-lactâmicos semi-sintéticos Mais resistentes as beta-lactamases O mecanismo mais prevalente de resistência às cefalosporinas consiste na destruição dos fármacos por hidrólise do anel beta-lactâmico PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS Boa penetração SNC Excreção renal – exceto Ceftriaxona, cefpiramida e cefoperazona (biliar) ABSORÇÃO Hidrossolúveis (apresentação oral e parenteral) Oral: estável em meio ácido REAÇÕES ADVERSAS Reações de hipersensibilidade @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina PRIMEIRA GERAÇÃO Atividade anti-microbiana: Boa atividade contra cocos Gram + (exceção enterococos do S. aureus resistente à meticilina e do S. epidermidis) Atividade restrita sobre Gram – (Moraxella catarrhalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis) Insuficiência renal: ajuste necessário Insuficiência hepática: não necessita ajuste Sensível as beta-lactamases dos Gram SEGUNDA GERAÇÃO Melhora espectro para Gram - e perde para Gram + Espectro de ação: • H. infuenzae, M. catarrhalis • Enterobactérias (E.coli, Klebsiella, P. mirabilis, Salmonella, Shigella) – Bacterioides fragilis (Cefoxiona) Indicações clínicas: • Infecções respiratórias (faringoamigdalite, otite média aguda, sinusite aguda, PAC) • Infecções de pele (alternativa à Amoxicilina/Clavulanato ou Cefalexina) • Casos refratários: pneumococo penicilino-resistente (resistência intermediária) – Cefuroxima • Infecções urinárias por bacilo Gram- Insuficiência renal: ajuste necessário Insuficiência hepática: não necessita ajuste TERCEIRA GERAÇÃO Maior espectro contra Gram – (H. influenzae, Moraxella catarralis, Neisseria sp) @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Menos ativas que as da primeira geração contra Gram + Indicações clínicas: • Tratamento empírico de meningoencefalites bacterianas • Gonorreia • Infecções intestinais • Peritonite bacteriana espontânea QUARTA GERAÇÃO Cefepima (Maxcef) Apresentam maior estabilidade à hidrólise por beta-lactamases Útil para o tratamento empírico de infecções graves dos pacientes hospitalizados, quando os agentes etiológicos potenciais consistem em microrganismos Gram + e contra Pseudomonas Insuficiência renal: ajuste necessário Insuficiência hepática: não necessita ajuste QUINTA GERAÇÃO Ceftaroline (Zinforo) Atividade contra estafilococos meticilino-resistentes (MRSA, VISA, VRSA) Pouca atividade contra enterococos Sem ação contra Pseudomonas Pele e partes moles Pneumonia Carbapénens Usados para casos mais graves Possuem o maior espectro de ação dentre todos os beta-lactâmicos São resistentes a beta-lactamases Imipénem, Meropénem e Monopénem @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Não são efetivos no tratamento de Klebisiella INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Infecções do trato urinário e das vias respiratórias inferiores Infecções intra-abdominais e ginecológicas Infecções da pele, dos tecidos moles, dos ossos e das articulações MEROPÉNEM (MENOREM) Atividade assemelha-se à do Imipeném, com atividade contra algumas cepas de P. aeruginosa resistentes ao imipeném, mas com menor atividade contra cocos gram- positivos Usado associado com a Vancomicina para aumentar o espectro de ação Efeitos adversos: náuseas e vômitos Pode ser usado no tratamento de meningite IMIPÉNEM Comercializado em combinação com Cilastatina (ela inibe a enzima que degrada o Imipénem) – essa combinação é útil para tratar infecções causadas por bactérias hospitalares resistentes às cefalosporinas Administração intravenosa Meia-vida de 1 hora A dose deve ser ajustada para pacientes que apresentam insuficiência renal Reações adversas: náuseas e vômitos Pacientes alérgicos aos outros antibióticos beta-lactâmicos podem desenvolver reações de hipersensibilidade quando são tratados com Imipénem ERTAPÉNEM (INVANZ) Meia-vida mais longa Permite administração de uma dose única ao dia O espectro de atividade contra bactérias Gram +, Enterobacteriaceae e anaeróbios torna o Ertapénem interessante para tratar infecções intra- abdmonais e pélvicas Monobactâmicos O Aztreonam é bactericida Atua inibindo a síntese da parede celular bacteriana @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina É resistente a muitas das beta- lactamases(mas não resiste à ação das KPC) A atividade antimicrobiana do Aztreonam é diferente dos antibióticos beta-lactâmicos e é mais semelhante a de um aminoglicosídeo É ativo apenas contra bactérias Gram - e não tem atividade contra bactérias Gram + e microrganismos anaeróbicos AZTREONAM Administrado via muscular ou intravenosa Meia vida de eliminação é de 1,7 horas A meia vida aumenta para seis horas em pacientes anéfricos A dose deve ser reduzida para os pacientes com insuficiência renal Bem tolerado Pacientes alérgicos às penicilinas ou as cefalosporinas parecem não reagir ao Aztreonam, com exceção da Ceftazimida Inibidores de beta-lactamase CLAVULANATO Algumas bactérias rompem o anel beta lactâmico por produzirem enzimas que quebram a ligação amida e comprometem a estrutura do antibiótico e não consegue produzir seu efeito O Clavulanato é capaz de inativar as beta-lactamases produzidas por microorganismos Gram + e Gram -, impedindo a destruição dos antibióticos beta-lactâmicos Amoxicilina com clavulanato: utilizada no tratamento da otite média, sinusite, faringoamigdalites, feridas e infecções de pé diabético SULBACTAM Protege a molécula da ação de beta- lactamases @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Usado em associação com um antibiótico beta-lactâmico A combinação tem boa atividade contra cocos Gram +, incluindo cepas de S. aureus produtoras de beta-lactamses, aeróbicos Gram - (exceto Pseudomonas) Glicopeptídeos Vancomicina e Teicoplanina Bactericidas contra Gram + Inibem a síntese da parede celular através da inibição da polimerização ou a reação da transglicosilase necessárias à síntese da parede celular A Vancomicina deve ser administrada por via intravenosa A Teicoplanina pode ser administrada por via intramuscular ou intravenosa Eliminação renal É necessário ajuste de doses em pacientes com comprometimento da função renal Usos clínicos Infecções de tecidos moles: causadas por Gram +, incluindo MRSA Infecções no trato respiratório: tratamento de pneumonia quando há suspeita de MRSA Infecções no SNC: tratamento das meningites causadas por S. pneumoniae resistentes a penicilinas e no tratamento de meningite hospitalar Endocardites: quando há suspeita de MRSA ou quando o paciente é alérgico a penicilina Reações adversas Rubor extremo (vancomicina) @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Aumento da liberação de histaminas pelos mastócitos causando exantemas e anafilaxia Ototoxicidade (pode ser permanente) Nefrotoxicidade Bacitracina Bactericida ou bacteriostática Inibe a síntese da parede celular bacteriana A bacitracina está disponível para uso tópico (pomadas) Usos clínicos Para infecções abertas, como o eczema infectado e as úlceras dérmicas infectadas Reações adversas Reações de hipersensibilidade Fosfomicina Espectro de ação contra Gram + e -, e anaeróbicos Bactericida Inibe a enzima enolpiruvato transferase (MurA) impedindo a formação da parede celular bacteriana Excreção renal Boa distribuição tecidual Ação sinérgica com aminoglicosídeos, beta-lactâmicos e fluoroquinolonas Reações adversas Bem tolerada Aumento da eliminação de potássio Resistência antimicrobianos Um microrganismo é considerado resistente quando a concentração do fármaco no sítio da infecção é incapaz de inibi-lo @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Inibidores da síntese de proteínas Macrolídeos Eritomicina Claritomicina Azitromicina (infecção de vias aéreas, infecções hospitalares) Fidaxomicina Bacteriostático Se ligam a subunidade 50s ribossomal inibindo a síntese de proteína Possuem espectro de ação semelhante ao da penicilina: Gram +, mycoplasma, clamídia Devem ser usados com cautela em pacientes com hepatotoxicidade Prolonga o intervalo QT no ECG, então não é ideal para pacientes com arritmia A azitromicina é mais segura que a claritromicina durante a gestação ABSORÇÃO A eritromicina é inativada pelo ácido gástrico sendo administrada em comprimidos ou cápsulas de revestimento entérico A claritromicina é rapidamente absorvida pelo TGI, podendo ser administrada com ou sem alimento A administração da azitromicina após uma refeição substancial reduz no mínimo 50% a biodisponibilidade do antibiótico, assim sendo, cada dose @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina deverá ser administrada, no mínimo, uma hora antes ou duas horas após as refeições Eliminação renal ou biliar USOS CLÍNICOS Infecções do trato respiratório Infecções cutâneas e tecidos moles Infecções por clamídias Infecções por H. pylori Difteria Pertusis REAÇÕES ADVERSAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Clorafenicol É bacteriostático contra a maioria das espécies, embora possa ser bactericida contra H. influenzae, Neisseria Meningitidis e S. pneumoniae Agem se ligando à subunidade 50s ribossômica, inibindo a síntese de proteínas @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina REAÇÕES ADVERSAS O recém nascido não tem enzima que metaboliza o clorafenicol, com isso ele causa toxicidade descrita por cianose, hipotermia e flacidez – síndrome do bebê cinzento Pode provocar discrasias sanguíneas graves e fatais Depressão da medula óssea USOS CLÍNICOS Terapia limitada aquelas infecções para as quais o benefício do medicamento excede os riscos potenciais de toxicidade Febre tifoide Meningite bacteriana: o cloranfenicol é um fármaco alternativo para o tratamento da meningite causada por H. influenzae, N. meningitidis e S. pneumoniae em pacientes com alergia grave Lincosamidas Clindamicina, Lincomicina Usada mais em pacientes que tenham alergia a penicilinas Atividade in vitro da clindamicina é semelhante à da eritromicina contra cepas sensíveis de pneumococos, S. pyogenes A clindamicina é mais ativa do que a eritromicina ou a claritromicina contra bactérias anaeróbicas, especialmente B. fragilis Efeito bacteriostático Em concentrações mais altas pode ser bactericida Se liga a subunidade 50s dos ribossomos bacterianos e inibe a síntese de proteínas Clindamicina é encontrada na forma de cápsula, comprimido, creme vaginal, gel, solução tópica, injetável A lincomicina é encontrada na forma de cápsula e injetável Eliminação: urina e fezes USOS CLÍNICOS Infecções cutâneas e de tecidos moles: constitui um agente alternativo para o tratamento de infecções cutâneas e de tecidos moles, especialmente em pacientes com alergia à penicilinas e cefalosporinas Infecções do trato respiratório: para tratamento de abcessos pulmonares e infecções pulmonares e pleurais por microrganismos anaeróbicos, em @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina alternativa a penicilinas ou em casos de falhas terapêuticas REAÇÕES ADVERSAS Distúrbios gastrointestinais (diarreia) Irritação cutânea Estreptograminas Quinupristina/ Dalfopristina Bactericida Se ligam a subunidade 50s do ribossomo, em locais diferentes, inibindo a síntese de proteínas Em muitas espécies de bactérias, o resultado final da ligação cooperativa e sinérgica dessas duas moléculas ao ribossomo consiste em atividade bactericida USOS CLÍNICOS A quinupristina/dalfopristina deve ser reservada para o tratamento de infecções graves causadas por microrganismos Gram + resistentes a múltiplos fármacos Tratamento de infecções causadas por cepas de Enterococcus faecium resistentes à vancomicina Tratamento de infecções complicadas da pele causadas por cepas de S. aureus ou S. pyogenes sensíveis à meticilina REAÇÕES ADVERSASEventos relacionados com a infusão, como dor e flebite no local, artralgia, mialgia, hiperbilirrubinemia Recomenda-se não administrar a mulheres durante o período de amamentação ou durante a gravidez Oxazolidinas A Linezolida deve ser reservada como agente alternativo para o tratamento de infecções causadas por cepas resistentes a múltiplos fármacos Não deve ser utilizada quando houver outros agentes provavelmente eficazes (p.ex.: PAC) O uso indiscriminado e o emprego excessivo do fármaco irão acelerar a seleção de cepas resistentes, levando à perda desse mais novo valioso agente Bacteriostática Ativa contra microrganismos Gram + resistentes, como MRSA, VRE e @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina estreptococos resistentes a benzilpenicilina Tem pouca atividade contra a maioria das bactérias Gram - Inibe a síntese de proteínas através de sua ligação à subunidade 50s do ribossomo bacteriano A linezolida é bem absorvida após administração oral Pode ser administrada via endovenosa Excreção renal REAÇÕES ADVERSAS Toxicidade hematológica: mielossupressão, incluindo anemia, leucopenia e trombocitopenia Tratamento por mais de 8 semanas com linezolida: desenvolvimento de neuropatia periférica, neurite óptica Aminoglicosídeos Bactericida Utilizados principalmente no tratamento de infecções causadas por bactérias aeróbicas Gram - Não atuam sobre Gram positivos Não atuam sobre anaeróbicos Ligam-se a fração 30s dos ribossomos inibindo a síntese proteica ou produzindo proteínas defeituosas Hidrossolúveis Pouco absorvidos pelo TGI Principal via de administração é parenteral Eliminação renal – excreção total em 10 a 20 dias com ajuste de dose REAÇÕES ADVERSAS Ototoxicidade ocorre em 25% dos pacientes Ototoxicidade: destruição progressiva de células sensoriais vestibulares e cocleares Sintomas da toxicidade coclear: zumbido agudo Sintomas de toxicidade vestibular: cefaleia, náuseas, vômitos e dificuldade no equilíbrio, labirintite crônica @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Lesão renal que varia de insuficiência renal leve e reversível até grave, potencialmente reversível Bloqueio neuromuscular: inibem a liberação pré-sináptica de Acetilcolina e reduzem sua sensibilidade pós-sináptica A ordem decrescente de bloqueio é: Neomicina > Canamicina > Amicacina > Gentamicina > Tobramicina Gravidez: evidências sugerem risco fetal mas os benefícios clínicos podem superar o risco – se um aminoglicosídeo for usado durante a gestação ou se a paciente engravidar enquanto estiver tomando um aminoglicosídeo, ela deve ser informada sobre o potencial risco para o feto USOS CLÍNICOS GENTAMICINA E TOBRAMICINA Infecções do trato urinário: estão indicados para o tratamento das infecções complicadas do trato urinário Cepas de E. coli resistentes à TMT+STX e fluoroquinolonas, o uso de aminoglicosídeos pode ser efetivo Pneumonia hospitalar: pode-se utilizar um aminoglicosídeo em combinação com um antibiótico para a terapia empírica da pneumonia hospitalar quando o provável agente etiológico consistir em aeróbios Gram - resistentes a múltiplos fármacos Endocardite bacteriana: em alguns casos, tem sido recomendada a administração de gentamicina em combinação com uma penicilina ou vancomicina AMICACINA Maior espectro de atividade antimicrobiana da classe Papel especial nos hospitais onde prevalecem microrganismos (Seratia, Proteus e P. aeruginosa) resistentes à gentamicina e tobramicina NETILMICINA A exemplo da amicacina, a netilmicina não é metabolizada pela maioria das enzimas inativadoras de aminoglicosídeos e, pode ser ativa contra certas bactérias resistentes à gentamicina, à exceção dos enterococos @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina NEOMICINA Utilizada para aplicação tópica em uma variedade de infecções da pele e das mucosas Aminociclitois Espectinomicina: rapidamente absorvida após injeção intramuscular e deve ser administrada com cautela nos pacientes com insuficiência renal Bactericida Utilizada no tratamento da gonorreia causada por cepas resistentes aos fármacos de primeira linha ou se houver contra-indicações para uso desse fármaco Utilizada no tratamento da cervicite gonorreica na mulher, sempre em pacientes alérgicos aos antibióticos betalactâmicos Mecanismo de ação: o antibiótico liga- se à subunidade 30S do ribossomo, inibindo a síntese de proteínas nas bactérias Gram – Reações adversas: urticária, calafrios, febre, tontura, náuseas e insônia após doses únicas A segurança da Espectinomicina na gravidez e na lactação não foi definitivamente estabelecida Tetraciclinas Bacteriostáticos com atividade contra uma ampla variedade de bactérias aeróbicas e anaeróbicas gram+ e gram– Doxicilina e Minociclina são úteis no tratamento de infecções causadas por S. aureus resistente Mecanismo de ação: liga-se a subunidade 30s do ribossomo e impede que o RNAt carregado se ligue ao sítio recebedor no RNAm, impedindo a síntese de proteínas USOS CLÍNICOS Tratamento de micoplasma, clamídia, riquétsias e algumas espiroquetas Epidimite Tratamento agudo e profilaxia da leptospirose REAÇÕES ADVERSAS Queimação, desconforto abdominal, náuseas, vômitos e diarreia Fototoxicidade As tetraciclinas podem agravar a azotemia em pacientes com doença renal Efeito sobre os dentes @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina INTERAÇÕES Absorção pode ser comprometida pela ingestão concomitante de cátions divalentes e trivalentes A resistência de uma cepa bacteriana a qualquer um dos membros da classe pode ou não resultar em resistência cruzada a outras tetraciclinas Sulfonamidas Faixa de atividade bacteriostática contra bactérias Gram + e Gram – As cepas resistentes tornaram-se comuns, por isso esses agentes são mais utilizados em associação com outros fármacos Os microrganismos que podem ser sensíveis às sulfonamidas in vitro incluem E. Coli, Streptococcus pyogenes, Streptococcus Pneumoniae, H. influenzae Sulfadiazina de prata (queimadura) e Bactrim (sulfametoxisazol – sulfonamida combinada com trimetropina – infecção urinária) @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Mecanismo de ação Atuam inibindo a enzima diidropteroato-sintase que está envolvida no ácido fólico da bactéria que é importante para a síntese de proteínas, de RNA e DNA Ao inibir a enzima a Pteridina não forma o ácido fazendo com que não sofra ação do glutamato e não forme o ácido dihidrofolico É usado com a trimetropina pois ela pode inibir a enzima dihidrofolatoreutase e em conjunto inibem a síntese do ácido fólico Sulfonamidas absorvidas e eliminadas rapidamente Sulfonamidas pouco absorvidas Sulfassalazina é pouco absorvida no TGI e pode causar infertilidade nos homens devido à alteração do número e da morfologia dos espermatozoides Sulfonamidas para uso tópico Sulfacetamida: tratamento de infecções oftálmicas Sulfadiazina de prata: utilizada topicamente para reduzir a colonização microbiana e a incidência de infecções das feridas decorrentes de queimaduras @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Sulfonamidas de ação longa Sulfadoxina: pode ser usada em combinação com pirimetamina para profilaxia e tratamento da malária e pode causar reações graves como a síndrome de Stevens-Johnson) Reações adversas Sangue: hemólise, anemia megaloblástica e trombocitopenia Pele: fotossensibilidade, síndrome de Stevens-Johson, dermatite esfoliativa Rim: cristalúria, hematúria, anúria, nefrose tóxica SNC: vômitos, cefaleia, depressão e alucinações Desloca a bilirrubinaligada a albumina, a criança pode ter prejuízos motores e do DNPM Interações Sulfametoxazol + Trimetoprima O espectro antibacteriano da trimetoprima assemelha-se ao do @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina sulfametoxazol, embora TMP geralmente seja 20-100 vezes mais potente STX. A maioria dos Gram - e Gram + é sensível à trimetoprima, mas pode desenvolver resistência quando o fármaco é utilizado isoladamente A resistência bacteriana à STX + TMP é um problema que se espalha rapidamente, embora seja menor que a observada com cada um dos agentes isoladamente Quinolonas Norfloxacina e ciprofloxaxina são usadas em infecções urinárias Levofloxacina, Gemifloxacina e Moxifloxacina são consideradas Quinolonas respiratórias Mecanismo de ação Interferem na replicação do DNA (DNA girase e DNA polimerase) e na transcrição (RNA polimerase – síntese de RNA) Inibem a topoisomerase IV e a DNA girasse (topoisomerase II) Absorção Bem absorvidas por via oral Penetram no SNC na presença de meninges inflamadas Eliminação Maioria é eliminada pelos rins Contra indicação Moxifloxacino é metabolizado predominantemente pelo fígado e não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência hepática e em pacientes com prolongamento de QT @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina Principais indicações terapêuticas Reações adversas TGI: náuseas, vômitos e desconforto abdominais SNC: cefaleia, tontura Ruptura ou tendinite no tendão do calcâneo Nefrotoxicidade: pode aparecer cristalúria Fotossensibilidade: evitar exposição à luz solar Interações Antiarrítmicos como amiodarona, quinidina e procainamida Com sucralfato, antiácidos contendo alumínio ou magnésio e de suplementos contendo ferro, zinco, cálcio O ciprofloxacino Inibe as enzimas do citocromo P450, então a concentração dos antiarrítmicos fica aumentada Nitrofurantoína Espectro de ação contra Gram+ e Gram- É reduzida por flavoproteínas bacterianas a intermediários reativos, que @pequenamedicina 5º período @pequenamedicina inativam proteínas ribossomais e outras macromoléculas, o que inibe os processos bioquímicos vitais de síntese proteica, metabolismo aeróbio, síntese de DNA e RNA e síntese da parede celular A nitrofurantoína é ativa contra muitas cepas de E. coli e enterococos A nitrofurantoína é bactericida Rapidamente absorvida pelo TGI Meia-vida: 20-60 min Reações adversas Náuseas, vômitos, diarreia, coloração castanha da urina, anemia megaloblástica, anemia hemolítica Hepatite crônica (raro e grave) Contra indicação Pacientes com disfunção renal Crianças com menos de um ano de idade Bacteriúria assintomática: gestante com bacteriúria assintomática, paciente imunossuprimido ou paciente que fará cirurgia de trato urinário – propõe medidas não farmacológicas para o resto dos pacientes
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